FACILITADORA: URSULA NEPOMOCENO
Agenda de Compromissos para a Saúde
Integral da Criança e Redução da
Mortalidade Infantil
 FOCO PRINCIPAL: A CRIANÇA
 UNIDADE DE SAÚDE, DOMICÍLIO, ESPAÇOS
COLETIVOS, CRECHE, PRÉ-ESCOLA E ESCOLA.
 CUIDADO INTEGRAL E MULTIPROFISSIONAL.
Linhas de cuidado da atenção integral da
saúde da criança e redução da mortalidade
infantil
 Ações da saúde da mulher: atenção humanizada e
qualificada.
 Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao
recém-nascido.
 Triagem neonatal: teste do pezinho
 Incentivo ao aleitamento materno
 Incentivo e qualificação do acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento (CD).
 Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e
obesidade infantil.
Linhas de cuidado da atenção integral da
saúde da criança e redução da mortalidade
infantil







Combate à desnutrição e anemias carenciais.
Imunização.
Atenção às doenças prevalentes.
Atenção à saúde bucal.
Atenção à saúde mental.
Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência infantil.
Atenção à criança portadora de deficiência.
ABORDAGEM DE RISCO DA CRIANÇA NA
UNIDADE DE SAÚDE
 ACOLHIMENTO: avaliação de fatores de risco.
 Residente em área de risco;
 Baixo peso ao nascer;
 Criança com doença crônica grave;
 Prematuros;
 Desnutridos;
 Internação prévia;
 Menores de 1 ano (destaque < 3 meses);
 Cartão de vacina incompleto.
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DE PERIGO
 Prostração mesmo sem febre
 Agitação/irritabilidade intensas
 Recusa alimentar/sucção débil
 Vômito ao ingerir alimento/líquido
 Convulsão
 Cianose
 Palidez intensa
 Hipotonia/hipertonia
 < 2 meses com FR< 30/min
 Temperatura corporal muito baixa: < 35,5
(principalmente em menores de 2 meses)
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DE PERIGO
 Respiração rápida
 Esforço respiratório
 Diarréia com sangue
 Desidratação
 Secreção purulenta no ouvido
 Doente há mais de 7 dias
 Febre persistente há mais de 3 dias
 Apnéia (pausa respiratória prolongada)
TMI
 A Taxa de Mortalidade Infantil é
definida como o número de óbitos
de menores de um ano de idade (por
mil nascidos vivos), em
determinada área demográfica e
período, e interpreta-se como a
estimativa do risco de um nascido
vivo morrer durante o seu primeiro
ano de vida.
TMI
 Altas taxas de mortalidade infantil
refletem, de maneira geral, baixos
níveis de saúde, de condições de vida e
de desenvolvimento socioeconômico.
 As taxas de mortalidade infantil são
geralmente classificadas em altas
(50%0 ou mais), médias (20%0 49%0) e baixas (menos de 20%0).
TMI
 A análise de saúde da criança é parte
obrigatória das estatísticas de mortalidade
e morbidade.
 A taxa de Mortalidade Infantil é um dos
indicadores mais eficazes para refletir não
somente aspectos de saúde da criança,
como também a qualidade da vida de uma
determinada população
TMI
 A mortalidade vem mantendo a tendência
histórica de queda, particularmente a
infantil e a de menores de cinco anos de
idade.
 No país, começam a perder importância
relativa, as causas relacionadas a doenças
infecciosas, parasitárias e respiratórias,
sendo predominantes as afecções perinatais,
mais relacionadas à baixa qualidade dos
serviços de saúde, em especial o
atendimento pré-natal.
TMI
 Nos países onde a mortalidade infantil já é
baixa, valores inferiores a 10%, a principal
causa de morte relacionada a faixa etária de
menores de um ano, é a malformação
congênita.
 No plano nacional, a malformação congênita
é responsável por apenas 10% do total de
óbitos infantis; a região Sul detém as
maiores proporções de óbitos relacionadas a
essa causa (16,5%), contra somente 5,7% no
Nordeste.
 Apesar da queda importante da TMI nas
ultimas décadas, decorrentes da redução da
mortalidade pós-neonatal, por meio de
desenvolvimento de ações básicas como:
melhoria das condições de saneamento,
aumento da cobertura vacinal, promoção da
amamentação, TRO e medidas de controle
das infecções respiratórias agudas; as
pneumonias e diarréias continuam como as
principais causas de óbito em crianças
maiores de 28 dias.
Programas Implantados
 Programa de Atenção à Saúde da
Criança(Paisc).
 Programa de Assistência Integral à Saúde da
Mulher (Paism).
 Programa de Saúde do Adolescente (Prosad).
 Programa de Agentes Comunitários de Saúde
(Pacs).
 Programa de Saúde da Família (PSF).
 Programa de Atenção à Saúde da Criança com
Deficiência Física e Mental.
Programas Implantados
 Programa Nacional de Imunização (PNI).
 Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento
Materno.
 Programa Nacional de Controle das Deficiências
de vitamina A.
 Programa Nacional de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids.
 Programa de Saneamento Geral.
 Programa de Redução da Mortalidade na
Infância (PRMI).
BRASIL
 Em relação à mortalidade neonatal
os indicadores são muito elevados,
exigindo modificações urgentes na
qualidade de atenção à gestante,
ao parto e ao RN.
DISTRITO FEDERAL
 Também vem apresentando uma queda
significativa nas últimas décadas,
colocando o DF entre os 7 Estados da
Federação em melhor situação.
 As afecções do período neonatal
continuam como primeira causa de óbito
em menores de 1 ano seguida das
malformações congênitas.
 Como terceira tivemos as causas externas,
com aspiração de corpo estranho
causando obstrução do trato respiratório
e as aspirações do conteúdo gástrico
como principal causas dentre as
anteriores.
 Como quarta causa estão as doenças
infecciosas e parasitárias tendo a diarréia
como a principal causa. As doenças do
aparelho respiratório são a principal
causa de atendimento nos CS.
Referências Bibliográficas
Perfis de Saúde e de Mortalidade no Brasil: uma análise
de seus condicionantes em grupos populacionais
específicos.
Simões, Celso Cardoso da Silva Organização Panamericana de Saúde –OPAS-OMS, 2002.
URSULA NEPOMOCENO
Crescimento
O Crescimento é considerado de um modo
geral como o aumento do tamanho corporal,
portanto é um processo dinâmico e contínuo
que inicia na concepção é só termina com o
final da vida. Sendo um fenômeno de
substituição e regeneração de órgãos e
tecidos, por isso mensurável.
As etapas da infância possuem dois
fatos interligados.
 Primeiro, o crescimento – fenômeno
quantitativo, com a multiplicação do
número e tamanho das células ao nível dos
tecidos.
 Depois, a maturação – fenômeno
qualitativo causado pela modificação da
estrutura dos órgãos e seu funcionamento
celular.
Ápice
 Do útero aos dois primeiros anos de
idade são períodos de altíssimo
desenvolvimento.
 O crescimento e a maturação tem ritmos
diferentes.O cérebro alcança 90% de seu
peso até 6 anos de idade enquanto que a
estatura triplicará até a vida adulta.
Desenvolvimento
É o aumento no complexo das habilidades da
criança, por isso não sendo mensurável.
Não pode haver crescimento nem desenvolvimento
satisfatório se a saúde da criança esta afetada por
problemas crônicos.
Fundamentos para Atuação do
Enfermeiro
 Parâmetros-curvas de peso, estatura, Pc e Pt.
 Índices de maturação-ossificação, dentição.
 Fatores que influenciam o CD:
meio ambiente, alimentação, higiene,
sócio-econômica, culturais,
afetivas, genéticos e
endócrinos.
Crescimento e Desenvolvimento
 O CD é realizado na criança com 15 dias de vida,
30 dias, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses e 12
meses, em consultas nos centros de saúde.
 Mas o ideal mesmo seria o acompanhamento
continuo durante os 15 meses, 18 meses e 24
meses, após 1 ano fazer duas consultas ao ano até
6 anos de idade.
PAISC
Programa de Assistência Integral á Saúde da Criança.
Preconizado pelo ministério da Saúde no primeiro ano
de vida.
Existem cinco ações básicas de atuação:
 Aleitamento materno;
 Imunização;
 Programa do CD;
 Prevenção e controle das doenças diarréicas;
 Prevenção e controle das infecções respiratórias
agudas.
Peso
 É um excelente indicador das condições de
saúde e nutrição da criança, suas variações
são rápidas e importantes. Devem ser
avaliadas na variação de pelo menos duas
evoluções de pesagem sucessivas (curva do
peso).
Indicações da Curva do Peso
 Avaliação da condição de má nutrição bem antes
do surgimento de outros sinais clínicos;
 Vigilância a desidratação e apreciação de sua
gravidade;
 Implementação de ações preventivas, educativas
sanitárias, como: dietética, alimentação,
educação e participação dos pais;
 Avaliação da situação nutricional quanto a
eficácia das medidas preventivas a nível
individual e coletivo.
Parâmetros
Ganho de peso mensal até dois anos:
0 a 3m ____ 750 a 900g ao mês
3 a 6m ____ 600g
5m a 1a ____ 300 a 400g
1a a 2a ____ 200 a 300g
Estatura
 É uma medida fiel de crescimento da
criança.
Diferente do peso, esta é uma medida
estável e regular. Sua curva espelha a história
do crescimento. Já a desnutrição retrata
tardiamente seus efeitos sobre a estatura,
dois a três meses depois de sua evolução.
Parâmetros
Ganho de estatura de 0 a 4 anos:
0 a 3m ____ 3 cm ao mês
3 a 6m ____ 2 cm
6m a 1a ____ 1 a 1,5 cm
1 a 2 a ____ 1 cm
2 a 4 a ____ 0,75 cm
GANHOS DE PESO
95% dos recém-nascidos pesam de 2,5kg a 4,3kg
1º Trimestre: ganho de 750 a 900gr/mês.
2º Trimestre: ganho de 600gr/mês.
3º Trimestre: ganho de 300 a 400gr/mês.
4º Trimestre: ganho de 300 a 400gr/mês.
2º ano: peso de nasc. X 4, média de 3kg/ano.
3º ano: ganho mediano de 1,8 a 2,0kg/ano.
4º ano: ganho mediano de 1,8kg/ano.
5º ano: média de 1,6kg/ano.
GANHOS DE ESTATURA
95% dos recém-nascidos estão entre 47 e 55 cm
1º trimestre: 3 cm/mês
2º Trimestre: 2 cm/mês
2º Semestre: 1 -1,5 cm/mês
2º Ano: 1 cm/mês
3º e 4º ano: 0,75 cm/mês
5º Ano: 0,60 cm/mês
DESENVOLVIMENTO DOS SENTIDOS NO LACTENTE
-Visão: nos primeiros 2 meses de vida prestam atenção ao movimento, contraste de formas
e contorno dos objetos. Aos 3 meses vêem cores e sua acuidade visual aprimora
gradativamente. Visão 20/20 na idade de 6-7 anos.
-Audição : os RNs podem ouvir e responder a sons numa variação de intensidade em torno
da voz humana. Na medida que vão crescendo tornam-se capazes de ouvir e responder a
variações maiores, sons mais baixos e graves. Localização dos sons só aprimora com 6
meses.
- Olfato: Rn possuem menos receptores olfativos no nariz. Reagem a odores fortes.
- Paladar: possuem menos receptores gustativos na boca.
