PREGAÇÕES
“E aconteceu que, tendo
Jesus acabado este
discurso, estavam as
multidões admiradas da sua
doutrina, porque os
ensinava, como quem tinha
autoridade, e não como os
seus escribas e os fariseus”.
(Mateus 7:28-29)
Porque Jesus pregava
com tanta autoridade ?
A pregação deve estar
associada aos atos da
vida do pregador. O
pregador deve
viver
o que ele prega.
Nas sinagogas ou
tribunais, qualquer
assistente tinha o
direito de interpelar o
orador e era comum
surgirem tumultos
quando as opiniões
de muitos divergiam,
ou quando os
oradores pregavam
matérias
consideradas
contrárias à Thora e
aos costumes
nacionais.
Jesus entrava nas sinagogas acompanhado
de seus discípulos, tomava da mão do
servente o rolo das Escrituras, na parte já
marcada como o texto do dia e passava a
interpretar o assunto.
Devido a suas interpretações Jesus teve que
enfrentar a animosidade dos doutores da lei,
passando a ser considerado um pregador
perigoso, diferente dos demais, porque
pregava de forma heterodoxa, revolucionária,
falando com autoridade própria, com um
saber profundo e jamais reverenciando ou
obedecendo a qualquer das escolas
rabínicas.
Jesus oferecia o Reino de Deus,
sobre o dos homens, reino este de
harmonia, paz e justiça
Exigia ação, fatos, resultados; não
concepções teóricas, filosóficas,
cerebrais. Jesus queria decisões e
transformações íntimas e ações no
plano coletivo.
Num país onde a maioria do povo era escrava
do salário do dia, Ele pregava a libertação e a
igualdade espiritual em relação aos
poderosos, como irmãos que todos eram,
filhos do mesmo Pai, assim devendo proceder
uns com os outros, fraternalmente.
Todos os miseráveis e desvalidos o seguiam
e o amavam e seu prestígio aumentava
diariamente, baseado na esperança de que
sendo Ele, o Messias nacional, traria a
libertação de Israel do jugo estrangeiro e
acabaria com a miséria, a doença e a
escravidão.
A doutrina
pregada por
Jesus enraivecia
o clero judaico,
porque ensinava
uma religião sem
sacerdotes e sem
ritos exteriores,
que não aceitava
nenhum
intermediário
entre a criatura e
o Criador.
Para os sacerdotes somente
os filhos de Abraão mereciam
as graças do céu, enquanto
Jesus dizia que todos os
homens são filhos de Abraão
e que Deus criaria seus filhos
até das próprias pedras.
O Discurso de Jesus não era vazio
Em sua primeira visita à sinagoga de Cafarnaum sua
atitude impressionou fortemente a assistência (como,
aliás, sucedia em toda parte onde chegava pela primeira
vez). Era praxe que o visitante, convidado a fazer a
leitura ou a pregação do dia, se escusasse, só aceitando
quando o diretor do culto reiterasse o convite; mas
Jesus desprezava formalidades e, naquele dia, logo que
convidado, dirigiu-se para a tribuna e formulou a prece
nos seguintes termos: "Bendito sejas, Senhor, dono do
Universo, criador da luz e das trevas, da paz e do amor";
e a situação tornou-se verdadeiramente dramática
quando um dos presentes, tomado pelo Espírito,
apontando para Ele gritou: "Eu sei quem tu és, rabi de
Nazaré: és o Santo de Deus". E o espanto culminou
quando Jesus, sereno e seguro de si mesmo, ordenou
ao Espírito que se afastasse do homem, sendo
imediatamente obedecido.
Sua pregação funcionava como
uma leitura e exterioridade;
transformação interior sem
dogmas.
Sua Doutrina leva-nos a buscar
uma auto-iluminação, através do
conhecimento e vivencia das
Leis Divinas (Evangelho).
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O Que é Milagre ?
Jesus fazia Milagres??
