FTST Formação Técnica em Segurança do Trabalho Módulo de Saúde Ocupacional – AULA 7 Competências a serem trabalhadas em HO Analisar as condições de saúde e organização do ambiente de trabalho, avaliando-as com foco em desenvolver ações e campanhas de prevenção de riscos ocupacionais. Estabelecer ações preventivas e corretivas para a promoção da melhoria do ambiente de trabalho com foco na salubridade. 01 O que veremos nesta aula... 02 HIGIENE OCUPACIONAL Conceito de Higiene Industrial; Classificação dos Riscos Ambientais, Físicos, Químicos e Biológicos; Avaliação dos Riscos Ambientais: qualitativa e quantitativa; Antecipação e reconhecimento dos riscos; Avaliação dos Riscos Químicos (Poeiras, Gases, etc); 03 HIGIENE OCUPACIONAL Técnicas de elaboração de relatório de avaliação da higiene ocupacional; Medidas de controle dos Riscos Ambientais; Técnicas de avaliação quantitativa dos Riscos Físicos; Técnicas de avaliação quantitativa dos Riscos Químicos; Técnicas de avaliação quantitativa dos Riscos Biológicos. 03 Conceitos Básicos Principais termos utilizados são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho. 04 Conceitos Básicos AIHA – American Industrial Hygiene Association “ Ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente” 05 Conceitos Básicos ACGIH: Conferência (Norte-) Americana de Higienistas Industriais Governamentais (American Conference of Governmental Industrial Hygienists ), uma organização voluntária de profissionais em higiene industrial de instituições governamentais ou educacionais dos EUA. “ Ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do, ou no, local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos comuns” 06 Conceitos Básicos A atuação da higiene ocupacional prevê uma intervenção deliberada no ambiente de trabalho como forma de prevenção da doença. Sua ação no ambiente é complementada pela atuação da medicina ocupacional, cujo foco está predominantemente no indivíduo.(Manual SESI 2007) 07 Risco O risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e a magnitude de um evento indesejado Risco = probabilidade de ocorrer o dano X gravidade do dano Dano: Ocorre sobre seres vivos ou sobre materiais Causas: Eventos ocorridos anteriormente ao dano dentro de uma relação de causa-efeito 08 Risco Ocupacional Risco ocupacional = Exposição x gravidade dos efeitos à saúde Exposição: Depende da intensidade ou da concentração do agente no ambiente e da frequência e do tempo que o trabalhador está em contato com ele. Medidas de controle ou prevenção: medidas tomadas para controle de riscos 09 Classificação dos Riscos Riscos Físicos; Riscos Químicos; Riscos Biológicos; Riscos Ergonômicos; Risco Acidente. 10 Classificação dos Riscos 11 Classificação dos Riscos Gradação dos Riscos : é feita levando-se em conta a gravidade dos efeitos à saúde (morte, doenças graves, incapacidade, transtornos menores, etc) APR: Análise Preliminar de Risco 12 Classificação dos Riscos Agentes Físicos : Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: Ruído, vibrações, iluminamento, pressões anormais, temperatura, radiações ionizantes e radiações não ionizantes. 13 Classificação dos Riscos Agentes Químicos: Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em gases, vapores e aerodispersóides. Podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o trabalhador a danos em sua saúde. 13 Absorção dos Agentes Químicos As “vias de ingresso” ou de contato com o organismo consideradas tradicionalmente são: • Vias respiratória (inalação) • Cutânea (por meio da pele intacta) • Digestiva (ingestão). A respiratória é a de maior importância industrial, seguida da via dérmica. 15 Classificação dos Riscos Agentes Biológicos : Organismos vivos presentes no ambiente, com exceção do receptor (microorganismos, vermes parasitas, animais peçonhentos, répteis venenos, animais marinhos venenosos) 16 Classificação dos Riscos Agentes Ergonômicos: Ocorrem quando há disfunção entre o indivíduo, seu posto de trabalho e seus equipamentos, causando dano à saúde do trabalhador. 