A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para as empresas, ser ético exige novos desafios e criatividade… Pois, no mundo dos negócios, antes de qualquer tomada de decisão, alguns comportamentos podem ter resultados alarmantes. Exemplo: Não adianta vender muito bem um produto, se em pouco tempo os clientes estarão instisfeitos! Quem deve ser ético na empresa: a alta administração, o pessoal de nível médio ou os que trabalham na base? Conduta vem do latim conducta e é uma manifestação do comportamento do indivíduo. É, de acordo com o dicionário Melhoramentos (1997, p. 30), procedimento moral (bom ou mau). COSTA, E.M. Define-se moral conjunto de como regras o de conduta consideradas como válidas, absoluto quer para de modo qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou determinada. COSTA, E.M. pessoa Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto. COSTA, E.M. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e valores baseados em: QUERO, DEVO e POSSO. A moral é a prática de uma ética, ou seja, é regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural, etc. COSTA, E.M. Tenho um princípio ético: “Não pegar o que não me pertence”! Meu comportamento moral: “Se eu roubo ou não”… COSTA, E.M. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la. ABRIGO SUBTERRÂNEO Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar seis pessoas. Mas 12 pretendem entrar.Abaixo, há uma relação das 12 pessoas interessadas a entrar no abrigo. Faça sua escolha, destacando apenas seis delas: ( ) Um violinista, com 40 anos, narcótico viciado ( ) Um advogado, com 25 anos, HIV +. ( ) a mulher do advogado, com 24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele. ( ) Um sacerdote com 75 anos ( ) Uma prostituta, com 34 anos. ( ) Um ateu com 20 anos, autor de vários assassinatos. ( ) Uma universitária que fez voto de castidade ( ) Um físico, 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo uma arma. ( ) Um declamador fanático, com 21 anos. ( ) Uma menina de 12 anos, e baixo Q.I. ( ) Um homossexual, com 47 anos. ( ) Um excepcional, com 32 anos, que sofre de ataques epilépticos. Weber (1959): ÉTICA DA CONVICÇÃO • As decisões decorrem da aplicação de princípios ou ideais; • Decidir é obedecer a ditames da consciência, respeitar preceitos, prescrições e normas. ÉTICA DA RESPONSABILIDADE • As decisões decorrem de uma análise; a) das circunstâncias; b)dos riscos; c) dos custos e benefícios; • Decidir é presumir resultados altruístas, responder pelas consequências das ações. Ética da Convicção Exemplos de tomadas de decisão : Como sou mãe, devo cuidar dos meus filhos e tenho de dedicar-me à família; Como sou católico, é forçoso obedecer aos dogmas da Igreja e à sua hierarquia; Como sou brasileiro, sinto-me obrigado a amar a minha pátria e defendê-la se esta for agredida. Ética da Responsabilidade Exemplos de tomadas de decisão : Como sou mãe, é inteligente e útil não descuidar dos meus familiares porque isso lhes traz bem-estar e me torna feliz; Como sou católico, é válido respeitar as orientações do clero porque isso promove a Glória de Deus e pode salvar a minha alma; Como sou brasileiro, faz sentido eu ser patriota, principalmente se a minha conduta puder contribuir para o país e servir de elo com meus conterrâneos. Um exemplo que tipifica as duas éticas é uma adolescente grávida, que deseja o aborto. De um lado está a mãe, uma "cristã assídua", que logo impõe os princípios católicos, nos quais está a preservação da vida, e consequente, contrária ao aborto. Do outro está o pai, pensando na filha, nos resultados que provocará a maternidade na filha, na "futuro" dela, da precocidade da maternidade, então coloca tudo numa balança, e conclui que a melhor opção é o aborto. A mãe representa a Ética da Convicção, e o pai a Ética da Responsabilidade. Ambas teorias exigem o ALTRUÍSMO IMPARCIAL CONVICÇÃO • Ética dos deveres, das obrigaçoes de consciência. acabadas da razão, dos resultados previsíveis. • Repousa no conforto das RESPONSABILIDADE • Ética dos propósitos, respostas e das verdades absolutas. • Enfrenta a vertigem das perguntas e o desafio das soluções relativistas. ÉTICA – CASO PARA DISCUSSÃO A marca “Maravilha Industrial” tornou-se conhecida em todo o País. Com o tempo, a empresa diversificou as suas atividades. Seus dirigentes concediam entrevistas aos veículos de comunicação, dando exemplo de empreendimentos bem sucedidos. A imagem pública da Maravilha era integrar um grupo econômico forte e sólido financeiramente. Não obstante, a marca Maravilha tinha proteção somente para as classes de produtos da