UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE ODONTOLOGIA Odontologia em Saúde Coletiva IV ADss Prof.ª Dr.ª Ana Daniela Silva da Silveira Antes disso… A PROVA!!!! ADss Vamos estudar em grupos… Um pesquisador deseja saber qual o CPO-d médio em escolares no município de Ananindeua/PA. Após uma revisão de literatura, verificou que no ano de 2013 a média foi de 3,1(±0,4) e o erro observado foi de 0,2. Conforme vimos em sala de aula, existem várias fórmulas usadas para o cálculo amostral, mas duas se destacam e estão listadas abaixo, cada uma com uma aplicação diferente. O pesquisador em questão já examinou 15 crianças na cidade. Assim, utilize a fórmula correta e responda: a) O pesquisador já tem amostra suficiente? Caso negativo, quantos crianças ainda faltam ser examinadas para o pesquisador ter uma amostra representativa? 𝜂= 𝑍2 .𝛲(1−𝛲) 𝑑2 ou 𝜂= 𝑍2 . 𝑆² 𝑑2 b) Vamos supor agora que, após a coleta de dados, o pesquisador observou um CPO-d médio de 2,8(±0,9) e deseja proceder com um teste de hipóteses e comparar os dados de 2013 com os de 2014. Qual a hipótese nula e a hipótese alternativa do pesquisador? E o resultado dele, se considerarmos o =0,05, porque? ADss http://www.sbpqo.org.br/arquivos/27/5%20Como%20calcular%20a%20amostra%20na%20pesquisa%20-%20Dr.%20Mauro%20H%20de%20Abreu.pdf Vamos estudar em grupos… Resolvendo... Letra a) 1ª parte: qual a fórmula correta? Porque? 𝜂= 𝑍2 .𝛲(1−𝛲) 𝑑2 RESPOSTA: ou 𝜂= 𝑍2 . 𝑆² 𝑑2 2ª parte: A amostra de 15 crianças é suficiente? Como vamos descobrir isso? 𝜂= ADss 𝑍 2 . 𝑆² 𝑑2 𝜂= (1,96)(1,96)(0,4)(0,4) (0,2)(0,2) 𝜂VAMOS = CALCULAR... 15,37 RESPOSTA: NÃO, O PESQUISADOR AINDA NÃO TEM AMOSTRA SUFICIENTE. PARA SUA AMOSTRA SER SIGNIFICATIVA, ELE DEVERÁ EXAMINAR MAIS UMA CRIANÇA Vamos estudar em grupos… Um pesquisador deseja saber qual o CPO-d médio em escolares no município de Ananindeua/PA. Após uma revisão de literatura, verificou que no ano de 2013 a média foi de 3,1(±0,4) e o erro observado foi de 0,2. Conforme vimos em sala de aula, existem várias fórmulas usadas para o cálculo amostral, mas duas se destacam e estão listadas abaixo, cada uma com uma aplicação diferente. O pesquisador em questão já examinou 15 crianças na cidade. Assim, utilize a fórmula correta e responda: a) O pesquisador já tem amostra suficiente? Caso negativo, quantos crianças ainda faltam ser examinadas para o pesquisador ter uma amostra representativa? 𝜂= 𝑍2 .𝛲(1−𝛲) 𝑑2 ou 𝜂= 𝑍2 . 𝑆² 𝑑2 b) Vamos supor agora que, após a coleta de dados, o pesquisador observou um CPO-d médio de 2,8(±0,9) e deseja proceder com um teste de hipóteses e comparar os dados de 2013 com os de 2014. Qual a hipótese nula e a hipótese alternativa do pesquisador? E o resultado dele, se considerarmos o =0,05, porque? ADss http://www.sbpqo.org.br/arquivos/27/5%20Como%20calcular%20a%20amostra%20na%20pesquisa%20-%20Dr.%20Mauro%20H%20de%20Abreu.pdf Vamos estudar em grupos… Resolvendo... Letra b) 1ª parte: Qual é H0 e qual é H1? RESPOSTA: H0 = não há diferença entre 2013 e 2014 H1 = Existe diferença entre 2013 e 2014 2ª parte: Qual o resultado dele, se o é de 0,05? 2014 2013 ADss 1,0 2,8 4,6 2014 2013 Resolvendo... Letra b) 2ª parte: Qual o resultado dele, se o é de 0,05? RESPOSTA: NÃO EXISTE DIFERENÇA ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2014 OU SEJA, EU ACEITO H0 E REJEITO H1 Y X ADss 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 1,0 2,8 4,6 ENTENDI!!!! ADss UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE ODONTOLOGIA Odontologia em Saúde Coletiva IV ADss Prof.