Gestão do Conhecimento Professor Marcos Saraiva (www.marcossaraiva.com) Prof. Marcos Saraiva Graduação: Administração de Empresas UFC – Universidade Federal do Ceará Especialização: MBA em Marketing Estratégico MBA em Governança de TI FIC – Faculdade Integrada do Ceará Mestrado: Administração de Empresas e Controladoria UFC – Universidade Federal do Ceará Professor Universitário Disciplinas em cursos de graduação e pós-graduação Gestor de Atendimento e Relacionamento: TOTVS (www.totvs.com) Contatos Email: [email protected] Site: www.marcossaraiva.wordpress.com Celular: 085 91211400 Ementa da Disciplina Unidade 1 – Gestão do Conhecimento Histórico Desde do início do século XX até o momento, podemos identificar três principais eras da administração: Era Clássica; Era Neoclássica; Era da Informação; Chiavenato (2000) Eras da Administração Desde do início do século XX até o momento, podemos identificar três principais : Era Clássica Estratégias baseadas na produção e distribuição. Era Neoclássica Estratégias baseadas nas necessidades dos clientes. Era da Informação Estratégias baseadas no capital humano. Grau de Importância de Recursos Segundo alguns grandes marcos evolucionários do trabalho em nossa sociedade: ERA AGRÍCOLA ERA INDUSTRIAL Capital ERA DO CONHECIMENTO Capital Trabalho Capital Trabalho Trabalho Conhecimento Terra Fonte: adaptado de GOREY e DOBAT (1996) Conhecimento Terra Conhecimento Terra Organizações Industriais • A era industrial resultou em uma gestão linear representada por elevados investimentos em ativos: máquinas, • ferramentas, • matérias-primas / insumos, e • esforços humano para produção. Tais investimentos podem ser quantificáveis dentro de uma ótica contábil e caracterizados, inicialmente, como custos de produção (DIAS JÚNIOR e POSSAMAI, 2004). Foco: administração dos recursos tangíveis utilizando-se de estratégia baseada em recursos (resource-based strategy / RBS). Vídeo 1: Produtividade Organizações do Conhecimento Não constituem um novo tipo novo de organização ou de “classe de empresa”, contudo, observa-se, que tais organizações administram e valorizam ativos intangíveis, normalmente, negligenciados pelas organizações industriais, como (Sveiby, 1998): • copyrights ou direitos autorais, • marcas, • patentes, • processos, • conhecimento de forma geral. Foco: administração dos recursos intangíveis, utilizando-se de estratégia baseada em conhecimento (knowledge-based strategy / KBS). Vídeo 5: Capital Intelectual RBS versus KBS RBS x KBS Ativos que compõem as empresas Segundo Smith (1997) as riquezas são compostas por bens: MONETÁRIOS: dinheiro; investimentos de curto prazo; contas a receber; estoques; matéria prima e produtos acabados, dentre outros; TANGÍVEIS: terrenos; prédios incluindo reformas; máquinas; equipamentos; laboratórios; veículos, dentre outros; INTANGÍVEIS: Direitos (acordos de distribuição e armazenagem, contratos com empregados e de serviços; licenças ganhas em licitações, etc.); Relacionamentos (distribuidores; empregados; clientes, etc.); Propriedade (patentes; copyrights; softwares; slogans; vinhetas; trilhas sonoras, etc.); Marcas e patentes ... Capital Intelectual Capital Intelectual (CI) De acordo com Edvinsson e Malone (1998, p. 40) “é a diferença entre o valor de mercado da empresa e o seu valor contábil” Segundo Stewart (1998, p. XIII) “o capital intelectual constitui a matéria intelectual – conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser utilizada para gerar riqueza”. O goodwill (patrimônio de marca) adquirido representa a diferença entre o valor pago na aquisição de uma entidade e seu valor justo de mercado (quando a diferença efetivamente se realiza por intermédio de uma transação de aquisição) goodwill ≠ capital intelectual Apesar disso, grande parte do goodwill pago a uma empresa adquirida pode ser atribuído ao capital intelectual. Componentes do Capital Intelectual Segundo Backes, Ott e Wiethaeuper (2005) é possível perceber um certo consenso entre os autores no que se refere aos componentes do capital intelectual, com algumas diferenças na nomenclatura adotada. Em suma, pode-se entender que o capital intelectual é formado