Bacia do Paraná
Bacia do Paraná
• Localiza-se na porção
centro-leste da América do
Sul;
• Distribui-se no Brasil de
Mato Grosso até Rio Grande
do Sul (75% da área total da
bacia) e nordeste da
Argentina, leste do Paraguai
e norte do Uruguai.
• Abrange uma área de cerca
de 1.700.00 km².
• Tem formato
alongado na
direção NNE-SSW,
com
aproximadamente
1.750 km de
comprimento e
largura média de
900 km.
• Bacia Intracratônica;
• Região sedimentar circundada por exposição de rochas do
embasamento, com fundo chato e perfil relativamente simétrico;
• Preenchidas por depósitos continentais e de plataforma marinha rasa;
• Desenvolveu-se sobre embasamento previamente consolidado;
• Desenvolveu-se entre partes da eras Paleozóica e
Mesozóica;
• Registro sedimentar temporalmente registrado
entre o Neo-Ordoviciano e o Neocretáceo (460 e
65 Milhões de anos);
• A unidade cratônica basal assenta numa
discordância (Eo/Neo-Ordoviciano):
sedimentação sobre um substrato estabilizado,
mas com momentos de reativação de
descontinuidades do embasamento, desde seu
estabelecimento e durante todo o Paleozóico.
• Apresenta cinco (seis*) grandes sequências;
• Sequências sedimentares e magmáticas;
• Períodos de deposição contínuos separados por
períodos de descontinuidade;
• Milani subdividiu
a coluna
estratigráfica da
Bacia em 6
supersequências,
que definem seu
arcabouço
estratigráfico e
são separadas por
expressivos hiatos
deposicionais.
Carta
Litoestratigráfica
(Milani et al.,
1993)
Originada como um golfo (Zalán et al. 1990, Milani 1992) aberto para o Panthalassa
A bacia documenta uma progressiva
tendência à continentalização. Os
estratos marinhos do Neo-Ordoviciano,
persistiram durante o Devoniano com
franca ligação ao oceano e ocorrem até
o Carbonífero.
Gr. Paraná
• Fm Ponta Grossa
folhelhos marinhos
• Fm Furnas
arenitos fluviais e costeiros de granulometria
média a grossa;
com estratificações cruzadas de diversas natureszas
e portes
Gr. Itararé
• Fm Campo do Tenente
Base do Gr. Itararé. Pelitos, Ritmitos e
diamictitos (tilitos)
• Fm Mafra
arenitos mal selecionados, diamictitos,
conglomerados e argilitos subordinados.
Influência glacial.
Gr. Itararé
• Fm Rio do Sul
espesso pacote de folhelho negro (marinho
profundo ou prodeltaico). Pacote de turbiditos
areno-pelíticos (leques submarinos) e fácies
de talude. Sobre, afloram depósitos várvicos e
de franja de frente deltaica, (início da
progradação).
(Fonte de informação: Castro et al. - 1994 e Krebs & Menezes Filho - 1984)
Folhelhos do Prodelta da Fm. Rio do Sul
Figura retirada da aula de Estratigrafia do professor Alexandre Perinotto sobre Deltas
A partir do Permiano, a bacia assume,
uma depressão intracratônica
aprisionada no interior do Gondwana
Gr. Guatá
• Fm Rio Bonito
Três membros componentes: Schneider et al. (1974) propõem
a formalização das denominações
e Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis para os membros desta
formação.
Conjunto de rochas areníticas associadas a pelitos e camadas de
carvão.
 Mb Triunfo: Porção basal de arenitos e conglomerados cinzas com
estratificações paralelas, cruzadas, tabulares e acanaladas.
Secundariamente folhelhos, argilitos e siltitos cinza-escuro a pretos,
carbonosos, leitos e camadas de carvão.
sistema deltáico, com domínio fluvial progradante sobre os lamitos do pródelta ( Grupo Itararé).
Siltitos e arenitos do Membro Triunfo ( T ) cobrindo folhelhos e siltitos cinza da
Formação Rio do Sul ( R ). Local: Rio do Sul, SC. Foto: Ricardo de Cunha Lopes
Leito de carvão associado aos arenitos do Membro Triunfo.
Local: Trombudo Central, SC. Foto Krebs & Menezes Filho (1984).
 Mb Paraguaçu: Porção central da Fm Rio Bonito, represetada por
siltitos e folhelhos cinza a esverdeados e subordinadamente
arenitos finos exibindo laminação plano-paralela e ondulda e
bioturbação.
Fácies marinho transgressivo sobre os arenitos fluvio-deltáicos do
Mb. Triunfo
 Mb Siderópolis: espesso pacote de arenitos com intercalações de siltitos,
folhelhos carbonosos e carvão. Apresenta comumente laminação planoparalela, truncada por onda cruzada cavalgante (climbing) acamamento
"flaser" e "drapes" de argilas, bioturbação e fluidização, "wavy", "linsen" e
"hummocky".
Ambiente litorâneo que progradou sobre a sedimentação marinha do
Membro Paraguaçu. Depósitos de barras, mangues e lagunas costeiras e
areias litorâneas.
Arenitos com estratificação ondulada "climbing", "drape" e "flaser", com intercalação de
lente de arenito ortoquartzítico com estratificação plano-paralela do Membro Siderópolis.
Local: Mina Treviso, Forquilha, SC. Foto Aboarrage & Lopes (1986) .
