Uma Introdução à
Mitologia Celta
http://www-di.inf.puc-rio.br/~furtado/Mitologia_Celta.ppt
Os Celtas na Europa
Distribuição diacrônica dos povos celtas::
██ núcleo do território Hallstatt, por volta do século VI a.C.
██ expansão máxima dos celtas, por volta do século III a.C.
██ área lusitana da península ibérica onde a presença dos celtas é incerta
██ as "seis nações célticas" que mantiveram um número significativo
de falantes celtas na Idade Moderna
██ áreas onde as línguas celtas continuam a ser faladas hoje
Povos celtas
• gauleses
• gaels ou goidels


Irlanda
Escócia
• bretões


Armórica
Grã Bretanha (inclui País de Gales)
• celtiberos
Monumentos neolíticos
(3000-2000 a.C.)
Gauleses
César – commentarii de bello gallico
Gallia est omnis divisa in partes tres, quarum
unam incolunt Belgae, aliam Aquitani, tertiam
qui ipsorum lingua Celtae, nostra Galli
appellantur.
classes do povo gaulês: plebe, druidas, equites
(plebe: pecuária, lavoura, artesanato, comércio)
Georges Dumézil – criadores/lavradores, sacerdotes, guerreiros
Tríade gaulesa?
Lucano, de bello civile (pharsalia), 1.444-446
et quibus inmitis placatur sanguine diro
Teutates horrensque feris altaribus Esus
et Taranis Scythicae non mitior ara Dianae.
commenta bernensia:
Teutates Mercurius sic apud Gallos placatur: in plenum semicupium homo in
caput demittitur ut ibi suffocetur. Hesus Mars sic placatur: homo in arbore
suspenditur usque donec per cruorem membra digesserit. Taranis Ditis
pater hoc modo apud eos placatur: in alueo ligneo aliquod homines
cremantur.
Morte tríplice
(No Vita Merlini de Geoffrey of Monmouth)
• Nesse ínterim ocorreu que, no ímpeto da corrida, seu
cavalo tropeçou de um alto penhasco e o homem
tombou em um rio, de modo porém que um pé se
prendeu a uma árvore, enquanto o restante do corpo
submergiu no rio. Assim foi que ele caiu, afogou-se, e
ficou pendurado a um pau, e por esse triplo infortúnio
confirmou que o profeta [Merlin] dissera a verdade.
• Contigit interea dum duceret impetus ipsum:
Labi quadrupedem celsa de rupe - uirum que
Forte per abruptum montis cecidisse sub amnem
Ut tamen hereret pes eius in arbore quadam
Et submersa forent sub flumine cetera membra
Sicque ruit - mersusque fuit - ligno que pependit
Et fecit uatem per terna pericula uerum.
Como se autodefinem os gauleses
(César)
• os gauleses se dizem descendentes de Dis
Pater (Cicero, de natura deorum, 2.66: “qui
Dives, ut apud Graecos Plouton, quia et
recidunt omnia in terras et oriuntur e terris”) 
Dis Pater = “pai das riquezas”
• diferem de outros povos: não permitem que os
filhos se aproximem deles até crescerem a
ponto de poder prestar serviço militar;
consideram indecoroso que um filho em idade
pueril apareça em público na presença do pai.
Cinco deuses
(César)
• Mercúrio – inventor das artes, guia em
jornadas, ganho no comércio
• Apolo – afasta doenças
• Minerva – manufaturas
• Júpiter – soberania dos poderes celestes
• Marte – guerras (a ele devem ser
dedicados os ganhos de guerra, senão
severas penalidades)
O deus Cernunnos
Os druidas
(César)
• encarregados das coisas sagradas
• conduzem os sacrifícios públicos e
particulares
• interpretam questões religiosas
• decidem controvérsias criminais e civis
• lançam interdito contra os que não
aceitam suas decisões
• um dos druidas exerce autoridade
suprema
Os druidas
(César)
•
•
•
•
•


isentos de obrigações militares
muitos jovens os procuram para serem instruídos
aprendem, de cor, um grande número de versos
treinamento pode durar 20 anos
proibição de colocar os versos por escrito:
a doutrina não deve passar ao povo comum
o uso da memória evita o relaxamento e aumenta a diligência
• crença na transmigração – aumenta o valor por perder o
medo da morte - animismo
• ensinam sobre as estrelas e seus movimentos, a
magnitude do mundo, a natureza das coisas, o respeito
ao poder e à majestade dos deuses imortais
Os druidas
Etimologia:
*deru
literal: árvore, carvalho
metafórico: duro, forte
*weid
literal: visão
metafórico: sabedoria
- conhecedor das árvores?