pela sinergia entre: • capital humano, • capital estrutural e • capital de clientes. Componentes do Capital Intelectual O capital humano inclui toda a capacidade, conhecimento, habilidade e experiência individual dos empregados e gerentes, bem como a capacidade de captar a dinâmica de uma organização inteligente em um ambiente competitivo em mudança, incluindo a criatividade e a inovação organizacional. Edvinsson e Malone (1998) ressaltam o fato de que o capital humano não pode ser propriedade da companhia, ao contrário do capital estrutural, que pode ser possuído e, por conseqüência, negociado. Por exemplo, complementando esse raciocínio, destaca-se que a qualquer momento, um executivo pode desligar-se da companhia deixando como legado o conhecimento individual (conhecimento tácito), que é convertido em conhecimento organizacional (conhecimento explícito). (BACKES, OTT e WIETHAEUPER; 2005 Componentes do Capital Intelectual O capital de clientes abrange as relações com o ambiente externo, fornecedores. especialmente clientes e Os autores afirmam que é no relacionamento com os clientes que o fluxo de caixa se inicia, o que permite complementar que esse relacionamento é um fator determinante para a formação do resultado e para a continuidade do negócio. (BACKES, OTT e WIETHAEUPER; 2005) Componentes do Capital Intelectual O capital estrutural é descrito por Edvinsson e Malone (1998) como o arcabouço, o empowerment (delegação de autoridade) e a infra-estrutura que apóiam o capital humano. Inclui fatores como a qualidade e o alcance dos sistemas informatizados, a imagem da empresa, os bancos de dados exatos, os conceitos organizacionais e a documentação, além de itens tradicionais como as marcas, patentes, marcas registradas e direitos autorais. É a capacidade organizacional em transmitir e armazenar o conhecimento. Para Lev (2002, p. 07), a infra-estrutura organizacional é “o intangível que mais conta e sobre o qual menos conhecemos: o motor que cria valor entre os demais ativos”. (BACKES, OTT e WIETHAEUPER; 2005) Componentes do Capital Intelectual Capital Estrutural: Visando organizar o capital estrutural Edvinsson e Malone (1998) subdividem-no em três tipos: (a) capital organizacional que abrange os investimentos da empresa em sistemas, instrumentos e filosofia operacional, agilizando o fluxo do conhecimento da organização; (b) capital de inovação, que incluiu os dois ativos tradicionais que não possuem natureza física: a propriedade intelectual e o saldo remanescente dos ativos intangíveis, como a filosofia com a qual a empresa é administrada; e (c) capital de processos é constituído por aqueles processos, técnicas e programas direcionados aos empregados, que aumentam e ampliam a eficiência da produção ou da prestação de serviços. (BACKES, OTT e WIETHAEUPER; 2005) Valor versus Preço dos Ativos O "valor“ do ativo não é necessariamente igual ao seu "preço“ O valor real só é atingido quando os ativos são efetivamente administrados para um determinado propósito do interessado, ou seja, o bem apresenta real capacidade em permitir e facilitar a geração de idéias e riqueza. Para o conhecimento ser capaz de agregar valor e ser atribuído a ele um valor real, deve haver sua efetiva gestão. No caso dos intangíveis a gestão do conhecimento se aplica. Valor das Empresas O valor de mercado das empresas, em geral, tende a ser muito maior que o patrimonial, em virtude do valor dos ativos intangíveis, representados necessariamente pela capacidade da retenção do conhecimento (TERRA, 2000). Quanto melhor a gestão dos intangíveis maior será o valor de mercado da empresa. Composição dos Ativos de Grandes Organizações Cada vez mais a evolução dos negócios está representada pela tendente valoração de ativos intangíveis em demérito dos ativos físicos: Fonte: adaptado de DIAS JÚNIOR e POSSAMIA (2004) Resumindo: Ativos Intagíveis Estão se tornando substitutos dos principais ativos físicos; São os ativos que atualmente mais criam valor e conhecimento; A diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de uma empresa é o valor de seus ativos intangíveis. Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis chegam a 3 e 4 vezes o valor contábil dos ativos tangíveis – Sveiby. Veja, 2004, fonte: Interbrand 100 Principais Marcas no Mundo 100 Principais Marcas no Mundo 100 Principais Marcas no Mundo Artigo “A Evidenciação do Capital Intelectual por Companhias Abertas Brasileiras: Uma Análise de Conteúdo” BACKES, OTT e WIETHAEUPER (2005) Valorando o Capital Intelectual Como as demonstrações contábeis são elaboradas com base nas Normas Brasileiras e Princípios Fundamentais de Contabilidade e, em atendimento à legislação fiscal, o capital intelectual não tem sido reconhecido nesses demonstrativos devido às dificuldades de identificação e mensuração. Por isso, o relatório de administração que reúne informações de caráter espontâneo, descritivas e menos técnicas, se apresenta como uma opção para as companhias evidenciarem aos seus stakeholders informações sobre esses recursos intangíveis que contribuem para a criação de valor organizacional. CI Declarado nos Relatórios de Administração Os autores desenvolveram uma pesquisa documental aplicando a técnica de análise de conteúdo, nos relatórios das companhias listadas pela BOVESPA em nível 1* de governança corporativa Os resultados indicaram a divulgação com maior freqüência da categoria capital estrutural, com destaque para a subcategoria responsabilidade social; seguida da categoria capital humano, na qual apresentou-se com maior número de sentenças a subcategoria treinamento/desenvolvimento dos funcionários; e da categoria capital de clientes, com evidência para a subcategoria imagem da empresa. CI Declarado nos Relatórios de Adm. CI Declarado nos Relatórios de Adm. CI Declarado nos Relatórios de Adm. Revolução da Informação Vídeo 2 : Voce está Preparado? Evolução Três grandes modificações no ambiente de negócios das organizações nos últimos anos 1. Surgimento da economia global; 2. Transformação de Economias Industriais para economias baseadas em Conhecimento e Informação; 3. Transformações nas empresas. 1 - Economia Global Competição em mercados globais; Gestão e controle em um mercado global; Sistemas de entrega globais e locais Distribuição e logística Transformação das Economias Industriais Economias baseadas em informação e conhecimento; Produtividade; Ciclo de vida do produto mais curto Transformação das Empresas Descentralização; Flexibilidade; Independência de uma organização; Custos de coordenação reduzidos; Trabalho colaborativo e em equipe. Vídeo 3: Era da Informação Tempo para Atingir 50 milhões de Usuários Vídeo 4: Evolução do Rádio Tempo para Atingir 50 milhões de Usuários Tempo para Atingir 50 milhões de Usuários Sucesso em quanto tempo? @tenção A explosão da informação sobre a qual muito se comenta e escreve, é também, em grande medida, a explosão da informação errada e mal organizada. A revolução digital apenas agravou o problema. O histórico dos projetos informacionais nas corporações é de concentrar-se muito em tecnologia da informação (TI) e pouco nos fatores humanos. Exercício: Novo Remédio Gestão do Conhecimento Definições GC Karl M. Wiig cunhou a expressão Gestão do Conhecimento em uma Conferência da OIT,na Suíça em 1986, e a definiu como: Construção sistemática, explícita e intencional do conhecimento e sua aplicação para maximizar a eficiência e o retorno sobre os ativos de conhecimento da organização . Definições GC Verna Allee: Gestão do Conhecimento é a facilitação do processo de priorizar, usar, compartilhar, aplicar, criar, mapear, comunicar, organizar, indexar, renovar, distribuir, codificar, adquirir e armazenar o conhecimento para melhorar o desempenho organizacional Betty-Ann Mackintosh: é o processo de desenvolver, aplicar, avaliar, transformar, transferir, atualizar e preservar o conhecimento Definições GC Tom Davenportt & Larry Prusak: Experiências, valores, informação e opiniões de especialistas que permitem a avaliação e incorporação de novas experiências e informação. Nas organizações, muitas vezes não está contido apenas nos documentos e repositórios, mas também nas rotinas organizacionais, processos, práticas e normas. Definições GC Timothy Powell: forma integrada e estruturada de gerenciar o capital intelectual da uma