ª Dr.ª Ana Daniela Silva da Silveira Antes disso... Vamos revisar! ADss Fluor O Flúor - Halogênio eletronegativo; - Capacidade de ligar-se reversivelmente ao hidrogênio, formando ácido fluorídrico. HF ADss Fluor Ácido fluorídrico - Inibidor enzimático; - Afinidade por tecidos calcificados; - Estimula a formação de tecido ósseo; - Capacidade de inibir e reverter a lesão cariosa. ADss Considerações iniciais O flúor ingerido é absorvido pelo estômago, atinge o sangue e é distribuído para o organismo. Ele atinge tecidos mineralizados, onde se incorpora ou pode ser absorvido pelos órgãos e tecidos, como é o caso das glândulas salivares. Assim, o flúor retorna para a cavidade bucal. Cabe enfatizar que quando se interrompe a ingestão de flúor, o organismo não tem mecanismos para manter sua constância em qualquer dos seus compartimentos. Assim, quando da interrupção da ingestão de flúor, a concentração de flúor na saliva não é mais mantida constante. ADss HISTÓRICO "Estudo das 21 Cidades", 1942 Crianças de 12 a 14 anos de idade nascidas e residentes em 21 cidades de 4 estados americanos, com flúor na água de abastecimento variando de 0,1 a 2,5mg/L. Os resultados mostraram que numa concentração de 0,6 mg F/L a redução na experiência de cárie dentária era de 50%, quando comparados com os observados onde a concentração de flúor na água era de 0,2 mg/L. ADss HISTÓRICO No Brasil, a fluoretação da água de abastecimento público começou em 1953 em Baixo Guandu/ES. Em 24/05/74, o congresso nacional aprovou a lei 6050 “Os projetos destinados à construção ou ampliação de sistemas públicos de abastecimento de água, onde haja estação de tratamento, deve incluir previsões e planos relativos à fluoretação da água. ADss Mas o que é a cárie dentária? a)Uma doença b)Um bichinho c)Um buraquinho ADss Cárie A cárie dentária é uma doença infecciosa e transmissível causada por bactérias anfibiônticas aderidas ao elemento dentário, que tem como consequencia a destruição localizada dos tecidos dentários duros. Do ponto de vista ecológico, a cárie pode ser vista como o resultado da interação parasita-hospedeiro ADss Cárie Em ambiente favorável, microorganismos cariogênicos formam colônias que aderem ao dente constituindo o biofilme dentário e provocando uma desmineralização do esmalte ADss Bactérias Remineralização Açúcar Esmalte/dentina ADss Cárie Desmine ralização Ácido Cárie Cárie dentária - Composição do esmalte e da dentina - Apatita ADss ESMALTE DENTINA APATITA 85% 47% ÁGUA 12% 20% PROTEÍNAS 3% 33% Cárie Cárie dentária - Composição do esmalte e da dentina - Apatita Ca10-XNAX(PO4)6-Y(CO3)Z(OH)2-UFU Ca10(PO4)6OH2 ADss Ca10(PO4)6F2 Cárie Cárie dentária - Dinâmica mineral - Desmineralização -3 PO4 SALIVA Ca2+ -3 PO4 -3 PO4 BIOFILME -3 Ca2+ PO4 Ca2+ Ca10 PO4 OH2 Ca10 PO4 OH2 6 ADss Ca10 PO4 OH2 6 DENTE Ca2+ 6 Ca10 PO4 OH2 6 Ca10 PO4 OH2 6 Cárie Cárie dentária - Dinâmica mineral - Remineralização -3 SALIVA PO4 Ca2+ BIOFILME Ca2+ -3 PO4 -3 PO4 -3 PO4 -3 PO4 Ca2+ Ca2+ Ca10 PO4 OH2 Ca10 PO4 OH2 6 ADss Ca10 PO4 OH2 6 DENTE Ca2+ 6 Ca10 PO4 OH2 6 Ca10 PO4 OH2 6 Cárie Cárie dentária - Dinâmica mineral SALIVA H+ -3 Ca2+ H+ PO4 -3 PO4 -3 H+ -3 Ca2+ PO4 Ca2+ Ca10 PO4 OH2 ADss Ca10 PO4 OH2 6 Ca2+ Ca10 