Colelitíase e nefrolitíase Ana Leticia Leal Tayane Miranda Salvador Outubro de 2014 Colelitíase Ana Leticia Leal Anatomia: • Situa-se na face inferior do fígado, na fossa formada pela junção dos lobos direito e esquerdo. • Irrigada pela artéria Cística, originada da artéria Hepática Direita, originada do Tronco Celíaco. Anatomia: Função: • • • • Armazenar e concentrar a Bile (10x em 4h) Armazena de 30 a 50 ml (até 200ml de bile) Atuação: Digestão de gorduras (micelas) Alcalina Colelitíase: • Formação de calculo na vesícula biliar. • São divididos em dois tipos principais: • cálculos de colesterol (80%) e • cálculos pigmentares(20%). • Devido: Hipomotilidade e alterações da solubilidade Epidemiologia: • - Idade: 70% acima de 40 anos • - Sexo: feminino 4:1 masculino • - Multíparas > Nulíparas • - Obesos > Não-obesos • *Regra dos “4 F” (forty, female, fertility, fatty) Fatores de Risco: • 1) Predisposição Genética – risco aumenta em 2/4x; • 2) Dismotilidade Vesicular – a estase é um elemento fundamental para formação de cálculos biliares; • 3) Estrogênio e Progesterona – o estrogênio estimula a síntese de colesterol e a progesterona reduz a contratilidade da vesícula; • 4) Idade; >40 anos • 5)Obesidade – risco aumenta em 3x, (bile supersaturada em colesterol); • 6) Hiperlipemias. Lama Biliar: • Precursora dos cálculos (mistura de mucina bilirrubinato de cálcio e cristais de colesterol) • Não implica obrigatoriedade na formação de cálculos • Pode ser reversível Quadro Clínico: • 85% assintomáticos (10 a 30% sintomáticos em 2 anos) • Dor (cólica biliar); • Duração menor que 6 horas; • Localização: hipocôndrio direito, epigástrio e dorso • Náuseas e vômitos Revisão: • COLELITÍASE Doença Calculosa Biliar • COLECISTITE Processo inflamatório da vesícula • COLEDOCOLITÍASE • COLANGITE Migração de Cálculo para o Colédoco Infecção Bacteriana do trato biliar + Obstrução biliar parcial ou completa Diagnóstico: • Exames de Imagem: • Raio X simples de abdome (cálculos em até 15%) • Ultrassonografia: padrão ouro • Tomografia computadorizada: necessária? • Cintilografia: não identifica cálculos, mas colecistite Ultra-som: • Primeiro a ser solicitado; • Rápido, não invasivo, disponível; • sem radiação ionizante, menor custo; • Avalia: vesícula, ductos biliares e demais órgãos abdominais. Ultra-som: • Sensibilidade, especificidade e precisão: - Presença de cálculos (95 %) - Espessamento da parede - Presença de líquido • Operador dependente Tratamento: • Inicial: • Controle da dor: • *AINEs • *Meperidina • Definitivo: • Cirurgico Tratamento: Colecistectomia: • Sucesso em 90% dos casos Tecníca Convencional X Videolaparoscópica Tratamento: Complicações Cirúrgicas: • Mortalidade <0,3% (IAM) • Lesão de vias biliares extra-hepáticas • Coleperitônio Tratamento: • Clínico: Dissolução oral: . Ácido Quenodesoxicólico (CDCA): dose de 10mg/Kg . Ácido Ursodesoxicólato (URSO): dose de 715mg/Kg Litotripsia extracorpórea (ondas de choque): “quebrar” cálculos >5mm Referências: • Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medi cina Interna. 22ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2005. • Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v. 2. 16ª. Edição. Rio de Janeiro:McGrawHill, 2006. • Lopes AC, Amato Neto,V.TRATADO DE CLÍNIC AMÉDICA3VOL.1ªEdição.São Paulo: Roca, 2006. Nefrolitíase Tayane Miranda dos Santos A formação de cálculos no trato urinário pode ser entendida como uma forma de biomineralização. (Riella,2003) • • • • 5 a 15% da população Maior frequência nos homens (2 a 3 x); Incidência maior de 20 a 40 anos; Recorrência: 10%-1 ano\ 35%-5 anos\50 a 60%-10 anos; • Variação sazonal e geográfica. No do paciente tinha 1 ... Mas que “Pedra” é essa? Mas como essa “pedra” foi formada? 