organização Karl-Erik Sveiby: arte de criar valor a partir dos bens organização intangíveis de uma Definições GC Hibbard: Processo de busca e organização da expertise coletiva da organização, em qualquer lugar em que se encontre, e de sua distribuição para onde houver o maior retorno (1997) Drucker: Aquisição sistemática e objetiva de informação e sua aplicação, como o novo fundamento para o trabalho, a produtividade e desenvolvimento mundial (1969) Definições GC Petrash: Disponibilização do conhecimento certo para as pessoas certas, no momento certo, de modo que estas possam tomar as melhores decisões para a organização (1996) Tom Wilson: Define-se como a aplicação de princípios administrativos à aquisição, organização controle, disseminação e uso da informação para a operacionalização efetiva de organizações de todos os tipos (1997) Definições GC Bair & Stear: Uma disciplina que promove uma abordagem integrada para identificar, capturar, recuperar e avaliar os ativos informacionais da empresa. Esses ativos de informação podem incluir bancos de dados, documentos, políticas, procedimentos, bem como o conhecimento não capturado, tácito e próprio de cada empregado (1997) Vídeo 6 : Linux Definições GC Inexiste uma definição única e universal para conhecimento, isto é resultante da divergência de entendimento e dos interesses das diferentes áreas de estudo: ciência da informação, ciência da computação, economia da informação, ciência cognitiva relacionadas às áreas da educação e psicologia, filosofia, teologia, entre outras. Porém, há consenso entre as diversas áreas da academia sobre o entendimento de dados propiciando a geração de informações, e destas promovendo a geração de conhecimentos (OLETO, 2006, p.57). Processamento de dados Consiste basicamente em extrair informações dos dados. Termo comumente associado ao processamento com utilização do computador. Dados Processamento Informações Dados x informação “Existem dados, mas faltam informações” (GOLDRATT, 1985) Dados x informação Informação: são o resultado do processamento de dados, saída de uma aplicação. Conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem um significado. É o dado tratado, contextualizado, passível de análise e comparação. Dados x informação O objetivo da informação é fazer com que o destinatário mude o modo de ver algo e que exerça um impacto sobre o seu julgamento e comportamento. Dados Dados Dados Informação Tomada de Decisão A informação depende de dados com um bom valor agregado, de tal modo que auxilie nas tomadas de decisões. Dados Informação Conhecimento Vídeo 7 : Informação Waldez Ludwig Tomada de Decisão A informação depende de dados com um bom valor agregado, de tal modo que auxilie nas tomadas de decisões. Dados Informação Conhecimento Decisão Exercício MARCOS 7 ANOS 72 KG MARÍLIA 4 ANOS 42 KG O que é conhecimento? INFORMAÇÃO DADO Registro de uma transação Mensagem semiestruturada com um originador, um destinatário e um conteúdo a ser informado CONHECIMENTO Insights e contexto – o que o conhecedor sabe Entidades Geridas pelas Organizações 1960 Eletronic Data Processing 1980 Management Information System 1994 Knowledge Management Dado x Informação x Conhecimento Dado -Material bruto; -Informação não formatada; -Pouco ou nenhum significado para o leitor; Informação -Dados processados; -Faz sentido para o leitor; -Deve ser capaz de responder: Quem? O que? Onde? Quando? Conhecimento -Informação valiosa da mente humana; -Inclui reflexão, sintaxe, contexto; -Difícil captura por máquinas; -Frequentemente tácito; Características Dados Informação Conhecimento Estruturação,captura e transferência fácil difícil extremamente difícil principal requisito para sua geração Características Diferenciais observação interpretação consensual análise e reflexão natureza explícita predominantemente explícita predominantemente tácita percepção de valor no contexto administrativo baixa médio grande foco operação controle e gerenciamento Inovação e liderança abordagens administrativas que os promovem execução de transações de negócios, processamento de dados ecologia da informação, gerenciamento de sistemas de informação gestão