FACULDADE DE MEDICINA DE SANTO AMARO
VULVOVAGINITES
Natália Bárbara Gouvea
Paula Lucas Mari
Roberta Gunutzmann
Tamara Cristina Minotti
VULVOVAGINOSES
DEFINIÇÃO


Todas as manifestações inflamatórias e/ou
infecciosas do trato genital feminino inferior
Causas
 Agentes infecciosos
 Agentes alérgicos
 Agentes traumáticos
VULVOVAGINOSES
CARACTERÍSTICAS


Frequência elevada
Manifestações clínicas desconfortáveis



Atividades cotidianas
Desempenho sexual
Alterações na pele e mucosas

favorecem a contaminação pelo HIV
VULVOVAGINOSES
CARACTERÍSTICAS
Fluxo Genital





Células descamadas
Transudato da parede vaginal
Muco cervical
Secreções das gl. vestibulares
Líquidos de regiões superiores (endométrio e trompas)






fermentos celulares
flora vaginal (bacilos de Döderlein e flora bacteriana mista
aeróbias): 105 a 106 por grama de secreção
leucócitos
imunoglobulinas
pH ácido (3,5 a 4,5), não permite desenv. de outras bactérias
Ac. Lactico ( predomínio de lactobacilos)
Fluxo Genital Normal
Aumento DO FLUXO GENITAL

Aumento da secreção ou da transudação de qualquer
porção do trato genital
VULVOVAGINOSES
CARACTERÍSTICAS
CAUSAS do aumento de fluxo





Fisiológicas ( gestação, pico ovulatório, 2ªfase do ciclo;
excitação sexual);
Ectopia
Infecciosas (Trichomonas vaginallis,Gardnerella vaginallis,
Candida albicans,etc.)
Corpo estranho
Processo neoplásico
-Stafilococcus aureus
-Streptococcus sp
(Grupo B - β
hemolítico)
-Clostridium
perfringens *
- Proteus
-Klebsiella
III. Microorganismos
Potencialmente
Patógenos
-Pseudomonas
-Streptococcus pneumoniae
-Listeria monocitogênica
VAGINAL EM MULHERES
-Stafilococcus
epidermidis
-Streptococcus fecalis
-Lactobacillus sp
-Corynebacterium sp
-E. Coli
-Bacteroides fragilis *
-Fusobacterium sp *
-Veillonella sp *
-Peptococcus sp *
-Peptostreptococcus sp
II.Microorganism
os
Ocasionalmente
Isolados
FLORA BACTERIANA
IMicroorganismos
Comumente
Isolados
EM
CONDIÇÕES
NORMAIS
MULHERES
APRESENTAM
ESTES
MICROORG.
QUE
CONSTITUEM
A SUA
FLORA
BACTERIANA
VAGINAL
•PADRÃO I = EQUILÍBRIO DO ECOSSISTEMA
•90 a 95% de B. de Doderlein;
•5 a 10% de outras bactérias e
• ausência ou raros polimorfonucleares(PMN)
• PADRÃO II = DESEQUIL. MODERADO DO
ECOSSISTEMA
• 50% de B . de Doderlein;
• 50% de outras bactérias e
• moderada quantidade de PMN
•PADRÃO III = DESEQUIL. INTENSO DO
ECOSSISTEMA
• B. de Doderlein praticamente ausentes;
• quase 100% de outras bactérias e
• PMN abundantes
•PADRÃO IV = COMPATÍVEL COM VAGINOSE
BACTERIANA
• B. De Doderlein ausentes
• Proliferação de bactérias aeróbias e anaeróbias (G.
Vaginalis)
• PMN raros
•PADRÃO VI – presença de Trichomonas vaginalis
•PADRÃO VII – presença de fungos. Candida
CLASSIFICAÇÃO BACTERIOSCÓPICA
CLASSIFICAÇÃO BACTERIOSCÓPICA
AMBIENT
E
VAGINAL
VULVOVAGINOSES
CAUSAS
Vulvovaginites infecciosas




Flora bacteriana atípica – vaginose bacteriana – Gardnerella
vaginalis
Protozoários – Trichomonas vaginalis
Fungos – Candida albicans
 Candida glabrata (Torulopsis)
 Candida tropicalis
Vírus (HSV, HPV)
VULVOVAGINOSES
CAUSAS
Vulvovaginites não infecciosas