1. Supersaturação; 2. Nucleação; 3. Crescimento e agregação Oxalato de ca+ Fosfato de Ca+ Magnésio Citrato Pirofosfato Agua\Urina Quais os fatores de risco? Hipercalciúria: 5% da população X 50% dos litisiaticos; Quais os sintomas? Não são fáceis de mijar Assintomáticos X Sintomáticos(Cólica nefrética) Tamanho-------Localização------Mobilidade Como é a dor da cólica nefrética? • Região lombar, flanco ou fossa ilíaca • Súbita • Forte • Geralmente unilateral em cólica • Não aliviada pelo repouso ou posição • Irradiada para trajeto ureteral, região de bexiga e genitália externa Tem sintomas associados? Atenção!!! Giordano + é sinal de pielonefrite E como diagnosticamos Nefrolitiase? Existe mesmo nefrolitíase ? • Sumario de urina: -Hematúria microscópica( 90%); -Cristais de cistina e estruvita na urina são diagnósticos; -Cristais de oxalato de cálcio são sugestivos; -Pode haver discreta leucocitose sem bastonetes(Se leuco muito alto suspeitar de ITU); • Ureia e creatinina normais. TC helicoidal sem contraste • Sensibilidade de 98% e especificidade de 100%; • Diagnósticos diferencias. USG renal • Identifica cálculos radiopacos e de acido úrico; • Acurácia depende do examinador ; • Melhor método para identificar: – presença de litíase – repercussão mecânica aguda sobre o excretor • Pode mostrar: – repercussão crónica – existência de infecção do parênquima, do excretor ou peri-renal – presença de factores predisponentes RX de abdome • Sempre indicado; • Detecta cerca de 90% dos calculos(>2mm); • Método mais simples para avaliar: – – – – a natureza química da litíase (presumível) correctamente a massa litiásica radiopaca a progressão dos cálculos a eficácia das terapêuticas Urografia excretora • Foi considerado padrão-ouro; • 90% de sensibilidade; • Usa contraste iodado Qual a composição do cálculo? • Analise colorimétrica do cálculo ou difração de raio x (orientar o paciente para coleta) Qual o fator predisponente para a formação do cálculo? • Após 4 semanas Tratamento da cólica nefretica • Analgesia: -Aine(diclofenaco,idometacina...) IM; -Antiespasmódico(buscopam) IV ou IM; -Analogos de morfina • Hidratação- Grande controvérsia • Avaliação clinica e radiologica Tratamento do Cálculo LECO-LOCE • Resultados – 80-90% de sucesso nos cálculos renais < 2cm – 50-60 % de sucesso nos cálculos do ureter médio – A taxa de sucesso eleva-se a valores muito mais elevados, próximos dos 100% quando associada a outras modalidades terapêuticas Ureteroscopia • Taxas de Sucesso – 99% nos cálculos distais – 70-80% nos cálculos médios – 70% nos cálculos proximais Nefrolitotomia Percutânea • Resultados – 80% de doentes livres de cálculos em monoterapia – Quando em associação com a LOCE, as taxas de sucesso aproxima-se dos 100% Cirurgia • Obsoleto- 1-5% • Indicação: -Cálculos refratários as técnicas não invasivas e minimamente invasivas ; -Anatomia difícil; Indicações de tratamento: • Cálculos assintomáticos: Não intervir, a não ser que tenha obstrução total, ITU ou calculo coraliforme. • Cálculos sintomáticos <5mm: Observar, 90% é excretado. • Cálculos sintomáticos > 5-7mm: Posição: -Renal ou ureteral proximal <2cmLOCE; -Renal ou ureteral proximal >2cmNefrolitotomia Percutânea; -Posição ureteral média ou diatalUreteroscopia -Colariforme Nefrolitotomia percutânea+LOCE • Cálculo complicado(Obstrução total ou ITU) Desobstruir a via urinaria: -Nefrostotomia percutânea; -Stent ureteral Profilaxia Obrigado!!! Referências: • Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medi cina Interna. 22ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2005. • RIELLA, M.C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios. Hidroeletrolíticos. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.