empresa, o que lhe daria o direito de se inscrever em todas as classes nos termos da Lei de Patentes. Por esse tempo, os srs. “A,B e C” resolveram se aventurar na administração de consórcios. Visando aproveitar-se da “alavancagem” do nome, fundaram a “Maravilha Consórcios”. Iniciaram uma intensa campanha publicitária, na qual jamais informaram ao público que não mantinham qualquer relação societária ou comercial com a Maravilha Industrial. A maravilha Consórcios começou a ter dificuldades em entregar os bens dos consorciados. Quando estes procuraram se informar sobre o grupo controlador da maravilha Consórcios, descobriram que tal grupo não tinha qualquer relação com a conhecida Maravilha e que o patrimônio tanto da maravilha Consórcios quanto dos seus sócios era insignificante. Questões para reflexão: 1.Como você qualifica a propaganda da maravilha Consórcios? Ela foi ética? 2.Você acha que a agência de publicidade que fez a campanha para a Maravilha Consórcio tinha alguma obrigação ética de informar à sociedade sobre a existência de vínculo com a Maravilha Industrial? 3.Você acha que a Autoridade Monetária, representada pelo Banco Central deveria exercer uma espécie de censura sobre as propagandas de consórcios e instituições financeiras, visando preservar o patrimônio popular? Um dilema ético pode ser entendido como uma situação de conflito, na qual haja a necessidade de se fazer uma escolha relacionada com um princípio ou uma prática moral. Os três dilemas éticos apontados por Srour são: DILEMA DOS VALORES, DILEMA DOS DESTINATÁRIOS E O DILEMA DOS MEIOS. Ocorre em situações nas quais os indivíduos e/ou empresas se deparam com um choque de valores nas suas escolhas. A verdade ou a lealdade filial? Honrar o compromisso de saldar uma dívida ou a caridade para uma família esfomeada? A ética de convicção convive com o dilema congênito: • Como estabelecer uma hierarquia entre os princípios ou entre os ideais? • Como definir precedências em tábuas de valores? • Seria possível sacrificar um valor para salvar outro? Ao analisar as situações pelo critério do altruísmo imparcial, a resposta para essas perguntas torna-se evidente: devem prevalecer os interesses gerais, ainda que outros interesses menores sejam feridos. Qualquer uma das morais que se inspira pela ética da convicção embute uma hierarquia de valores, se não explícita, pelo menos implícita. Sob a orientação da ética da convicção, questões importantes e urgentes não conseguem respostas acabadas, a não ser que uma hierarquia entre os valores seja precisamente definida pelos agentes envolvidos. A relação moral beneficia e prejudica quem? Quaisquer formas de solucionar uma situação afetam desigualmente os agentes envolvidos. O que é considerado moral pelo código de conduta de uma empresa pode ser considerado imoral por outra: Exemplo: • Uma empresa autoriza o pagamento de propinas aos compradores de seus produtos ou serviços, outra se recusa a isso, preferindo perder os negócios que dependem desse tipo de arranjo. Quanto menor for a coletividade beneficiada, em detrimento das demais coletividades, mais acirradas serão as divergências e maiores serão as distâncias que as separam. Exemplo: • Proibição de fumar em aviões norte-americanos e brasileiros leva as categorias sociais de fumantes e de não-fumantes a se confrontar. Quem se beneficia com o interdito e quem sai prejudicado? Pela ética da responsabilidade – lógica do bem máximo para o maior numero – implica 2 fatores: • Intensidade – máximo/mínimo, instruído pelo critério da qualidade ou eficácia . • Quantidade – maior/menor número, informado pelo critério da equidade. A eficácia prevaleceu em detrimento da equidade. Portanto, ainda que a legitimação ética seja fornecida pelos padrões culturais macrossociais vigentes, esta se vê condicionada por uma relação de forças. “Maneira” de se atingir o fim. Podem ser classificados: • Pela legitimidade • Pela validação moral Ética da responsabilidade: Os meios “ilegítimos” podem ser utilizados para alcançar ideais,implementar princípios ou até alcançar o máximo de bem para o maior número. Os meios, mesmo não sendo lícitos, são então justificáveis pelo fim. Exemplos: • Hitler, Stalin, Talibã, kamikazes, sacrifícios humanos Ética da convicção: “...não se pode atingir o bem fazendo o mal nem ser pode lançar mão de meios imorais para guiar os povos para o bem”. (Srour, Ética Empresarial, pág. 207) Exemplos: • Suprema Corte de Israel, proibindo tortura a prisioneiros de guerra “Não há ética alguma no mundo que possa desconsiderar isso: para atingir fins ‘bons’, somos obrigados, na maior