“A superioridade de Jesus sobre os
homens não era relativa às
qualidades particulares de seu
corpo, mas às de seu Espírito, que
dominava a matéria de maneira
absoluta, e ao seu perispírito
alimentado pela parte a mais
quintessenciada dos fluídos
terrestres”
(A Gênese – Allan Kardec – Cap. XV)
“Nas curas que operava, agia como
médium? Pode-se considerá-lo como um
poderoso médium curador?”
“Não; pois o médium é um intermediário,
um instrumento do qual se servem os
Espíritos desencarnados. Ora, o Cristo
não tinha necessidade de assistência,
ele que assistia e auxiliava os demais,
agia pois por si mesmo, em vista de seu
poder pessoal.”
(Idem)
“Sua alma não devia estar ligada ao corpo
senão por laços estritamente indispensáveis;
constantemente separada, ela devia lhe dar
uma vista dupla não só permanente como
também de uma penetração excepcional e por
outro modo muito superior aquela que se
encontra nos homens comuns. O mesmo
devia acontecer com todos os fenômenos que
dependem dos fluídos perispírituais ou
psíquicos. A qualidade de tais fluidos lhe dava
um imenso poder magnético, secundado pelo
desejo incessante de fazer o bem.”
(Idem)
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“Então uma mulher, que havia doze anos sofria
de uma hemorragia, - a qual muito havia sofrido
nas mãos de muitos médicos, e que, tendo
consumido todos os seus bens, não havia
recebido nenhum alívio, mas sempre se
encontrava pior, tocou suas vestes; pois ela
dizia: Se eu puder ao menos tocar suas vestes,
serei curada – No mesmo momento a fonte do
sangue que ela perdia se secou, e ela sentiu em
seu corpo que estava curada daquela moléstia. E
logo Jesus, conhecendo a virtude que havia
saído dele, voltou-se para a multidão, e disse:
Quem tocou minhas vestes?”.
(Marcos – 5:25-34)
“Conhecendo a virtude que havia saído dele”
Movimento fluídico que se operou de Jesus
para a mulher doente
O Fluido atinge a desordem orgânica para a
reparar, pode ser dirigido sobre o mal pela
vontade do curador ou atraído pelo desejo
ardente, a confiança, numa palavra, a fé do
doente.
A Gênese – Allan Kardec – Cap XV
Por isto Jesus sempre dizia: “Tua fé te
salvou”.
Cego de
Betsaída
“Tendo chegado a Betsaída, foi-lhe trazido um
cego que lhe pediu que o tocasse. E tomando
o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia;
colocou-lhe saliva sobre os olhos, e havendolhe imposto as mãos, perguntou-lhe se via
alguma coisa. O homem, olhando, lhe disse:
Vejo andarem homens que me parecem
árvores. – Jesus ainda lhe colocou as mãos
sobre os olhos, e começou a ser melhor; e
enfim ficou curado de tal forma, que via
distintamente todas as coisas”.
(Marcos – 3:22-26)
A cura foi através do efeito
magnético, ela não foi
instantânea, porém gradual
e como resultado de uma
ação reiterada.
O
paralítico
“Jesus, havendo tomado um
barco, atravessou o lago e veio à
sua cidade (Cafarnaum). – E
como lhe apresentassem um
paralítico deitado num leito,
Jesus, vendo sua fé disse ao
paralítico: Meu filho, tende
confiança, vossos pecados vos
serão perdoados”.
(Mateus – 9:1-9)
“Vossos pecados vos serão perdoados”
Através da lei da pluralidade das existências
entendemos que os males e as aflições da vida
são freqüentemente expiações do passado, e
que padecemos na vida presente as
conseqüências das faltas que cometemos numa
existência anterior.
A moléstia desse homem foi uma punição pelo
mal que pudera ter cometido, e Jesus pelo seu
conhecimento da natureza humana visualizou
que a renovação interior do paralítico já havia
ocorrido, sendo portanto que já não era
necessária a moléstia.
