Certo dia índio pequeno estava querendo dormir, mas o sol não deixava. O pai dele contava uma história que um espírito do mal aprisionou a noite em três potes grandes. Num dia ele pensou em ser um guerreiro e teve que passar por três desafios. A primeira prova ele teria uma corrida com um grande tronco nas costas. Ele conseguiu passar pela primeira prova com muito sacrifício. Na segunda prova, os guerreiros levaram Arutãna para o outro lado do rio e, depois, ele ia ter que passar pelas fortes correnteza até a aldeia. O terceiro desafio foi largar Arutãna no outro lado da floresta e ele ter que passar pelos perigos da floresta. Arutãna não poderia pedir ajuda para sair da floresta. Seu pai já estava preocupado com Arutãna quando ele chegou trazendo na sua mão um cipó amarado com uma onça para mostrar a sua coragem. Mas ele queria passar por um novo desafio: ele deveria libertar a noite que um espírito do mal tinha roubado e levou para longe dali. Arutãna pediu ajuda para dois membros da sua tribo para construir uma canoa para ir libertar a noite. Depois de pronta, botaram a canoa no rio e foram remando em busca da noite. Passou o tempo, os dois membros queriam dormir Arutãna falou: _Podem dormir na canoa que eu continuo remando. Arutãna foi remando até chegar à terra firme. Arutãna caminhou muito até chegar a uma grande árvore. O índio pediu para um dos membros subir na grande árvore. Ele viu, em uma clareira, um homem e ao seu lado havia três potes. Lá dentro estava a noite. Arutãna voltou para sua aldeia e contou tudo o que ele passou e viu naquele lugar. Pediu para mais três membros voltar com ele até a clareira. Quando chegaram lá viram que o homem não estava mais lá. Arutãna subiu na grande árvore e viu que o homem estava em outra clareira, com a noite nos potes. Foram lá sabendo que os potes eram reforçados. Fizeram um grande arco e flecha e lançaram nos potes. Os potes quebraram e assim a noite foi libertada. Chegando na aldeia, fizeram um grande ritual. Arutãna perguntou para o pajé o que teria acontecido com os cincos membros que não voltaram junto com ele para a aldeia. O pajé falou que eles tinham virados pássaros que só cantam na noite.