Escola Clássica Adam Smith "A Riqueza das Nações" é a continuação do livro, "A Teoria dos Sentimentos Morais". A questão abordada na “Riqueza" é da luta entre as paixões e o "espectador imparcial", ao longo da evolução da sociedade humana. •Adam Smith adotava uma atitude liberal, apóia o não intervencionismo, pois ele acredita que o Intervencionismo prejudica mais. •A desigualdade é vista como um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento, sendo uma condição fundamental para que as pessoas se mexam e tentem atingir níveis melhores de vida. •Como resolver o problema da justiça social e da equidade. Adam Smith aponta um caminho – O Progresso Econômico. Progresso Econômico • Identificar as forças sociais e promovessem a felicidade humana. econômicas que Bem-estar humano • Quantidade do Produto do Trabalho Anual • Número dos que devia consumi-lo. Analisando as forças que tendiam a aumentar o bem-estar econômico Smith elaborou um modelo de Capitalismo. • Setores básicos da produção: AGRICULTURA e INDÚSTRIA PRODUÇÃO DE MERCADORIAS TERRA TRABALHO CAPITAL PROPRIETÁRIOS TRABALHADORES CAPITALISTAS Bases legais e sociais destas diferencias de classes: • Leis da propriedade • Distribuição da propriedade real entre as pessoas CLASSES SOCIAIS REMUNERAÇÃO MONETÁRIA PROPRIETÁRIOS TRABALHADORES CAPITALISTAS ALUGUÉIS SALÁRIOS LUCROS COMPONENTES DA PRODUÇÃO QUE DETERMINAM O PREÇO •A Análise de Smith do mercado era baseado num mecanismo alto-regulador. Assim, sob o ímpeto do apelo aquisitivo (em si mesmo inespecífico, aberto), o fluxo anual da riqueza nacional podia ser vista crescer continuamente. •A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam impedir o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos. •Contra as medidas restritivas do "sistema mercantil" que favorecem monopólios no país e no exterior Laissez-Faire • Capitalismo representava o estágio mais alto de civilização e atingia seu clímax quando o governo adotasse uma política Laissez-Faire, rejeitando as teorias e políticas dos mercantilistas. • Laissez-Faire era o sistema óbvio e simples de liberdade natural, o melhor sistema econômico possível. Teoria da Mão Invisível • Todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. “ não pelo benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente” • Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível. • Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acaba por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz. • Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. a Inflação é corrigida por um reequilibro entre Oferta e Procura, reequilibro esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível O Estado Para Adam Smith o Estado deve desempenhar 3 funções: – Manutenção da Segurança Militar – Administração da Justiça – Erguer e manter certas instituições públicas. A intervenção do Estado noutros domínios para além de ser inútil é também prejudicial. DIVISÃO DO TRABALHO NÍVEL DE PRODUÇÃO Nº DE TRABALHADORES PRODUTIVOS E DO NÍVEL DE SUA PRODUTIVIDADE GRAU DE DIVISÃO DO TRABALHO EXISTINDO ECONOMIA DE MERCADO ESPECIALIZAÇÃO O GRAU DE DIVISÃO DO TRABALHO MERCADO BEM DESENVOLVIDO ECONOMIA DE TROCAS COMERCIAS GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO DEPENDIA DO TAMANHO DE MERCADO David Ricardo • Nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. • Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai. • Aos 21 anos rompeu com a família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre. • Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se dedicar à literatura e à ciência. • A leitura da Riqueza das Nações), levou-o a interessar-se por economia Valor e Riqueza. • O Valor: era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção. • A riqueza: era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis. • O preço de um bem: resultado de uma relação entre o bem e outro bem. Esse preço era representado por uma determinada quantidade de moeda, variações no valor da moeda implicam variações no preço do bem. Valor da Moeda • A quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para fabricar o numerário. Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não. • A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis (Por exemplo um objeto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que lhe está inerente). Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem. • TEORIA DA RENDA E DO LUCRO O produto da terra: Tudo que é retirado de sua superfície pelo emprego conjunto do trabalho, das maquinas e do capital é dividido entre três classes da comunidade: – O proprietário da terra – O dono do capital – Os trabalhadores “O principal problema da economia Política é determinar as leis que regulam esta distribuição”. • Renda da terra: “Parte do produto da terra que é paga ao seu proprietário pelo uso dos poderes originais e indestrutíveis do solo” TEORIA DA RENDA – duas hipóteses • A terra era diferente, em sua fertilidade, todas as terras podiam ser ordenadas a partir da mais fértil para a menos perfil. • A concorrência sempre igualava a taxa de lucros dos fazendeiros capitalistas que arrendassem terra dos proprietários. • Produto Líquido: Quantidade total produzida menos todos os custos de produção necessários, inclusive a substituição do capital usado na produção e os salários dos operários. • PL: Lucro + Renda da terra (valor excedente criado pelo trabalho). TEORIA DOS LUCROS: Para Ricardo a concorrência tenderia a igualar a taxa de lucro. Primeira abordagem: Existia uma economia simples (só produziam cereais) • Proprietários • Capitalistas • Trabalhadores Ricardo via o lucro como um excedente. Produto Líquido: Decrescente à medida que os lotes de terra menos férteis fossem sendo cultivados e salários inalterados (em termos de cereal) a taxa de lucro teria que diminuir. Teoria do lucro como cereal Ricardo achava que o modelo poderia ser facilmente ampliado de modo a incluir mercadorias industrializadas, Porque: população Taxa de lucro na agricultura determinada por - Produtividade do trabalho - Capital na terra que não pagasse Renda Concorrência igualaria todas as Taxas de lucro - Na agricultura - No setor industrial Dependia somente da Produtividade da terra que não pagasse RENDA Produto Total •Limite do crescimento Econômico : Salários voltarem ao nível de subsistência, onde não haveria lucro •A diminuição da produtividade na agricultura faria com que os lucros fossem gradativamente sendo comprimidos pela renda cada vez mais alta da terra. BASE ECONÔMICA DO CONFLITO ENTRE CAPITALISTAS E PROPRIETÁRIOS Prosperidade econômica dependia de: • Acumulação de capital • Crescimento e prosperidade Circuito: Lucros Acumulação de Capital Procura de M.O . Salários SM SN População Problema: Economia Salários Produtividade decrescente da terra Renda da Terra diminui os lucros (-) Bem-estar social Econômico Renda da Terra: •Parcela dos lucros previamente conseguidos sobre a terra •Nunca era fruta da receita, era parte de uma receita já auferida A renda da terra não era diretamente responsável pela compressão do lucro. Representava os aumentos do CUSTO DO TRABALHO, provocados pelo aumento do custo dos cereais. RELAÇÃO ENTRE AGRICULTURA E INDÚSTRIA Níveis constante de PREÇOS MÉDIOS para mostrar como o aumento dos salários redistribuía uma parcela maior do P. L. do lucro para a RENDA da terra . 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Concorrência igualava todas as taxas de lucro Aumento dos preços e dos cereais Os preços teriam que se ajustar para igualar as taxas de lucros nos diferentes setores da economia. O trabalho incorporado à produção dos cereais tinha aumentado, porque tinha ficado menos produtivo, à medida que a margem de cultivo ia aumentando. Isto baixava os lucros do setor agrícola. Porém a produtividade do trabalho permanecia a mesma na industria. A hipóteses de haver um nível constante de PREÇOS MÉDIOS , O aumento dos produtos agrícolas teria que ser compensado com uma baixa de alguns produtos industrializados Assim: • Cada aumento da margem de cultivo resultaria em maior declínio do nível geral de preços dos produtos industrializados e numa baixa da taxa geral de lucro. • A baixa dos lucros significava uma baixa taxa de acumulação e um atraso do crescimento econômico e uma diminuição do bem-estar social. • Por isso: Ricardo se opunha às leis dos cereais. MALTHUS Inglaterra - Assistência aos pobres - Socorros paroquiais Imposto: Taxa dos pobres Criação das Work House - Sistemas caros - Não resolviam o problema - Privação das liberdades elementais Doutrina de Godwin: “Direito de Assistência” Contrária a Tese de Smith (liberdade) - Impediam o deslocamento de mão-de-obra - Gerava diferenciação de salários MALTHUS refuta o pensamento de GODWIN e Consolida o Sistema de Smith ”Tendência da Economia é o Superpovoamento” - Exige a desigualdade - Proíbe o reconhecimento do direito à assistência Com o aumento da assistência aos pobres o salário diminuía e por causa disso a paróquia devia auxiliar A Teoria da População Objetivo de Malthus: Justificar a Ordem Natural baseada