-
Tato: Apresentam sensibilidade tátil que se torna mais refinada na infância.
DENTIÇÃO
A 1ª dentição aparece entre 4 – 6 meses ocorrendo outras erupções até 30 meses. A perda
dos dentes de leite segue a mesma ordem que a erupção deles.
Cuidados: limpar a gengiva e depois os dentes com um pano macio molhado com água
filtrada após cada refeição. Evitar colocar açúcar nas mamadeiras ou frutas, não oferecer
doces ao bebê.
Relação entre PC e PT:
- Até 6 meses: PC é superior a PT
- Cerca dos 6 meses: PC é igual a PT
- Cerca dos 9 meses: PC é inferior a PT
REFLEXOS PRESENTES NO RN
sucção: 0 a 12 meses
procura: 0 a 3-4 meses
preensão palmar e plantar: 0 a 4 meses p/ mãos e 0 a 8-15 meses p/ pés
marcha: 0 a 1 mês
moro: 0 a 1-3 meses
babinski: 0 a 12-18 meses
tonicocervical: 0 a 5-6 meses
ciliar: ao nascer
PERÍMETRO CEFÁLICO
Recém-nascido: PC normal vai de 33 a 37cm, média é de 35 cm
1º Trimestre: 5 cm
2º Trimestre: 5 cm
3º Trimestre: 2 cm
4º Trimestre: 1 cm
2º ano: 2 cm
Adulto: 55 a 57 cm
fontanela bregmática anterior, triangular, mede 4 x 2,5 cm. Fecha entre 6 – 18 meses.
fontanela occipital posterior ou lambóide, mede 1 cm de espessura. Fecha até 2 meses.
→ Importância da avaliação do PC e fontanelas:
- observar parada brusca do aumento do PC ou aumento exagerado para detectar
precocemente qualquer anormalidade.
- PC muito elevado: hidrocefalia, raquitismo, hipotiroidismo, desnutrição, síndrome de Dow,
síndrome de trisomia do 18.
- PC muito pequeno: microcefalia, deficiência do hormônio do crescimento.
- Fontanela normal: normotensa
- Fontanela deprimida: sinal de desidratação
- Fontanela abaulada: sinal de aumento da pressão intracraniana ( meningite, hematoma
subdural, hemorragia IC, tumor).
CONTROLE DOS ESFÍNCTERES
- 1º criança tem consciência de estar molhada ou suja;
- 2º criança tem consciência de estar urinada ou defecada;
- 3º criança avisa, mas é tarde demais, é nesta fase que se deve ensinar a criança a ter o
controle dos esfíncteres, entre 18 – 24 meses.
- Primeiro ocorre o controle anal, depois o vesical diurno (3 anos) e então o vesical noturno
(3 – 4 anos).
- Característica das fezes:
RN: mecônio
Aleitamento materno: fezes pastosas, amareladas, pouco volume.
Desmame: menos pastosas, marrom, maior volume, odor fétido.
FASE DA BIRRA
- Em geral ocorre entre 2 e 3 anos de vida. Através da birra a criança está expressando seus
sentimentos de raiva e frustração na medida em que ela busca se tornar mais
independente e começa a resistir à autoridade dos pais.
- Orientar a mãe para manter-se neutra, ignorar a birra, não cedendo às exigências da
criança.
BANHO DE SOL
- RN precisa tomar sol para produzir vit. D, componente necessário para o
desenvolvimento ósseo. Os raios ultravioletas ativam a pró-vitamina D
existente na pele transformando-a em vit. D3 que é absorvida e
distribuída pelo sangue. Deficiência de vit. D pode causar raquitismo.
- Orientações à mãe: iniciar no final do 1º mês com exposição de 1 a 2
min/dia e aumentar progressivamente até o máximo de 30min/dia.
Alternar a posição do bebê, deixá-lo com pouca roupa, protegendo
cabeça e olhos. Horário: antes das 10h e depois das 15h.
Bibliografia
 A Enfermagem em
Pediatria e PuericulturaEdilza Maria Schmitz
Editora Atheneu
PRINCIPAIS MARCOS DO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
 1 mês
 Olha e observa atentamente um rosto (foco de 20 a 30
cm).
 Move os olhos acompanhando um objeto
movimentado próximo.
 De bruços levanta a cabeça só um pouco por um ou
dois segundos.
1 mês
 1 mês
 A cabeça oscila quando sustentada na vertical.
 Tônus com extremidades mais fletidas, mãos fechadas.
 Prende reflexamente um dedo colocado em sua mão.
Reage a sons altos.
2 meses
 2 meses
 Sorri em resposta a estímulos. Interage visualmente
com as brincadeiras da mãe.
 Demonstra preferência por uma pessoa ou brinquedo.
 De bruços sustenta cabeça à 45° por um pouco. Toca
ou bate em objetos.
2 meses
 2 meses
 Observa os movimentos de sua mão e começa a
aprender leva-la à boca.
 Extremidades mais relaxadas. Reflexo tônico cervical
assimétrico (postura de esgrimista quando vira a
cabeça).
 Pescoço balança menos quando sustentado na vertical.
Sons guturais.
3 meses
 3 meses
 Melhor controle do pescoço e começa a firmar o
tronco. De bruços sustenta a cabeça a 90° por algum
tempo, elevando o tórax, apoiando nos braços.
 Acompanha um objeto com os olhos de um lado para o
outro.
 Uma mão brinca com a outra. Sorri com facilidade,
mesmo espontaneamente.
3 meses
 3 meses
 Dá gargalhada, bate, segura e sacode objetos. Vocaliza
“oo”, “a-gu”, “uu”.
 Nas brincadeiras, demonstra alguma memória,
antecipando seqüências.
 Puxando pelas mãozinhas, sustenta a cabeça
parcialmente sem deixar que ela penda para trás. Fica
confortado recostado a 30- 40°.
4 meses
 4 meses
 Melhora o tônus do tronco. Senta, a cabeça fica
bem firme.Fica sentado com apoio, mas a coluna
lombar ainda dobra, tomba muito para frente e
para os lados. Reconhece um rosto. Sorri
espontaneamente.
 Explora a mão e os pés e os leva na boca. Vira a
cabeça para todos os lados.Tenta rolar e virar de
decúbito, alguns já conseguem.
 Bate a mão e espalha água no banho. Segura
objetos como um chocalho, colocado.
4 meses
 4 meses
 Olha e tenta alcançar objetos pequenos como uma bala
colocada a sua frente.Emite sons diferentes, murmura,
mudando os tons. Gritinhos estridentes.
 Manifesta excitação ou alegria à visão dos alimentos
que gosta.Come papinha de frutas na colher, mas
“devolve” muito por incoordenação.
5 meses
 5 meses
 Assentado o tronco está mais firme, mas inclina para
frente, tomba menos.
 Manipula objetos maiores. Leva tudo a boca, com
muita freqüência, para explorar.
 Pé na boca. Rola, virando de decúbito nos dois
sentidos.
5 meses
 5 meses
 De barriga para baixo, levanta o tórax e brinca com
objetos.
 Come papinha na colher com mais coordenação.Indica
que quer um alimento abrindo a boca e indo a direção
da colher, e quando não quer mais afasta virando.
6 meses
 6 meses
 Vira e torce o corpo em todos as direções.
 De barriga para baixo, rasteja para frente e consegue
elevar braços e pernas, e se puxado pela barriga
permanece arqueado com o tronco em extensão.
 Fica assentado sem suporte por longos períodos
enquanto manipula objetos.
 Busca e tenta alcançar objetos próximos.
6 meses
 6 meses
 Deitado, puxado para sentar, mantem à cabeça bem
firme.
 Suporta parcialmente seu peso pelas pernas. Olha e
vira quando é chamado.
 Ensaia sons de consoante sem vogal “ba, da,
fa,ma,na,ca”. Imita sons de fala.
ECA
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Lei Nº8.069, de 13 de julho de 1990.
 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências.
 Título I das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral á criança e ao
adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa
até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela
entre doze e dezoito anos de idade.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Lei Nº8.069, de 13 de julho de 1990.
 Título II dos Direitos Fundamentais
 Capítulo I – Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção
à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições
dignas de existência.
Art. 11. é assegurado atendimento médico à criança e ao
adolescente, através do Sistema único de Saúde,
garantindo o acesso universal e igualitário às ações e
serviços para promoção, proteção e recuperação da
saúde.
Lei Nº8.069, de 13 de julho de 1990.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de
maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das
crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias.
AIDPI
ATENÇÃO INTEGRAL ÀS
DOENÇAS PREVALENTES DA
INFÂNCIA
DIARRÉIA
 Conceito
 Diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda
de água e eletrólitos, que resulta em aumento de
volume, da freqüência das evacuações e diminuição da
consistência das fezes, apresentando algumas vezes
muco e sangue (disenteria). A maioria dos episódios de
diarréia aguda é provocada por um agente infeccioso e
dura menos de 2 semanas.
DIARRÉIA
 Um aumento perceptível ou súbito no número de
evacuações;
 Uma aceleração na consistência das fezes, com
aumento do conteúdo líquido;
 Tendência das fezes adquirirem uma cor esverdeada
contendo muco e sangue.
DIARRÉIA
 Pode ser classificada como:
 Aguda
 Prolongada
 Crônica
 Etiologia:
 Infecciosa
 Não infecciosa
DIARRÉIA AGUDA
 Chamada de auto limitada, pois não há necessidade
de intervenção ou medicação com duração menor
que 10 dias, acompanhada por febre baixa,
vômitos, anorexia, irritabilidade.
 A súbita alteração na freqüência das evacuações e
na consistência das fezes é mais frequentemente
causada por processo inflamatório de origem
infecciosa, mas também pode resultar de uma
reação tóxica à ingestão de venenos, exageros
dietéticos ou infecções fora do trato GI.
DIARRÉIA PROLONGADA
 Pode decorrer de tratamento inadequado da diarréia
aguda, tem duração de 10 a 14 dias. Ocorrem
alterações secundárias funcionais e morfológicas do
trato G.I. (diminuição da produção do suco gástrico,
demora na regeneração da mucosa).
 Causa grave de atraso no crescimento e
desenvolvimento.
 Desnutrição.
 Imunodeprimidos.
DIARRÉIA CRÔNICA
 Eliminação de fezes amolecidas com maior
freqüência por um período de mais de 2 semanas.
Possui uma patologia de base na qual a faz
prevalecer em episódios repetitivos.
 Etiologia variada: distúrbios de mal absorção,
defeitos anatômicos, motilidade intestinal anormal,
reação alérgica ou resposta inflamatória a longo
prazo.
DIARRÉIA
 De 6-9 litros de fluído isotônico percorre diariamente o tubo
digestivo, proveniente da dieta, saliva e secreções (estômago,
pâncreas e fígado) etc...
 A água é reabsorvida ao longo do trato gastrintestinal: cólon,
íleo e jejuno. Somente 2% do volume hídrico inicial são
eliminados pelas fezes.
 A principal via de transmissão dos patógenos que causam a
diarréia é fecal-oral.
 A freqüência e a expressão clínica das infecções do trato G.I.
dependem da interação do agente infeccioso com o meio
ambiente e com os meios de defesa do hospedeiro.
DIARRÉIA
 INFECCIOSA
 VIRAL
 BACTERIANA
 PARASITÁRIA
 NÃO INFECCIOSA
 ERRO ALIMENTAR
FISIOPATOLOGIA

