Tratamento não medicamentoso • fatores ambientais modificáveis – hábitos alimentares inadequados (ingestão de sal e baixo consumo de vegetais – sedentarismo – obesidade – consumo exagerado de álcool – Tabagismo – Estresse psicoemocional • Controle de peso: diminuição da ingestão calórica e exercícios – Meta: • IMC< 25 kg/m² • Circunferência abdominal < 102 cm (homens) e 88 cm (mulheres) – Diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial é suficiente para reduzir a pressão arterial – Redução do peso • queda da insulinemia • redução da sensibilidade ao sódio • diminuição da atividade do sistema nervoso simpático * Dieta DASH (Dietary Approachs to Stop Hypertension): consumo de vegetais, leite desnatado e derivados, fibras, potássio, cálcio e magnésio e diminuição do consumo de gordura saturada, colesterol e sal. Tratamento medicamentoso • Objetivo: diminuição da morbidade e mortalidade cardiovasculares • Objetiva PAS<140 e PAD<90 (ou menores, dependendo dos fatores de risco) • Escolha do medicamento depende do estadiamento – Estágio 1 (que não respondeu às medidas não medicamentosas): monoterapia – Estágios 2 e 3: associação de anti hipertensivos Diuréticos • Efeitos diurético e natriurético Diminuição do volume extracelular – Preferência por tiazídicos em doses baixas – De alça • hipertensão associada a insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixo de 30 ml/min/1,73m² • insuficiência cardíaca com retenção de volume. – Poupadores de potássio: • pequena eficácia diurética(usados associados aos tiazídicos e aos diuréticos de alçapara prevenção e tratamento de hipopotassemia). • uso em pacientes com redução da função renal poderá acarretar hiperpotassemia. Diuréticos • Efeitos colaterais – Hipopotassemia – Hipomagnesemia – Hiperuricemia – Intolerância à glicose – Hipertrigliceridemia Inibidores adrenérgicos de ação central – alfametildopa, clonidina, monoxidinina, reserpina, guanabenzo, rilmenidina – Estimulam receptores α-2-adrenérgicos centrais, reduzindo tônus simpático – Associados a outros medicamentos se houver evidência de hiperatividade simpática – Efeito hipotensor fraco (monoterapia) – Gestante hipertensa: alfametildopa (monoterapia) Inibidores adrenérgicos centrais • Efeitos colaterais – Sonolência, sedação, fadiga, boca seca, hipotensão postural, disfunção sexual – Alfametildopa • Galactorréia • Lesão hepática • Anemia hemolítica – Clonidina • Hipertensão rebote (suspensão brusca da medicação) Inibidores adrenérgicosalfabloqueadores – Doxazosina, prazosina, prazosina XL, terazosina – Efeito hipotensor discretoassociar – Tolerância medicamentosa doses crescentes – Melhora em sintomas de HPB e metabolismo lipídico – Efeitos colaterais • Hipotensão postural (principalmente na primeira dose) • Palpitações • Astenia Inibidores adrenérgicosBetabloqueadores – Atenolol, bisoprolol, propanolol, metoprolol, nadolol, pindolol • • • • Diminuição do débito cardíaco Redução da secreção de renina Diminuição da produção de catecolaminas nas sinapses Readaptação dos barorreceptores – Redução da morbimortalidade cardiovascular em idade inferior a 60 anos – Redução da incidência de AVE em maiores de 60 anos – Uso em tremor essencial, hipertensão portal, síndromes hipercinéticas, cefaléias de origem vascular Inibidores adrenérgicosBetabloqueadores • Efeitos colaterais – Broncoespasmo – Bradicardia excessiva (<50 bpm) – Distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica – Insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia – Disfunção sexual – Inteolerância à glocose, aumento de LDL-c e diminuição de HDL-c – Suspensão brusca: hipertensão rebote, sintomas de isquemia miocárdica – Contra-indicações: asma brônquica, DPOC, BAV de 2º e 3º graus – Cuidado: pacientes com doença vascular de extremidades Alfa e Beta bloqueador – Carvedilol – Age nos receptores β1 e α reduzindo FC e DC e promovendo vasodilatação periférica Bloqueadores de canais de cálcio – Verapamil, diltiazem, anlodipino, felodipino, isradipino , lacidipino, nifedipino oros, nifedipino retard, nisoldipino, nitrendipino, lercarnidipino, manidipino – Diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasodilatação periférica – Eficazes, reduzem morbimortalidade – Interação favorável entre bloqueadores de canal de cálcio e vastatinas efeito sinérgico na liberação de