LESÕES DO OMBRO
João Antonio da Silva Júnior
CONSIDERAÇÕES INICIAIS



Entender melhor o complexo do ombro e manter
sua função normal está entre os maiores desafios
da medicina do esporte nos dias de hoje.
Composta de quatro articulações e uma infinidade
de ligamentos e músculos
O complexo deve mover-se com a sinergia
coordenação e semelhante ao da robótica
mecânica, realizando movimentos com graciosa
fluidez.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS



Qualquer variação da força, mobilidade, força,
estabilidade e flexibilidade no complexo do ombro
vai alterar o funcionamento, gerando potenciais
episódios
microtraumaticos,
que
podem
posteriormente prejudicar a função.
Articulação com maior mobilidade
Exige maior estabilidade nos arcos de movimento
CONSIDERAÇÕES INICIAIS




Entender a biomecânica
Prevenção de lesões
Desigualdade de força muscular, movimentos
inadequados;
Fadiga muscular precoce.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS


Avaliar mecanismo de lesão, história relacionada
pregressa, deficits notáveis na ADM, força e
estabilidade, estruturas anatômicas sensíveis à
palpação, envolvimento neurológico, e as limitações
funcionais.
O desenvolvimento de um plano de cuidados para
incluir o tratamento de cuidados primários, a
reabilitação inicial com metas projetadas e
calendário de voltar a jogar tem de ser resolvida
pouco depois do incidente da lesão.
INSTABILIDADE



Uma das teorias iniciais usadas para explicar a dor no
ombro na parte de cima e do atleta arremessador foi
a de que o ombro teria uma forma de instabilidade
anterior oculta.
Jobe e colaboradores sugeriram que a fisiopatologia
do manguito rotador eram, na realidade, o resultado
do aumento capsular anterior frouxidão e
instabilidade.
Basearam esta conclusão, em parte, na observação
durante o exame físico do ombro que parecia haver
laxismo anterior do ombro no braço dominante.
INSTABILIDADE




Tornou-se cada vez mais aceito que a frouxidão ombro
tem um grande e normal intervalo que não é
equiparado a instabilidade.
Testes de exame para a instabilidade do ombro
incluem testes que avaliam a frouxidão e as que o teste
de instabilidade. Ambos são de valor diagnóstico.
As técnicas para teste de frouxidão incluem testes de
gaveta anterior e posterior e testes de carga e de
deslocamento.
Testes de instabilidade incluem a manobra de
apreensão, o teste da relocação e a manobra surpresa.
TESTES DA GAVETA ANTERIOR E
POSTERIOR:



Executadas primeiramente com o paciente em decúbito dorsal, com
o braço abduzido a 90ºou com elevação de 70 a 80º.
O examinador segura o braço com uma mão, aplica uma carga
axial delicada no cotovelo do paciente ao centro da cabeça do
úmero na glenóide e usa a outra mão para tentar tracionar
a cabeça do úmero anteriormente e posteriormente sobre a borda
anterior da glenóide.
O exame é repetido com o paciente na posição sentada, com uma
das mãos do examinador fixando a escápula e ao mesmo tempo,
realizando a tração do úmero anteriormente e posteriormente ao
longo da borda da glenóide.

Esse método é um pouco mais difícil porque o paciente tende a não
relaxar tão facilmente como na posição supina.
TESTES DA GAVETA ANTERIOR E
POSTERIOR:

Classificação
 Grau
I
A
cabeça do úmero não subluxa sobre a borda da
glenóide,
 Grau
A
II
cabeça do úmero subluxa sobre a borda da glenóide
 Grau
 Há
III
subluxação da cabeça do úmero sobre a borda, mas
permanece luxado.
TESTE DA APREENSÃO ANTERIOR


Rowe e Zarins foram os primeiros a descrever o
teste da apreensão anterior como uma ferramenta
para o diagnóstico de instabilidade do ombro
anterior.
Este teste é realizado com o paciente sentado, em
pé ou deitada.
O
examinador posiciona o braço do paciente em
abdução, rotação externa e extensão até que o
paciente afirma que sente o ombro como se fosse
subluxar ou deslocar.
TESTE DA APREENSÃO ANTERIOR