na propriedade e a desigualdade social. • Pode aumentar a Riqueza sem aumentar o bem-estar de cada indivíduo • O aumento de número de Indivíduos sempre será maior que a quantidade de Bens para a Satisfação das necessidades • Num regime liberal, de desigualdade o bem-estar de um grupo reduzido leva a limitar o crescimento demográfico • Por causa disso Malthus era contra o regime de assistência que só aumentava a miséria “Crescimento demográfico acontece em progressão geométrica, os alimentos se reproduzem em progressão aritmética”. Então: • Nunca existira alimentos para todos os que nascem • A sociedade no seu conjunto é miserável Limitar a população • Medidas legislativas para regular a idade dos casamentos (impensável para Malthus). • Controle dos nascimentos ( só limitação moral). • Restrição Moral, renuncia voluntária ao casamento - válido para Malthus. Nas Sociedades onde existe desigualdades • Ricos : Casarão jovens • Pobres : Retardarão o casamento. “A lei dos pobres contribuía para o aumento da miséria” PURITANISMO • Considera o prazer sexual como um mal. • Moral na antiguedade: Prazeres físicos sobre a necessidade de moderação “satisfações físicas” • Prazer sexual, mesmo no casamento, considerado um mal. • Só faz sentido com a procriação. Daí: Separar a procriação da satisfação sexual ? Teses de Malthus ligadas a uma certa interpretação de cristianismo. • Para que o homem exerça a sua inteligência é necessário que seja levado ao trabalho pela obrigação de satisfazer suas necessidades : “ócio produz mal” - concepção puritana da vida. • A infelicidade (não só o trabalho) constitui o estimulante indispensável para o homem. • O vicio deve existir para estimular as almas na virtude através da “privação e repulsa” que experimentam. Inteiramente pessimista : “Não existe inferno, a crença na necessidade da miséria social a substitui na sua breve existência terrestre”. O que é necessário para desenvolvimento econômico? - Smith - Ricardo Desenvolvimento dependia assegurar o - Terra - Trabalho - Capital MALTHUS: O Desenvolvimento da produção exige um aumento da PROCURA dos produtos Procura Efetiva Utilizada por KEYNES No sistema Capitalista: • Uma procura suficiente não pode nascer normalmente das despesas feitas pelos próprios produtores • Se os Capitalistas decidirem poupar , os seus lucros não darão origem a uma procura. O Consumo e a Procura: • Ocasionados pela pessoa empregada num trabalho produtivo nunca será suficiente para a acumulação e o emprego de capital. • É preciso que os próprios capitalistas não resolvam poupar, senão acrescentem seu capital. “O crescimento da produção numa economia capitalista deve fundar-se no crescimento prévio da procura”. Conclusões: • As crises de superprodução são perfeitamente possíveis (contrariando Ricardo) • Não é a insuficiência de capital que explica a miséria, contrariamente ao que afirmam a maior parte dos economistas, é pelo contrário, o excesso de capital (relativo aos mercados). Remédio p/ superprodução: Trabalhos públicos: “Empregar trabalhadores onde o fruto do trabalho não seja posto à venda no mercado, como as estradas e os trabalhos públicos”. Malthus propõe manter eventualmente o aumentar o número dos improdutivos: “Em todo estado deve existir um corpo de indivíduos voltados a diferentes gêneros de serviços pessoais, pessoas que consumissem bens materiais, mas que não o produzam”.................... “É necessário que estas pessoas sejam suficientemente numerosas” Por que Malthus foi o único economista clássico que colocaria termos corretos ao problema do crescimento econômico capitalista ? • Seu próprio pessimismo (ao contrário do otimismo dos outros economistas) • Para Malthus o poder deve permanecer nas mãos da aristocracia, dos proprietários fundiários • Sua falta de entusiasmo com o capital industrial permite que ele julgue mais objetivamente e desvende melhor certas teorias essenciais. Superioridade da análise o leva à contradição consigo próprio: No Ensaio sobre o principio da população: “A miséria se deve unicamente ao crescimento demasiado rápido da população”. Depois: “O emprego e a produção podem ser aumentados com medidas destinadas a desenvolver a demanda efetiva”. No ano de 1830 publica um estudo onde apresenta a tese do ensaio como válida para o futuro, porém, novamente publicaria o Ensaio Sobre o Principio da População....continuando a contradição. O UTILITARISMO NOS CLÁSSICOS ORIGENS SOCIAIS DAS PREMISSAS DA TEORIA DA UTILIDADE Fundamentos: • Condições humanas provocadas pelo modo de produção capitalista • Características naturais dos seres humanos nas sociedades 1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • Individualismo atomista • Motivos humanos egoístas - Especialização do trabalho - Unidades isoladas - Própria sobrevivência Necessidade de um governo central. 