Concepções sobre jogo, brincadeira/faz-de-conta Profª Drª Luciana R Pinheiro 1 EDUCAÇÃO INFANTIL... O BRINCAR QUE ENSINA Alface já nasceu... Samba lelê... Pai Francisco entrou na roda... Merequetê... 2 Ludicidade - atividades lúdicas... • Luckesi (1998) define a atividade lúdica como aquela que propicia a ‘plenitude da experiência’. 3 • “O que a ludicidade traz de novo é o fato de que o ser humano, quando age ludicamente, vivencia uma experiência plena. Com isso, queremos dizer que, na vivência de uma atividade lúdica, cada um de nós estamos plenos, inteiros nesse momento; nos utilizamos da atenção plena, como definem as tradições sagradas orientais. Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além dessa própria atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis, alegres, saudáveis”. LUCKESI (2000) 4 Lili inventa o mundo Mário Quintana “Lili vive no mundo do faz de conta. Faz de conta que isto é um avião, zum... Depois aterrizou em pique e virou trem Tuc, tuc, tuc, tuc... Entrou pelo túnel chispando. Mas debaixo da mesa havia bandidos. Pum! pum! Pum! Pum! O trem descarrilhou. E o mocinho? Meu Deus! No auge da confusão, levaram Lili para a cama a força. E o trem ficou tristemente derribado no chão, Fazendo de conta que era mesmo uma lata de sardinha.” 5 BENEFÍCIOS DO JOGO/BRINQUEDO EDUCATIVO • Benefícios cognitivos – produz excitação intelectual altamente estimulante, desenvolve habilidades perceptuais, atenção, memória... 6 BENEFÍCIOS DO JOGO/BRINQUEDO EDUCATIVO • Benefícios sociais e afetivos – aprender a interagir com as pessoas, respeitar e serem respeitadas, compartilhar, ceder às vontades dos colegas, receber e dispensar atenção aos seus pares, atender às regras compartilhadas e que podem ser mudadas desde que haja acordo entre os participantes. 7 BENEFÍCIOS DO JOGO/BRINQUEDO EDUCATIVO • Benefício físicos – desenvolvimento das habilidades motoras e de expressão corporal, diferentes linguagens corporais. Do ponto de vista didático, os jogos e brincadeiras promovem situações em que as crianças aprendem conceitos, atitudes e desenvolvem habilidades diversas, integrando aspectos cognitivos, sociais, afetivos e físicos. 8 9 O TRABALHO EM GRUPO EXIGE: • • • • • RESPEITO AO TRABALHO DO OUTRO INTEGRIDADE CONFIABILIDADE AGILIDADE FLEXIBILIDADE 10 RESPONSABILIDADE COM A VIDA • • • • • • • Conhecer a criança Dar carinho e atenção Estar atento às necessidades Verificar se a criança está bem Mostrar afetividade Transmitir segurança Criar um contexto que gere o sentimento de pertença 11 CONFIANÇA E RESPONSABILIDADE • Honrar com a confiança • Atentar para as reais necessidades das crianças • Cuidado com a FALA que FALA na VOZ do adulto • Entender o verdadeiro sentido da Infância 12 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE • Educar com exemplos • Estar atenta a todas as situações • Verificar atitudes e comportamentos das crianças • Mostrar-se presente, atenta e participativa 13 BRINCADEIRAS E A EDUCAÇÃO Estimulam a participação Criam ambiente agradável entre as crianças e os educadores Aumentam o interesse /motivação Cooperação entre os elementos do grupo 14 ATIVIDADES LUDICAS E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL • AUTODESCOBERTA (eu, os meus limites e as minhas possibilidades); • AUTOESTIMA (quem sou eu para mim e para o grupo ao qual faço parte?); • AUTONOMIA (o que consigo fazer, o que posso fazer, qual o momento de pedir ajuda?) 15 ATIVIDADES LUDICAS E O DESENVOLVIMENTO SOCIAL • INTERAÇÃO – SOCIALIZAÇÃO - ALTERIDADE • COOPERAÇÃO – (eu posso ajudar e eu posso receber ajuda); • CONSCIÊNCIA CIDADÃ (as minhas ações geram consequências na minha vida e na vida de outras pessoas) – RESPONSABILIDADE 16 CRIANÇA? Como entendê-la? A criança é um sujeito sociocultural que aprende e constrói o conhecimento a partir do encontro com o outro, e nas múltiplas interações que estabelece no meio social. O encontro com o outro se multiplica em diferentes formas de interação: com o adulto, com seus pares, com os livros, com os filmes, com a observação do mundo real, etc. (Goulart, 2002) 17 APRENDIZAGEM MEDIADA • Espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo. • Experiências significativas. • Lúdico, prazer pelo conhecimento. • Respeito às descobertas e ao desenvolvimento. • LIMITES sem traumas e sem castigos. 18 Os jogos e as brincadeiras devem ser desenvolvidas a partir das seguintes metas: • • • • • • a construção da autonomia e da cooperação; a formação do auto-conceito estável e positivo; a comunicação e a expressão em todas as formas; o desenvolvimento do senso de responsabilidade; o enfrentamento e a solução de problemas; a formação do ser integral, considerando todas as inteligências, inclusive as emocionais intra/interpessoais; • a criatividade e a transdisciplinaridade. 19 EIXOS NORTEADORES / ÁREAS DE CONHECIMENTO • • • • • • • Identidade e Autonomia Ética e Valores Movimento Linguagens artísticas (Música, Artes...) Língua Portuguesa. Natureza e Sociedade Matemática 20 21 Ludicidade e contação de histórias... Era uma vez Assim vai começar Uma linda história Que agora eu vou contar... Feche a boquinha Preste atenção Fiquem bem ligado Vai ter diversão 22 A importância da contação de história • Jogo simbólico; • Internalização de conceitos; • Aprender a lidar com as emoções e sentimentos; • Compreensão de mundo; 23 QUAL É O PAPEL DO PROFESSOR-EDUCADOR NO MOMENTO DAS ATIVIDADES E DAS BRINCADEIRAS? 24 Referências Bibliográficas e Bibliografia • BARBOSA, Maria Carmem Silveira; Horn, Maria da Graça Souza. Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. E. Educação Infantil. Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 67-79. • BRASIL. Resolução nº 5/09. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009. • BRASIL. Parecer nº 20/09. Conselho Nacional de Educação. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009. • CERISARA, Ana Beatriz. Educar e Cuidar: por onde anda a educação infantil? In: Perspectiva: Revista do Centro de Ciências da Educação. UFSC/CED. N.º especial, Florianópolis, 1999b, p. 11-21. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10539 • OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Pode-se falar em uma Escola da Infância? In: OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. – 7. Ed. – São Paulo: Cortez, 2011 – (Coleção Docência em Formação) 25