Estrofes 52-53
 Os marinheiros avistam a ilha “ De longe a ilha viram”
 È caracterizada como:
 -”fresca e bela”
 - só se torna “firme” e “imóvel” quando Vénus tem a certeza que
os nautas se dirigem para a enseada “curva e quieta” .
 O locus amoenus:
-Da estrofe 54 a 62 o narrador descrevenos o cenário onde há-de decorrer o
encontro amoroso dos Nautas com as
Ninfas. Do geral para o particular Tratase do cenário típico do locus amoenus:
-com os seus chãos maciamente
relvados, águas límpidas e cantantes;
-arvoredos frondosos ,flores, um lago;
-a simpática fauna que aí se cria e os
frutos que sem cultivo se produzem.
É um cenário paradisíaco, idílico, da
idade do ouro.
As sensações
 Com a aproximação as sensações vão desde:
-visuais: “ três outeiros”; “fontes”; “verdura”;
-olfactivas: “pomos odoríferos”; os limões “ali cheirando estão”
-gustativas: “ abre a romã”;
-auditivas: “ao longo da água o níveo cisne canta”; “Algumas,
harpas e sonoras frautas”.
Estâncias 64 a 84
 Desembarque dos marinheiros e jogos de sedução.
 Camões descreve, com um arrojo inesperado para
um renascentista, a cena do encontro dos nautas
com as ninfas que os esperavam, industriadas por
Vénus.
 Os marinheiros divisam por entre os ramos das
árvores as cores dos tecidos das vestes das ninfas, as
quais deliberadamente se vão deixando alcançar.
Outras são surpreendidas no banho e correm nuas
por entre o mato, enquanto alguns jovens entram
vestidos na água. Elas não fogem e deixam-se cair
aos pés dos seus perseguidores.
Estâncias 85 a 91
 Téthis conduz Gama ao seu palácio e conta-lhe as glórias
futuras de Portugal no Oriente. Tétis mostra ao
Gama a máquina do Mundo, como a viu Ptolomeu ,céus e
terras, com destaque para a Ilha de São Tomé.
 Camões atribui um sentido alegórico ao episódio. Assim,
refere:
«Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, / Tethys e a Ilha
angélica pintada, / Outra cousa não é que as deleitosas /
Honras que a vida fazem sublimada» (estrofe 89).
Significado da Ilha
 A ilha é o prémio “ lá no fim bem merecido”;
 Os homens divinizam-se , saindo vitoriosos perante Baco
,enquanto as deusas se humanizam;
 O herói nacional torna-se imortal;
 . A ilha é uma catarse total, não apenas de todos os
recalcamentos, mas das misérias da própria História, e das
misérias da vida no tempo de Camões e fora dele. É a
reconciliação, a transcendência.
 O Amor é colocado como centro da harmonia do Mundo;
Significado da Ilha
 É a celebração da vitória do povo português que ousou




desafiar os mares.
É um prémio àqueles que bravamente navegaram para além
“do que prometia a força humana.”
A glorificação pelos feitos heróicos, a imortalidade, para
sempre gravada na História.
Transfiguração mítica dos heróis.
Geram a descendência semi-divina da raça lusa.
Análise estilística
-Estruturação gradativa
-do longe ao perto : reino mineral; reino vegetal; reino animal.
- o plano humano e o divino , unindo-se no final.
- A visualidade e o impressionismo
- adjectivação expressiva, por vezes dupla:
Ex:“ fresca e bela”; “ alegre e deleitosa”; claras fontes e límpidas”
- acumulação progressiva das sensações;
- animização da paisagem “ Três formosos outeiros se mostravam”;
-figuras de estilo de movimento, cor e exagero( comparação, metáfora, perífrase ,
hipérbole);
-uso do presente e do imperfeito do modo indicativo para sugerir o decurso da acção.
Ex: “ límpidas manavam / Do cume”;
-uso da conjugação perifrástica e gerúndio para traduzir continuidade Ex: “ estão
subindo”, “ pintando estava”, “cantando voam”
Paula A.
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Diapositivo 1