2. UTILITARISMO EGOÍSTA: Caráter competitivo e egoísta da natureza humana Fonte essencial dos motivos humanos : OBTER PRAZER EVITAR A DOR Utilitarismo, base filosófica da teoria do valor – utilidade (neoclássicos ) 3. DEPENDÊNCIA DOS MERCADOS • Modo de produção capitalista era certo para os economistas utilitaristas, assim o Estado era uma instituição social benéfica. • Contradição entre conflito de classes e Harmonia Social (Smith, Ricardo, Malthus) 4. ACUMULAÇÃO DE CAPITAL O Custo social da industrialização é de “abrir mão” de alguns bens de consumo - Industrialização capitalista - Problemas sociais - Financiado pelos lucros - Salário ou lucros 5. RACIONALISMO CALCULISTA No Sistema Capitalista a concorrência e a procura pelo lucro: - Não é casual - Não é romântico Todo capitalista tem controle calculado, racional e previsível sobre: • Matérias –primas • Gastos da produção • Trabalho • Transporte • Vendas finais O comportamento humano não é mais feito de forma casual, religiosa ou superstições. Agora é realizado com base em decisões calculadas Homem = Contador Ponderando lucros ( Prazeres ) Deduzindo Custos ( Dor ) JEREMY BENTHAM 1780 – “Uma introdução aos princípios da moral e da legislação” “Toda motivação humana, m todas as épocas e lugares, pode ser reduzida a um único princípio: o desejo de maximizar utilidade.” Utilidade: “A propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir algum beneficio, vantagem , prazer, bem ou felicidade” Principal motivação do ser humano : “Toda atividade humana é derivada do desejo de maximizar o prazer e de evitar a dor” Reduzindo os motivos humanos a um único principio, Bentham achava que podia elaborar uma ciência do bemestar, elaborando-a matematicamente, assim: “Os prazeres e a fuga à dor são fins que podem ser quantificados de modo tal que possamos entender seu valor” 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Quantificação dos prazeres: Sua intensidade Sua duração Sua certeza ou incerteza Sua proximidade ou afastamento Sua fecundidade Sua pureza Sua extensão Além de maximizadores calculistas do prazer, os seres humanos eram INDIVIDUALISTAS: “ O interesse próprio predomina sobre todos os outros interesses em conjunto....a preferência por si mesmo tem lugar em toda parte” As pessoas também eram essencialmente PREGUIÇOSAS: • Qualquer tipo de trabalho era considerado penoso • trabalho nunca seria feito sem a promessa de grande prazer ou de evitar dor maior. “Aversão, é a grande emoção – a única emoção – que o trabalho, considerado em si mesmo, é capaz de gerar” “Na medida em que o trabalho seja entendido em seu sentido apropriado, a expressão amor ao trabalho implica uma contradição de termos” Smith e Ricardo Valor de uso é condição necessária para o Valor de Troca Aumento da Produtividade diminui o Valor de uma mercadoria e a Riqueza total BENTHAM : Parte da perspectiva da Teoria da Utilidade O aumento da Utilidade aumenta o Valor de uma mercadoria e a Riqueza de seu dono BENTHAM COMO REFORMADOR SOCIAL • Um Mercado livre em concorrência alocaria os recursos produtivos para as industrias serem mais produtivas. • Interferência do Governo diminui o nível da produção • Equilíbrio automático: OA = DA, num mercado livre • Inexistência de depressão e desemprego : Qualquer poupança transformada em mais K passa a empregar mais trabalho. Em 1801 muda de opinião sobre a intervenção do governo: • A poupança nunca se igualava ao novo investimento (diminuição da produção implica aumento de desemprego). • Mal funcionamento do mercado - Era justo que o governo interferisse para diminuir as desigualdades sociais de riqueza e renda. “A capacidade de uma pessoa beneficiar-se com o dinheiro diminui à medida que ele ganhasse mais dinheiro” O aumento de dinheiro leva a uma Utilidade Marginal Decrescente. ”Uma medida governamental que redistribuísse o dinheiro dos ricos para os pobres aumentaria a utilidade total agregada da sociedade” Bentham não era defensor da completa igualdade: • Se fosse feita a distribuição da riqueza e da renda, chegar-se-ia a um ponto em que seus efeitos benéficos seriam mais do que superados por seus efeitos prejudiciais. • Prejudicial seriam os efeitos da menor disposição dos operários para o trabalho. Bentham (etapas): • Atitude