André Amorim
O desenvolvimento das empresas em qualquer país
depende diretamente da existência de mecanismos
adequados de financiamento. A inovação do parque
tecnológico é uma das atividades das organizações
que mais demanda recursos de médio e longo prazo
• Com a globalização as empresas perceberam a
necessidade de adaptação às novas tendências de
ampliação e modernização sem comprometer seu
capital de giro.
• As empresas formalizam estratégias de
administração, avaliando os investimentos
correntes e buscando contratar passivos menos
onerosos e mais adequados, com as menores
taxas de juros.
Uma empresa tem duas formas de financiar a sua
atividade:
1. Capitais próprios, são aqueles que não tem qualquer
contrapartida fixa de remuneração ou seja: trata-se de
capital que pode ou não ser remunerado de acordo
com a rentabilidade gerada pela empresa.
2. Os capitais de terceiros, são aqueles que tem um
contra partida uma remuneração mínima fixada, que
pode ser taxa fixa ou variável, de acordo com uma
taxa de referencia de mercado.
Para suprir suas necessidades recorrentes de
financiamentos de bens, as empresas precisão escolher
uma das varias alternativas oferecidas pelo mercador
financeiro. No entanto, é necessário conhecer
detalhadamente as possibilidades de financiamento
oferecidas para que se possa decidir corretamente.
Fatores, como taxas de juros e risco influenciam
diretamente na escolha das fonte de financiamentos que
podem levar tanto a lucros como a prejuízos.
Características de Empréstimos a Longo Prazo
Os Financiamentos a Longo Prazo pode ser caracterizado
como dívida que tem maturidade superior a um ano. É
obtido junto a uma instituição financeira como um
empréstimo a prazo ou através da venda de títulos
negociáveis, que são vendidos a um número de credores
institucionais e individuais.
De modo geral, o financiamento a longo prazo de um
negócio possui vencimento entre cinco e vinte anos.
Quando o empréstimo a longo prazo estiver a um ano
do vencimento, os contadores passarão o empréstimo
a longo prazo para o passivo circulante, porque nesse
ponto ele se tornou uma obrigação a curto prazo.
Inúmeras cláusulas padronizadas de empréstimos
são incluídas nos contratos de empréstimo a longo
prazo. Essas cláusulas especificam certos critérios
a respeito de registros e relatórios contábeis
satisfatórios, do pagamento de impostos e de
manutenção geral do negócio por parte da empresa
tomadora.
As cláusulas restritivas mantém-se em vigor durante a
vida do contrato de financiamento.
As mais comuns são:
a) Exige-se do tomador a manutenção de um nível
mínimo de capital circulante líquido. Capital circulante
líquido abaixo desse mínimo é considerado indicativo
de liquidez inadequada, um precursor da falta de
pagamento e, em última instância, da falência;
b) Os tomadores são proibidos de vender contas a receber
para gerar caixa, pois tal operação poderia causar um
problema de caixa a longo prazo, se essas entradas
fossem usadas para quitar obrigações a curto prazo;
c) Credores a longo prazo normalmente impõem
restrições quanto ao ativo permanente da empresa. Essas
restrições para empresa são relativas à liquidação,
aquisição e hipoteca dos ativos permanentes, frente ao
fato que essas ações podem deteriorar a capacidade da
empresa para pagar o seu débito;
d) Muitos contratos de financiamentos inibem
empréstimos subseqüentes, pela proibição de empréstimos
a longo prazo, ou pela exigência de que a dívida adicional
seja subordinada ao empréstimo original. Subordinação
significa que todos os credores subseqüentes ou menos
importantes concordem em esperar até que todas as
reivindicações do atual credor sejam satisfeitas, antes de
serem atendidas às suas;
e) Os tomadores podem ser proibidos de efetuar certos
tipos contratos de leasing para limitar obrigações
adicionais com pagamentos fixos;
f) Ocasionalmente, o credor proíbe combinações,
exigindo que o tomador concorde em não consolidar,
fundir ou combinar-se com qualquer outra empresa. Tais
ações poderiam produzir mudanças e/ou alterações
significativas no negócio e no risco financeiro do
tomador;
g) A fim de evitar a liquidação de ativos devido ao
pagamento de altos salários, o credor pode proibir ou
limitar o aumento salarial de determinados funcionários;
h) O credor pode incluir restrições administrativas,
exigindo que o tomador mantenha certos funcionários
chaves, sem os quais o futuro da empresa estaria
comprometido;
i) Às vezes, o credor inclui uma cláusula limitando as
alternativas do tomador quanto aos investimentos em
títulos. Esta restrição protege o credor, pelo controle de
risco e negociabilidade dos títulos do tomador;
k) Uma cláusula relativamente comum limita a
distribuição de dividendos em dinheiro a um máximo
de 50 a 70% de seu lucro líquido, ou a um
determinado valor.
j) Ocasionalmente, uma cláusula específica exige que
o tomador aplique os fundos obtidos em itens de
comprovada necessidade financeira;
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
ATIVO
Circulante
4
0
5
5
PELP
10
100
ARLP
Permanente
Circulante
100
5
4
0
5
0
PL
ATIVO: Classificação em ordem de liquidez
PASSIVO: Classificação em ordem de vencimento das exigibilidades
ESTRUTURA DE CAPITAIS
GRAU DE ENDIVIDAMENTO
Ano 1
60
Circulante Capital
Terceiros
150%
Permanente
40
PL
<
Ano 2
Circulante
65
Capital
Terceiros
186%
Permanente
35
PL
Melhor
Para cada R$ 100 de
Para cada R$ 100 de
Capital Próprio, tomou
Capital Próprio, tomou
R$ 186 emprestados
R$ 150 emprestados
Fórmula: (Capital de Terceiros/Patrimônio Líquido)*100
ESTRUTURA DE CAPITAIS
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
Capital de Terceiros
Ano 1
PC
81
Circulante
Longo Prazo
19
Patrimônio
Permanente Líquido
Circulante
<
Melhor
Permanente
Ano 2
PC
54
Longo Prazo
46
Patrimônio
Líquido
Fórmula: (Passivo Circulante/Capital de Terceiros)*100
ESTRUTURA DE CAPITAIS
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ano 1
Capital
Circulante Circulante
Líquido
<
PC
PELP
Capital
Circulante
Próprio
Patrimônio
Ativo
Líquido
Permanente
100
71
Melhor
Capital
Circulante
Próprio
Fórmula: (Ativo Permanente/Patrimônio Líquido)*100
ESTRUTURA DE CAPITAIS
IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES
Ano 1
Circulante
Correntes
Capital
Circulante
Líquido
PC
Melhor
PELP
Ativo
Permanente
71
<
PL
100
Recursos
não
Correntes
Fórmula:[Ativo Permanente/(PL + Passivo Exig. Longo Prazo)]*100
ESTRUTURA DE CAPITAIS
IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES
Ano 1
Circulante
Capital
Correntes
PC
Circulante
Líquido
Negativo
PELP
Ativo
Permanente
71
PL
100
Recursos
não
Correntes
Fórmula:[Ativo Permanente/(PL + Passivo Exig. Longo Prazo)]*100
Analise o balanço abaixo e calcule os índices de
endividamento.
Grau de Endividamento:
(Capital de Terceiros/Patrimônio Líquido)*100
Composição do Endividamento:
(Passivo Circulante/Capital de Terceiros)*100
Imobilização do Patrimônio Líquido:
(Ativo Permanente/Patrimônio Líquido)*100
Imobilização dos Recursos Não Correntes:
[Ativo Permanente/(PL + Passivo Exig. Longo Prazo)]*100
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