INTERNAÇÃO DOMICILIAR COMO DISPOSITIVO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE Projeto de Intervenção apresentado como requisito parcial à obtenção de título no Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social (ENSP/FIOCRUZ). Aluna: Júlia Florêncio Carvalho Ramos Orientadoras: Mariza Villarinho & Maria Rita de Cássia Áreas Temáticas: Ações e Propostas para o fortalecimento da Participação Social nas questões da saúde Ações e estratégias para acessibilidade e ampliação da cobertura local Situação Problema: Aumento do número de Doenças Crônicas Não- Degenerativas (DCNT) Permanência de doenças infecciosas e parasitárias e acirramento das desigualdades sociais Informe Lalonde Reprodução do Modelo Hospitalar na Internação Domiciliar (ID) QUESTÃO: Como fazer da Internação Domiciliar um dispositivo para a promoção da saúde de idosos avançados internados em Unidades Hospitalares do Município de Araruama? Local de Ação: Descrição do Local de Ação: Fonte: IBGE, 2009 98.268 habitantes (2.155 Idosos avançados – 2,1%) Índice de Desenvolvimento Familiar – 0,52 (MDSCF) Índice de Vulnerabilidade – 0,64 (2ª faixa) Internação Domiciliar e Promoção da Saúde Redução do tempo de Internação Hospitalar: diminuição do risco de infecção hospitalar, diminui os custos de Atenção para a família e para o Estado e preserva o modo de vida do usuário; Incentiva a pactuação do cuidado com a família; Favorece a construção de vínculo; Estratégia: rodas de conversa. Grupo Meta: Idosos Avançados > 75 anos (ONU) IBGE – Idosos acima de 75 anos são o grupo etário que proporcionalmente mais cresce. PSF Araruama – 3.874 de idosos cadastrados (>60 anos) Marco Institucional: Secretaria Municipal da Terceira Idade (SETID) Hospital Municipal de Araruama PSF, NASF, PAM Pactuação entre SETID e SMS Avaliação: Critérios definidos pela ANVISA; Entrevistas semi-estruturadas; Discussão dos resultados obtidos nas entrevistas e também da realização da própria entrevista. Matriz do Projeto: Indicadores (%) 1 – Objetivo Geral: Incentivar a implantação da Internação Domiciliar como dispositivo de Promoção da Saúde dos idosos que necessitam de cuidados no leito. 2 – Objetivos Específicos: Fortalecer os Objetivo entre específico vínculos 1: cuidadores e profissionais visando aumento da coresponsabilização do cuidado através da realização de rodas de conversa Meios de Verificação Fatores externos Avaliação de desempenho a partir do conjunto de indicadores estabelecidos pela ANVISA; Comparação entre a vivência de “qualidade de vida” dos idosos antes e durante o projeto. Indicadores da ANVISA (Anexo 4); Contratação da Equipe Questionário de saúde de ID. auto-referida com os idosos ou questionário com os cuidadores (quando houver impossibilidade por parte do idoso) (Anexo 5). Número de pactuações estabelecidas entre equipe e cuidadores e grau de relevância atribuído por cuidadores e equipe a tais pactuações (mínimo de uma pactuação avaliada como muito relevante) e aos encontros ocorridos; Freqüência (superior a 50%) dos cuidadores aos encontros Entrevistas semiestruturadas com equipe e cuidadores (mensalmente) (Anexo 5); Análise da freqüência. Pactuação para conseguir uma sala para a realização dos encontros do grupo; Dificuldade em conseguir que os cuidadores se desloquem de seus domicílios para os encontros. Objeti vo Espec ífico 2 Pactuação da continuidade do cuidado com a rede (PSF, PAM e Hospital) Continuidade das visitas realizadas pelos agentes Contato com a comunitários durante a equipe de PSF, PAM internação domiciliar e com o Hospital (mínimo de 1 por mês); Disponibilidade para marcação de consultas no PSF após o fim da Internação (em até no máximo 1 mês); Número de consultas realizadas com o cuidador (pelo menos uma por semestre) pelo PSF; Disponibilidade para marcação de consultas com especialistas e de exames no PAM quando necessário; Prontidão com a qual o Hospital interna o idoso quando necessário (em até 24 horas). Flexibilizar as agendas de consultas e de exames das equipes dos PSFs e do PAM; Garantir prontamente a internação do idoso quando necessário, uma vez que estas geralmente funcionam com lotação acima de sua capacidade média. 3 – Resultados Diminuir o tempo de permanência de idosos com DCNT acamados nas enfermarias hospitalares; Diminuição no tempo de internação médio dos idosos com DCNT nas enfermarias hospitalares; Diminuição da necessidade de reinternação hospitalar após o idoso estar em internação domiciliar. Comparação entre o tempo de permanência médio atual no município (8 dias para toda a população) com o tempo médio de internação com a Internação Domiciliar em funcionamento; Comparação entre o número de reinternações ocorridas anterior e posteriormente à ID. Escassez de dados compilados precisos em relação ao número de idosos internados no Hospital e em relação à freqüência com que eles são re-internados (inclusive no Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado – SIHD – e no Departamento de Informática do SUS – DATASUS). Ampliar o grau de coresponsabilizaç ão do cuidado entre cuidadores e equipe; Reintegração do idoso acamado internado em hospital em seu cotidiano familiar. Número de ações realizadas com o idoso discutidas coletivamente em relação ao conjunto de tarefas (mínimo de 50%); Grau de importância atribuído por cuidadores e equipes às discussões ocorridas. Diminuição na freqüência com que o idoso era re-internado no Hospital; Percepção por parte do idoso e/ou da família do aumento da participação do idoso nos acontecimentos cotidianos em relação à antes da Internação Domiciliar. Entrevistas semiestruturadas com Equipe e Cuidadores (realizada mensalmente) (Anexo 5) Comparação entre as taxas de reinternação do idoso pré e pós ID; Entrevista semiestruturada (mensalmente) (Anexo 5). Escassez de dados compilados precisos em relação à freqüência com que eles são reinternados (inclusive no SIHD e DATASUS). Melhoria da Avaliação Positiva de Verificação qualidade de ao menos 50% dos trimestral de vida dos indicadores todos os idosos com anteriores. indicadores DCNT anteriores. acamados; 4 – Atividades : Diagnóstico participativo da situação do grupo de idosos acamados em Araruama; Identificação dos Cuidadores; Coleta, análise e devolução dos dados referentes aos Indicadores da ANVISA e aos questionários e entrevistas; Realização de rodas de conversa semanais com cuidadores e equipes. 6 – Insumos: Equipe com disponibilidade para participar das rodas (6 horas semanais); Recursos para a ID (aparelhos de verificação de Pressão arterial, oxímetro, termômetro, medicamentos, entre outros a serem avaliados); Sala para a realização das reuniões do grupo. Referências Bibliográficas: ARARUAMA. Secretaria Municipal da Terceira Idade. Programa de Atenção Integral ao Idoso de Araruama. Araruama, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.529 de 19 de outubro de 2006a. 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