extremamente liberal • Atitude reformista JEAN-BAPTISTE SAY (1767- 1832) “Um Tratado de Economia Política” PRINCIPIO DA UTILIDADE Preço (valor de troca) dependia da UTILIDADE (valor de uso) “A utilidade das coisas é a base do seu valor e seu valor constitui riqueza” SMITH E RICARDO Renda do trabalho Renda da propriedade dos meios de produção • O conflito de classes caracterizava o Capitalismo. • Abordagem da troca levaria à conclusão que o capitalismo de livre mercado era um sistema de harmonia social. SAY • Rejeita a abordagem da teoria do valor-trabalho • Distinção teórica entre a renda das diferentes classes sociais • Existência de diferentes “agentes de produção”, que se combinam para produzir as mercadorias • O que produziam os agentes era a utilidade • Os agentes de produção incluíam: “A capacidade humana, com a ajuda do capital e dos agentes naturais e das propriedades” Portanto: • Não existia diferença, na criação de utilidade, entre os diferentes agentes de produção. TRABALHO E POSSE “As mercadorias tinham valor por causa da necessidade de se dar alguma coisa em troca de sua obtenção” • Objetos de riqueza obtidas a partir de sacrifícios • Sacrifício dos operários semelhante ao sacrifício dos donos de produção • A frugalidade era a fonte da propriedade do capital, que exigia tanto sacrifício quanto o trabalho DISTRIBUIÇÃO DE RENDA • Trabalhadores e capitalistas tinham justificativas morais semelhantes para auferir suas rendas. Smith e Ricardo: P (salário, taxa de lucro) • Salários e taxa de lucros determinados por: • Subsistência do trabalhador • Produtividade total do trabalho SAY • Salários e a taxa de lucro eram determinados pelas contribuições relativas para a criação de utilidade, dadas pelo trabalho e pelo capital. Sentido social • Todos recebiam como renda uma quantia que era determinada tão-somente pela importância de seus sacrifícios na criação de utilidade, de que se beneficiava toda a sociedade • Senso de justiça social, na noção de que cada pessoa recebia da sociedade uma quantia determinada apenas pela sua contribuição para o bem-estar da sociedade • O resultado de uma economia capitalista era a harmonia social e não o conflito de classes. “As pessoas, mais esclarecidas, quanto aos seus verdadeiros interesses, perceberão que estes interesses não entram em conflito com os de outras pessoas” “A economia política prova que os interesses do rico e do pobre não são antagônicos, e todas as rivalidades são meras tolices” PROPRIEDADE “Se o verdadeiro dono ou a pessoa que tivesse a propriedade a conseguiria por ocupação anterior, pela violência ou pela fraude não faria diferença alguma, em termos de produção e distribuição de seu produto ou receita” LEI DOS MERCADOS • O mercado sempre se ajustava automaticamente, onde todos seus recursos eram plenamente utilizados. • Equilíbrio com pleno emprego, tanto de trabalho como de capacidade industrial. • Não existia superprodução ou depressão que originasse desemprego involuntário • A moeda não tinha qualquer importância intrínseca, a não ser como meio de facilitar a troca “Uma oferta cria uma procura da mesma magnitude” • Poderia existir uma superprodução temporária, resultado de ainda não ter sido atingido o equilíbrio de mercado. • A busca do lucro máximo levaria a migração dos capitalistas JOHN STUART MILL Teoria do Valor • A produção consistia simplesmente no trabalho transformando os recursos naturais • Os requisitos da produção: Trabalho e Objetos naturais apropriados • Embora o trabalho fosse o mais importante determinante do valor, não era o único. Teoria do valor-trabalho • Só era válida quando as razões entre o capital e o trabalho fossem as mesmas em todas as indústrias, neste caso: • Os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias ( o que não acontecia com a maioria) • vinho e tecido = trabalho, porém valores diferentes porque o primeiro demorava em dar lucro TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO Mill voltaria a teoria dos custos de produção “ pela soma” “ O preço de mercado era determinado pela oferta e pela procura” O preço de mercado se aproximaria do preço natural que era a somatória dos 3 componentes de custo: preço da terra preço do trabalho preço de capital • Antítese da teoria do trabalho, supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente. • Abandono da noção de que o trabalho estava por detrás da troca de uma mercadoria • Existiam duas exceções à regra de que os custos de produção determinam os preços : os preços internacionais o preço do trabalho ou salário