parte do tempo, a contar, de um lado, com meios moralmente desonestos ou pelo menos perigosos, e de outro, com a possibilidade ou ainda a eventualidade de conseqüências desagradáveis. Nenhuma ética no mundo pode dizernos tampouco quando e em qual medida um fim moralmente bom justifica os meios e as conseqüências moralmente perigosas.” Max Weber Ética da responsabilidade: Para que sejam alcançados resultados altruístas (mais restritos), a ética da responsabilidade pode aceitar vários comportamentos que não seriam aceitos pela da convicção. Exemplos: • Agente do FBI infiltrado na Máfia que participou de vários crimes para que pudesse coletar provas e prender vários bandidos; • Tortura de terroristas em Guantánamo para encontrar Bin Laden. VALORES: MEIOS: Se não houver uma hierarquia estabelecida entre eles, como fazer? Como realizar prescrições ou propósitos lançando mão de meios legítimos?; DESTINATÁRIOS: Uma relação moral beneficia e prejudica qual ou quais coletividades? Estes meios não teriam que ser aceitáveis virtualmente por todos, principalmente por aqueles a quem se aplicam? A crise da sociedade contemporânea é uma crise de seus magmas de significações. A questão ambiental é um dos componentes que integram esta crise. As idéias de crescimento econômico, desenvolvimento, ciência, técnica e dominação da natureza estão abaladas. A relação sociedade-natureza se insere neste contexto de crise visto que se acreditava que desenvolvimento acarretava sair da natureza, dominála. A deflagração da crise ambiental expõe a necessidade de uma nova forma de relação entre o ser humano e natureza, uma nova postura ética diante do meio ambiente. A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) consiste num conjunto de inicativas por meio das quais as empresas buscam – voluntariamente – integrar considerações de natureza ética, social e ambiental às suas interações com clientes, empregados, fornecedores, concorrentes, acionistas, governo e comunidades – as chamadas “partes interessadas” – visando o desenvolvimento de negócios sustentáveis. As sete diretrizes que norteiam a Responsabilidade Social Empresarial Trata-se de uma série de ações concretas que podem contribuir para a melhoria da qualidade dos relacionamentos de sua empresa nas áreas de: -Valores e Transparência, - Público Interno, - Meio Ambiente, - Fornecedores, - Consumidores e Clientes, - Comunidade, Governo e Sociedade. PÚBLICO Fornecedores Público Interno Meio Ambiente Sustentabilidade Consumidores Comunidade Transparência Empresa Ética Sociedade/Governo Acionistas As Sete Diretrizes da Responsabilidade Social Empresarial 1ª Adote valores e trabalhe com transparência 2ª Valorize empregados e colaboradores 3ª Faça sempre mais pelo meio ambiente 4ª Envolva parceiros e fornecedores 5ª Proteja clientes e consumidores 6ª Promova sua comunidade 7ª Comprometa-se com o bem comum DICA Um código de ética decorrente da Declaração de Valores e Princípios Éticos pode ajudar a: • desenvolver relações sólidas com fornecedores, clientes e outros parceiros; • reduzir o número de processos legais; • negociar conflitos de interesse; e • assegurar o cumprimento das leis. Entre os princípios geralmente mencionados num Código de Ética estão: honestidade, justiça, compromisso, respeito ao próximo, integridade, lealdade, solidariedade. Todos esses princípios podem ser indicados na declaração de valores éticos de sua empresa. RSE – O que é mesmo? Responsabilidade Social Empresarial, diz respeito à maneira como as empresas realizam seus negócios: os critérios que utilizam para a tomada de decisões, os valores que definem suas prioridades e os relacionamentos com todos os públicos com os quais interagem, não custa repetir. A ética e transparência em seus negócios; O aprimoramento das relações com as partes interessadas; A qualidade de seus impactos sobre a sociedade e o meio ambiente. A empresa: Fortalece sua imagem; Tem capacidade de atrair e reter talentos; Pavimenta o caminho para sua competitivdade; Maior comprometimento e lealdade dos empregagos que passam a se identificar mais com a empresa; Maior aceitação pelos clientes clientes (exigentes); Maior facilidade de acesso à financiamentos; Contribuição para sua legitimidade perante o Estado e sociedade. RESUMINDO: Conquista a fidelização dos clientes; Ambiente de trabalho positivo; Controle e redução de custo; Acesso ao mercado externo; Acesso ao crédito. O movimento da RSE decorre de três fatores que marcam a época atual: • A revolução tecnológica (satélites, telecomunicações), que eliminou distâncias e multiplicou a troca de