- grande vidente?
Obs.: Tibério e Cláudio proibem os druidas
Sacrifícios humanos
(César)
• oferecidos por quem sofre de doença grave, se
mete em batalhas ou corre algum perigo
• sacrifícios por objetivos públicos
• empregam os druidas como sacrificadores
• acreditam que os deuses não serão propícios se
pela vida de um homem outra vida não for
oferecida
• figuras de vime queimadas com pessoas dentro
• criminosos ou, se faltarem vítimas, até inocentes
Irlanda – o Livro das Invasões
Lebor Gabála Érenn
•
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•
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•
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•
•
Gênesis
Começo dos Gaels
Cessair
Partholón
Nemed
Fir Bolg
Tuatha Dé Danann (contra os Fomorianos)
Milesianos
Deuses da Irlanda
- Os Tuatha Dé Danann • Danu – deusa-mãe
• Nuada Argetlám (mão-de-prata) – Júpiter, Marte
• Consortes de Nuada: Fea a odiosa, Nemon a venenosa,
Badb a fúria, Macha a batalha, Morrígú a grande rainha
• Dagda – filhos: Brigit (fogo, lar, poesia), Angus (Cupido),
Mider (Plutão), Ogma (caracteres ógmios), Bodb o
vermelho (sucessor de Dagda)
• Lêr – Netuno – filho: Manannán – patrono dos marujos
• Goibniu – Vulcano
• Diancecht – Esculápio
• Lugh Lamhfada (longos braços), ou Ildánach (de todos
os ofícios) – Apolo, Mercúrio, ...
Deuses da Irlanda
- Os Fomorianos Domnu ou Fomors – o abismo do mar
• Balor
• Bres
• Buarainech
• Cethlenn
• Cichol Gricenchos
• Conand
• Corb
• Elatha
• Ethniu
• Tethra
Fomorianos
Festivais
• imbolc – 1o de fevereiro – cordeiros,
ovelhas com leite
• beltane – 1o de maio – gado solto nas
pastagens (fogo)
• lughnasadh – 1o de agosto – colheita
• samain – 1o de novembro – gado
guardado nos abrigos (fogo, halloween)
Ciclo de Ulster
- Cuchulainn •
•
•
•
•
•
•
•
•
nascimento
feitos de infância
escolha de Emer
treinamento com Scathach
morte do filho
Táin Bó Cúailnge - razia do touro de Cooley
festim de Bricriu
ciúme de Emer
morte
Cuchulainn
http://www-di.inf.puc-rio.br/~furtado/Cuchulainn.pdf
Culann: - Não fui feliz, Conchobar, ao convidar-te a beber minha cerveja e consumir
minha comida. Morto meu cão, minhas posses são como riqueza que já foi gasta; e
fico sem sustento, já que dependiam dele meus meios de vida. Menino, tu me
roubaste um bom amigo, o membro da família que velava por minha manada e meus
rebanhos.
Cuchulainn: - Não te zangues por isso, pois eu mesmo providenciarei uma
compensação justa.
Conchobar: - E qual poderia ser?
Cuchulainn: - Se em alguma parte de Erin houver um filhote da mesma raça e
criação, cuidarei dele até que esteja pronto para fazer o trabalho do pai. Nesse meio
tempo, ó Culann, eu mesmo farei o serviço de cão de guarda, tomando conta de teu
gado, de teus bens, de tua morada e até de ti mesmo.
Conchobar: - Calculaste bem a retribuição!
Cathbad, o druida: - Na verdade, nem eu mesmo ditaria melhor sentença. Por que
não passas a chamar-te "Cuchulainn" – já que assumiste o papel de "cão de
Culann"?
Cuchulainn:: - Gosto mais de meu próprio nome: Setantae mac Sualtaim.
Cathbad: - Não fales assim. Pois logo saberás que todos os homens de Erin e Alba
ouvirão esse nome, e esse nome haverá de estar sempre em suas bocas.