Quando a apreensão é usado como um critério para
um resultado positivo, este teste é preciso para
diagnosticar a instabilidade anterior do ombro;
Quando a dor é usado como um critério para um teste
positivo, o sinal de apreensão anterior não é um teste
confiável para a instabilidade anterior traumática;
Dor com o braço em abdução e rotação externa pode
ser causada por uma variedade de condições e não
pode ser considerado para indicar instabilidade.
TESTE DA RECOLOCAÇÃO


Força dirigida posteriormente e aplicada ao
ombro abduzido e com rotação externa do braço
(posicionados para detectar apreensão anterior ou
tradução) melhorou os sintomas de um paciente.
Baseado nessa observação, ele descreveu o teste
da relocação para detectar instabilidade anterior.
TESTE DA RECOLOCAÇÃO


No teste de recolocação, o examinador posiciona o braço
do paciente em posição supina em abdução e rotação
externa e até que o paciente relata dor.
O examinador, em seguida, traciona o braço
posteriormente.


Se
houver
redução
os
sintomas
do
paciente,
especialmente o da apreensão, o teste é considerado positivo e
sugestivo de instabilidade.
O papel exato do teste de recolocação na análise de uma
sobrecarga e de uma atleta em atividade permanece
controverso.

Alguns autores têm sugerido que a pode ser útil para detectar a
presença de lesões SLAP.
LESÕES SLAP

Ocorre quando o tendão do bíceps é deslocado do
tubérculo glenoidal superior e o labrum é
separado da borda da glenóide.
SLAP: CLASSIFICAÇÃO




Tipo 1: labrum da glenóide demonstra mudanças degenerativas e desgaste na
bordas, mas permanece firmemente aderido à borda da glenóide, sem avulsão do
tendão do bíceps presente.
Tipo 2: alterações degenerativas e desgaste estão presentes, o labrum glenoidal é
completamente isolada do ântero-superior à borda póstero-superior da glenóide.
Esta parte do labrum é levantada pelo tendão do bíceps longo, e a fixação do
tendão do bíceps é instável.
Tipo 3: a margem livre do lábio superior é deslocado para o interior da
articulação, enquanto que a fixação do labrum à borda glenoidal e o tendão do
bíceps permanecem intactos. A inserção do tendão do bíceps não é instável.
Tipo 4: a parte superior do labrum é deslocado para a articulação, mas em
contraste com o tipo 3, o tendão do bíceps longo também é afetado, envolvendo
ruptura parcial no sentido das fibras.
TESTES DIAGNÓSTICOS

Teste da compressão ativa
O teste de compressão ativa, ou teste de O’Brien, é
provavelmente o mais comumente exame utilizado para
detectar lesões SLAP.
 É realizada com o paciente em pé e os ombros para a
frente, em flexão de 90º e 10º aduzido em relação ao
corpo, com o cotovelo estendido com a palma virada para
cima.
 O examinador então empurra para baixo no braço do
paciente que resiste a este movimento.

TESTES DIAGNÓSTICOS

Teste da compressão ativa
O
paciente, em seguida, mantém o braço na mesma
posição, mas com a palma virada para cima, o braço é
empurrado para baixo pelo examinador, e este
movimento é resistido pelo paciente.
 Se a dor nesta posição é menor do que na posição do
polegar para baixo, o teste é considerado positivo
para uma lesão SLAP.
 O teste também é considerado positivo se houver dor
ou um clique com o polegar para baixo do braço, mas
não com o polegar para cima.
TESTES DIAGNÓSTICOS

Teste do deslize anterior
O
teste do deslize anterior é realizado com o paciente
em pé e com a mão do braço afetado no quadril.
 O examinador fica ao lado do paciente e coloca uma
carga axial no braço em direção ao ombro.
 O paciente é orientado a resistir a essa força e o teste
é considerado positivo quando o paciente relata dor
profunda no ombro ou o examinador sente um clique
com os dedos palpando sobre o ombro anterior.
TESTES DIAGNÓSTICOS

