Atenção a Saúde do Trabalhador Higiene Ocupacional Conceitos Básicos Principais termos utilizados são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho Conferência Internacional de Luxemburgo (1986) – Higiene Ocupacional A definição dos termos Higiene Industrial e Higiene do Trabalho estão contemplados na definição de Higiene Ocupacional Higiene Ocupacional – Caráter Interdisciplinar Higiene Ocupacional Definições: AIHA – “ Ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente” ACGIH: “ Ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do, ou no, local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos comuns” Histórico Hipócrates – Sec. IV a.C. –Toxicidade do chumbo na mineração Plínio- Sec. I d.C. – Perigos do manuseio do zinco, enxofre, chumbo e mercúrio 1556 – Georgius Agrícola –Fatores de risco associados á mineração Sec. XVI – Paracelsus – Estudos sobre uma planta de fundição na região do Tirol 1700 – Bernadino Ramazzini – “ De Morbis Artificium Diatriba “ – Descreve mais de 50 ocupações Pai da Medicina Ocupacional Sec. XVIII – George Baker (chumbo na indústria do vinho) 1788 - Percival Pot- “ Ato dos Limpadores de Chaminé” Sec. XVIII – Revolução Industrial - Disparam os acidentes e doenças relacionados ao trabalho, e também as reividicações dos trabalhadores Histórico 1802 Inglaterra – Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes 1833 Inglaterra – Lei das Fábricas 1919 – OIT 1938 – ACGIH (Conferência Americana de Higienistas Industriais do Governo) 1939- AIHA (Associação Americana de Higienistas Industriais) 1948 – OMS 1943 – OMS/OIT – Recomendação 97 sobre a “Proteção da Saúde dos Trabalhadores” 1957 – Conferência da OIT – Marca o surgimento da Higiene Ocupacional 1960 -70 Marca as reinvidicações do movimento sindical pela participação e decisão nas questões de segurança e saúde no trabalho A partir de 1970 –Evolução da Saúde Ocupacional para a Saúde dos Trabalhadores Histórico Brasil Início do Sec. XX – Oswaldo Cruz – Doenças infecciosas relacionadas ao trabalho ( construção de ferrovias e portos) 1920 – Rio-São Paulo Importação das “fábricas sujas” 1943 – CLT 1960 – 70 – Campeão Mundial de Acidentes de Trabalho 1977– Lei 6514 – 1978 Portaria 3214 (NRs) Higiene Ocupacional Em senso amplo, a atuação da higiene ocupacional prevê uma intervenção deliberada no ambiente de trabalho como forma de prevenção da doença. Sua ação no ambiente é complementada pela atuação da medicina ocupacional, cujo foco está predominantemente no indivíduo; ASPECTOS BASICOS DA HIGINE OCUPACIONAL Antecipar é: Trabalhar com equipes de projetos, modificações ou ampliações, visando a detecção precoce de fatores de risco ligados a agentes ambientais, adotando opções de risco ligados a agentes ambientais, adotando opções de projeto que favoreçam a sua eliminação ou controle; Ditar normas preventivas para evitar exposições inadvertidas a agentes ambientais causadas pela má seleção de produtos, materiais e equipamentos para compradores, projetistas e contratadores de serviços (empresas terceirizadas). Exemplo: um dispositivos para espantar roedores de galerias de cabos elétricos pode parecer ótimo, mas é um emissor de ultra-som (radiação). ASPECTOS BASICOS DA HIGINE OCUPACIONAL Reconhecer é: Conhecer de novo. Isso significa que se deve ter conhecimento prévio dos agentes do ambiente de trabalho, ou seja, saber reconhecer os riscos presentes nos processos, materiais, operações associadas, manutenção, subprodutos, rejeitos, produto final, insumos e outros. Estudar o processo, atividades e operações associadas e processos auxiliares, não apenas com os dados existentes na empresa (inquirindo os técnicos, projetistas, operadores), mas também conhecendo a literatura ocupacional específica a respeito deles, pois mesmo os técnicos dos processos podem desconhecer os riscos ambientais que os mesmos produzem ASPECTOS BASICOS DA HIGINE OCUPACIONAL Transitar e observar incessantemente pelo local de trabalho (não se faz higiene sem ir a campo), observando o que lhe é mostrado e o que não o é. Andar “atrás” das coisas, em subsolos, porões de serviço, casas de máquinas pode ser bastante instrutivo e revelador de riscos ambientais (cuidado com os riscos de acidentes nesses locais). ASPECTOS BASICOS DA HIGINE OCUPACIONAL Avaliar é: Poder emitir um juízo de tolerabilidade sobre uma exposição a um agente ambiental. O juízo de tolerabilidade é dado pela comparação da informação de exposição ambiental com um critério adequado. O critério é genericamente denominado de “limite de exposição ambiental” ou limite de exposição (legalmente, “limite de tolerância”). ASPECTOS BASICOS DA HIGINE OCUPACIONAL Controlar é: Adotar medidas de engenharia sobre as fontes e trajetórias do agente, atuando sobre os equipamentos e realizando ações específicas de controle, como projetos de ventilação industrial; Intervir sobre operações, reorientando-as para procedimentos que possam eliminar ou reduzir a exposição; Definir ações de controle no indivíduo, o que inclui, é claro, mas não está limitado a proteção individual. ÁREAS DE INTERAÇÃO DA HIGIENE OCUPAÇÃO SAÚDE OCUPACIONAL – Interação evidente e mais forte. ÁREA DE GESTÃO AMBIENTAL – Mesmos agentes podem tornar-se problemas de meio ambiente e comunidade. ERGONOMIA – Os fatores de desconforto da ergonomia são causados por riscos na higiene (ruído, calor, iluminação etc). NUNCA SE ESQUECER O QUE É RISCO E O QUE É PERIGO? PERIGO Situação ou fonte potencial de dano em termos de acidentes pessoais, doenças, danos materiais e ao meio ambiente de trabalho, ou a combinação dos mesmos RISCO Combinação da probabilidade e gravidade (Conseqüência) de um determinado evento (perigo) ocorrer. OBJETIVO PRINCIPAL DA HIGIENE OCUPACIONAL Reduzir a exposição média e de longo prazo, uma vez que nem sempre se pode eliminar totalmente os riscos do ambiente de trabalho. O Higienista não deve preocuparse somente com doença graves, mas também com pequenos desvios de saúde e do bem estar, não somente do trabalhador, mas também de toda a comunidade na qual a empresa e trabalhador estão inseridos.