Cuchulainn: - É isso que quero, seja qual for o nome que me derem!
Cuchulainn
Cuchulainn
Cuchulainn e Alexandre
Então a riastarthae, seu terrível
acesso de fúria, o dominou. Dirias
que cada fio de seu cabelo se
ouriçava como um espeto cravado
na cabeça. Pensarias que havia
uma fagulha de incêndio em cada
cabelo. Fechou um dos olhos até
que não ficasse maior do que o
buraco de uma agulha; abriu o
outro até se tornar tão grande
como uma tigela de madeira.
Arreganhou os dentes de orelha a
orelha e escancarou a boca até
mostrar a goela. O halo de luz dos
heróis ergueu-se de sua cabeça.
Cuchulainn bateu nos meninos e
derrubou cinqüenta antes que
alcançassem as portas de Emain.
Em sua cabeça, os cabelos se
pareciam com a juba de um leão.
Seus olhos eram grandes,
reluzentes, e um não era igual ao
outro: um era negro, o outro cinza.
Seus dentes eram aguçados, sua
disposição como a de um leão
enfurecido. Era como se sua
aparência fosse um prenúncio do
que estava por vir. Na escola,
quando se sentava com os outros
alunos, lutava contra eles e os
derrotava.
Historia de Preliis (The Romances of
Alexander_, D. M. Kratz (trad.), New
York: Garland, 1991
Alexandre como filho de Zeus-Amon
Deirdre e Naoise
• profecia do druida Cathbad sobre Deirdre: ...será a
causa de muitas mortes entre os guerreiros de Ulster
• Conchobar não consente que a matem
• manda criá-la no isolamento como mulher destinada e
ele próprio
• ela se apaixona por Naoise e o induz a fugir com ela
• morte de Naoise, morte de Deirdre
• paradigma: Diarmuid e Gráinne (ciclo dos fenianos),
Tristão e Isolda (Cornualha e Irlanda), Randver e
Svanhild (Volsungasaga)
Ciclo dos Fenianos
- Fionn mac Cumhaill e Oisin -
Deuses do País de Gales
• Don e filhos




Gwydion
Aranrhod
Govanonn
Dylan
• Llyr e filhos
 Bran o Abençoado
 Manawydan
 Branwen
Mabinogion
Os quatro ramos:
Os romances:
•
•
•
•
• A Condessa da Fonte*
• Geraint e Enid*
• Peredur Filho de Evrawg*
Pwyll Senhor de Dyved
Branwen Filha de Llyr
Manawydan Filho de Llyr
Math Filho de Mathonwy
Outras estórias:
Adendo ao texto original:
•
•
•
•
• Taliesin*
O Sonho de Maxen
Lludd e Llevelys
Como Culhwch obteve Olwen*
O Sonho de Rhonabwy
(*) mencionam o rei Artur
Mabinogion
• Pwyll Senhor de Dyved – Pwyll captura o cervo que o rei
Arawn de Annwvyn estava caçando. Para ganhar a
amizade do rei, Pwyll aceita assumir a identidde dele por
um ano, e matar seu inimigo Havgan em combate. Pwyll
tem sucesso e durante todo o tempo respeita a mulher
de Arawn. De volta a seus domínios, apaixona-se por
Rhiannon, mas quase a perde por causa de uma
promessa imprudente. O filho deles recém-nascido
desaparece e Rhiannon é forçada a se deixar cavalgar
por todo visitante. Um camponês cujos potros sempre
desaparecem ao nascer, encontra o menino e o cria.
Quando devolvido, o chamam Pryderi (“que alívio de minha
ansiedade se tudo isso é verdade”).
Mabinogion
• Branwen Filha de Llyr – o rei Mallolwch da Irlanda vem
com seus homens a Harddlech onde reina Bran. Casase com Branwen, irmã de Bran. Na festa o intrigante
Evnissyen mutila os cavalos dos irlandeses. Para evitar
uma guerra, Bran dá presentes inclusive um caldeirão
que ressucita os mortos. O rei irlandês é persuadido a
impor a Branwen maus-tratos diários. Ela avisa o irmão
através de mensagem levada por um pássaro. Invadem
a Irlanda e vencem, mas Bran é ferido mortalmente e
Branwen se mata. Seus homens sobreviventes retornam
levando a cabeça de Bran a ser enterrada numa torre
em Londres, com a face voltada para a França.