A invasão do trato GI por patógenos produz
diarréia através dos seguintes mecanismos:
1. Produção de enterotoxinas que estimulam a
secreção de água e eletrólitos;
2. Invasão direta e destruição das células epiteliais do
intestino;
3. Inflamação local e invasão sistêmica pelos
microrganismos.
BARREIRAS DE DEFESA DO SISTEMA G.I.
 SUCO GÁTRICO- acidez mata microorganismos
 MEMBRANA MUCOSA- barreiras física contra
grandes moléculas, produção de muco.
 MOTILIDADE INTESTINAL -  n° de germes na luz
intestinal
 FLORA BACTERIANA- (strept. Faecalis, candida
albicans, bacterióide, enterococus, enterobactérias:
e. coli, proteus, kleibsiella, enterobacter) competição
por substrato com germes patogênicos: e. coli
enterpatogênica, shigella, salmonella, s. aureus,
clostridium perfingen, vibrio choleral, produção de
ácidos =  PH / síntese de sub.
 Bactericidas.
 SISTEMA IMUNOLÓGICO- Ig As, imunoglobulinas
BARREIRAS DO SISTEMA GI
 DIETA (leite humano) – fator bifidus, lisozimas,
leucócitos, lactoferrinas.
 REFLEXO DE NAÚSEA E VÔMITO - substancias
irritantes.
 REFLEXO DA DIARRÉIA
 RECEPTORES PAREDE G. I.  CONTRAÇÕES
INTESTINAIS BOLO FECAL NÃO SE FORMA
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES SECREÇÃO
INTESTINAL.
DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS IMEDIATOS
1.
DESIDRATAÇÃO;
2. DISTÚRBIO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-
BÁSICO COM ACIDOSE;
3. CHOQUE.
NOMENCLATURA
 DISENTERIA: É uma inflamação intestinal que afeta





