COLONIZAÇÃO DO BRASIL
Iniciada com a expedição de Martim Afonso de Sousa em 1530, que
fundou a primeira vila na colônia – São Vicente, em 1532 –, a ocupação das
terras brasileiras é lenta e dispersa.
Até meados do século XVII permanece limitada à estreita faixa
litorânea, onde se concentram a exploração do pau-brasil e a produção
açucareira, mas daí por diante se estende para o interior, estimulada pela
pecuária, pela mineração e pela atividade missionária. A base econômica da
colonização é a produção, extrativista, agrícola ou mineral, sustentada no
trabalho escravo e voltada essencialmente para o comércio com a própria
metrópole. A estrutura político-administrativa da colônia é constituída pelas
capitanias hereditárias e pelo governo-geral, estando o governo local de vilas e
cidades a cargo das câmaras municipais. O culto religioso, a educação e o
controle moral da população, além da catequese indígena, cabem à Igreja
Católica e às suas ordens religiosas.
Pacto Colonial
A colonização portuguesa do Brasil, tem
caráter essencialmente mercantilista: ocupar a
terra e produzir riquezas para proporcionar renda
ao Estado e lucros à burguesia. Isso é garantido
pelo monopólio comercial e pelo pacto colonial,
que legitima o direito exclusivo de comprar e
vender na colônia por meio de seus comerciantes
e de suas companhias. Mas a sociedade colonial
desenvolve interesses próprios, econômicos e
políticos. E, quando começa a entender que
nesse pacto suas aspirações são sempre
secundárias, passa a contestá-lo. Crescem as
revoltas entre os séculos XVII e XVIII.
SOCIEDADE
COLONIAL
• Assentada na propriedade monocultora e na escravidão, a
sociedade colonial é patriarcal e sem mecanismos de mobilidade
social. O poder concentrado em grandes proprietários estimula o
clientelismo: os agregados - homens livres que gravitam em
torno do engenho - e as populações das vilas dependem política
e economicamente dos senhores, inclusive de seus favores
pessoais.
•
Vida urbana - No nordeste açucareiro a sociedade é
basicamente agrária. A vida urbana se desenvolve
primeiramente nas regiões das minas. A própria natureza da
atividade mineradora, com sua variedade de funções e serviços,
estimula o comércio, a formação de núcleos populosos e permite
maior mobilidade social.
Escravidão
• O tráfico negreiro é um dos mais vantajosos
negócios do comércio colonial e seus lucros
são canalizados para o reino.
• A Coroa portuguesa autoriza cada senhor de
engenho a comprar até 120 escravos por
ano.
• Em 1590, só em Pernambuco registra-se a
entrada de 10 mil escravos.
Cana-de-açúcar
• O cultivo da cana-de-açúcar é introduzido no Brasil
por Martim Afonso de Souza, na capitania de São
Vicente. Seu apogeu ocorre entre 1570 e 1650,
principalmente em Pernambuco.
• O engenho - Os chamados engenhos de açúcar são
unidades de produção completas e, em geral, autosuficientes. Além da casa grande, moradia da
família proprietária, e da senzala, dos escravos,
alguns têm capela e escola, onde os filhos do
senhor aprendem as primeiras letras.
• Junto aos canaviais, uma parcela de terras é
reservada para o gado e roças de subsistência. A
"casa do engenho" possui toda a maquinaria e
instalações fundamentais para a obtenção do
açúcar.
• O monopólio português sobre o açúcar assegura
lucros consideráveis aos senhores de engenho e à
Coroa. Esse monopólio acaba quando os holandeses
começam a produzir açúcar nas Antilhas, na
segunda metade do século XVII. A concorrência e os
limites da capacidade de consumo na Europa
provocam uma rápida queda de preços no mercado.
Mineração
• Na passagem do século XVII para o XVIII, são
descobertas ricas jazidas de ouro no centro-sul
do Brasil. A Coroa portuguesa volta toda sua
atenção para as terras brasileiras. A região das
minas espalha-se pelos territórios dos atuais
Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso
e torna-se pólo de atração de migrantes:
portugueses em busca de fortuna, aventureiros
de todas as regiões do Brasil e escravos
trazidos do Nordeste. Criam-se novas vilas:
Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté,
São João del Rey, Arraial do Tejuco (atual
Diamantina) e Cuiabá.
Mineração
• O quinto - A Coroa portuguesa autoriza a livre
exportação de ouro mediante o pagamento de
um quinto do total explorado. Para administrar
e fiscalizar a atividade mineradora, cria a
Intendência das Minas, vinculada diretamente
à metrópole. Toda descoberta deve ser
comunicada. Para garantir o pagamento do
quinto, são criadas a partir de 1720 as casas
de fundição, que transformam o minério em
barras timbradas e quintadas. Em 1765 é
instituída a derrama: o confisco dos bens dos
moradores para cobrir o valor estipulado para o
quinto quando há déficit de produção.
