Psicologia Social Unidade 2 Métodos de estudo • Psicologia Social: Ciência empírica – Conhecimento científico: • • • • Gera conclusões válidas Descrever Prever Controlar Métodos de estudo • Psicologia Social: Ciência empírica – Formulação de hipóteses – Teste de hipóteses – Conclusão Métodos de estudo • 3 Métodos principais de estudo – Observação: Exploratório – Correlação: Predição – Experimentos: Causas Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Observação • Consiste em simplesmente observar o comportamento em ambientes sociais. • Tem a vantagem de ser natural • Tem a desvantagem de gerar apenas conclusões descritivas (sem relação entre as variáveis). Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Correlação • Permite a comparação entre dois valores e compara o quanto um deles varia em função do outro. • Positiva: Um sobe quando o outro sobe • Negativa: Um desce quando o outro sobe • Nula: Não há relação • Métodos principais de estudo – Correlação • Positiva: Quantidade de comportamentos agressivos em uma hora X Horas semanais de programas violentos. Comportamentos agressivos e programas violentos: Correlação 16 Comportamentos Agressivos 14 12 10 8 6 4 2 0 0 5 10 15 20 Programas violentos 25 30 35 40 • Métodos principais de estudo – Correlação • Negativa: Minutos já assistidos da aula X Segundos por minuto com os olhos direcionados ao professor. Atenção à aula 70 60 Atenção no professor 50 40 30 20 10 0 0 20 40 60 Minutos de aula 80 100 120 Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Correlação • Com a correlação é possível prever uma das variáveis quando se sabe o valor da outra. • Ex: Quantidade de violência assistida e comportamentos agressivos. – Quanto mais violência uma criança assiste, mais comportamentos agressivos terá. – Sabendo que uma criança assiste muitos programas violentos, saberemos se vai se comportar de forma agressiva. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Correlação • Desvantagens incluem a impossibilidade de atribuição de causalidade. • Correlação não significa causa. – Pode ser explicado por inversão da causa. – Pode ser explicado por uma causa anterior que gera os dois efeitos. – Podem se tratar de eventos relacionados apenas numericamente. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Envolve a manipulação de uma variável e observação do seu efeito em outra variável. • Além disso, controla-se todos os fatores que poderiam influenciar o resultado. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • A variável manipulada chama-se variável independente. • A variável observada chama-se variável dependente. • Todas as outras, chamam-se variáveis estranhas. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Devemos manipular a V.I., observar o efeito na V.D. e controlar todas as V.E. para que não atrapalhem a conclusão. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Exemplo – Difusão de responsabilidade (Latané, 1968). – Participantes eram convidados para que conversassem em grupo sobre seus problemas. – O participante era alocado em uma dupla, grupo com 4 ou grupo com 6 pessoas. – Ficariam fechados em cubículos individuais. – Cada um teria a sua vez para falar. – Um dos participantes (fictício) começou a ter um ataque epiléptico no meio da atividade. – Foi determinado quantos participantes ajudaram o colega em perigo. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Variável independente (manipulada): Tamanho do grupo. • Variável dependente (observada): Reação de ajuda (sim ou não). • Variáveis estranhas: Diversas. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Vantagem: Atribuição da causalidade – É perfeitamente seguro dizer que o tamanho do grupo influenciou na tendência à ajuda. – Quando controlamos bem o experimento, podemos atribuir uma causa ao efeito observado. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Validade interna: – É a medida que determina o quanto é seguro dizer que apenas a variável independente (e apenas ela) influencia a variável dependente. » Designação aleatória às condições possibilita a validade interna. » Além disso, é preciso controlar as variáveis estranhas. Métodos de estudo • Métodos principais de estudo – Experimento • Validade externa: – É a medida que determina o quanto é seguro dizer que a conclusão do experimento é válida na vida real. » Generalização da situação. • É preciso garantir a situação seja realista e que os processos psicológicos sejam os mesmos que seriam usados na vida real. » Generalização das pessoas. • É necessária uma quantidade razoável de pessoas e uma distribuição das mesmas entre as características relevantes. Métodos de estudo • Atividade Grupos • Um grupo é um conjunto de pessoas no mesmo lugar ao mesmo tempo. – Grupos não Sociais: Não interagem entre si – Grupos sociais: Há interação e interdependência. • Necessidades e objetivos geram a interdependência. Grupos • Influência de grupos não sociais – A mera presença de outras pessoas afeta o desempenho em determinadas tarefas. • Experimento com baratas – Labirinto fácil – Outras baratas facilitam – Labirinto difícil – Outras baratas dificultam Grupos • Influência de grupos não sociais – Teoria da facilitação social • Em tarefas rotineiras e automatizadas a presença de outras pessoas facilita a execução de tarefas. • Em tarefas difíceis, a presença dificulta a atividade gerando queda no desempenho. Grupos • Influência de grupos não sociais – Teoria da facilitação social • A razão é que a presença de outras pessoas gera uma excitação, aumentando a adrenalina e ativando esquemas automáticos. – Diante dessa excitação, automatismos são facilmente ativados. – Por outro lado, comportamentos controlados são inibidos. Qualquer insegurança cresce com a presença de outros. Grupos • Influência de grupos não sociais – Teoria da facilitação social • Isso acontece apenas se a pessoa se sentir avaliada pelos outros em uma situação de grupos não sociais. Presença de outras pessoas Gera Comportamentos automáticos Excitação Comportamentos controlados Grupos • Influência de grupos sociais – Teoria da indolência social • Quando outros estão envolvidos na tarefa, as relações mudam. – O indivíduo se esforça menos se estiver realizando a tarefa com outros, sem ser avaliado. • Nesse caso, a presença de outros tem outra influência no indivíduo. – Se ele se sentir avaliado como grupo, gera tranqüilidade – Se ele se sentir avaliado individualmente, gera excitação Grupos • Influência de grupos sociais – Teoria da indolência social Avaliado em grupo Gera Comportamentos controlados Tranqüilidade Comportamentos automáticos Avaliado individualmente Gera Comportamentos automáticos Excitação Comportamentos controlados Grupos • Influência de grupos sociais – Desindividuação • Quanto maior é o grupo, menos responsabilidade se toma por ações cometidas em grupo. • Multidões realizam atos que pessoas individualmente teriam enorme resistência. – Linchamento – Conflito com a polícia – Destruição de patrimônio Grupos • Processos grupais – Endogrupo e exogrupo • Endogrupo: – É o grupo “de dentro”, o grupo ao qual se pertence. • Exogrupo: – É o grupo “de fora”, o grupo que abriga os outros. Grupos • Processos grupais – Tendência a separar os grupos • Tendemos a enxergar homogeneidade nos grupos. Tanto o nosso grupo é parecido entre si, quanto o grupo dos outros é também similar. • Mesmo assim, tendemos a ver mais variação no exogrupo. Grupos • Processos grupais – Tendência a separar os grupos • Tendemos a enxergar heterogeneidade entre os grupos: membros de grupos diferentes terão pouca coisa em comum. Grupos • Processos grupais – Identidade social • Tajfel propõe que os grupos aos quais fazemos parte são estruturantes para a nossa identidade. Deste modo, valorizando o endogrupo, valorizamos nós mesmos. Grupos • Processos grupais – Favorecimento e coalizão • Tendemos a favorecer nosso próprio grupo sobre os demais. • O pertencimento a um grupo nem sempre é saliente: no Brasil não pensamos nos outros como “Irmãos de pátria”, mas em outro país, sim. • Hierarquia do altruísmo: – Eu – Família – Grupo próximo – Cidade – Nação – Espécie Grupos • Processos grupais – Favorecimento e coalizão • A nossa tendência de valorização do grupo é relativa: ao concorrer com outro grupo, preferimos menos recursos absolutamente e mais recursos relativamente do que o inverso. • Em outras palavras, preferimos ser classe média em um mundo de pobres que ser ricos em um mundo de milionários. Grupos • Processos grupais – Favorecimento e coalizão • Matriz de Tajfel • Tajfel criou uma matriz de valores de modo que um time escolhia seu prêmio (U$) e o grupo rival ficaria com o valor da mesma coluna na linha abaixo. 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 Grupos • Processos grupais – Favorecimento e coalizão Tendência Escolha mais lucrativa 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 Grupos • Processos grupais – Favorecimento e coalizão • Tendemos a atribuir boas características ao nosso grupo e a alocar mais recursos para o nosso grupo. • Tendemos a atribuir características negativas ao outro grupo e a alocar menos recursos para os “outros”. Grupos • Processos grupais – Generalização e atribuição de causalidade • Quando alguém do outro grupo faz algo de errado, tendemos a atribuir a uma característica do grupo. Quando alguém de nosso grupo faz algo de errado, tendemos a atribuir a características individuais. Grupos • Processos grupais – Generalização e atribuição de causalidade • Contrariamente, quando alguém do exogrupo faz algo de bom, tendemos a atribuir ao indivíduo. Quando alguém do endogrupo faz algo de bom, tendemos a atribuir ao grupo. Grupos • Processos grupais – Generalização e atribuição de causalidade • Lembre-se da proteção da auto-estima: Se meu grupo é o máximo, eu também sou. Se alguém do grupo faz uma estupidez ou uma imoralidade, não pode ser por pertencer ao grupo pois assim eu também seria estúpido ou imoral. Grupos • Processos grupais – Tipos de grupo • As regras descritas valem para qualquer tipo de grupo sob qualquer base: – – – – – – – – Religião Nacionalidade Gênero “Raça” Orientação sexual Profissão Faixa etária Etc. Grupos • Processos grupais – Tipos de grupo • Mesmo grupos artificiais sem nenhum critério objetivo tendem a se comportar da mesma maneira. – Basta o participante achar que existe algum critério – Divisão randômica de participantes