PO4 OH2 6 DENTE Ca2+ -3 PO4 PO4 BIOFILME pH 6,0 6 Ca10 PO4 OH2 6 Ca10 PO4 OH2 6 Cárie Cárie dentária - Dinâmica mineral SALIVA Ca2+ H+ H+ H+ H+ -3 PO4 BIOFILME pH 5,0 H+ H+ ADss H+ Ca10 PO4 OH2 6 6 6 H+ H+ Ca2+ Ca2+ Ca10 PO4 OH2 Ca2+ -3 PO4 Ca10 PO4 OH2 DENTE H+ Ca10 PO4 OH2 6 Ca10 PO4 OH2 6 Cárie Cárie dentária Mas o que vai determinar a queda do pH? A Cariogenicidade do biofilme dentário: -Estretococos e os lactobacilos são altamente acidogenicos, capazes de metabolizar açúcar e produzir ácidos. Esmalte Dentina DESxRE é um processo natural ADss Fluoretos Mecanismo de ação 1- Interfere no processo de desmineralização e remineralização; 2- Atua na mineralização pós-irruptiva; 3- Inibe o metabolismo bacteriano Interferências ADss - Concentração de íons flúor no meio; - pH; - Composição do fluoreto; - tipo de veículo. Fluoretos 1- Inibição da desmineralização - Dinâmica mineral H+ SALIVA H+ H+ Ca2+ F- -3 PO4 -3 PO4 F- H+ -3 Ca2+ PO4 Ca10 PO4 OH2 Ca10 PO4 OH2 6 6 ADss Ca10 PO4 OH2 6 H+ H+ Ca2+ BIOFILME DENTE pH 5,0 Fluoretos Inibição da desmineralização - Quantidade de CaF2: Aumentando o tempo de contato; Reduzindo o pH ADss Fluoretos 1 - Aceleração da remineralização - Atração de íons cálcio e fosfato: - Formação da flúor-hidroxiapatita; ADss Fluoretos 2 - Mineralização pós-irruptiva 3 - Metabolismo bacteriano - Enzima enolase; - H+/ATPase ADss Agora sim... ADss Fluorterapia Tópico: -A ação tópica reflete a interação local do fluoreto com o tecido dentário, no momento da aplicação. Sistêmico: - A ação sistêmica se refere ao fluoreto ingerido e metabolizado pelo organismo, atingindo o tecido dentário em desenvolvimento, levando à formação de um tecido mais resistente. ADss USO DO FLÚOR CONFORME RISCO OU ATIVIDADE DE CÁRIE Métodos ADss Risco ou atividade de cárie baixa média alta Dentifrícios + + + Bochechos - + ++ Aplicações tópicas - + ++ Métodos de uso tópico • Auto-aplicação: - Soluções para bochecho; - Dentifrícios; - Gomas de mascar; Aplicação profissional: -Gel; - Pastas profiláticas; - Vernizes; - Dispositivos de liberação lenta; - Materiais odontológicos. ADss CONCENTRAÇÃO DE FLUORETOS EM DIFERENTES MÉTODOS ppm F USO PROFISSIONAL 30.000 10.000 USO CASEIRO 1.000 100 ÁGUA DE CONSUMO 10 1 ADss Métodos coletivos - Uso tópico: - Dentifrícios - Geis fluoretados Aplicação profissional: Géis fluoretados -Podem ser encontrados acidulados ou neutros; - Gel de fluorfosfato acidulado (FFA) com 1,23% de NaF em ácido ortofosfórico; - Uso: semestral / anual ADss - Tempo de aplicação: 1 minuto Métodos coletivos - Uso tópico: - Dentifrícios - Geis fluoretados Aplicação profissional: Géis fluoretados: Modo de Aplicação (Ações Coletivas): • Pequena quantidade de gel na escova dental; • Fricciona-se a ponta da escova sob a superfície dentária por até 30 seg. em cada hemi-arco; • Criança supervisionada. • NÃO INGERIR ALIMENTOS POR 30 MINUTOS ADss Brasília, 2004. ADss Métodos coletivos - Uso sistêmico: - Sal - Açúcar - Leite - Água - Outros ADss Fluoretação do sal de cozinha Em 1990 houve uma tentativa de implementação desta estratégia de prevenção no Brasil, com a argumentação de que seria eficiente e mais abrangente nas regiões Norte–Nordeste. No entanto: Sal consumido pela maioria da população não é refinado A concentração de flúor natural na água Variação de consumo ADss Cury in: BARATIERI, 2001 AÇÚCAR O consumo de flúor