especialmente o cólon, é acompanhada de cólica
abdominal e fezes aquosas contendo sangue e muco.
GASTROENTERITE (estômago e intestino).
ENTERITE (intestino delgado).
COLITE( Cólon).
ENTEROCOLITE (Cólon e intestino).
GECA (gastro/entero/colite/aguda).
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
1.
2.
3.
4.
DÉFICIT DE VOLUME DE LÍQUIDOS
RELACIONADO A PERDAS GASTRINTESTINAIS
EXCESSIVAS NAS FEZES OU VÔMITOS.
NUTRIÇÃO ALTERADA: MENOR QUE AS
NECESSIDADES CORPORAIS RELACIONADAS
COM AS PERDAS DIARRÉICAS E INGESTÃO
INADEQUADA.
ALTO RISCO DE TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO
RELACIONADA A MICRORGANISMOS QUE
INVADEM O TRATO GI.
INTEGRIDADE DA PELE COMPROMETIDA
DEVIDO À IRRITAÇÃO CAUSADA POR
FREQÜENTES EVACUAÇÕES DE FEZES MOLES.
TRATAMENTO
1.
Avaliação do desequilíbrio hidroeletrolítico
2. Reidratação
3. Terapia com líquidos de manutenção
4. Reintrodução de uma dieta adequada
DESIDRATAÇÃO
 GRAVE: é a perda de mais de 100g de peso.
 MODERADA: é a perda de 25g a 50g do peso.
 LEVE: perda de peso menor que 25g.
DESIDRATAÇÃO
 Desidratação: perda de água e sais pelo corpo, que
ocorre, por exemplo, em conseqüência da diarréia.
 Desidratação hipotônica  perda de sais maior que
a perda de água.
 Desidratação hipertônica  pode ocorrer perda
excessiva da água através dos pulmões, rins e trato G.I.
CLASSIFICAÇÃO
Dados clínicos
Sem desidratação
Algum grau de
desidratação
Desidratação grave
Aspecto
Alerta
Irritada com sede
Deprimida
Comatosa
Até 3 segundos
3-8 segundos
Mais de 8 segundos
Pulso
Cheio
Fino
Impalpável
Elasticidade da pele
Normal
Diminuída
Muito deprimida
Olhos
Normais
Fundos
Muito fundos
Fontanela
Normal
Deprimida
Deprimida
mucosas
úmidas
secas
secas
Circulação
periférica
(rubor palmar)
CLASSIFICAR O ESTADO DE HIDRATAÇÃO
Dois dos sinais que se
seguem:
Letárgica ou
inconsciente.
Olhos fundos.
Não consegue beber ou
bebe muito mal.
Sinal da prega: a pele
volta muito lentamente
ao estado anterior.
DESIDRATAÇÃO
GRAVE
Se a criança não se enquadrar em nenhuma outra
classificação grave:
-Iniciar Terapia endovenosa (Plano C)
OU
Se a criança também se enquadrar em outra classificação
grave:
- Referir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe
administrando SRO durante o trajeto. Recomendar a mãe a
continuar a amamentação ao peito.
Se a criança tiver 2 ou mais anos de idade, e se houver
cólera na sua região, administrar antibiótico contra a cólera.
Dois dos sinais que se
seguem:
Inquieta, irritada.
Olhos fundos.
Bebe avidamente, com
sede.
Sinal da prega: a pele
volta lentamente ao
estado anterior.
DESIDRATAÇÃO
Administrar SRO no serviço de saúde (Plano B).
Se criança também se enquadrar a uma classificação
grave devido a outro problema:
-Referir URGENTEMENTE
ao hospital com a mãe
administrando-lhe gotas freqüentes de SRO durante o
trajeto.
- Recomendar à mãe continuar amamentação no peito.
Informar a mãe quando retornar imediatamente.
Seguimento em cinco dias se não melhorar.
Não há sinais suficientes
para classificar como
desidratação
ou
desidratação grave.
SEM
DESIDRATAÇÃO
Dar alimentos e líquidos para tratar a diarréia em casa
(Plano A).
Informar à mãe sobe quando retornar imediatamente.
Seguimento em cinco dias se não melhorar.
PLANO A - TRATAR A CRIANÇA EM CASA
PLANO A – A CRIANÇA COM DIARRÉIA SEM SINAIS DE
DESIDRATAÇÃO
 Recomendar a mãe ou ao acompanhante as três regras do