óxido nítrico Bloqueadores de canais de cálcio • Efeitos colaterais – Cefaléia – Tontura – Rubor facial – Edema de extremidades – Verapamil e diltiazem: depressão miocárdica e BAV – Verapamil: obstipação intestinal Inibidores da ECA – Benazepril , Captopril, Cilazapril, Delapril, Enalapril, Fosinopril, Lisinopril, Perindopril, Quinapril, Ramipril, Trandolapril – Bloqueiam transformação de Angiotensina I em II – Reduzem morbimortalidade cardiovascular nos hipertensos, pacientes com insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, alto risco para doença aterosclerótica e na prevenção secundária de AVE. – Retardam declínio da função renal em pacientes nefropatas Inibidores da ECA • Efeitos colaterais – Tosse seca – Alteração do paladar – Hipersensibilidade com erupção cutânea e edema – Agravamento da hipopotassemia e aumento dos níveis de creatina em IRC (mas a longo prazo tem efeito nefroprotetor) – Hipotensão postural se associado a diurético – Contra-indicação: gestação (usar com cautela em mulheres em idade fértil) Bloqueadores do receptor de angiotensina II – Candesartana, Irbersartana, Losartana, Olmesartana, Telmisartana, Valsartana – Eficazes em HAS e ICC. São nefroprotetores em DM-2 com nefropatia estabelecida – Losartana diminui morbimortalidade cardiovascular em idosos com hipertrofia ventricular esquerda de forma superior ao atenolol – Bom perfil de tolerabilidade • . Bloqueadores do receptor de angiotensina II • Efeitos colaterais – Tontura – Rash cutâneo (raro) – Contra-indicação: gestação (usar com cuidado em mulheres na idade fértil) Vasodilatadores diretos – Hidralazina, Minoxidil – Relaxamento da musculatura da parede vascular diminuição da resistência vascular periférica – Pela vasodilatação podem promover retenção hídrica e taquicardia reflexa, contra indicando seu uso como monoterapia – Podem ser usados em associação com Betabloqueadores e/ou diuréticos Esquemas terapêuticos- Monoterapia – Preferência por betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da ECA, bloqueadores do receptor de angiotensina II – Tratamento individualizado • Capacidade do agente de diminuir morbimortalidade cardiovascular • Perfil de segurança do medicamento (reações adversas, interações, comodidade) • Mecanismo fisiopatogênico dominante • Características individuais • Doenças associadas • Condições socioeconômicas Esquemas terapêuticos- Monoterapia • Posologia – Dose deve ser ajustada até PA < 140/90 ou <130/80 se houver alto risco cardiovascular, em diabéticos com nefropatia (mesmo que em fase incipiente TFG>90mL/min/1,73m²) e em prevenção primária e secundária de AVE – Se o objetivo terapêutico não for conseguido com a monoterapia inicial, três condutas são possíveis: • Resultado parcial ou nulo, mas sem reação adversaaumentar a dose do medicamento em uso ou associar anti-hipertensivo de outro grupo terapêutico; • Ausência de efeito terapêutico na dose máxima preconizada, ou eventos adversossubstituição do anti-hipertensivo utilizado como monoterapia; • Se ainda assim a resposta for inadequada, devem-se associar dois ou mais medicamentos Esquemas terapêuticos- Terapia combinada • Em 2/3 dos casos monoterapia não é suficiente para atingir os níveis pressóricos desejados • Terapia combinada é usada em hipertensão estágios 2 e 3 • Esquema deve manter qualidade de vida do paciente. Após longo controle pressórico podese, criteriosamente, diminuir progressivamente a dose dos medicamentos. • Há evidências de que terapia combinada com ácido acetilsalicílico em baixas doses diminui incidência de complicações cardiovasculares Esquemas terapêuticos- Terapia combinada • Associações reconhecidas como eficazes: – – – – – – – – diuréticos e diuréticos de diferentes mecanismos de ação; Medicamentos de ação central e diuréticos; betabloqueadores e diuréticos; bloqueadores de receptores de e diuréticos; inibidores da ECA e diuréticos; bloqueadores dos canais de cálcio e betabloqueadores; bloqueadores dos canais de cálcio e inibidores da ECA; bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores de receptores de angiotensina II • Se a hipertensão for resistente à dupla terapia podem-se associar 3 ou mais medicamentos, sendo o diurético fundamental. • Em casos ainda mais resistentes pode-se associar minoxidil Interações medicamentosas Interações medicamentosas