Economia Brasileira
Contemporânea
Profa. M. Sc. Elizangela Beckmann
Objetivos
 Propiciar
conhecimentos
para
o
entendimento
da
atual
situação
socioeconômica brasileira, considerando o
contexto histórico e as interelações entre
as principais variáveis econômicas, sociais,
políticas e tecnológicas.
Referências

GREMAUD, A. Patrick, VASCONCELLOS, M. A. Sandoval de,
TONETO JUNIOR, R. Economia brasileira contemporânea. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2009.

LACERDA, A.C. BOCCHI, J.I. REGO, J.M. BORGES, M.A.
MARQUES,R.M. Economia brasileira. São Paulo: Saraiva, 2006.

SOUZA, N. A. Economia Brasileira Contemporânea: De Getúlio
a Lula. São Paulo: Atlas,2007.
Avaliação

SEMINÁRIOS – 1 NOTA

13 CAPÍTULOS – cada semana 2 alunos são responsáveis por trabalhar o
capítulo correspondente, podendo utilizar material complementar

Entrega de resumo ( 2pg), apresentação em slides

Nota individual

SIMULADOS

A cada 4 capítulos 1 simulado ( PROVA) – TOTAL 3 NOTAS

DISCUSSÃO DE ARTIGOS ECONOMIA BRASILEIRA ATUAL

Grupo de discussão em sala
Cronograma de apresentações
SÍNTESE DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA
ECONOMIA BRASILEIRA

CICLOS ECONÔMICOS – uma única atividade lidera em um determinado período.

Cana-de- açúcar;

Mineração;

Café.

Atividades econômicas em paralelo:

extração de pau-brasil;

caça ao índio;

gado;

algodão;

cacau;

borracha.
Brasil colônia

Pacto colonial – colônias eram subordinadas à metrópole (Portugal);

Brasil – colônia de Portugal;

Em busca de metais preciosos, buscavam o comércio internacional;

Divisão do território em capitanias hereditárias;

Sistema de plantation – grandes extensões de terra com monocultivo;

Mão de obra escrava;
1ª atividade

Extração de pau-brasil;

Caça ao índio para tê-lo como escravo;

Extração da madeira e do pigmento para tinturas;

Curta duração;
1º CICLO – cana-de-açúcar

Séc.XVI - XVIII;

Portugal tinha certo conhecimento sobre a produção de cana;

Açúcar era uma especiaria de grande valor, até deixado de herança;

O ciclo da cana-de-açúcar inicia mesmo em 1540;

Iniciou na região nordeste ( Bahia e Pernambuco);

Engenho – centro das fazendas, onde se fazia açúcar;

1575-1600 – a cada 10 anos crescia cerca de 25% a geração de riqueza;

Mão-de-obra do índio é substituída pelos escravos negros;

Índios não tinham visão de acumulação que já existia na Europa;

Negro tinha produtividade maior;

Em paralelo a atividade açucareira iniciou a PECUÁRIA - criação de gado;

Força de tração pra movimentar os engenhos e como alimento;

Cultivo de fumo;

A cana continuou a existir, mas em menor escala;

Quando uma atividade decaia a economia estagnava por um tempo;
2º Ciclo - mineração

Mineração – séc. XVII e XVIII;

Bandeirantes paulistas com objetivo de capturar índios – encontraram ouro em
MG;

1650-1708 – ouro;

1712- diamante;

Ouro provocou mudanças no cenário;

Ilusão de enriquecimento;

Quanto mais escravos, mais espaço pra explorar;

Movimento migratório para o Brasil – colonos de menores posses;

Escravos tinham posição diferenciada - maior mobilidade social, podendo
acumular riquezas e adquirir a liberdade;

Atividade aurífera exigia maior controle – atos, regimentos, regulamentos e
vigilância;

“o quinto” – taxação pela extração de ouro.

Imposto alto que era burlado, “santos do pau oco”;

Criação das casas de fundição – só poderiam vender ouro fundido e não mais
em pó;

Mineração contribuiu para colonização do centro-oeste;

A coroa portuguesa se instalou no Brasil na época do ouro;

1ªs escolas, teatros;

Desenvolveu-se a agricultura e a pecuária junto com a atividade aurífera
– subsistência;

Decadência da mineração – 1750-1800- escassez de ouro e baixo nível
tecnológico dos exploradores;

A decadência da mineração fez a economia estagnar muito;

A medida que o ouro acabava continuava-se a exploração com a esperança
de encontrar metais;
Com a decadência da mineração

Agricultura maior fonte de recursos da colônia;

Produção de algodão – indústria têxtil;

Açúcar acompanhou o algodão no renascimento da agricultura;

Café – Bahia e Pará;
Em síntese

Na era do açúcar a economia era focada para o mercado externo;

Na era da mineração houve formação de mercado interno;

Acumulação de capital ia toda para Europa;

Século XIX – fim do período colonial;

Mudanças culturais, étnicas ocorreram com a vinda dos europeus;

Não houve criação de uma identidade nacional;
Economia cafeeira

Séculos XIX e XX;

1810 – café produzido em pequena quantidade, para beber;

1812 – fim do período colonial;

DOM PEDRO I – inicia Independência do Brasil.

1822- Independência do Brasil é reconhecida pela Inglaterra;

1820 – ciclo do café – Bahia de Guanabara RJ

1840- maior expansão no estado de SP;

Expansão da rede ferroviária;

Preço e demanda crescentes – bom desenvolvimento do ciclo;

Nessa época os comerciantes tinham papel relevante com os fazendeiros:

Venda de produtos para obter lucro;

Oferecer recursos financeiros para produção;

Comercialização do café era feita nos portos de Santos e RJ.