tratamento domiciliar: dar líquidos adicionais, continuar a
alimentar, quando retornar.
Dar líquidos adicionais (tanto quanto a criança aceitar)
Recomendar a mãe à:
Amamentar com freqüência a por tempo mais longo a cada
vez;
Se a criança se alimentar exclusivamente de leite materno,
dar: SRO além do leite materno;
Se a criança não estiver em regime exclusivo de leite
materno, dar a ela um ou mais dos seguintes preparos:
solução SRO, líquidos caseiros (tais como caldos, água de
arroz, soro caseiro) ou água potável.
 É especialmente importante dar SRO em casa quando:
 Durante esta visita a criança receber o tratamento do Plano





B ou do Plano C;
A criança não puder retornar a um serviço de saúde se a
diarréia piorar.
ENSINAR A MÃE A PREPARAR A MISTURA E A DAR O
SRO, ENTREGAR UM PACOTE DE SRO À MÃE PARA
UTILIZAR EM CASA SE NECESSÁRIO.
MOSTRAR À MÃE A QUANTIDADES DE LÍQUIDOS
ADICIONAIS A DAR EM CASA ALÉM DOS LÍQUIDOS
DADOS HABITUALMENTE:
Até 1 ano – 50 a 100ml depois de cada evacuação aquosa.
(1/4 – Meio copo)
1 ano ou mais – 100 a 200ml depois de cada evacuação
aquosa. ( ½ a 1 copo)
 Recomendar à mãe ou ao acompanhante à:
 Administrar freqüentemente pequenos goles de líquidos de











uma xícara;
Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos e depois
continuar, porém mais lentamente; e
Continuar a dar líquidos adicionais até a diarréia parar.
Ensinar à família a reconhecer os sinais de
desidratação(olhos fundos, boca seca, pouca urina, muita
sede).
CONTINUAR A ALIMENTAÇÃO
QUANDO RETORNAR
A criança não consegue beber ou mamar no peito;
A criança teve uma piora no estado geral; e
Houve o aparecimento ou a piora da febre.
Caso a criança tenha diarréia, diga à mãe também que elas
retornem se a criança tiver:
Sangue nas fezes ou
Dificuldade para beber.
PLANO B – TRATAMENTO CONTRA A DESIDRATAÇÃO COM SRO
PLANO B – A CRIANÇA COM DIARRÉIA E SINAIS DE
DESIDRATAÇÃO
 As crianças com desidratação deverão permanecer
no serviço de saúde até a reidratação completa.
Durante um período de 4 horas, administrar, no
serviço de saúde, a quantidade recomendada de
SRO.
 DETERMINAR A QUANTIDADE DE SRO A SER
ADMINISTRADA DURANTE AS PRIMEIRAS 4
HORAS.
 A quantidade necessária de SRO( em ml) também
pode ser calculada multiplicando o peso da
criança (em Kg) por 75.
 Se a criança quiser mais SRO do que a quantidade
citada, oferecer mais.
 DEMONSTRAR PARA A MÃE COMO
ADMINISTRAR A SOLUÇÃO DE SRO
 Dar com freqüência pequenos goles de líquidos
usando copo ou colher;
 Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos e depois
continuar, porém mais lentamente; e
 Continuar a amamentar no peito sempre que a
criança o desejar.
 APÓS 4 HORAS:
 Reavaliar a criança e classificá-la quanto à desidratação;
 Selecionar o plano apropriado para continuar o tratamento;