Mabinogion
• Manawydan Filho de Llyr – sete voltaram da guerra
contra os irlandeses e enterraram a cabeça de Bran. Em
Dyved vão morar Manawydan, Rhiannon, Pryderi e
Kigva. Um encantamento faz desaparecerem os outros
habitantes. Eles vão viver e produzir diversos artefatos
em vários lugares. Pryderi e Rhiannon são presos numa
fortaleza. Manwydan planta trigo, comido por ratos. Vai
enforcar um rato, quando o culpado pelo encantamento
(o rato era a mulher dele) promete libertar os presos e
desencantar a região.
Mabinogion
• Math Filho de Mathonwy – estória em 3 etapas:
• Math só podia viver com os pés no colo de uma virgem (Goewin).
Graças a Gwydion filho de Don, seu irmão Gilvaethwy se une a
Goewin – os porcos de Pryderi, morte deste em duelo com
Gwydion. Os irmãos punidos como casais de animais que dão cria.
• A nova “virgem” Aranrhod dá a luz a Dylan, que se torna um ser
marinho, e a um filho sem nome. Aranrhod o destina a só obter
através dela própria um nome (Lleu Mãos Hábeis) e armas, e a não
ter mulher de raça humana. Fabricam Blodeuedd usando flores.
• Blodeuedd se apaixona por Goronwy e extrai de Lleu o segredo de
como matá-lo (tema de Sansão e Dalila): nem dentro nem fora de
casa, nem com pé no chão nem a cavalo - tomando banho à beira
de um rio, com um teto sobre a banheira, um pé sobre um bode e o
outro na borda da banheira. Ferido com uma lança, vira águia e é
desencantado por Gwydion. Blodeuedd metamorfoseada em coruja.
Mabinogion
• Como Culhwch obteve Olwen – O rei Kilydd casa-se com
Goleuddydd. Ela engravida, enlouquce, não entra em nenhuma
casa. Volta a si, tem um filho junto a um chiqueiro de porcos. Criado
pelo porqueiro, depois levado à corte e batizado com o nome
Culhwch (ref. a porcos). A mãe morre, o pai só poderia casar-se de
novo se e quando nascesse um espinheiro sobre a sepultura. Sete
anos depois seus homens matam um rei para que ele se case com
sua rainha. Ela destina o enteado a só se casar com Olwen, filha do
gigante Ysbaddaden, fadado a morrer quando a filha se casasse.
Vai pedi-la ao primo: rei Artur (- reputação de generosidade -). Seus
homens a obtém do gigante após cumprir 39 exigências, cortam o
cabelo e a barba do gigante e o matam. Enorme lista dos homens
de Artur, incluindo Kei, Bedwyr e Gwalchmei – Kay, Bedevere,
Gawain da Historia Regum Britanniae de Geoffrey of Monmouth.
Mabinogion
• A Condessa da Fonte – O cavaleiro Owein chega à fonte
de Barenton na floresta de Broceliande. Após matar o
marido da dama da fonte, casa-se com ela. Ela permite
que Owein volte por um tempo certo à corte do rei Artur,
mas ele ultrapassa o prazo e é repudiado. Enlouquece,
é curado por um unguento mágico, salva um leão do
ataque de uma serpente e o leão se torna seu amigo e
defensor. A dama se reconcilia com ele.
• A estória é análoga ao Yvain de Chrétien de Troyes.
• Origem provável de ambas: os relatos de Ovídio (no Fasti) sobre
Numa e Egéria e sobre o templo de Diana em Nemi
Mabinogion
• Geraint e Enid – O cavaleiro Geraint combate para
ganhar o prêmio oferecido à mais linda donzela para
Enid. Casado com ela, passa a dedicar-se
exclusivamente ao amor negligenciando os feitos da
cavalaria. Vendo Enid chorar ao perceber que todos o
acusam de recreantise, Geraint suspeita que ela ama
algum outro. Parte em busca de aventuras obrigando-a
a acompanhá-lo. Finalmente se reconciliam e ele agora
passa a servir tanto ao amor quanto à cavalaria.