no açúcar não é uma medida coletiva pois a ingestão de açúcar varia de indivíduo para indivíduo Poderia induzir a população ao consumo de açúcar, aumento os casos de diabetes, obesidade, etc. Além do que, seria um contra-senso, induzir o consumo de açúcar para prevenir as cáries ADss Bratthall D; Barmes DE. Adding fluoride to sugar--a new avenue to reduce dental caries, or a [quot ]dead end[quot ]? Adv Dent Res;9(1):3-5, 1995 Feb. Leite Leite materno: Concentração mínima: 0,005 a 0,01 ppm Leite bovino: 0,03 a 0,06 ppm ADss Fluorterapia nível populacional Métodos sistêmicos: Água - Tradicionalmente a opção brasileira pela fluoretação das águas é em decorrência de sua extensão territorial - Em decorrência de diferenças regionais; populacionais e sociais, a água ainda é um método coletivo importante - Ainda existem regiões com alto risco à cárie ADss Fluorterapia Métodos sistêmicos: Água No Brasil, a fluoretação da água de abastecimento público começou em 1953 em Baixo Guandu/ES. Legislação: - No Brasil, a Lei nº 6050 de 24 de maio de 1974 dispõe sobre a obrigatoriedade da fluoretação das águas do abastecimento quando da existência de estação de tratamento (BRASIL, 1975). ADss BRASIL. Leis, Decretos etc. Lei Federal nº 6050 de 24 de maio de 1974. Dispõe sobre a obrigatoriedade da fluoretação das águas em sistema de abastecimento. D.O.E.,27 jul.1975. Fluorterapia Para que um município possa introduzir a fluoretação da água destinada ao abastecimento público é necessário que preencha os seguintes requisitos: •. Fornecimento assegurado de um produto químico de flúor de qualidade Um grau suficiente de desenvolvimento econômico; aceitável; •. Existência de uma rede municipal de abastecimento de água que •. Existência de pessoal capacitado na estação de tratamento para manter o alcance um grande número de residências; sistema e realizar os registros •. Ingestão constante por parteapropriados; da população da água da rede municipal e •. Disponibilidade de capital suficiente para os gastos iniciais de instalação e não de poços ou cisternas; funcionamento; •. Existência de equipamento indispensável em uma estação de •. Prevalência alta ou moderada de cárie dentária na coletividade ou indícios tratamento e bombeamento; claros de que é cada vez maior; •. Legislação adequada que autorize a fluoretação. ADss Ramires I, Buzalaf MAR. Manual: Flúor e Fluoretação da Água de Abastecimento Público. Bauru, 2005. Outros... Pin et al, 2000 (apud Anzai, 2003)- Avaliou a concentração de flúor em leite, refrigerantes, sucos, e alimentos consumidos por crianças em Bauru/SP Coca-cola light – 1,3 ppm Toddynho – 1,6 ppm Buzalaf et al, 2002 (apud Anzai, 2003)- Avaliou a concentração de flúor em diferentes alimentos consumidos por crianças Mucilon – 2,4 ppm Neston – 6,2 ppm ADss TOXICIDADE ADss TOXICIDADE DOS FLUORETOS Altas Doses Intoxicação Aguda ADss Baixas Doses Intoxicação Crônica INTOXICAÇÃO AGUDA - Poucas fatalidades causadas por fluoretos podem ser relacionadas ao uso de produtos odontológicos - A dose de 5 mg F/Kg de peso corporal pode levar uma criança de baixo peso a morte, sendo esta denominada de dose provavelmente tóxica (DPT) ADss DOSE TÓXICA 5 mg DE FLÚOR POR KILO DE PESO ADss INTOXICAÇÃO AGUDA SINTOMAS - Gastrintestinais: náusea, vômito, dor difusa no abdômen, diarréia - Neurológicos: bloqueia o impulso nervoso e sua transmissão - Cardiovasculares: fibrilação - Bioquímica sangüínea: hipocalcemia ADss TRATAMENTO EMERGENCIAL PARA INGESTÃO EXCESSIVA DE FLÚOR - Esvaziar o estômago induzindo vômito - Administrar cálcio solúvel (água ou leite) - Lavagem gástrica - Manter o paciente em observação em ambiente cardíaco) ADss hospitalar (monitoramento CÁLCULO DA INGESTÃO DE FLUORETOS Produto Bochecho de NaF Géis Dose Fórmula 1,1% 0,2% ADss 50 mg* 10 ml (4,5).