e
Se possível, começar a alimentar a criança no serviço de
saúde.
SE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, A MÃE PRECISAR
DE IR PARA CASA ANTES DE TERMINAR O
TRATAMENTO:
Orientar como preparar a solução de SRO em casa;
Orientar sobre a quantidade de SRO a ser administrada até
completar o tratamento em casa;
Entregar um quantidade de pacotes de SRO suficiente para
completar a reidratação. Entregar, também, um pacote
adicional, tal como recomendado no Plano A;
Explicar as três regras do tratamento domiciliar.






Dar líquidos adicionais
Continuar a alimentar
Quando retornar
Se o paciente vomitar, o volume administrado
deverá ser reduzido e a freqüência da
administração aumentada.
Os sinais clínicos de desidratação desaparecem
paulatinamente durante o período de
reidratação.
A febre causada pela desidratação geralmente
cede na medida em que a criança se reidrata. O
uso de antitérmicos nesta fase deve ser evitado
 A administração com sonda nasogástrica é uma maneira de





dar SRO de modo gradual e contínuo, favorecendo a
absorção da solução e deverá ser administrada nas
seguintes condições:
Per de peso após as primeiras duas horas de tratamento
adequado com SRO;
Vômitos persistentes (4 ou mais vezes, no mínimo, num
período de um hora) depois de iniciada a TRO;
Distensão abdominal acentuada com ruídos hidroaéreos
presentes, que não desaparecem mesmo após um intervalo
maior entre as tomadas;
Dificuldade de ingestão de SRO (estomatite severa);
Iniciar a administração pela sonda na velocidade de 20 a
30ml/Kg/hora até a reidratação.
 UTILIZAR A HIDRATAÇÃO VENOSA NAS
SEGUINTES SITUAÇÕES:
 Quando a criança não ganha ou perde peso após as
duas primeiras horas de hidratação por sonda
nasogástrica.
 Quando a criança tem vômitos persistentes (quatro ou
mais vezes, no mínimo, em uma hora) após a
instalação da sonda nasogástrica.
 No caso de crise convulsiva com alteração do estado de
consciência.
PLANO C – CRIANÇA COM DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO GRAVE
PLANO C - TRATAR RAPIDAMENTE A DESIDRATAÇÃO GRAVE
 Indicações para hidratação venosa:
 Paciente com alteração do estado de consciência
(criança deprimida, comatosa e incapaz de ingerir
líquidos ou com crise convulsiva);
 Quando após o uso de SNG a criança tem vômitos
persistentes;
 Quando a criança não ganha ou perde peso após as
duas primeiras horas de hidratação por sonda
nasogástrica.
 Íleo-paralítico (distensão abdominal e ausência de
ruídos hidroaéreos).
DESNUTRIÇÃO
 Conceito:
 A desnutrição é uma síndrome multifatorial que tem
como causa diversos fatores, normalmente associados
à pobreza e a falta de alimentos dela decorrente. Está
relacionada à falta de condições mínimas de existência.
A DESNUTRIÇÃO ESTÁ ASSOCIADA
Baixa estatura e magreza
Baixo peso ao nascimento
Doença de base
Carências de micronutrientes
Pobreza
Fome
NO BRASIL
 Estima-se que, no mundo em desenvolvimento, 174
milhões de crianças menores de cinco anos têm
desnutrição indicada pelo baixo peso para a idade e
230 milhões, pela baixa estatura para a idade.
 Cerca de 55% das mortes infantis em países em
desenvolvimento, estão associadas à desnutrição.
NO MUNDO
 Cerca de 800 milhões de pessoas ainda não podem
suprir suas necessidades básicas de energia e
proteína, mais de 2 bilhões de pessoas carecem de
micronutrientes essenciais, e milhões sofrem de
doenças causadas por falta de higiene dos
alimentos e ingestão alimentar desequilibrada.
Desnutrição Energético- protéica
 É a síndrome que compreende uma série de doenças, cada
uma das quais tem uma causa específica relacionada com
um ou mais nutrientes (por exemplo: desnutrição protéica,
iodo, cálcio...) e se caracteriza pela existência de um
desequilíbrio celular entre o fornecimento de nutrientes e
energia, e por outro, a demanda corporal para assegurar o
crescimento, manutenção e funções específicas. Ocorre
mais facilmente em crianças em fase de amamentação,
desmame, e menores de 5 anos.
Tipos mais comuns de Desnutrição
 Subnutrição:
 É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o
resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma
dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino
aos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo
anormal de nutrientes pelo corpo; ou da perda
excessiva de nutrientes por processos como a diarréia,
sangramento, insuficiência renal e outros.
HIPERNUTRIÇÃO
 É o excesso de nutrientes essenciais e pode ser o
resultado do comer mais e somente um nutriente
(ingestão excessiva de cálcio por ex.); ou do uso
excessivo de vitaminas (hipervitaminose) ou outros
suplementos.
As fases da desnutrição
 A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro
ocorrem alterações na concentração de nutrientes no
sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações
nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal
funcionamento de órgãos e tecidos do corpo e então
surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte.
Fatores de risco a desnutrição
 Em certas fases da vida, especialmente na infância e
adolescência; durante a gravidez; na lactação e na
velhice, as necessidades alimentares e a capacidade de
absorver os nutrientes estão freqüentemente reduzidas
ou aumentadas. Assim, o risco de subnutrição é maior
nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas
economicamente desprovidas.
Quem tem risco de subnutrição?
 Crianças com pouco apetite.
 Adolescentes que passam por surtos de