Os
possessos
“Ora, encontrava-se na sinagoga um
homem, possuído por um Espírito
impuro, que gritava dizendo: Que há
entre vós e nós, Jesus de Nazaré?
Viestes para nos perder? Sei quem vós
sois: vós sois o santo de Deus, - Mas
Jesus, falando-lhe com tom de ameaça,
lhe dizia: Cala-te e sai desse homem, Então o Espírito impuro, agitando-se
com violentas convulsões e soltando um
grande grito, saiu dele”.
(Marcos 1:21-27)
“Depois que saíram, foi-lhe trazido
um homem mudo possesso do
demônio. – O demônio, tendo sido
expulso, o mudo falou, e o povo,
tomado de admiração, dizia: Jamais
se viu algo semelhante em Israel.
Porém, os fariseus diziam ao
contrário: É pelo príncipe dos
demônios que ele expulsa os
demônios”.
(Marcos 9:32-34)
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“No dia seguinte Jesus foi a uma cidade
chamada Naim, e seus discípulos o
acompanhavam com uma grande multidão de
povo. Quando estavam perto da porta da cidade,
sucedeu que traziam um morto a enterro;
tratava-se do filho único de sua mãe, que era
viúva, e havia grande número de pessoas da
cidade com ela. O Senhor tendo-a visto, tocou-se
de compaixão por ela, e lhe disse; Não chores
mais, - Depois, aproximando-se, tocou o esquife,
e os que o conduziam pararam. Então Jesus
disse: Jovem, levanta-te, eu te ordeno. – Ao
mesmo tempo o morto se ergueu, sentou-se, e
começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe”.
(Lucas 7:11-17)
É claro que somente Ele poderia fazer tal coisa visto
que, em certos casos, libertava o doente ou o
obsedado de seus compromissos cármicos, o que
não é da alçada de qualquer Espírito, por elevado
que seja, pelo luto de que nestas curas há
interferência nas próprias leis divinas que regulam
esses casos.
Por isso, sua fama crescia dia a dia e ele toda parte
corria gente à sua procura. E quando Ele passava
pelas ruas ou pelas estradas empoeiradas, o povo
saía às portas e as mulheres levantavam nos
braços, bem alto, seus filhos pequenos, para que o
olhar do Rabi sobre eles pousasse; e muitos
atiravam-se ao chão de olhos postos n 'Ele para
que, ao passar sua sombra os cobrisse.
E onde quer que Ele estivesse ou
chegasse, rodeava-o logo a miséria e o
sofrimento humanos, suplicando aos
gritos e lamentos tristes, que lhes desse
alívio. Por isso, por onde Ele passasse,
permanecia, por muito tempo um halo de
luz e de felicidade a iluminar os olhos de
todos os que viam e uma esperança
nova no peito, sacudindo os corações
sem saberem mesmo muito bem de
onde provinham.
Bibliografia:
O Redentor - Cap. 26 e 27 - Edgard Armond - Ed. Aliança
A Gênese - Cap. 15 - Allan Kardec – FEB
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 19 item 5 - Allan
Kardec – FEB
Caminhos de Libertação - Cap. 31 - Valentim Lorenzetti - Ed.
Aliança
Caminho, Verdade e Vida - Cap. 38 - Emmanuel / Chico Xavier –
FEB
O Consolador ( para perguntas ) - Pág. 301 - Emmanuel / Chico
Xavier – FEB
Passes e Radiações - Cap. 6 e 7 - Edgard Armond - Ed. Aliança
Diálogo - Pág. 61 - Divaldo Pereira Franco – USE
O Passe - Cap. 38 - Jacoh Melo – FEB
O Livro dos Espíritos ( para perguntas ) - Questão 381 - Allan
Kardec – FEB
Boa Nova - Humberto de Campos / Chico Xavier - FEB