Vaginite por corpo estranho

Vaginite alérgica

Vaginite traumática

Vaginite atrófica
VULVOVAGINOSES
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE

presença de corrimento,

prurido, odor fétido

irritação vulvar

sintomas urinários

atividade sexual

sintomas no parceiro
EXAME GINECOLÓGICO



características da secreção
comprometimento de
vagina/vulva
exclusão de corpo estranho
COMPLEMENTAÇÃO
DIAGNÓSTICA

Pesquisa do pH

exame direto da secreção

bacterioscopia (Gram)

cultura específica

colpocitologia

colposcopia
CANDIDÍASE
CANDIDÍASE



Infecção causada pelo Candida albicans.
Fungo encontrado na pele, na mucosa vaginal e
na digestiva . Oportunista, torna-se agressivo e
desencadeia os sintomas da doença quando o
sistema imunológico da pessoa encontra-se
alterado.
Não é uma Doença Sexualmente Transmissível
(DST)
CANDIDÍASE – FATORES DE PREDISPOSIÇÃO

Gravidez;

Diabetes mellitus (descompensado);

Obesidade;

Uso de contraceptivos orais com altas doses de
estrógeno;

Uso de antibióticos, corticóides ou
imunossupressores;

Hábitos inadequados de higiene;

Uso de roupas apertadas, que diminuem a ventilação
e aumentam a umidade e o calor na região genital;

Imunodeficiência.
CANDIDÍASE – SINTOMAS E SINAIS



Prurido na região genital de intensidade
variável;
Leucorréia (corrimento branco, granuloso,
inodoro e com aspecto de "leite coalhado");
Ardor vaginal, principalmente durante a
menstruação;

Disúria;

Hiperemia e escoriações,
CANDIDÍASE – SINTOMAS E SINAIS



Inflamação na vulva, fissuras e maceração da
vulva e da pele;
Dispareunia;
Vagina e colo recobertos por placas brancas ou
branco-acinzentadas, aderidas à mucosa;

pH vaginal menor que 4,5;

Ausência de odor fétido.
Os sintomas se acentuam nos dias
que antecedem a menstruação.

CANDIDÍASE - DIAGNÓSTICO

Anamnese .

Exame físico.

Exame laboratorial.

Teste do pH vaginal.

Obs: Mulheres que apresentem candidíase recorrente (pelo
menos 3 episódios de infecção vaginal em um ano):
realizar o teste anti-HIV;
 investigar a existência de Diabetes Mellitus.

CANDIDÍASE - TRATAMENTO

Não complicada:
Fluconazol VO 150 mg, dose única;
 Itraconazol VO 200 mg de 12/12 horas por 1 dia;
 Cetoconazol VO 400 mg/dia por 5 dias;

Terconazol via vaginal dose única 240 mg ou isoconazol
600 mg;
 Tioconazol via vaginal 100 mg/dia por 3 dias ou
butoconazol 1 dia.


Complicada:

Nistatina 14 noites via vaginal;
CANDIDÍASE - TRATAMENTO

Recorrentes:
1ª etapa:
Tópico por 14 dias com qualquer agente;
 Fluconazol VO 150 mg a cada 2 dias com total de 3
comprimidos;
 Itraconazol 200 mg/dia por 2 semanas

2ª etapa:
Clotrimazol comprimidos vaginais 500 mg/semana por 6
meses;
 Fluconazol 150 mg/semana por 6 mese;
 Itraconazol 50 a 100 mg/dia por 6 meses.

Nestes casos tratar o parceiro.
CANDIDÍASE - TRATAMENTO

Gravidez:

Após o 1º trimestre - qualquer formulação tópica em
esquema de longa duração (14 dias);

Antes da 12ª semana – usar apenas nistatina;

Se recorrência – tópico por 14 dias e depois usar
comprimidos vaginais de clotrimazol (500
mg/semana) ou fenticonazol, terconazol, iconazol ou
miconazol com 2 aplicações/semana até o fim da
gestação.
CANDIDÍASE - TRATAMENTO

Cuidados para otimizar o tratamento:

Não interromper o tratamento durante a menstruação;

Evitar associações medicamentosas;

Fazer uma higiene adequada;

Usar roupas que garantam uma boa ventilação;

Evitar atividade sexual durante o tratamento;

Tomar cuidado com o uso de absorventes ou duchas vaginais,
pois elas têm um papel importante no reaparecimento da
candidíase.
CANDIDÍASE - TRATAMENTO