Não havia crédito agrícola;

Comissários pegavam dinheiro com bancos e passavam pra fazendeiros;

Fazendeiros eram trapaceados;

Comissários misturavam café ruim com bom, para vender todo café;

Segunda metade do século XIX:

Necessidade de mão-de-obra;

1870- vinda de imigrantes italianos;

Utilização do trabalho assalariado – 1ª fase do desenvolvimento do
capitalismo no Brasil;

Lei Áurea - Abolição da escravidão1888 - aumento do nº de pessoas sem
rendimentos;

Favelas no RJ;

Mesmo com excesso de mão-de-obra vieram muitos imigrantes de 1880 –
1930: qualificação, disciplina e autonomia;

Crise de superprodução do café – 1880-1886;

Ruína de fazendeiros, comerciantes e banqueiros;

Vulnerabilidade do café ficou evidente;

Solução: política cambial:

Beneficiava fazendeiros e industriais.

Valorização - Torna-se mais caro importar;

Desvalorização – torna-se mais caro exportar;

Possibilidade de desenvolvimento de manufaturas;

Vinda de imigrantes;

Aumento da produção interna;

Nessa época já haviam fábricas de pequeno porte no Brasil;

Máquinas arcaicas;

Em 15 de novembro de 1889 - Proclamação da República;

Liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

1891 – assume o vice-presidente Floriano Peixoto.

Defesa da indústria – Marechal Floriano Peixoto (1891 – 1894);

Rui Barbosa – Ministro da Fazenda;

Impostos protecionistas para aos produtos manufaturados nacionais, tendo
diminuído taxas cobradas para importação de equipamentos e matériaprima;

Lei de proteção à indústria;
Encilhamento

Bolha econômica que ocorreu no governo de Deodoro da Fonseca;

Para estimular a industrialização adotaram a política baseada no crédito livre
ao investimento industrial garantido por farta emissão de moeda;

Houve especulação e aumento da inflação;

Encilhamento foi um fracasso:

Falta de visão ampla;

Interesses pessoas se sobrepunham;

Deslumbre coma possibilidade de enriquecimento acelerado;

Efeitos só foram solucionados com Campos Salles, tendo alto custo social;

Tiveram outros governantes da República Velha, mas a maioria anti-industrial;

Floriano Peixoto assume

Prudente morais (1894-1898) - Anulou as decisões;

Campos Salles (1898-1902);

Rodrigues Alves (1902 – 1906) – anti-industrial;

Industrialização se intensificou mais durante e após a 1ª guerra mundial (
1914-1918);


Navegação era mais difícil;
A partir do século XX cresceu a indústria devido a uma nova crise de
superprodução do café;

Reduziu-se o investimento no café devido a rentabilidade;

A partir de 1923 – aumentou investimento estrangeiro no Brasil – foco na
indústria;

FORD- 1920

1ª fábrica têxtil do Brasil – 1872 – SP

Elite do café passou a investir na indústria;

Indústrias Matarazzo – 1904:


Fábrica têxtil SP;

Fábricas de diversos ramos – fósforo, massas, cerâmica;
Grupo Votorantim:

1982 – beneficiamento de algodão em SP

Fábrica de cimento – 1897

Companhia telefônica, central elétrica

Outros grupos: Renner( 1894), Gerdau (1901);

Até 1930 a formação da indústria se dava pela criação de empresas de
transformação primária de matérias-primas destinadas à exportação;

Ausência de apoio do Estado;

1929- 1933– grande Depressão;

Preço do café reduziu , expansão das lavouras desacelerou;

Até então em SP os fazendeiros eram dominantes;

A partir de então, a indústria tornou-se dominante;

Principal fator de crescimento;

Perda da hegemonia dos cafeicultores;

Período de redução do nível de atividade em todo mundo, desemprego e
redução do comércio;

1929- 1933 – recessão da economia brasileira, pois os EUA importavam
muito café do Brasil;

1930- 1970 – transformação na estrutura produtiva do país;
Borracha

Ciclo paralelo ao café;

Extração e comercialização da borracha;

Centro - região amazônica;

Proporcionou expansão da colonização, atração de riqueza,
transformações culturais e sociais, e grande impulso ao crescimento de
Manaus, Porto Velho e Belém;

O ciclo da borracha teve seu auge entre 1879 e 1912, tendo depois
experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945, durante a II Guerra
Mundial (1939-1945);
Presidentes do Brasil
República Velha:

Getúlio Vargas – 1930-1945

Eurico Gaspar Dutra – 1946-1951

Getúlio Vargas – 1951-1954

Governo JK - 1956-1961

João Goulart – 1961-1964
Regime militar – 1964-1985

Castelo Branco (64-67); Costa e Silva (67-69); Médici(69-74); Geisel (74-79); Figueiredo(7985);
Nova República:

José Sarney- (1985-1990)

Collor (1990-1992)

Itamar Franco – (1992-1995)

FHC – (1995-2003)

Lula- (2003-2011)

Dilma- 2011 - ...
Capítulos de hoje

Cap. 2, 3, 4
LACERDA, A.C. BOCCHI, J.I. REGO, J.M. BORGES, M.A. MARQUES,R.M.
Economia brasileira. São Paulo: Saraiva, 2006.
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aula 1 - economia brasileira