Diversificação
agrícola
• A agricultura de subsistência e a pecuária desenvolvem-se
ao longo dos caminhos para as minas e nas proximidades
das lavras.
• O crescimento demográfico aumentou rapidamente os
lucros dessas atividades.
• Sesmarias são doadas na região a quem queira cultivá-las.
• Fator essencial na ocupação e povoamento do interior, a
pecuária se desenvolve no vale do rio São Francisco e na
região sul da colônia.
Diversificação
agrícola
• As fazendas do vale do São Francisco são latifúndios assentados em
sesmarias e dedicados à produção de couro e criação de animais de
carga.
• Muitos proprietários arrendam as regiões mais distantes a pequenos
criadores.
• Não é uma atividade dirigida para a exportação e combina o trabalho
escravo com a mão-de-obra livre: mulatos, pretos forros, índios, mestiços
e brancos pobres.
• No sul, a criação de gado é destinada à produção do charque para o
abastecimento da região das minas.
África
• O continente africano era dividido em reinos
antes da chegada dos europeus.
• O reino do Congo, por exemplo, era dividido
em aldeias familiares, distritos e províncias
e todos os governadores eram conselheiros
do rei.
• No império de Gana, os monarcas se
reuniam todos os dias com os súditos para
papear, ouvir reclamações e tomar decisões.
África
• Tratava-se de uma região com cultura
própria, porém diversificada.
• diversidade de etnias e culturas foram
paulatinamente massacrados pelos
europeus e sua dita “civilização” que os
julgavam inferiores e por isso poderiam ser
escravizados.
• Mesmo antes da chegada dos traficantes de
escravos europeus, os árabes já praticavam
o comércio negreiro, transportando escravos
para a Arábia e para os mercados do
Mediterrâneo oriental, para satisfazer as
exigências dos sultões e dos xeques.
• As guerras tribais africanas, por sua vez,
favoreciam esse tipo de comércio, visto que
a tribo derrotada era vendida aos
mercadores.
Exercício de fixação
1) Como eram administradas as vilas?
2) Quais a função das câmaras municipais?
3) Onde a cana-de-açúcar se desenvolveu?
4) Porque os portugueses escolheram a canade-açúcar?
5) Quem eram os donos do engenho de
açúcar?
6) Qual era a mão-de-obra nos engenhos?
7) O que eram as capitanias hereditárias?
8) Porque foram criadas?
9) O que era a Carta de Doação?
10) O que era a Carta Foral?
11) Quais as capitanias que prosperaram?
12) Porque as capitanias fracassaram?
13) O que foi o Sistema de Governo
Geral?
1) Eram administradas por Câmaras Municipais com base nas leis
portuguesas.Só podiam votar os “homens bons” – grandes proprietários
de terras e de escravos e pelos comerciantes.
2) Zelar pela administração urbana e rural, arrecadar impostos, realizar
benfeitorias e cuidar d o abastecimento.
3) No início foi tentado plantar em São Vicente, porém o solo e o clima não
era bons. No nordeste mais precisamente na Zona da Mata foi onde mais
se desenvolveu
4) Porque era muito procurada e caro na Europa; porque já tinham
experiência em produzir e comercializar; porque se adaptou bem ao clima
e solo do nordeste.
5) O senhor do engenho que se tornou a pessoa mais rica do Brasil.
6) Os índios e depois os negros sempre escravizados
7) Em 1534, o Brasil foi dividido em 15 lotes e entregue a 12 donatários
8) Para evitar despesas reais com a colonização; ampliar o povoamento;
intensificar a produção e a exploração de riquezas; proteger o litoral contra
invasões.
9) Documento entregue pelo Rei aos donatários da terra para a posse da
capitania.
10) Estabelecia os direitos e deveres dos donatários. O Rei
podia monopolizar as riquezas das colônias e arrecadar
impostos. O donatário podia escravizar índios, legislar na
sua capitania e doar sesmarias (pedaços de terras). Tinham
que proteger a terra, realizar benfeitorias e produzir
riquezas, além de trazer colonos de Portugal.
11) São Vicente e Pernambuco
12) Por causa da distância de Portugal; falta de interesse de alguns donatários;
ataques indígenas; falta de recursos de alguns donatários; o isolamento entre as
capitanias; falta de colonos que quisessem vir ao Brasil.
13) Foi criado em 1548 por Portugal, para evitar o fracasso total das capitanias
hereditárias. Consistia em um governo central para coordenar e supervisionar o
desenvolvimento das capitanias. Salvador tornou-se 1ª capitania do Brasil.
UFA! CHEGAMOS AO FIM DE MAIS UM
BIMESTRE!
BOA PROVA!
PROFESSORA POLIANE!
Download

revisão 7º ano _ colonização do brasil