(ml ingerido).(%NaF) = mg F¯ 56 ml 0,05% 220 ml 1,23% 4 ml 0,5% (10).(ml ingerido).(% F¯) = mg F¯ 0,02% Dentifrício Qtde para 1000 10 ml 250 ml ml ingerido = mg F¯ ppm F¯ * DPT para uma criança com 10 Kg (1 a 2 anos de idade) 50 ml INTOXICAÇÃO CRÔNICA FLUOROSE DENTÁRIA - Opacidade do esmalte provocada pela ingestão prolongada de fluoretos durante a formação dentária - Os aspectos clínicos variam desde linhas esbranquiçadas até perdas de ADss esmalte Mecanismos de desenvolvimento da fluorose dental A fluorose dental é decorrente da ingestão de flúor durante a formação dos dentes. O ameloblasto, primeiro sintetiza uma matriz contendo 25% de proteínas. Em seguida, ao mesmo tempo em que essa matriz é reabsorvida, o esmalte se mineraliza. O produto final é uma estrutura contendo 95% de minerais, 4% de água e menos de 1% de proteínas. Porém, quando o flúor é ingerido, ele circula pelo sangue sendo distribuído para todos os tecidos. Presente na matriz do esmalte, o flúor inibe a reabsorção de proteínas. ADss FLUOROSE Diagnóstico. As opacidades são simétricas, pois os dentes formados no mesmo período deverão ter a mesma alteração. As opacidades fluoróticas são difusas e transversais. Severidade. Os defeitos de formação dependem diretamente da dose a que o indivíduo é submetido. Período de risco. Haverá risco de desenvolvimento de fluorose dental durante toda a formação do esmalte, mesmo nos períodos de mineralização mais tardia. ADss CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ADss Considerações finais Prevenção, controle ou paralisação? SB Brasil Ainda há muito o que ser estudado ADss Considerações finais O flúor passou a ser entendido não mais como “protetor” contra a cárie. O flúor vai trabalhar de forma tópica, e o mais importante é aquele flúor mantido na boca, mesmo em pequenas concentrações Atualmente, há um consenso de que o flúor importante é aquele mantido constante na cavidade bucal, o qual é capaz de interferir com a dinâmica do processo de cárie, reduzindo a quantidade de minerais perdidos quando do fenômeno da desmineralização e ativando a quantidade reposta quando da remineralização salivar. Embora o flúor não impeça a início da doença, ele é extremamente eficiente em reduzir sua progressão. ADss Cury in: BARATIERI, 2001 Referencial bibliográfico BUZALAF, MAR. Fluoretos e saúde Bucal. São Paulo: Editora Santos, 2008. Cap. 8, Pág. 195-217. BUZALAF, MAR. Fluoretos e saúde Bucal. São Paulo: Editora Santos, 2008. Cap. 6, Pág. 111-162. BUZALAF, MAR. Fluoretos e saúde Bucal. São Paulo: Editora Santos, 2008. Cap. 7, Pág. 163-193. RONCALLI, A. G. O flúor. Texto informativo. RONCALLI, A. G.; DOMINGES, J. E.G. Fluoretos em Odontologia. Odontologia Preventiva e Social: Textos selecionados. Natal EDUFRN, 1997. Cap.13, pag. 154-178 ADss THYLSTRUP, A. ; FEJERSKOV, O. Flúor no tratamento da cárie dentária- implicações clínicas. Cariologia clínica. Santos editora,1994. Cap. 12, pag. 259-282.