crescimento rápido
Idosos
Pessoas de doença crônica do trato gastrintestinal,
fígado ou rins
Pessoas em dietas rigorosas por muito tempo
Vegetarianos
Pessoas com dependência de álcool ou outra droga,
e não se alimentam adequadamente
As pessoas que tomam remédios que interferem
com o apetite ou com a absorção e excreção de
nutrientes
Pessoas com anorexia nervosa
Pessoas que têm febre prolongada,
hipertireoidismo, queimaduras ou câncer.
CLASSIFICAÇÃO
 Através do percentil na curva de peso (0,1; 3; 10; 97)
 Gomez que em 1946 dividiu em graus:
 1° leve 10 a 25%
 2° moderada 25,1 a 40%
 3° grave 40,1% ou mais
Obs: em relação a idade/peso
A Desnutrição de 3° divide-se:
 Marasmo – deficiência protéica calórica,
 Kwashiokor - deficiência protéica,
 Kwashiokor marasmático – misto.
Desnutrição protéico-calórica Marasmo
 A desnutrição protéico-calórica é causada
por uma ingestão inadequada de calorias,
resultando em uma deficiência de
proteínas e micronutrientes.
Marasmo
Desnutrição protéico-calórica Marasmo
O tipo seco, chamado Marasmo, é resultante da
fome quase total. A criança que tem marasmo
ingere muito pouca comida, freqüentemente
porque a mãe não pode amamentar, apresenta-se
extremamente magra devido a perda de músculo e
gordura corporal. Quase invariavelmente
desenvolve alguma infecção.
Características físicas









Emagrecimento acentuado
Escassez de tecido subcutâneo
Tórax proeminente
Pele seca e enrugada
Extremamente irritada
Chora forte
Não apresenta edema ou lesões de pele
Face senil, alteração rara do cabelo
Hipotermia por falta de tecido adiposo
Desnutrição protéica kwashiorkor
 O tipo molhado é chamado kwashiorkor, uma
palavra africana que significa "primeira criançasegunda criança". Vem da observação de que a
primeira criança desenvolve kwashiorkor quando
a segunda criança nasce e substitui a primeira
criança no peito da mãe. A primeira criança,
desmamada, passa a ser alimentada com uma sopa
de aveia que tem baixa qualidade nutricional
comparada com o leite de mãe. Doença do 3°
mundo em criança de 2 a 4 anos de vida.
kwashiorkor
Sinais e Sintomas kwashiorkor
 A deficiência de proteína no kwashiorkor é
normalmente mais significativa que a deficiência
calórica, resultando em retenção liquida, lesões de
pele, e descoloração do cabelo. Como as crianças
desenvolvem kwashiorkor depois que são
desmamadas, elas são geralmente mais velhas do
que as que tem marasmo.
Características físicas
 Edema principalmente de membros, atrofia







muscular
Sensação de miséria
Alheia ao afeto
Face edemaciada, baixa resistência
Lesões de pele do tipo queimaduras
Acrocianose (extremidades)
Alteração da cor do cabelo
Sentem muita dor, esteatose hepática intensa
Desnutrição protéico-calórica
kwashiorkor Marasmático
 O tipo intermediário de desnutrição protéico-
calórica é chamado de kwashiorkor marasmático. Crianças com esse tipo retêm
Líquidos e tem mais gordura corporal do que as que
tem marasmo.
 Tanto no marasmo quanto no kwashiorkor a
diarréia é comum.
Prognóstico
 Até 40% das crianças que têm desnutrição
protéico-calórica morrem. A morte durante os
primeiros dias de tratamento normalmente é
causada por um desequilíbrio eletrolítico, infecção,
hipotermia ou parada cardíaca.
 A recuperação é mais rápida no kwashiorkor do que
no marasmo.
Freqüência
 kwashiorkor é menos comum do que o marasmo e
normalmente acontece como kwashiorkor marasmático. Tende a ser limitado a algumas partes do
mundo (África rural, Caribe, Ilhas do Pacífico, e
Sudeste da Ásia) onde as comidas utilizadas para
desmamar os bebês são: inhame, mandioca, arroz,
batata-doce e bananas verdes, alimentos deficientes de
proteína.
Referencia Bibliográfica
 Vinha, Vera Heloisa Pileggi; Araújo e col., A enfermeira
no diagnóstico do estado de saúde nutricional de préescolares e escolares utilizando medidas simplificadas.
Infecções Respiratórias Agudas
(IRA)
 Histórico
 Década de 70, por intermédio da Divisão Nacional de




Pneumologia Sanitária do MS.
1981 – Primeira causa de morte em menores de cinco
anos, em particular em menores de 1 ano. 414/100.000
e 112,5/100.000.
1984 – criação da 1ª versão de normas para o controle
da IRA.
1988 – resultados insatisfatórios.
Pneumonia bacteriana
Infecções Respiratórias Agudas
(IRA)




Objetivos do programa:
Reduzir a mortalidade em menores de 5 anos;
Reduzir o número de casos graves e de complicações;
Diminuir o uso inadequado de antibióticos;





Estratégias: prevenção e manejo dos casos.
FR: >60rpm em menores de 2 meses
FR: >50rpm de 2 a 11 meses
FR: >40rpm 1 a 4 anos
Associados ou não a retração subcostal.

1.
2.
3.
Infecções Respiratórias Agudas
Avaliação e conduta (IRA)
Avaliar a criança
Classificar a criança em um das seguintes
categorias: menor de 2 meses com tosse ou
dificuldade para respirar; de 2 meses a 4 anos com
tosse ou dificuldade para respirar; com outros
problemas respiratórios: dor de garganta, dor de
ouvido, estridor ou sibilância.
Definir condutas: hospitalização, uso de
antibióticos, tratamentos da febre e sibilância,
orientações à mãe e à família para tratamento
domiciliar e acompanhamento dos casos.
Infecções Respiratórias Agudas (IRA)

