SEGUNDA FASE DO MODERNISMO / GRACILIANO RAMOS Material de Literatura Prof.: HIDER OLIVEIRA Contextualizando ▪ Na década de 20, o Brasil sofre grandes transformações, muito pelo fato da quebra na Bolsa de Valores de Nova Iorque, já que houve uma crise na comercialização de produtos (o Brasil vivia de produção agrícola); ▪ A Revolução de 1930, o declínio e a dissolução das estruturas sociais e econômicas do Nordeste e a imigração nos estados do Sul aparecem nos novos estilos da ficção caracterizados pela observação real e direta dos fatos; ▪ Euclides da Cunha e Lima Barreto, do Pré-Modernismo, não são mais exceções, mas sim os primeiros a abordar o regional/social e, como tais, ganham sucessores; ▪ As elites urbanas e seus intelectuais analisam e procuram compreender o país nos seus novos aspectos. Características ▪ Predomínio da prosa, com temáticas regionalistas; ▪ O texto tem o objetivo de analisar injustiças sociais, dificuldades com o trabalho, com o meio, falta de perspectiva de uma vida melhor etc.; ▪ Outra corrente da prosa desse período foi a prosa urbana (Érico Veríssimo entre outros); ▪ Houve também a prosa intimista (Dionélio Machado entre outros); ▪ Os poetas desse período retratavam as questões universais do homem – como o esmagamento social; ▪ Em outro momento, a poesia tem uma expressividade mais religiosa. Graciliano Ramos Raquel de Queirós José Lins do Rego Érico Veríssimo (Regionalista) (Regionalista) (Regionalista) (Regionalista e intimista) José Américo de Almeida Carlos Drummond de Andrade Jorge Amado Cecília Meireles (Regionalista) (Existencialista) (Regionalista) (Intimista e religiosa) GRACILIANO RAMOS ▪ Nasceu em 1892 e morreu em 1953; ▪ Sua obra focaliza não só o drama social do Nordeste (a seca, o coronelismo, as desigualdades sociais), como também o mundo psicológico das personagens; ▪ Seus livros podem ser didaticamente divididos em três tipos de romance: psicológico, sociopolítico e autobiográfico; ▪ Caracteriza-se por uma linguagem objetiva, sem o artifício de requintes literários, caprichando, no entanto, no registro da fala regional; ▪ Uma constante na obra de Graciliano Ramos é a tensão: entre o indivíduo e o meio social, entre o indivíduo e o meio físico, entre o indivíduo e o sistema e a tensão do indivíduo consigo mesmo. Essa oposição nos remete ao fatalismo pessimista presente na obra de Machado de Assis. Principais obras de Graciliano Ramos Sobre Vidas Secas (...) Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera. Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO PÁGS. 225, 227 E 229 PARA AGORA!