informações via televisão, jornais, rádio, telefone e internet; • A revolução educacional, que é conseqüência do número cada vez maior de pessoas que freqüentam escolas e querem mais informações; • A revolução cívica, que é representada por milhões de pessoas organizadas de todo o mundo reunidas em associações e organizações não-governamentais (ONGs), defendendo seus direitos e seus interesses, como a promoção social e a proteção ambiental. O atual ambiente de globalização está motivando as organizações a considerarem todos os impactos sociais, éticos e políticos de suas atividades corporativas. As empresas que estiverem em condições de demonstrar um compromisso em termos éticos e sociais obterão um marco de competitividade importante, gerando confiança em partes interessadas, tais como clientes, investidores, comunidade local e consumidores. Assuntos sociais como o trabalho infantil, trabalho forçado e discriminação requerem organizações que não considerem apenas o seu próprio ambiente interno, mas também a sua cadeia de fornecimento. O termo "sustentável" provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental. ECOLÓGICO VIÁVEL SUPORTÁVEL SUSTENTÁVEL SOCIAL ECONÔMICO EQUITATIVO Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja: ecologicamente correto economicamente viável socialmente justo culturalmente diverso “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”. (Relatório de Brundtland – 1983) Costa, E.M A Norma BS 7750 especifica os requisitos para o desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental que visem garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais definidos e declarados. Costa, E.M A elaboração da norma britânica BS 7750 foi confiada pelo Comitê Normativo de Gerenciamento Ambiental a um Comitê Técnico Especial (ESS/1), no qual inúmeras organizações empresariais, técnicas, acadêmicas e governamentais estavam representadas. Costa, E.M A BS 7750 aplica-se a qualquer organização que deseje: Garantir o cumprimento a uma política ambiental estabelecida; Demonstrar este cumprimento a terceiros. Costa, E.M Costa, E.M Quando se mapeia os processos da empresa, conforme requerido pela ISO 9001, deve-se identificar as atividades críticas para a Qualidade, os aspectos e impactos ambientais e os riscos e perigos ocupacionais, de forma a prover os devidos controles, garantindo que o processo terá excelência na Qualidade, sem impactar ao Meio Ambiente e nem tão pouco a saúde e segurança dos trabalhadores. Costa, E.M Quais são os principais benefícios? Otimiza os recursos empregados na implementação, certificação e manutenção dos sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança ocupacional. Demonstra seu compromisso com a qualidade, meio ambiente e saúde e segurança ocupacional; Ajuda a melhorar o seu desempenho organizacional; Minimiza a vulnerabilidade legal; Reduz efetivamente os incidentes e acidentes de trabalho. Costa, E.M A iniciativa se baseia na conhecida estrutura ISO 9001/ISO 14001, convenções da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção das Nações Unidas dos Direitos das Crianças. A mundialmente reconhecida certificação do padrão SA 8000 envolve o desenvolvimento e a auditoria de sistemas de gestão que promovem as práticas de trabalho socialmente aceitas, proporcionando benefícios à sociedade em geral. Costa, E.M A NBR 16001 foi concebida com base nas três dimensões da sustentabilidade - econômica, social e ambiental - estabelecendo os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SGRS) passível de integração com outros sistemas de gestão. Um SGRS eficaz permite promover a cidadania, o desenvolvimento sustentável e a transparência das atividades da organização. A certificação na norma NBR 16001 possui acreditação do INMETRO. Costa, E.M A ISO 26000 é uma guia sobre Responsabilidade Social. A norma é capaz de orientar organizações em diferentes culturas, sociedades e contextos. Aborda temas que englobam desde direitos humanos, práticas de trabalho, meio ambiente e governança, a até questões de implementação. Costa, E.M Estas normas estabelecem os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da sustentabilidade, permitindo à empresa formular e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais, seus compromissos éticos e sua preocupação com a promoção da cidadania, promoção do desenvolvimento sustentável e com a transparência das suas atividades. Costa, E.M Fornecer meios para a melhoria contínua de seu desempenho social e ambiental; Incentivar o mercado para que as empresas comprometam-se e engajem com uma conduta de liderança voltada para