Camada de carvão associada a arenitos da
Formação Rio Bonito
Local: Encruzilhada do Sul, RS. Foto Ricardo
da Cunha Lopes
Arenitos e carvão do Mb Siderópolis – Siderópolis
(SC)
Foto de Mina Morozini
Deltas
Permianos
da Fm. Rio
Bonito
Mb. Siderópolis
Mb. Paraguaçu
Fm. Rio Bonito
Mb. Triunfo
Fm. Rio do Sul
Figura retirada da aula de Estratigrafia do professor Alexandre Perinotto sobre “Deltas”
Gr. Guatá
• Fm Palermo: contato concordante com a Fm Rio Bonito porém de forma
abrupta e erosiva. White (1908) emprega pela primeira vez o termo
"schistos do Palermo" . Segundo Aboarrage & Lopes (1986), é formada
predominantemente por uma interlaminação de silte e areia fina a muito
fina com laminação ondulada "wavy", "linsen", localmente "flaser",
formando um conjunto com intercalações de leitos e lentes de arenitos
finos a médios, ortoquartzíticos, com marcas de onda. Estratificações
onduladas "hummockies" e pequenas lentes de conglomerados de grânulos
com abundante cimento carbonático.
Ambiente marinho transgressivo, de plataforma, sob influência de ondas e
marés, que cobrem o ambiente deltaico-lagunar
(Fonte da informação: Castro et al. - 1994 e Krebs - 2002)
Intercalação de camadas de
arenitos finos ortoquartzíticos,
com camadas de pelitos
bioturbados e apresentando
"wavy" e "linsen". BR-293, rio
Jaguarão, Bagé, RS Foto
Aboarrage & Lopes (1986)
Detalhe dos pelitos bioturbados
com "wavy" e "linsen" da foto
acima
Contato erosivo entre camada de
carvão (C) da Formação Rio Bonito e
os arenitos finos da Formação
Palermo (P), no topo.
Local: BR-293, Hulha Negra, RS. Foto
Aboarrage & Lopes (1986)
Arenito fino a muito fino, lâminas
microgradadas de Formação
Palermo (P) sobre rocha granítica
do embasamento (E) prégonduânico. BR-293, Sta. Tecla,
Bagé, RS. Foto: Aboarrage & Lopes
(1986)
A partir do Mesozóico os desertos
arenosos dominaram, gerando as
formações botucatu e pirambóia.
Com a ruptura do Gondwana, o
embasamento da Bacia do
Paraná foi intensamente
afetado pela intrusão de
magmatismo basico,sendo
encaixados como diques e
soleiras entre as rochas
sedimentares, e extrusão.
Grupo Passa Dois
• Fm. Irati
 Mb Taquaral: Siltitos e folhelhos cinzas-claros e azulados;
Deposição em ambiente marinho de águas calmas, abaixo do
nível das ondas.
 Mb Assistência: folhelhos cinzas-escuros, dolomíticos
Segundo Schneider et al. (op.cit.) estas litologias representam
um ambiente marinho de águas calmas, do que discordam
Petri & Fúlfaro(1983), por falta de fósseis tipicamente
marinhos, atribuindo para deposição deste membro um
ambiente lagunar
Grupo Passa Dois
• Fm Serra Alta: sequência de folhelhos e siltitos
cinzas-escuro a pretos, principal estrutura é fratura
conchoidal, maciços, laminação plano-paralela;
Localmente, contêm lentes e concreções calcíferas.
Folhelhos e siltitos com
estratificação plano-paralela.
Rodovia BR-153, Bagé - Aceguá,
RS. Foto de Ricardo da Cunha
Lopes.
Grupo Passa Dois
• Fm. Teresina: argilitos, folhelhos e siltitos cinza-escuros
e esverdeados, ritmicamente intercalados com arenitos
muito finos, cinza-claros;
• As principais estruturas sedimentares: laminação
"flaser", plano-paralela, ondulada e convoluta,
estratificação "hummocky", marcas onduladas e gretas
de contração.
Ambiente marinho de águas rasas e agitadas,
dominado por ondas e pela ação de marés (infra-maré
a supra-maré).
Grupo Passa Dois
• Fm. Rio do Rasto:
 Mb Serrinha: arenitos finos, bem selecionados, intercalados com
siltitos e argilitos cinza-esverdeados, amarronados, bordôs e
avermelhados, podendo localmente conter lentes ou horizontes de
calcário margoso.
Arenitos e siltitos: laminação cruzada, ondulada, "climbing" e
"flaser", sendo, às vezes, maciços; camadas síltico-argilosas
mostram laminação plano-paralela, "wavy" e "linsen". Os siltitos e
argilitos exibem desagregação esferoidal.
Ambiente marinho ransicional.
 Mb Morro Pelado: lentes de arenitos finos, avermelhados,
intercalados em siltitos e argilitos arroxeados.
Principais estruturas sedimentares: estratificação cruzada
acanalada, laminação plano-paralela, cruzada.
Sedimentação flúvio-deltaica.
Bacia do paraná no estado de São Paulo
ZALÁN et al. (1987), definiram cinco
seqüências deposicionais principais que
variam, em idade, do Siluriano ao
Cretáceo.
•
O arcabouço estrutural da Bacia do Paraná e sua evolução refletem grandes estruturas
do seu embasamento.
Os principais lineamentos estruturais, arcos e
flexuras da evolução paleozóica que tiveram grande
influência na configuração da geometria da Bacia
do Paraná, nas suas áreas de reposição/erosão,
As orientações preferenciais destes traços
regionais são NW-SE, NE-SW e E-W. Elas podem
representar falhas simples ou extensas zonas de
falhas, correspondendo a antigas zonas de
fraqueza, que foram recorrentemente ativadas
durante a evolução da bacia (ZALÁN et al.,1987;
HASUI et al., 1989).
Fim
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