do conhecimento (KM), aprendizagem organizacional sistemas de processamento de dados (EDP, batch, OLTP) e transações via Internet (b2b, b2c, ...) sistemas de informação gerenciais (MIS), sistemas analíticos (OLAP, análise multidimensional), sistemas de suporte à decisão (DSS) e sistemas de informação executivas (EIS) data mining, text mining, natural language processing systems, sistemas especialistas, sistemas de inteligência artificial Tecnologias que os promovem Conhecimento Segundo o Observador Fonte: Boisot e Canals (2004) Números da Loteria Mensurando Qualidade da Informação 1 - Abrangência / Escopo da Informação 2 – Integridade da Informação 3 – Acurácia / Veracidade da Informação 4 – Confidencialidade / Privacidade da Informação 5 - Disponibilidade da Informação 6 - Atualidade da Informação 7 – Ineditismo / Raridade da Informação 8 - Contextualização da Informação 9 - Precisão da Informação 10 – Confiabilidade da Informação 11 – Originalidade da Informação 12 – Unicidade / Singularidade da Informação Analisar Dimensão Acurácia / Veracidade Problemas típicos dessa dimensão: • informação imprecisa, exemplo: “o filme começa entre 8h e 9h” • informação vaga, exemplo: “o filme começa lá pelas 8h” • informação probabilista, exemplo: “é provável que o filme comece às 8h • informação possibilista, exemplo: “é possível que o filme comece às 8h” • informação inconsistente, exemplo: “Maria disse que o filme começa às 8h, mas João disse que ele começa às 10h” • informação incerta, exemplo: “eu acho que o filme começa às 8h (mas não tenho certeza)” Dimensão Acurácia / Veracidade Mesmo as informações derivadas de “achismos” e palpites organizacionais, impregnados de subjetivismo, imprecisão, conflito, ignorância parcial, entre outros problemas, podem receber tratamento que as tornam mais acuras (BITTENCOURT, 2007). O nível de acurácia da informação é muito dependente da qualidade do método e dos procedimentos empregados para sua geração. Dimensão Confiabilidade A confiabilidade da informação é mensurada, principalmente, a partir da análise de duas variáveis (DE SORDI, 2008, p.50): Credibilidade da fonte Segundo Paim, Nehmy e Guimarães (1996, p. 116) a confiabilidade relaciona-se com a idéia de autoridade cognitiva: prestígio, respeito, reputação da fonte, autor ou instituição. Credibilidade do conteúdo Refere-se a evidências a favor do conteúdo da informação, obtidas por diferentes meios, desde as que empregam o julgamento pelo senso-comum até as fundamentadas em sofisticadas técnicas de confirmação da metodologia da pesquisa científica, incluindo aplicação de modelos estatísticos e probabilísticos, projetos experimentais, entre outros recursos (VEDDER e WACHBROIT, p.212, 2003). Dimensão Originalidade Riscos de trabalhar com • Transcrições • Traduções A tradução de textos é tão crítica em termos de gerar impedâncias na qualidade da informação que há uma expressão italiana específica para tal: “Traduttore, traditore” ou, no bom português, “Tradutor, traidor”. Mesmo ótimos tradutores, ao se depararem com expressões difíceis de serem transpostas para outros idiomas, acabam por deturpar a idéia original do autor; por menor que seja a alteração da idéia ocasionada, muitas vezes já é o suficiente para geração de problemas. (DE SORDI, 2008, p.52) • Reedições Dimensão Ineditismo/Raridade A dimensão ineditismo aborda o quão rara é determinada informação, considerando-se a sua inexistência seja no ambiente informacional da organização ou no ambiente externo a ela. Do ponto de vista administrativo, pode ser entendida como uma informação recentemente disponibilizada, ainda não percebida ou não disponibilizada pelos concorrentes, demais áreas da empresa ou por outras entidades de interesse do gestor da informação. Dimensão Contextualização A contextualização refere-se ao teor do texto, do idioma utilizado, da sonoridade da voz, dos aspectos de imagens e demais componentes da informação, no sentido destes serem significativos e atrativos ao público-alvo da informação. A informação de qualidade contempla estes aspectos no sentido de aumentar os níveis de atenção e compromisso do público-alvo. (DE SORDI, 