Dinâmica populacional, Políticas Públicas, dispersão urbana e periferização da pobreza Elson Manoel Pereira Prof. Departamento de Geociências/ UFSC Laboratório Cidade e Sociedade Departamento de Geociências / UFSC Fonte: www.rioquepassou.com.br “não é um pensamento urbanístico que dirige as iniciativas dos organismos públicos e semipúblicos, é simplesmente o projeto de fornecer moradias o mais rápido possível pelo menor custo possível.” (LEFEBVRE, 1991, p. 26) Moradas Palhoça, 2010 – PALHOÇA/SC, Rodobens PMCMV, constatações A situação atual é ainda mais grave por três motivos principais: 1) Experiências pregressas... Exista uma crítica à forma de estruturação das cidades, o que não se tinha nas décadas de 60 e 70; 2) Discussões que oferecem novas referências e novas formas de atuação em relação às políticas públicas habitacionais; e 3) Pela recorrência da figura do condomínio fechado, potencialmente mais danoso à configuração do tecido urbano. O direito à cidade segundo Lefebvre Direito à cidade [...] direito à vida urbana, à centralidade renovada, aos locais de encontro e de trocas, aos ritmos de vida e empregos do tempo que permitem o uso pleno e inteiro desses momentos e locais etc.) • Inserção periférica da maior parte dos empreendimentos; • Baixíssima densidade de usos, atividades, empregos, equipamentos e serviços nas imediações; • Pobreza formal: arquitetônica e urbanística; e • Vulgarização da figura do condomínio fechado Não acontece indistintamente em todos os lugares e com a mesma intensidade! • Noção de urbanidade como norteador. • Qualificar periferização, inserção urbana do PMCMV; • Espaço como dimensão ativa...atributos espaciais e de uso • Empreendimentos PMCMV como irradiadores de urbanidade? 1) Diversidade de usos 2) Espaços públicos 3) Densidade (pessoas , habitações e empregos) 4) Equipamentos coletivos (posto de saúde, escola, hospital, etc...) 5) Articulação urbana 6) Atividades e usos 7) Mobilidade 8) Organização social 9) Gente no espaço público 500 m ao redor do empreendimento PSJS21 PSJS31 Falta de compreensão da dimensão sistêmica do problema urbanístico. A questão fundiária, jurídica, ambiental, desempenho, são aspectos de UM MESMO PROBLEMA – o da qualidade ambiental dos conjuntos A BOA QUALIDADE DA POLÍTICA HABITACIONAL É FRUTO DA BOA QUALIDADE URBANA • Direito à cidade não é igual à direito ao abrigo • A boa equação entre necessidade x qualidade x quantidade x celeridade • Como conseguir ganho de escala sem comprometer a diversidade do conjunto? • Como produzir rapidamente e garantir a qualidade construtiva? DESAFIOS • Definição do terreno com boa localização: distância ao comércio, serviços, transporte; inserção na cidade e nos bairros do entorno; condições topográficas e ambientais... • Equação fundiária e financeira adequada: para obtenção de gleba destinada ao empreendimento, de tal forma que não comprometa os custos e o preço final da unidade • Capacidade de indução das atividades econômicas locais, adequada à demanda gerada pelo empreendimento, potencialização da cadeia produtiva com uso de mão de obra e materiais locais, incentivo à inovação tecnológica.