Departamento de
Educação Continuada
SME/DEC - Florianópolis
Educação de Jovens e Adultos - 2007
Objetivo Geral
“Mediar ações educativas, reunindo
cidadãos em contínua transformação, em
um ambiente de respeito e fraternidade
em prol da construção coletiva de um
mundo justo para todos.”
Projeto Político Pedagógico - 2007
Metas para 2007
2.000 alunos
freqüentando ao final
de 2007
Ampliar para 75% o
índice de permanência
dos alunos
Esta apresentação está organizada
em quatro momentos:
Organização Geral
Princípios educativos
Práticas e instrumentos
Depoimentos de professores e alunos
Organização Geral
O Curso de Educação de Jovens e Adultos está
organizado em dois segmentos:
 Primeiro Segmento
equivalente à alfabetização e às quatro primeiras
séries do Ensino Fundamental (1ª à 4ª série).
 Segundo Segmento
equivalente às quatro últimas séries do Ensino
Fundamental (5ª à 8ª série).
Núcleos nas seguintes localidades:
Armação, Costeira, Centro, Coqueiros, Estreito,
Itacorubi, Barra da Lagoa, Rio Vermelho, Vargem
do Bom Jesus e Canasvieiras.
Carga Horária Mínima Anual por Segmento:
800 horas-aula, sendo:
75% em caráter presencial – 600 horas
25% em caráter não-presencial – 200 horas
 Matricula-se pessoas a partir dos 15
anos.
 As aulas são de segunda à quinta.
 Turmas especiais para a Terceira Idade.
Composição básica de
um Núcleo de EJA
Um coordenador
Um auxiliar de coordenação
Um estagiário
Primeiro segmento: 1 professor pedagogo
Segundo segmento: 7 professores de áreas do E.F.
O principal fato gerador das relações e
produções é a pesquisa por problemáticas
(não temas) a partir do interesse do aluno.
Todos os professores são orientadores de
todos os alunos.
Todos os alunos e professores recebem o
caderno “Qualificando Tempos e Espaços”
com explicações sobre as propostas e
práticas educativas da EJA.
Uma hora diária para atendimento
individual dos alunos e preparação do
material pedagógico.
São realizadas duas reuniões semanais para
planejamento na hora atividade dos
professores.
final - organização
Princípios Educativos
(Relação / Dialogicidade)
(Necessidade / Interesse)
(Pesquisas por problemáticas)
“Culto é aquele que sabe onde encontrar
aquilo que não sabe.”
(Georg Simmel)
“Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se
apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo.”
(Galileu Galilei)
(Planejamento Coletivo Amplo Permanente)
(Aprendizagem / Conhecimento)
“O senso comum e a ciência são expressões da mesma
necessidade de compreender o mundo, a fim de viver
melhor e sobreviver.” ( Rubens Alves )
(Solidariedade / Cooperativismo)
(Autonomia / Compromisso)
(Sustentabilidade do planeta)
(Politicidade)
(Multiplicidades / Singularidades)
(Socialização do conhecimento)
(Paradoxal / Complexo)
“É não só interessante, mas profundamente
importante que os estudantes percebam as
diferenças de compreensão dos fatos, as posições
as vezes antagônicas entre professores na
apreciação dos problemas e no equacionamento de
soluções.
Mas é fundamental que percebam o respeito e a
lealdade com que um professor analisa e critica as
posturas dos outros.”
( Paulo Freire – Pedagogia do Oprimido)
final - princípios
Práticas e instrumentos
Rotina noturna
Currículo emergente e
rizomático
Conteúdos na pesquisa
Coleta e análise
de dados
Problematização
Diários individuais
de alunos
Pasta de projetos
Avaliação
Produção textual
Socializações parciais
e finais
Processo de certificação
Por que trabalhar com
Problematização?
“A problematização... estimula e desenvolve nos
alunos... atitudes críticas e criativas em relação ao
meio em que vivem e à profissão para a qual se
preparam. Desse modo, seu potencial de cidadão é
mobilizado de forma intencional e sistematizada,
como compete à Instituição escolar proceder.”
(Neuzi Aparecida Navas Berbel)
Por que trabalhar com
Problematização?
“A problematização instaura a dúvida como
princípio e como método de conhecimento.”
(Nogueira)
“Em um mundo de mudanças rápidas, o
importante não são os conhecimentos ou idéias
nem os comportamentos corretos e fáceis que se
esperam,
mas sim o aumento da capacidade do alunoparticipante e agente da transformação social – para
detectar os problemas reais e buscar para eles
soluções originais e criativas. Por essa razão, a
capacidade que se deseja desenvolver é a de fazer
perguntas relevantes em qualquer situação para
entendê-los e ser capaz de resolvê-los
adequadamente.”
