LANGUAGE FORM AND LANGUAGE FUNCTION Frederick J. Newmeyer Chapter 1 - The Form-Function Problem in Linguistics - Embate sobre linguagem, funcionalismo e formalismo; - O funcionalista afirma ser o uso da linguagem o ponto de partida da análise e o veículo da razão; - O formalista afirma que o pensamento racional não pode ser dito como um veículo perfeito de comunicação; - Funk afirma que não dá para pensar e/ou estudar a estrutura de uma língua sem pensar nas marcas do funcionamento ; - - - - Todas as línguas seriam idênticas?; Metáfora da presa; Caminho certo: caracterizar a forma sem se preocupar com a função; A maioria das generalizações nada ou pouco tem a ver com as funções da linguagem; Papel referentes ao discurso; Aprendizado inato e aprendizagem indutiva; Todas as línguas seriam idênticas? (2) O topo de pesquisa na agenda. I have identified Sandy as the archetypal ‘formal’ linguist and Chris as the archetypal ‘functional’ linguist. I’ve tried to put in their mouths, as succinctly as possible, all of the major issues that I plan to take up in detail. Each statement that Sandy and Chris makes encapsulates a view characteristic of mainstream practitioners of formal linguistics and functional linguistics respectively. - I will argue that, to a surprising extent, Sandy and Chris are both right. That is, formalists are absolutely correct in their commitment to characterizing form independently of meaning and function. - I will try to show that the basic principles of generative grammar, in Interaction with principles from other domains at work in language, Provide compelling accounts of phenomena that functionalists, in general, have taken to refute the generativist approach. These include phenomena such as prototype effects, grammaticalization, the grounding of formal structure in external pressure, and so on — phenomena that few generativists have, in the past, even thought worthy of consideration. I’ve been using the terms ‘formal linguistics’ and ‘functional linguistics’ as if they have unique well-understood referents. Unfortunately, they do not. Before proceeding any further, it will be necessary to clarify the spectrum of positions identified with these terms. - As duas orientações na Linguística Moderna Formalista: tem como tarefa caracterizar as relações formais entre os elementos gramaticais independentemente das propriedades semânticas e pragmáticas destes mesmos elementos; Funcionalista: rejeita esta separação entre a forma e o significado dos elementos linguísticos. A função afetaria a forma dos elementos; A orientação formalista (estruturalista, gerativista) Segundo Newmeyer, os termos “formalista”, “linguística formal” e “linguista formal” são mal empregados. O termo “formal” e suas derivações geram ambiguidade, suscitando dois possíveis sentidos, são eles: - 1º forma gramatical em oposição a uso e significado; - 2º conotação matemática do termo; Newmeyer opta por não utilizar o termo formal e suas derivações, a fim de evitar possíveis confusões. Qual termo empregar em substituição ao formalista? Estruturalista ou Gerativista? Alguns funcionalistas referem-se aos formalistas como estruturalistas, considerando a base racionalista (e não empirista) de ambas as correntes de pensamento linguístico. Problemas com a denominação “Estruturalista”: 1º Há estruturalistas que fazem uma abordagem funcionalista da sintaxe, mesmo quando focam, primeiramente, a forma nos níveis fonológicos e morfológicos. 2º Alguns lingüistas europeus usam indiscriminadamente os termos “funcionalista” e “estruturalista”. 3º Poucos gramáticos gerativos denominam-se estruturalistas. - - No início da década de 60, Noam Chomsky refere-se ao estruturalismo como sendo o modelo formal que precede a gramática gerativa. Os estruturalistas eram os principais oponentes dos gramáticos gerativos. Logo, não parece adequado utilizar o termo estruturalista em substituição ao termo formalista. Newmeyer opta, então, pelo termo gerativista para referir-se à orientação formalista. A orientação funcionalista: Segundo Newmeyer o termo funcionalist também não está livre de problemas; Um funcionalista poderia ser aquele que estuda o Processamento do discurso (Prince); Neste trabalho o termo funcionalista é usado para os estudiosos que analisam a estrutura gramatical e também toda a situação comunicativa: eventos de fala, os participantes, o contexto do discurso. (Nichols) As várias abordagens gerativistas As abordagens gerativas tiveram como base os trabalhos de Chomskynas décadas de 50 e 60. Desenvolveram-se, a partir de então, diferentes modelos de teoria da gramática, são eles: Princípios e Parâmetros (P&P), Regência e Ligação(GB) e Programa Minimalista (MP). As diferenças mais significativas entre o modelo de P&P, GB e MP Princípios e Parâmetros: postula-se um modelo de gramática com diversos níveis, atuando regras transformacionais entre eles. - Regência e Ligação e Programa Minimalista: assumem que há um único ponto de contato entre forma e significado, o nível abstrato Forma Lógica (LF). Aproximam-se