Não obrigatoriamente o parceiro sexual precisa ser
tratado, já que a candidíase vaginal não é DST,
porém, alguns especialistas indicam o tratamento
para evitar a recorrência da doença.
Razões:






Tratamento interrompido ou feito de forma errada;
Uso de antibióticos;
Corticóides por tempo prolongado;
Clima quente e chuvoso torna a vagina mais quente e
úmida causando a proliferação dos fungos;
Estresse emocional;
Uso de roupas apertadas e de material sintético, como
náilon que deixam a vagina abafada e úmida.
TRICOMONÍASE
TRICOMONÍASE

Agente etiológico: Trichomonas vaginalis,
protozoário

DST

15-30% dos casos de corrimento vaginal

Pode ser assintomática
TRICOMONÍASE

Quadro Clínico:

Corrimento amarelo esverdeado, bolhoso com odor fétido

Prurido e/ou irritação vulvar

Disúria, polaciúria, dispareunia dor em BV
Hiperemia vaginal e colpite difusa (colo em
Framboesa)

Teste de Schiller com aspecto
tigróide


Complicações:


DIPA
Predisposição a adquirir HIV
TRICOMONÍASE

Diagnóstico laboratorial

pH vaginal elevado (>4,5)
O protozoário libera aminoácidos que se degradam em
Aminas alcalinas


Exame a fresco (bacterioscopia)

Parasitas flagelados – motilidade

Teste das aminas pode ser francamente positivo

Cultura (Diamond)

Papanicolaou
TRICOMONÍASE

Tratamento: mulher e parceiro


Não grávida

Metronidazol 2g VO, dose única

Metronidazol 500mg VO 8/8hrs por 7 dias

Secnidazol 2g VO, dose única

Tinidazol 2g VO, dose única
Grávida


1º trimestre: Metronidazol ou Tinidazol creme vaginal por 7
noites
Após 12ª semana: Metronidazol 400mg VO 12/12h 7 dias
250mg VO 8/8h 7 dias
500mg VO 12/12h 7 dias
Tinidazol, Secnidazol
VAGINOSE BACTERIANA
VAGINOSE BACTERIANA
DEFINIÇÃO
A
vaginose bacteriana (vb) é uma síndrome
clínica,
polimicrobiana,
resultante
da
substituição dos lactobacilos normais da vagina,
por altas concentrações de bactérias anaeróbicas
como:
•Gardnerella vaginalis
•Bacteroides sp
•Mycoplasma hominis
•Mobiluncus sp
•Peptoestreptococos
• Prevotella sp
VAGINOSE BACTERIANA
QUADRO CLÍNICO
•Assintomática/oligossintomática(50
%)
•Corrimento homogêneo,
acinzentado com odor podre, piora
pós-coito e menstruação
•Ocasionalmente prurido,
dispareunia e sintomas urinários
•Queimação ou ardor ao coito são
sintomas raros.
Corrimento perolado, bolhoso, sem sinais inflamatórios no epitélio
vaginal.
VAGINOSE BACTERIANA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

pH vaginal elevado (>4,5)

Presença de clue cells (células
epiteliais recobertas por bactérias
aderidas)

Odor de peixe podre após a adição de
KOH a 10% (whiff test)

Exame direto: poucos leucócitos,
ausência de lactobacilus e presença de
clue - cells
CÉLULAS INFECTADAS PELA
GARDNERELLA VAGINALIS
VAGINOSE BACTERIANA
COMPLICAÇÕES

Infertilidade;

Salpingite;

Endometrite;

Ruptura prematura da membrana;

Aumento do risco de infecção pelo HIV se houver contato
com o vírus;

Há aumento também do risco de se contrair outras
infecções como a gonorréia, trichomoníase, etc;

Durante a gestação pode ser causa de prematuridade.
VAGINOSE BACTERIANA
TRATAMENTO
Metronidazol 500mg, oral, 12\12h, por 7 dias ou 2g,
em dose única
 Tinidazol 2g, em dose única
 Secnidazol 2g, em dose única
 Se a opção for tópica vaginal utiliza-se o metronidazol
ou clindamicina creme a 2%, por 7 noites.

VAGINOSE BACTERIANA
PREVENÇÃO
 Uso
de preservativo
 Evitar
médica
duchas vaginais, exceto sob recomendação
 Limitar
número de parceiros sexuais
 Controles
ginecológicos periódicos.
OBRIGADA!!!
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Vulvovaginites infecciosas