PREÇOS INTERNACIONAIS RICARDO: • Vantagens relativas dependendo da razão internacional de trocas, porém , não explica como os preços internacionais eram determinados MILL: • Os preços eram iguais aos custos de produção porque a concorrência tendia a igualar a taxa de lucro. • Os fatores de produção não podiam movimentar-se livremente entre os países. Portanto: • A concorrência não igualava os salários e os lucros em países diferentes • os preços internos não seriam iguais aos preços internacionais, dependeriam exclusivamente da oferta e da procura e não dos custos de produção • A oferta e a procura internacionais poderiam ser analisados via equilíbrio da balança internacional de pagamentos. MILL E OS SALÁRIOS Senior – os capitalistas criavam um fundo para os salários. Os salários dependiam da oferta de trabalho ou do número de trabalhadores que dividissem esse fundo. “Os salários não eram delimitados pela quantia previamente determinada pelos capitalistas para o pagamento do trabalho” • • Para Malthus os trabalhadores que não podiam praticar a abstinência sexual eram condenados ao vicio e à miséria Mill Achava que os salários poderiam aumentar devido à educação, onde as pessoas passariam a usar métodos de controle para diminuir o tamanho das famílias. “Salários determinados por uma luta de concorrência entre trabalhadores e capitalistas” “as greves trabalhistas não só eram educacionais, eram importantes na distribuição de renda dos lucros e os salários” • • Mill simpatizava com os trabalhadores, negação da doutrina dos fundos influenciou a classe operária Os salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos. Tendência decrescente da taxa de lucros Mill discípulo de Ricardo em relação à diminuição da taxa de lucro no LP Acumulação população preço dos alimentos renda lucros Duas formas poderiam contradizer esta relação: • A exportação de capital (colônias, alimentos, roupas baratas) • Crises comerciais periódicas Desperdício de capital nas épocas de expansão dos negócios Exagerada especulação na época de reviravolta comercial “crises periódicas destruíam o capital, alimentando a diminuição da taxa de lucro” MILL DEFENDIA A LEI DE SAY • Superprodução de mercadorias era causa do excesso de mercadorias em relação à procura de moeda • No longo prazo o capitalismo automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego. SOCIALISMO • Não defendia a propriedade privada dos meios de produção, condenava a concentração da propriedade dos meios de produção (criava uma classe parasita e diminuta) • Riqueza e pobreza – não daria certo esta bipolarização “Uma sociedade dividida em duas classes hereditárias não poderia manter-se para sempre” “Uma sociedade comunista seria socialmente superior à sociedade capitalista” • Estimulava a criação de pequenas cooperativas, a relação dos patrões com os trabalhadores seria gradativamente substituída por uma sociedade que poderia ser de duas formas: associação dos trabalhadores com os capitalistas associação dos próprios trabalhadores O REFORMISMO INTERVENCIONISTA Apesar de suas idéias socialistas o verdadeiro objetivo de Mill era promover a reforma do capitalismo “A sociedade tem tudo o direito de modificar qualquer direito de propriedade que pudesse ser prejudicial ao bem comum” Apesar do Laissez-Faire o governo deveria intervir em três áreas: • Em decorrência do capitalismo de livre-mercado – A maioria das pessoas eram condenadas desde seu nascimento a uma precária subsistência • Na Pobreza- Uma pequena minoria nascia para gozar de todas as vantagens sem ter direito por mérito próprio. • Empreendimentos que precisavam de muito capital – Os capitalistas obtinham taxa de lucro acima do nível normal POBREZA “Os pobres não estavam em condições de julgar adequadamente o que melhor promoveria seus interesses” Para modificar os hábitos e seu pensamento devia existir: • Educação nacional – Para beneficiar as crianças da classe trabalhadora • Medidas para acabar com a pobreza de toda uma geração: • Orçamento suficiente para estabelecer nas colônias, uma parcela significante de população agrária jovem • Uso de todas as terras comuns cultivadas em beneficio dos pobres Principais Reformas • Imposto sobre as heranças • Defendia leis que protegessem os direitos dos operários formarem sindicatos • Leis que impedissem o abuso ou o excesso de trabalho de crianças em qualquer emprego • Leis que limitassem o número de horas que um empregado poderia trabalhar • O governo deveria oferecer um mínimo de subsistência a todos os incapazes de trabalhar