17 Classificação dos Riscos Riscos de Acidentes: Ocorrem em função das condições físicas – de ambiente físico e do processo de trabalho – e tecnológicas impróprias capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador. 18 Avaliação Ambiental - Etapas Reconhecimento- definição dos riscos potenciais existentes nos locais de trabalho Avaliação- definição se os riscos reconhecidos existem ou não e qual a sua extensão e/ou possíveis danos à saúde do trabalhador (comparar com LT) Controle- eliminação ou redução a valores legalmente aceitáveis, dos agentes agressores aos trabalhadores 19 Avaliação Ambiental - Monitoramento Determinação da intensidade dos agentes físicos; A concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição dos trabalhadores; A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; Dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 20 Técnicas de Avaliação dos Agentes RUÍDO A dose e o nível de pressão sonora médio deverão ser obtidos através de utilização de audiodosímetro, ou de decibelímetro com os seguintes ajustes: • Curva de compensação "a". •Exposição tipo contínua de 5 dB(a) de relação amplitude/dobro de tempo (q). •Contagem da dose a partir de 80 dB(a). •Dose de 100% para 8h de exposição a 85dB(a). 21 Técnicas de Avaliação dos Agentes RUÍDO : O empregado portador do audiodosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. A seleção do ponto de medição e a localização do objeto de medida são regidas pelo objetivo que tenha a medição. As medições da exposição deverão ser feitas próxima da orelha do trabalhador a uma distância de 5 a 10 cm. 22 Técnicas de Avaliação dos Agentes CALOR ( Stress Térmico ): TERMÔMETRO DE BULBO SECO: Estabiliza com a temperatura do ar que circunda o bulbo. Mede a temperatura do ar que está presente no ambiente onde o trabalhador executa sua tarefa. 23 Técnicas de Avaliação dos Agentes TERMÔMETRO DE BULBO ÚMIDO NATURAL: A evaporação da água destilada presente no pavio refrigera o bulbo. Mede: a temperatura do ar / velocidade do ar / umidade relativa do ar / a temperatura do TBN será sempre menor ou igual à temperatura do termômetro bulbo seco. Será igual quando a umidade relativa do ar for de 100%, pois o ar saturado não admite mais evaporação de água. 24 Técnicas de Avaliação dos Agentes TERMÔMETRO DE GLOBO A absorção da radiação infravermelha aquece o globo, que aquece o ar interno, que aquece o bulbo. Possui um tempo de estabilização de 20 a 30 minutos por essa razão. Mede: Calor radiante no ambiente (fontes radiantes) /Temperatura do ar/ Velocidade do ar/A temperatura de globo será sempre maior que a temperatura de bulbo seco, pois sempre há uma carga radiante no ambiente; 25 Técnicas de Avaliação dos Agentes QUÍMICOS: Podem ser utilizados monitores de difusão passiva ou métodos de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados. O trabalhador portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as normas da Fundacentro, e/ou ACGIH. Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos nacional ou internacionalmente. 26 Técnicas de Avaliação dos Agentes BIOLÓGICOS: Análise QUALITATIVA Análise QUANTITAVA: Verificação da qualidade do ar anterior: Fungos e Bactérias / potabilidade da água – conforme Resolução da ANVISA 27 Técnicas de Avaliação dos Agentes ERGONÔMICOS: Análise Ergonômica: ( NR 17 / checklist específico ) 28 Técnicas de Avaliação dos Agentes DE ACIDENTES: APR / PTP / PTA 29 Nível de Ação É o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidas preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição tais como: 30 Nível de Ação Medições periódicas da exposição ocupacional; Treinamento dos trabalhadores; Acompanhamento médico com monitoramento biológicos apropriados. Os níveis adotados são os previstos na NR 9. 31 Nível de Ação Agentes químicos: metade dos limites de exposição ocupacionais adotados. Ruído: dose de 0.5 (50% de dose) do limite de tolerância previsto para a jornada de trabalho. 32 LIMITES DE TOLERÂNCIA Agentes químicos são considerados insalubres: independente de avaliação quantitativa: arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos, organoclorados,mercúrio, silicatos, substâncias cancerígenas) dependentes avaliação quantitativa: concentrações LT (anexo 11 – NR-15) 33 ATIVIDADES INSALUBRES NR-15 portaria 3214/78: Acima dos limites tolerância (ruído, calor, radiações ionizantes, poeiras minerais, alguns agentes químicos); Exposição agentes biológicos; Condições hiperbáricas; Radiações não-ionizantes, vibrações, frio e umidade(laudo inspeção no local de trabalho). 34 Medidas de Controle I – MEDIDAS DE CONTROLE COLETIVO; II – MEDIDAS DE CARÁTER ADMINISTRATIVO OU DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO; III - UTILIZAÇÃO DE EPI 36 ATIVIDADE 1. Quais as definições para Higiene Ocupacional (citar origem) 2. Quais os 05(cinco) riscos ocupacionais. Cite, comente e dê exemplo de cada um deles. 3. Qual a diferença entre nível de ação e limite de tolerância? Comente e dê exemplos 4. O que você entende por atividade insalubre? Comente e dê exemplos 5. Cite as medidas de controle. Comente e dê exemplo de utilização de cada uma delas.