2008, p.46) Dimensão Abrangência/Escopo Muitos autores denominam esta dimensão da informação de completeza ou coesão da informação De forma resumida, significa assegurar que a quantidade de informação está na medida certa e suficiente às necessidades de seus leitores. Dimensão Precisão Nível de detalhamento ideal da informação para seu pronto uso, atentos para não a confundirmos com abrangência/escopo da informação; este tem a ver com a quantidade de itens de dados e informações abordadas ou abrangidas na análise empregada para sua geração, aquele com o detalhamento ou esmiuçamento da informação. Pode se entender o escopo/abrangência da informação como o detalhamento horizontal da informação, enquanto que a precisão é sua profundidade ou verticalidade. Informação original com pouca precisão: Levar a massa ao forno brando, retirando-a apenas quando esta começar a ficar corada. Informação trabalhada objetivando maior precisão: Levar a massa ao forno, que deve estar com temperatura de 40C, durante quinze minutos. Abrangência/Escopo versus Precisão Precisão: profundidade ou verticalidade Abrangência: horizontalidade Dimensão Integridade Informação adulterada. não corrompida, ou seja, não Adulterações ocorrem devido a atos intencionais e não intencionais. Muito citada/recordada em função do subconsciente coletivo dos três pilares tradicionais dos planos de segurança das áreas de informática: integridade, disponibilidade e confidencialidade. Dimensão Confidencialidade/Privacidade Na dimensão confidencialidade não há alteração da informação, ou seja, ela não é corrompida, não incidindo em problemas de perda da integridade. Problemas situados na dimensão confidencialidade / privacidade dizem respeito exclusivamente ao vazamento da informação para pessoas não autorizadas, não implicando em problemas de integridade da informação. Ex.: extrato do caseiro do DF Dimensão Disponibilidade Implicar em pensar na entrega da informação a quem de direito. Problemas dessa natureza estão muito associados entre os praticantes a falhas das TICs (serviços indisponíveis ou de baixa performance). Pensar em outros aspectos: locomoção das pessoas, informação em meio físico, informação tácita, … Ex: funcionários aposentados/demitidos; prestadores de serviços de TICs com dificuldades; … Dimensão Existência A dimensão existência da informação está diretamente associada a ocorrência(s) de sua condição tácita ou explícita, ou seja, considera-se tanto a informação de posse das pessoas, ainda não estruturadas, como também as já estruturadas e materializadas, independente do formato e mídia utilizados. Dimensão Atualidade Com o passar do tempo, as informações têm forte propensão a se desvincularem, a desatualizarem da realidade que representam. se Com a sociedade conectada em rede, cada vez mais rápida e integrada, a obsolescência informação também se torna mais ágil. da Dimensão Identidade Denominar uma entidade informacional é uma das atividades mais importantes dentro do ambiente informacional. O nome da informação irá interferir significativamente na busca e acesso da informação por parte do público leitor. Muitas vezes empregam-se nomes muito específicos de domínio de determinados públicos, abrangendo até jargão técnico, outras vezes, utiliza-se de siglas ou características da mídia empregada, como “tela da tabela dupla”, “TED”, “DOC”, “relatório B3” ou o “relatório azul claro”. As informações evoluem de diversas formas, por exemplo, alterando o período de sua atualização, ou no conteúdo abrangido, estas atualizações também devem ser refletidas em seus nomes. É muito freqüente encontrarmos nas organizações nomes de entidades informacionais que não correspondem, que não representam o seu verdadeiro conteúdo. (DE SORDI, 2008, p.57) Dimensão Audiência Assim como ocorre com conteúdos televisivos, onde a mensuração dos níveis de audiência de cada programa da grade é importantíssima para ações gerenciais, a informação organizacional também deve ter sua audiência mensurada de forma a prover subsídios a sua correta gestão. Bom nível de audiência não implica em maior valor agregado à organização, podendo ocorrer até o inverso – um desserviço – caso haja problemas na qualidade da informação, por exemplo, da falta de acurácia. A medição da audiência é importante para detectar: o interesse da organização pela informação; indicar problemas de indisponibilidade da informação, por exemplo, quando ocorrem quedas sensíveis de acesso em períodos bem delimitados; indicar problemas de má descrição e divulgação da informação; entre outras finalidades. (DE SORDI, 2008, p.58) Dimensão Pertinêcia/Agregação de Valor Potencial da informação em servir e apoiar as atividades de determinado público-alvo, por exemplo, colaborando com o processo de tomada de decisão, agilizando trabalhos, melhorando a qualidade de determinado trabalho, entre outros benefícios. O potencial de valor agregado não é intrínseco da informação, mas resultante do contexto em que ela é utilizada, em especial, das pessoas que a utilizam e do período do tempo em que isso ocorre (EATON e BAWDEN, 1991). Mensurando Qualidade da Informação Análise da informação X: Abrangência / escopo Audiência 10 Integridade Identidade8 7 Acurácia / veracidade 9 6 53 Confidencialidade / Agregação de valor 9 privacidade 4 0 7 Disponibilidade Unicidade 7 5 2 Originalidade Atualidade 6 10 8Ineditismo / raridade Confiabilidade Precisão9 Contextualização Vídeo 8 : FGV Stravus Alguns conceitos de conhecimento Não é um facilmente; produto de prateleira O conhecimento tem natureza endógena, portanto se mistura com as características das pessoas; É dinâmico - precisa ser continuamente transformado. Necessita ser conhecimentos; A classificação clássica divide o conhecimento entre: TÁCITO EXPLÍCITO combinado para que se gerar adquire novos Tipos de conhecimento Tácito ou implícito; É o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual; Explícito; É aquele que pode ser facilmente decodificado em palavras; Tipos de Conhecimento Conhecimento Tácito Conhecimento Explícito Experiências de indivíduos, redes e comunidades Documentos, emails e outras formas “escritas” Exemplos: Melhores práticas Quem conhece quem sabe “o que está na nossa cabeça” Exemplos: Documentação de Processos Páginas da intranet Documentos (compartilhados ou não) Interação entre os tipos de conhecimento Modelo Nonaka e Takeuchi (Espiral do conhecimento) Interação entre os tipos de conhecimento Socialização Externalização Internalização Combinação =Cultura =Fluxos/Processos Organizacional Organizacionais Ciclo do Conhecimento Explícito Combinação Exteriorização Explícito Tácito Socialização Interiorização Tácito Características do conhecimento Subjetividade; Transferibilidade; Sedimentação; Autovalorização; Perecibilidade; Espontaneidade; Subjetividade A interpretação de documentos ou as atitudes nas mais diversas situações, está dependente experiências e valores de cada indivíduo; da Transferibilidade O conhecimento pode diferentes realidades. ser transferido para Por exemplo, processos e técnicas de trabalho de sucesso numa fábrica poderão ser transferidos para outra. Sedimentação O conhecimento está presente no funcionamento normal de uma organização. No entanto, poderá não se encontrar facilmente disponível. Isto porque, muitas vezes não é partilhado entre diferentes áreas funcionais ou apenas se encontra sedimentado no cérebro de um qualquer colaborador. Autovalorização O conhecimento aumenta de valor pela simples partilha ao organização. Por longo do funcionamento da exemplo, inovações em determinados processos de uma dada unidade de negócios, ao serem partilhadas, poderão otimizar igualmente outras unidades de negócios ou áreas funcionais. Perecibilidade O valor do conhecimento é muito instável estando bastante interligado, com a exclusividade da sua detenção ou oportunidade de sua aplicação. Por exemplo, uma empresa que se encontra a desenvolver um novo produto e que seja ultrapassada por um concorrente que coloque um produto similar mais rapidamente no mercado, terá um conhecimento que facilmente irá se desvalorizar. Espontaneidade O conhecimento é imprevisível, não tem hora marcada ou momento certo para ocorrer. Poderá surgir através de qualquer colaborador, a qualquer momento e em qualquer lugar. Vídeo 9 : Gestão do Conhecimento