Teste do cisalhamento de Mayo
O teste é realizado com o examinador situado atrás do
paciente em pé.
 O braço do paciente é elevado cerca de 70 º e rodado
externamente pelo examinador, e então o braço é elevado
completamente.
 O braço é então trazido para baixo com o braço em
rotação externa, enquanto se aplica uma força anterior com
a mão sobre o ombro posterior.
 O teste é considerado positivo se há relato de dor pelo
paciente ou um clique no ombro posterior.

LESÕES SLAP



Devido à propensão de estruturas de participação
múltipla, o tratamento inicial inclui imobilização e
abordagem de queixas sintomáticas;
Fisioterapia pode ser iniciada imediatamente após
a cirurgia e mantida por 4-6 meses.
Após
tendinite
do
bíceps
tratada
conservadoramente que não conseguiu restaurar a
função, deve-se considerar o envolvimento labral.
LESÕES DO MANGUITO ROTADOR



O manguito rotador atua como estabilizador
dinâmico, mantendo um centro instantâneo de
movimento entre a cabeça do úmero e a glenoide.
Atletas, principalmente arremessadores, são mais
suscetíveis à patologia do manguito rotador.
A mecânica de arremesso desafia os
estabilizadores dinâmicos em múltiplas amplitude
de movimento.
LESÕES DO MANGUITO ROTADOR


Os atletas que demonstram fadiga precoce do
manguito rotador podem desenvolver padrões de
movimento compensatório, elevando a escápula
para conseguir o movimento final.
Recentemente tem sido sugerido que a etiologia da
doença do manguito rotador é multifatorial.
LESÕES DO MANGUITO ROTADOR




O atleta vai apresentar queixas de dor com a
atividade e descanso.
Ponto de sensibilidade pode ser observado no
tubérculo maior, a inserção do deltóide, ou o no
tendão do bíceps.
Déficits de ADM e fraqueza pode estar associado
com os sintomas.
Uma história de incidentes traumáticos específicos,
dor no ombro em geral, ou tendinopatias anterior
geralmente está presente.
LESÕES DO MANGUITO ROTADOR



Geralmente, a incapacidade funcional para atingir
a
velocidade,
distância,
ou
precisão
de um tiro, são o principal motivo de procura
médica.
O tratamento inicial de um manguito suspeitos do
manguito rotador inclui imobilização, crioterapia, e
ressonância magnética para avaliação posterior.
A intervenção cirúrgica é iminente para a
devolução a atividade atlética nos casos de ruptura
total.
TESTES DIAGNÓSTICOS



No teste de sinal de impacto de Neer, o paciente fica em
pé ou sentados, e o examinador estabiliza a escápula e
levanta o braço em flexão.
O teste é considerado positivo se houver dor no ombro
anterior ou na região deltóide como o braço é elevado
perto de flexão completa.
O teste de sinal de Kennedy, Hawkins é realizada com o
paciente
sentado
ou
em
pé.
O examinador eleva o braço (a cerca de 90) em flexão e,
em
seguida,
gira
internamente
o braço.

O teste é considerado positivo se provocar dor no ombro
anterior.
TESTES DIAGNÓSTICOS

O teste de arco doloroso é realizada por pedir ao paciente
que levante o braço para cima elevação completa.




Se o paciente tem dor entre 70 e 120, ou tem dor no final da
flexão, o teste é considerado positivo.
O teste atribuído a Whipple para detectar ruptura parcial.
Este é realizado com o paciente em pé, o braço fletido a
90º e para a frente, e a mão colocado em frente ao outro
ombro.
O examinador empurra para baixo no braço
e o paciente resiste à força descendente.

O teste é considerado positivo se houver fraqueza ou dor na
região anterior do ombro ou deltóide.
Download

Lesões do Ombro