(Juan Diaz Bordenave)
Praticamente em todas as pesquisas
surgem possibilidades de:
 Contextualizar histórica e geograficamente.
 Leitura, interpretação e produção de textos próprios
por alunos e professores.
 Lidar com números, tabelas e gráficos.
 Analisar questões científicas.
 Estudo de leis e políticas públicas.
Praticamente em todas as pesquisas
surgem possibilidades de:
 Expressão em linguagem artística e estrangeira.
 Desenvolver relacionamento interpessoal, atitudes
e valores.
 Utilização de diversas mídias.
 Interagir em comunidade.
 Produzir socializações e conexões diversas.
Os Conteúdos na Pesquisa como
Princípio Educativo
“... ao invés de um ensino em
que o conteúdo seja visto
como um fim em si mesmo,
... o que se propõe é um ensino em que o
conteúdo seja visto como meio para que os
alunos desenvolvam capacidades que lhes
permitam produzir e usufruir dos bens culturais,
sociais e econômicos.”
PCN vol.1 p.51
Currículo na EJA: emergente e rizomático
“Planejamento como um método de trabalho no qual
os professores apresentam objetivos educacionais
gerais, mas não formulam os objetivos específicos
para cada projeto ou cada atividade de antemão.”
Edwards, Carolyn; Gandini, Lella e Forman, George. As Cem Linguagens
da Criança. p.113. Porto Alegre: Artmed, 1999
Currículo na EJA: emergente e rizomático
“Não se trata de buscar a integração dos saberes.
Importa fazer rizoma. Viabilizar conexões e conexões;
conexões sempre novas. Fazer rizoma com os alunos,
viabilizar rizomas entre os alunos, fazer rizomas com
projetos de outros professores. Manter os projetos
abertos: "um rizoma não começa nem conclui, ele se
encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser,
intermezzo.”
(Deleuze, Gilles e Guatari, Félix. Mil Platôs 1. p. 37,
São Paulo: Ed. 34, 1995)
Exemplo de um Mapa Conceitual
tabelas
Entrevistar especialista
Divulgação do conhecimento
porcentagem
inibição Buscar fontes
Composição
Compartilhar objetivo
Valor
Química?
Uso de
Nutricional
Temperatura
escrita
vídeos
leitura
Clima tropical
resumir
comercialização
fungos
países
subtropical
O que são?
Umidade Custos
Origem
Legislação
produção
debater
cuidados
compostagem
Trufas Shitake Falar em público
inoculação
Que tipos?
postura
medicinais
higiene
Do Sol
reprodução
Representar
alimentícias
Hifas
Champignon
teatralmente
Esporos
micélio
venenosas espécies? alucinógenas
Planejar a pesquisa
Pesquisar
Estudar em grupo
Ouvir o outro
na Internet Operar computador
Conhecer o outro
Os slides anteriores mostraram possibilidades de
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais
esboçadas por todos os professores e alunos da
equipe de pesquisa em um momento de
planejamento coletivo.
Parte-se da pergunta / problemática e dos saberes
prévios (hipóteses-opiniões).
Seleciona-se conceitos, caminhos e estratégias.
O rizoma surge ao produzir conexões,
produzindo aprendizagens e socializações.
Práticas Incentivadas Diariamente I
Com alunos:
Ler, escrever, falar, ouvir, debater e fazer.
Registrar em seus diários e cadernos de
pesquisa.
Participar e produzir com qualidade.
Práticas Incentivadas
Diariamente II
Com professores:
Participar do planejamento diário.
Registrar nos diários individuais dos alunos e nos
cadernos de assessoramento das pesquisas.
Dialogar, assessorar, orientar, aprender, ensinar
pesquisar, apresentar, se preparar etc.
Participar e produzir com qualidade.
Esquema de um Ciclo de Pesquisa:
 Levantamento de Interesses e Necessidades.
 Construção de Problemáticas.
 Elaboração de Justificativas, Objetivos e Hipóteses.
 Socializações Parciais.
 Planejamento da Pesquisa; Cronograma; Mapa
Conceitual.
Esquema de um Ciclo de Pesquisa:
 Coleta e análise de dados.
 Produção de textos próprios, resumos, conclusões,
estatísticas, gráficos.
 Elaboração de conclusões, relatórios finais.
 Socializações Finais no Núcleo e na Comunidade.
 Avaliação do Ciclo.
Distribuição das Pesquisas realizadas
entre 2001 e 2005 (211 no total)
Filosofia, religiões,
folclore, costumes,
memórias
15%
Drogas e violência
10%
Questões sóciopolíticas
39%
Local - 17%
Florianópolis - 6%
Saúde Ciência e
Natureza
36%
Brasil - 14%
Mundo - 2%
Avaliação da Aprendizagem
Busca-se perceber e incentivar o movimento de
aprendizagem tanto de alunos como professores.
