Preparação para o campo de RIO
DO SUL
GEOLOGIA REGIONAL
Grupo 1 - Estratigrafia
Bacia do Paraná
Localizada na parte centro-leste da
América do Sul, abrangendo uma área de
cerca de 1.700.000 km2.
A bacia tem formato alongado na
direção
NNE-SSW,
com
aproximadamente 1.750 km de
comprimento e largura média de 900
km.
•Seqüências sedimentares e magmáticas;
•Cinco (seis*) grandes seqüências ;
• Períodos de deposição contínuos separados
por períodos de descontinuidade.
• Formada
durante
o
Paleozóico e o Mesozóico;
• Registro
estratigráfico
temporalmente
posicionado
entre o Neo-Ordoviciano e o
Neocretáceo.
Evolução da Bacia
Originada como um golfo (Zalán et al. 1990, Milani 1992) aberto para o
Panthalassa.
A bacia documenta uma
progressiva
tendência
à
continentalização. Os estratos
marinhos do Neo-Ordoviciano,
persistiram
durante
o
Devoniano com franca ligação
ao oceano e ocorrem até o
Carbonífero.
Geologia Regional
Rio do Sul
Grupo Paraná
• Formação Ponta Grossa
Folhelhos marinhos
• Formação Furnas
Arenitos fluviais e costeiros
Grupo Itararé
• Formação Campo do Tenente
Base do Gr. Itararé.
Pelitos, Ritmitos e diamictitos (tilitos)
• Formação Mafra
Arenitos mal selecionados, diamictitos,
conglomerados e argilitos subordinados.
Influência glacial.
Grupo Itararé
• Formação Rio do Sul
Espesso pacote de folhelho negro (marinho
profundo ou prodeltaico). Pacote de turbiditos
areno-pelíticos (leques submarinos) e fácies
de talude. Sobre, afloram depósitos várvicos e
de franja de frente deltaica, (início da
progradação).
(Fonte de informação: Castro et al. - 1994 e Krebs & Menezes Filho - 1984)
A partir do Permiano, a bacia assume,
uma depressão intracratônica
aprisionada no interior do Gondwana.
Grupo Guatá
• Formação Rio Bonito
Três membros componentes:
Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis (Schneider et al.,1974)
Conjunto de rochas areníticas associadas a pelitos e
camadas de carvão.
Membro Triunfo
• Depocentro na região de Rio do Sul (SC);
• Porção basal de arenitos e conglomerados cinzas
com estratificações paralelas, cruzadas tabulares
e acanaladas. Secundariamente folhelhos,
argilitos e siltitos cinza-escuro a pretos,
carbonosos, leitos e camadas de carvão;
• Sistema deltaico pós-glacial, com domínio fluvial
progradante.
Siltitos e arenitos do Membro Triunfo ( T ) cobrindo folhelhos e siltitos cinza da
Formação Rio do Sul ( R ). Local: Rio do Sul, SC. Foto: Ricardo de Cunha Lopes
Leito de carvão associado aos arenitos do Membro Triunfo.
Local: Trombudo Central, SC. Foto Krebs & Menezes Filho (1984).
Grupo Guatá
Mb. Paraguaçu:
• Contato abrupto com o membro Triunfo. Sedimentação
predominante pelítica e arenitos finos com laminação
plano-paralela e ondulada além de bioturbação.
• Fácies marinho transgressivo.
Grupo Guatá
Mb. Siderópolis:
• Espesso pacote de arenitos com intercalações de siltitos,
folhelhos carbonosos e carvão. Laminação plano-paralela,
truncada
por
onda
cruzada
cavalgante
(climbing) acamamento "flaser" e "drapes" de argilas,
bioturbação e fluidização, "wavy", "linsen" e "hummocky".
• Ambiente litorâneo que progradou sobre a sedimentação
marinha do Membro Paraguaçu. Depósitos de barras,
mangues e lagunas costeiras e areias litorâneas.
Arenitos com estratificação ondulada "climbing", "drape" e "flaser", com intercalação de
lente de arenito ortoquartzítico com estratificação plano-paralela do Membro Siderópolis.
Local: Mina Treviso, Forquilha, SC. Foto Aboarrage & Lopes (1986) .
Camada de carvão associada a arenitos da Formação Rio Bonito
Local: Encruzilhada do Sul, RS. Foto Ricardo da Cunha Lopes
Grupo Guatá
• Formação Palermo:
Contato concordante com a Fm Rio Bonito, porém, de forma abrupta e
erosiva. Interlaminação de silte e areia fina a muito fina com laminação
ondulada "wavy", "linsen", localmente "flaser", formando um conjunto
com intercalações de leitos e lentes de arenitos finos a médios,com
marcas de onda. Estratificações onduladas "hummockies" e pequenas
lentes de conglomerados de grânulos com abundante cimento
carbonático (Aboarrage & Lopes,1986)
• Ambiente marinho transgressivo, de plataforma, sob influência de
ondas e marés, que cobrem o ambiente deltaico-lagunar.
(Fonte da informação: Castro et al. - 1994 e Krebs - 2002)
A partir do Mesozóico os desertos arenosos
dominaram, gerando as formações Botucatu e
Pirambóia.
Com a ruptura do Gondwana,
o embasamento da Bacia do
Paraná
foi
intensamente
afetado pela intrusão de
magmatismo
basico,sendo
encaixados como diques e
soleiras entre as rochas
sedimentares, e extrusão.
Bacia do Paraná no estado
de São Paulo
ZALÁN et al. (1987), definiram
cinco seqüências deposicionais
principais que variam, em
idade, do Siluriano ao Cretáceo.
• O arcabouço estrutural da Bacia do Paraná e sua evolução refletem
grandes estruturas do seu embasamento.
• Lineamentos estruturais, arcos e
flexuras da evolução paleozóica que
tiveram grande influência na
configuração da geometria da Bacia
do Paraná, nas suas áreas de
reposição/erosão.
• As orientações preferenciais destes
traços regionais são NW-SE, NE-SW
e E-W. Elas podem representar
falhas simples ou extensas zonas de
falhas, correspondendo a antigas
zonas de fraqueza, que foram
recorrentemente ativadas durante
a evolução da bacia (ZALÁN et
al.,1987; HASUI et al., 1989).
Fim
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Bacia do Paraná