CRÍTICA TEXTUAL DEFINIÇÃO A disciplina que visa estabelecer o texto bíblico que é mais perto aos autógrafos. CRÍTICA TEXTUAL DO AT • Em termos gerais, o texto do AT atual baseiase no texto masorético (texto ‘padrão’). • Existem outros textos e versões que podem se consultados, e.g., os Rolos do Mar Morto, a LXX, os Targuns (aramaico), a Peshita (siríaco), o Cóptico, a Vulgata. • O alvo é tentar identificar e ‘corrigir’ qualquer erro dos copistas. OS ERROS MAIS COMUNS • A confusão de letras: bek; r e d; he x • • • • A transposição de letras A omissão de uma letra A repetição de uma letra Erros na divisão de palavras UM EXEMPLO A confusão de letras: d e r Is.14.4 hbhdm (Masorético) ?? hbhrm (Mar Morto) = furor, tirania, opressão Na ARC lê-se“a cidade dourada” porque entendeu a palavra no hebraico como uma form da palavra “ouro”(bhd). O MÉTODO DA CRITICA TEXTUAL • Estabelecer qual texto será o texto padrão O texto masorético favorecido por muitos é a Biblia Hebraica Stutgartensia (BHS) porque é considerada a melhor testemunha ao original. • Investigação lingüística para determinar qual é a melhor palavra entre as opções. • Quando há uma diferença de leituras, uma decisão é tomada quanto a leitura mais provável. • Nem sempre o TM é o preferido. EXEMPLO – GN.4.8 ARC - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou (Segundo o TM). ARA - Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou (segundo a LXX, Pentateuco Samaritano, e a Vulgata). CRÍTICA TEXTUAL DO NT É necessário porque • Existem mais de 5.000 mss ou partes de mss do NT • Existem várias ‘famílias’ de mss distribuidas por regiões geográficas • O texto grego ‘tradicional’ pode ser questionado por causa da maneira em que foi elaborado. QUAL MANUSCRITO??? UMA TEORIA DA TRANSMISSÃO DO TEXTO DO NT OS ORIGINAIS ALEXANDRINO ORIENTAL (CESARIA E ANTIOQUIA) OCIDENTAL (ROMA E ÁFRICA) TEXTO BIZANTINO (PADRÃO) TEXTUS RECEPTUS (TEXTO RECEBIDO) OS PRINCIPAIS TEXTOS DO NT • O TEXTO TRADICIONAL O Textus Receptus ou o Texto Recebido • O TEXTO MAJORITÁRIO OU BIZANTINO O texto baseado na maioria dos textos existentes • O TEXTO CRÍTICO O texto revisado de acordo com os princípios da crítica textual O TEXTUS RECEPTUS • O texto tradicional preparado por Desidério Erasmo e publicado em 1516 • A frase textus receptus foi usada pela 1a vez numa edição holandesa do texto grego em 1633 • Utilizou vários mss disponíveis da época, mas nenhum mss completo do NT. • Em alguns casos, quando faltou mss em grego, traduziu da Vulgata. • Hoje, o texto forma a base de traduções tradicionais como o KJV em inglês e o ARC. • A superioridade do Textus Receptus é defendida no Brasil pela Sociedade Trinitariana. O TEXTO MAJORITÁRIO • A maioria dos mss gregos mais recentes existentes • Não há nenhum mss antes do séc. 5dC • Os mss mostram um alto nivel de correlação entre si • Serve para corrigir os erros do Textus Receptus que tem pouco ou nenhum apoio na maioria dos mss gregos O TEXTO CRÍTICO • O texto do NT em grego produzido de acordo com os princípios da crítica textual • Existem vários exemplos 1857 – Samuel Tregelles 1881 – Westcott e Hort 1898 – Nestle Novum Testamentum Graece 1963 – Nestle-Aland Novum Testamentum Graece 1975 – UBS (Sociedade Bíblica Unida), idêntico ao texto de Nestle-Aland. 4a edição é publicada em português pela Sociedade Bíblica do Brasil ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS: EVIDÊNCIA EXTERNA • A data do ms ou mss Os mais antigos não são necessariamente melhores • A distribuição geográfica dos mss Quanto mais extenso a evidência, mais certeza • O relacionamento com outros mss Não são o número de mss, mas o “peso” do mss em relação aos demais ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS: EVIDÊNCIA INTERNA As leituras preferidas (com apoio): • A mais curta • A mais dificil • A mais antiga • De acordo com o estilo do escritor • A qualidade dos mss em que a leitura se encontra • A leitura que faz sentido melhor no contexto ALGUNS EXEMPLOS • Atos 9.5,6 • 1João 5.7 • O(s) final(ais) do evangelho de Marcos