As análises dos diversos instrumentos são
realizadas, de várias formas todos os dias, para que
o trabalho dos alunos, dos professores e do
núcleo, como um todo, seja sempre o melhor
possível.
Instrumentos de Avaliação
Diários dos alunos
com os seus depoimentos, sugestões e avaliações.
Proporciona possibilidade de diálogo permanente com
os professores.
Portfólios dos alunos
com alguns trabalhos escolhidos de modo a perceber a
evolução da aprendizagem.
Pastas de projetos
com o caderno de assessoramento; materiais estudados
e produzidos.
Produções, textuais ou não, dos alunos e
professores.
Fichas de freqüência e de horas efetivamente
trabalhadas.
Caderno de registro dos professores.
Socializações parciais das pesquisas.
Encontros pedagógicos semanais e seu
caderno de atas.
Questionários, a cada ciclo de pesquisa.
Os produtos finais e portfólios das pesquisas.
Apresentações finais dos projetos.
Base de dados informatizada.
Entrevistas e registros de ex-alunos na forma
de vídeos e / ou questionários.
final - práticas
O Processo de
Certificação
Festa de encerramento e Certificação - Rio Tavares 2001
A certificação dos alunos em
correspondência ao Ensino Fundamental
poderá ser feita independentemente de
escolarização anterior.
(art. 24 parágrafos II ‘c’ e V da Lei 9394/96)
O processo de certificação consta das
seguintes fases:
A. Solicitação do interessado;
B. Verificação de pelo menos 800 (oitocentas)
horas-aula efetivamente trabalhadas em
atividades do Núcleo, sendo 600 horas
presenciais e 200 horas não presenciais;
C. Realização e apresentação de três pesquisas,
sendo pelo menos duas em grupo; um relatório
individual de aprendizagem e um relatório de
auto-avaliação final, conforme modelo em
prática;
O processo de certificação consta das
seguintes fases:
D. Reunião e discussão do interessado no conselho
de classe sobre sua solicitação, relatórios e
pareceres descritivos;
E. Ratificação do aluno de seu interesse na
certificação.
Pesquisa com ex-alunos
Da primeira turma certificada em 2002 do núcleo
Bacia da Lagoa demonstrou que:
Dos 14 alunos, em sua maioria absoluta com
escolarização de quarta e quinta séries, que
desejaram se certificar com o mínimo de
horas e seguir estudando no ensino médio
regular estadual:
9 alunos (as) se formaram em julho de
2005 sem nenhuma reprovação
3 alunos (as) se formaram na tele-sala
(curso estadual de 1 ano e seis meses de
duração)
2 alunas foram proibidas de prosseguir
estudo pelo marido
De outros 11 alunos que não foram alunos
da EJA e que iniciaram o mesmo ensino
médio regular, apenas 1 concluiu.
final - certificação
Depoimentos de exalunos e professores
Ex-aluna do núcleo Bacia da Lagoa 2002 / EJA,
enquanto estudava no Ensino Médio Estadual
Festa de Formatura no ensino médio estadual
regular em julho de 2005 dos mesmos exalunos do núcleo Bacia da Lagoa 2002 / EJA
Professora de português
Thaís Orosco da Silva Alves
05/12/2002. Ensino Médio Estadual
“Esta turma nos surpreendeu, pois a
voracidade pelo aprender era tanta, que quando
terminava a aula, nos agradeciam pela aula dada.
Isto me emocionou, me senti valorizada, é difícil
um professor se sentir assim...
... Inclusive reclamavam que era pouco o
tempo de aula. Pensei que nunca escutaria tal
comentário.”
Ieda Fátima de Oliveira Alamov, 51 anos.
Aluna em 2006
“Todo trabalho que realizei, e com bastante
esforço, foi sempre compensado, não por notas,
mas sim pelo companheirismo do grupo, amizade
e a grande realização pessoal.”
Agradecimentos a todos os alunos,
professores, coordenadores, amigos e
inimigos.
Que todos se sintam também co-autores
desta apresentação, em especial a prof.
Fabiana Andrade Santolin pela colaboração
na edição final.
“ Que sejamos os vírus e não as bombas,
que sejamos como beija-flores que trocam
incessantemente vida e alimento, os
artífices em um mundo ainda se fazendo
digno em tudo e em todos.”
(José Manoel Cruz Pereira Nunes)
DEC 2007
Marilúcia dos Santos Marques
Secretária Geral
Roselene Melo Matos
Coordenadora das salas de I segmento
Regina Bittencourt Souto
Assessora Pedagógica
José Manoel Cruz Pereira Nunes
Diretor
FIM
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Apresentação em powerpoint dos princípios e práticas para 2007 da