a Sustentabilidade; Criar diretrizes para que as partes interessadas tenham acesso as informações de desempenho; Costa, E.M Processo permanente de comunicação com partes interessadas; Melhoria de relações com fornecedores; Padronizar os “Códigos de Conduta”; Promover conhecimento básico das normas internacionais de direitos humanos. Costa, E.M Costa, E.M Boas práticas de governança, combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção, práticas leais de concorrência, direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil, direitos do trabalhador, promoção da diversidade e combate à discriminação, compromisso com o desenvolvimento profissional, promoção da saúde e segurança, padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e consumo (fornecedores e clientes), meio ambiente e direito das futuras gerações e ações sociais de interesse público. Costa, E.M Estas normas visam proporcionar uma diretriz prática relacionada ao compromisso empresarial para com o desenvolvimento social e ambiental, sua operacionalização considerando, inclusive, o engajamento dos stakeholders, com ênfase nos resultados e melhorias de desempenho e na comparabilidade desses resultados e desempenhos entre empresas, considerando, ainda, os aspectos locais e culturais da área ou da região de atuação das empresas. Costa, E.M Terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública de origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução de Third Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com o Primeiro Setor (Público, o Estado) e o Segundo Setor (Privado, o Mercado). De um modo mais simplificado o Terceiro Setor é o conjunto de entidades da sociedade civil com fins públicos e nãolucrativas Caderno Responsabilidade Social das Empresas e Balanço Social – dos Reis, Carlos Nelson e Medeiros, Luz Edgar. Costa, E.M Costa, E.M Algumas distinções das organizações do Terceiro Setor e das Instituições Sociais: Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo. Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos. Gestão própria: realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente. . Costa, E.M Gestão própria: realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente. Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes. Trabalho Voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação Voluntária. Costa, E.M Dentro das organizações que fazem parte do Terceiro Setor, estão as ONGS (Organizações Não Governamentais), entidades filantrópicas, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), Organizações sem fins lucrativos e outras formas de associações civis sem fins lucrativos. Costa, E.M No âmbito jurídico, no Brasil, em estudo intitulado “As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil 2002” , realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com a Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (ABONG) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) foram identificadas mais de 500 mil instituições no Terceiro Setor. Costa, E.M O Terceiro Setor não é público nem privado, mas sim uma junção do setor estatal e do setor privado para uma finalidade maior, suprir as falhas do Estado e do setor privado no atendimento às necessidades da população, numa relação conjunta. Costa, E.M Existe uma discussão de quais seriam os contornos do Terceiro Setor, pois suas organizações utilizam recursos do Estado e do mercado. Além disso, o trabalho voluntário (no qual uma pessoa doa o seu tempo e talento em prol de uma causa solidária) implicaria um investimento econômico do mesmo sem a necessidade de estar vinculado a uma organização. Costa, E.M O balanço social, ou relatório de sustentabilidade, é um meio de dar transparência às atividades corporativas, de modo a ampliar o diálogo da organização com a sociedade. É também uma ferramenta de gestão da responsabilidade social, pela qual a empresa entende de que forma sua gestão atende à sua visão e a seus compromissos estabelecidos em relação ao tema da RSE, e em direção à sustentabilidade. Costa, E.M A publicação de um balanço social oferece uma proposta de diálogo com os diferentes públicos envolvidos no negócio da empresa que o adota: público interno, fornecedores, consumidores/clientes, comunidade, meio ambiente, governo e sociedade. A proposta é de que o relatório contenha informações sobre o perfil do empreendimento, histórico da empresa, seus princípios e valores, governança corporativa, diálogo com partes interessadas e indicadores de desempenho econômico, social e ambiental. Costa, E.M Costa, E.M Costa, E.M Costa, E.M Costa, E.M