• Conflito inverso ao da Condessa da Fonte
• A estória é análoga ao Erec et Enide de Chrétien de Troyes
Mabinogion
• Peredur Filho de Evrawg – Peredur é criado pela mãe
no isolamento para não saber o que é cavalaria. Tornase ainda assim cavaleiro do rei Artur e amigo de
Gwalchmei (Gawain, Gauvain). O episódio mais
importante se passa em um castelo misterioso,
correspondente ao castelo do Rei Pescador na estória
de Perceval.
• A estória é análoga ao Conto do Graal de Chrétien de Troyes,
escrito sob o patrocínio de Filipe da Alsácia conde de Flandres.
• Em vez do graal, uma cabeça cortada.
Peredur
Peredur
Peredur viu dois jovens entrando no salão, daí seguindo
para um quarto. Levavam uma lança enorme, da qual
fluiam três filetes de sangue, escorrendo da ponta ao
punho até cair no chão. Ao ver os jovens passar dessa
forma, todos irromperam em choro alto e lamentações, a
tal ponto que não era fácil suportar. Nem por isso o
senhor interrompeu a conversa com Peredur. Mas não
explicou ao jovem do que se tratava, nem ele perguntou.
Após um instante de silêncio, eis que entraram duas
donzelas, carregando juntas uma grande salva, tendo
em cima a cabeça de um homem, banhada em uma
profusão de sangue. Então todos gritaram e se
deseperaram, de modo que seria penoso para qualquer
um permanecer na companhia daquela gente.
Peredur – desfile no castelo
Filipe rouba a cabeça de St. Jacques (S. Tiago)
http://www-di.inf.puc-rio.br/~furtado/Crusaders_Grail.pdf
Chegando ao castelo, Peredur avistou um salão com a
porta aberta. Ao entrar, viu um homem coxo e grisalho
sentado no extremo do salão, tendo Gwalchmei a seu
lado. Viu também seu cavalo, no mesmo estábulo em
que estava o de Gwalchmei. Deram-lhe boas-vindas e
ele foi sentar-se do outro lado do homem grisalho. Um
rapaz louro ajoelhou-se diante de Peredur e solicitou
sua amizade. ‘Senhor,' disse o jovem, ‘fui eu que me
apresentei sob a forma da donzela negra na corte de
Artur, e estava presente quando jogaste fora o tabuleiro,
e quando mataste o homem negro de Ysbidinongyl, e
quando mataste o cervo, e quando lutaste contra o
homem negro da laje do túmulo; fui eu também que
entrei com a cabeça sangrenta sobre a salva, e com a
lança com sangue a correr da ponta ao punho. A cabeça
era de um primo teu, e foram as bruxas de Caer Loyw
que o mataram, e foram elas que aleijaram teu tio. Teu
primo eu sou, e foi profetizado que vingarias tudo isso.'
Mabinogion
• Taliesin – Na intenção de um filho muito feio, Caridwen
põe a ferver um “Caldeirão de Inspiração e Ciência” por
um ano e um dia. Dará três gotas abençoadas, o resto
será venenoso. As gotas caem no dedo do jovem Gwion
Bach, que passa a ver o futuro. Caridwen o persegue,
assumem várias formas. No fim: ele – grão de trigo, ela
– galinha negra. Engole o grão, engravida, abandona
num saco no mar o filho belíssimo. Elphin o colhe numa
rede maravilhosa de pesca. “Olhem a fronte radiante!” –
Taliesin, o bardo. Humilha os bardos do rei Maelgwn.
• Taliesin no Vita Merlini de Geoffrey of Monmouth.
Lais bretões
1. Lai de Graelent
2. Lai de Guingamor
3. Lai de Melion
4. Lai do Trote
5. Lai do Tyolet
6. Lai de Desiré
7. Lai de Doon
8. Lai de Nabarez
9. Lai do Libertino
10. Lai de Tydorel
11. Lai do Espinheiro
Lais bretões
http://www-di.inf.puc-rio.br/~furtado/Lais.pdf
Agradecimento
Muitíssimo obrigado!
• à Eliana Yunes, Oswaldo Lopes e Maria
Clara
• a Antonio Mattoso e Miriam Sutter
• a todos vocês, esperando que continuem
gostando de mitologia
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