mais do funcionalismo, na medida em que Estabelecem maior interação entre forma e significado. - Levando em conta os modelos posteriores ao Princípios e Parâmetros, Newmeyer prefere nortear-se pelos princípios da GB. Ele argumenta que os postulados do Programa Minimalista são muito vagos e seus mecanismos nada minimalistas. Sobre a variedade de abordagens funcionalistas. Croft (1995) divide tais abordagens em três vertentes: 1) External functionalism: Apoia a ideia do sistema semiótico sincrônico onde os elementos são ligados com os sistemas semânticos e pragmáticos. George Lakoff e Ronald Langacker rejeitam fronteiras entre sintaxe, semântica e pragmática. Langacker (1987): refers to the ‘natural affinity’ of cognitive linguistics to the especially significant research in the functionalist tradition. “More specifically, the grammar of a language is defined as those aspects of cognitive organization in which reside a speaker’s grasp of established linguistic convention. It can be characterized as a structure inventory of conventional linguistic units”. Lakoff (1991): describes functional linguistic [as] a branch of ‘cognitive linguistic’. “Suppose we think of a language as a collection of formmeaning pairs, where the meanings are concepts in a given conceptual system”. Goldberg (1996) resume as suposições de base da linguística cognitiva, que podem ser as suposições da linguística externa também: a)A semântica é baseada na interpretação do falante das situações; b) A forma semântica e pragmática contínua, ambas no significado linguístico ; c) Categorização não envolve tipicamente condições necessárias e suficientes, mas sentidos bastante centrais e ampliados. d) A função primária da linguagem é para transmitir significado; e) Gramática não envolve qualquer componente transformacional. Semântica é associada diretamente na forma de superfície; f) Construções gramaticais , como itens lexicais tradicionais, são emparelhamentos da forma e significado; g) Gramática consiste no registro do emparelhamento de forma-significado. 2) Integrative functionalism: The idea that the explanatory forces at work in shaping languages reveal themselves only when a large number of diverse languages are investigated – taking the lead of in typological research. Hooper (1997, 1998): rejeita a ideia de que a gramática é um objeto além do falante e separado dos usos que os mesmos podem produzir. Assim, a gramática é provisória e emergente, não isolável no princípio de estratégias gerais para construção de discursos. Croft: fenômenos linguísticos [são considerados] sistemáticos, e podem ser [parcialmente] arbitrários. O autor ressalta três lacunas e problemas dessa vertente: a) Funcionalismo integrativo deve fornecer um sistema de representação gramatical que pode ser uma gramática variável e sua aquisição e uso; b) Funcionalismo integrativo deve considerar a Estabilidade, bem como características dinâmicas do sistema gramatical; c) O papel dos fatores funcionais deve ser integrado com o papel dos fatores sociais. 3)Extreme functionalism: toda a gramática pode ser derivada dos fatores semânticos e discursivos – a única arbitrariedade na língua é o léxico. Proposta do autor para uma abordagem funcionalista: caracterizar como funcionalismo qualquer vertente que incorpore os seguintes três posicionamentos, todos em comum com o funcionalismo externo e integrativo: a) as ligações entre as propriedades formais da gramática e suas funções semânticas e pragmáticas são próximas para impedir qualquer parcelamento significante metodológico e analítico da forma; b) para um nível significante, as propriedades formais da gramática são motivadas pelas funções que a linguagem realiza, em particular suas funções de transmissão de significado na comunicação; c) por meio da integração da explicação funcional com investigação tipológica, pode-se explicar porquê certos traços gramaticais nas línguas do mundo são mais comuns do que outros e porquê, para línguas particulares , o surgimento de um traço quase sempre implica no surgimento de outro. Each chapter will focus on some aspect of the relationship between language form and language function, and hence on those issues that divide generativists and functionalists. Chapter 2, ‘The Boundaries of Grammar’, takes on the question of the ‘compartmentalization of form’, which is at the center of the debate. Chapter 3, ‘Internal and External Explanation in Linguistics’, probes what it means to say that we have ‘explained’ some grammatical phenomenon. Chapter 4 is entitled ‘On Syntactic Categories’. The classical view of syntactic categories, and one taken for granted by all generative models, is that they are discrete ‘algebraic’ entities, not admitting to a notional definition Chapter 5 is called ‘Deconstructing Grammaticalization’. The phenomenon of ‘grammaticalization’ — roughly, the loss of Independence of a grammatical structure or element — has been trumpeted by some functionalists as the key issue that shows the superiority of their approach over the generative.