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Identificação da criança com Risco de vida
Febre ou hipotermia, importante em menores de 2 meses e
desnutridos graves;
Palidez cutâneo – mucosa acentuada;
Desnutrição grave;
Edema generalizado;
Desidratação;
Impossibilidade de beber ou de sugar;
Convulsão ou estado pós convulsivo;
Alternância entre agitação e prostração acentuadas;
Estridor em repouso;
Crises de apnéia;
Cianose;
Insuficiência respiratória;
Infecções Respiratórias Agudas (IRA)
 A criança com IRA
 Caracteriza o caso de IRA a presença de um ou mais
dos sinais a seguir: tosse, dificuldade para respirar,
chiado, coriza, dor de ouvido, dor de garganta, com
evolução média de sete dias.
 Sinais e sintomas importantes: tosse e dificuldade
respiratória.
 Observar ao exame: FR, tiragem, estridor, sibilância,
presença de gemidos em menores de 2 meses, períodos
de apnéia ou de “guinchos”(tosse quintosa) da
coqueluche; cianose (examinar a língua), exantema do
sarampo, distensão abdominal e verificar a
temperatura.
Criança menor de 2 meses com tosse ou
dificuldade para respirar
 Apresentam maior risco de morte por infecções bacterianas graves.
 Sinais e sintomas inespecíficos: dificuldade para se alimentar,
distensão abdominal, febre ou hipotermia. A retração intercostal
leve é normal nessa faixa etária.
 Diferenças importantes encontradas são: a tiragem no lactente deve
ser subcostal e acentuada para ser considerada como sinal de
pneumonia; respiração rápida com FR mantida acima de 60 rpm;
qualquer pneumonia é considerada grave neste grupo etário.
 Conduta: referir urgentemente ap hospital e mantê-lo aquecido.
 Enquanto aguarda a hospitalização, algumas medidas de
emergência devem ser tomadas: oxigenoterapia, antibioticoterapia
se a remoção for demorada (aplicar a 1ª dose); penicilina procaína
50.000U/Kg e gentamicina 2,5 mg/Kg intramuscular; manter o
aleitamento materno se a sucção for possível. Caso não seja possível
sugar e/ou houver diarréia concomitantemente, hidratar a criança
com soro de reidratação oral; manter a criança seca e aquecida à
temperatura ambiente; medicar a febre; se apresentar sibilância
tratar.
Criança de 2 meses a 4 anos com tosse ou
dificuldade respiratória
 Deve-se avaliar se é pneumonia e se esta é grave.
 Sinal clínico que caracteriza a pneumonia grave neste grupo etário:





tiragem subcostal ou intercostal -(bronquiolite). Outros sinais
como: gemido, batimento de asas do nariz e cianose.
Conduta: referir urgentemente ao hospital; aplicar a 1ª dose de
antibiótico, se não puder referir imediatamente; tratar a febre; tratar
a sibilância; iniciar a oxigenoterapia. Penicilina procaína, IM, dose
50.000 U/Kg, até 400.000 U/dia.
Se apresentar respiração rápida, sem tiragem, deve ser classificada
como pneumonia não grave ou simplesmente pneumonia.
FR: acima de 50rpm de 2 a 11 meses e acima de 40rpm em crianças
de 1 a 4 anos.
Conduta para pneumonia neste grupo etário: tratar em domicílio;
prescrever um antibiótico e orientar a mãe a administrá-lo; tratar a
febre; retorno em 48 horas ou antes, se houver piora do quadro, para
reavaliação.
Antibióticos: penicilina ou sulfametoxazol- Trimetropim,
amoxicilina ou ampicilina.
ADOLESCÊNCIA
 CRESCIMENTO NA ADOLESCÊNCIA
TRANSFORMAÇÕES BIOLÓGICAS
 Puberdade: termo usado para designar apenas as
modificações biológicas
 Adolescência: termo usado para as modificações
bio-psico-sociais. Fase crucial da vida humana em
que se busca a identidade adulta.
 O.M.S. estabelece limites entre 10 e 20 anos:
 Adolescente inicial:
 Adolescente final:
 Juventude:
10-14 anos
15-20 anos
15-24 anos
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DOS
HORMÔNIOS
 ESTRÓGENO
- Crescimento órgãos sexuais
- Caracteres sexuais secundários
 TESTOSTERONA
- Caracteres sexuais masculino
- Promove hipertrofia da mucosa laríngea e seu aumento
-
 voz grave masculina
 secreção de glândulas sebáceas  acne
 deposição de proteínas  desenvolvimento
muscular
Efeito crescimento ósseo:  quantidade total da
matriz óssea e promove retenção de cálcio
 espessura da pele
CRESCIMENTO NA ADOLESCÊNCIA
TRANSFORMAÇÕES BIOLÓGICAS
MATURAÇÃO SEXUAL
 No meio do período da puberdade, testículos e
ovários normalmente segregam androgênios e
estrogênios em taxas variáveis
 Um aumento de androgênios mesmo em faixa
normal  acne e hirsutismo leve no sexo feminino
 Um aumento de estrogênios no sexo masculino 
ginecomastia
CRESCIMENTO NA ADOLESCÊNCIA
TRANSFORMAÇÕES BIOLÓGICAS
PUBERDADE – considerações gerais
 Variações normais




Época de início
Duração
Intensidade
Indicadores dinâmicos muitas vezes não compreendidos pelo
adolescente e família.
 Maturação sexual





Constante para cada sexo
Mais precoce no sexo feminino
Amplas variações individuais
Pode-se completar em 2 a 5 anos
Critérios de Tanner – 5 etapas
PROGRAMA DE SAÚDE DO
ADOLESCENTE (PROSAD)
 Este tem como princípio básico a atenção integral com
abordagem multiprofissional ao adolescente;
 O sistema deve ser hierarquizado para garantir a
referência e contra-referência nos diferentes níveis de
complexidade da assistência;
 As
atividades básicas dirigidas ao adolescente
constituem um conjunto de ações de promoção de
saúde,
diagnósticos
precoce,
tratamento
e
recuperação, aplicadas permanentemente, tendo como
objetivo final a melhoria dos níveis de saúde da
população adolescente
ATIVIDADES













Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
Sexualidade
Saúde bucal
Saúde mental
Saúde reprodutiva
Saúde do escolar adolescente
Prevenção de acidentes
Abordagem da violência e maus tratos
Família
Trabalho
Cultura
Esporte
Lazer
37. Em outubro de 1988, o Ministério da Saúde
oficializou o programa de atenção à saúde do
adolescente (PROSAD). Dez anos mais tarde, em
1999, com a proposta de revitalizar a área, foi
criado(a) no âmbito da Secretaria de Políticas de
Saúde o/a:
A.Programa saúde do adolescente e do jovem adulto;
B. Área de saúde do adolescente e do jovem ,
C. Programa de atenção à adolescente grávida;
D. Área de atenção ao adolescente excluído;
E. Programa integral de atenção ao jovem brasileiro;
OBRIGADA
Download

ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA