ENGENHARIA DO PROJETO Prof.º Ernesto Paulella 1 ENGENHARIA DO PROJETO UM PROJETO NADA MAIS É QUE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO CONCEBIDO DE FORMA INTEGRADA. ESSE SISTEMA , ESTÁ CONSTITUIDO POR UM CONJUNTO DE FATORES FIXOS QUE SERVE DE BASE PARA A COMBINAÇÃO DE FATORES VARIÁVEIS , ATRAVÉS DE UM FLUXO OU PROCESSO PRODUTIVO , COM VISTAS À OBTENÇÃO DE UM DETERMINADO PRODUTO. 2 OBJETIVO DA ENGENHARIA DO PROJETO = É O DE DEFINIR E ESPECIFICAR TECNICAMENTE OS ELEMENTOS QUE COMPÓE ESSE SISTEMA E AS RESPECTIVAS INTERRELAÇÕES , DE FORMA SUFICIENTEMENTE DETALHADA E PRECISA QUE PERMITA A MONTAGEM E COLOCAÇÃO EM FUNCIONAMENTO DA UNIDADE PRODUTIVA . A DEFINIÇÃO DESSA PARTE TÉCNICA ESTÁ ASSOCIADA À PARTICIPAÇÃO DE ENGENHEIROS DA ÁREA , NO PROCESSO DE ELABORÇÃO DE UM PLANO DE INVESTIMENTOS . HÁ UMA RELAÇÃO BASTENTE ESTREITA ENTRE ENGENHEIROS E ECONOMISTA , NESTA FASE DE LEVANTAMENTOS TÉCNICOS, DEVENDO-SE TER MUITA ATENÇÃO PARA NÃO COMETER ERROS CLASSICOS DE EXCESSIVA ÊNFASE NAS QUESTÕES E SOLUÇÕES ÓTIMAS , DE UM PONTO DE VISTA EXCLUSIVAMENTE TÉCNICO/ENGENHARIA , QUE NÃO CORRESPONDEM ÀS ALTERNATIVAS QUE ASSEGURARIAM OS MELHORES RESULTADOS PARA O PROJETO , EM SEU CONJUNTO . 3 FASES DE ESTUDOS E MONTAGENS ENGENHEIROS E TÉCNICOS PARTICIPAM DA ELABORAÇÃO DO PROJETO NAS SEGUINTES FASES: - FASES DE ESTUDOS # ESTUDOS PRELIMINARES OS ENSAIOS E INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES TEM POR OBJETIVO, A OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE PATENTES E LITERATURA TÉCNICA , PROCESSOS PRODUTIVOS A SEREM PRODUZIDOS E , EM FASE MAIS ADIANTADA, A REALIZAÇÃO DE EXPERIENCIAS DE LABORATÓRIOS, PARA TESTAR A QUALIDADE DOS MATERIAIS , PESQUISAS SOBRE DISPONIBILIDADES DE INSUMOS, ETC. 4 # PROJETO BÁSICO DEVE CONTER INFORMAÇÕES SOBRE OS SEGUINTES ASPÉCTOS PRINCIPAIS : - CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO E DIMENSIONAMENTO DO PROGRAMA DE PRODUÇÃO. - SELEÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO . - DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS FISICOS DE INSUMOS E MÃO DE OBRA , PARA ATENDER À PRODUÇÃO PROJETADA. - ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E FIXAÇÃO DOS SEUS INDICES DE EFICIENCIA OU RENDIMENTO. - DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ( LAY OUT ) NOS EDIFICIOS . 5 - PLANTAS DOS EDIFICIOS E SUA DISTRIBUIÇÃO NO TERRENO - CRONOGRAMA DOS INVESTIMENTOS . - A CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO TEM POR OBJETIVO ESTABELECER AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FISICAS OU TECNOLÓGICAS DO BEM OU SERVIÇO A SER PRODUZIDO. - O PROGRAMA DE PRODUÇÃO, POR SUA VEZ , COSNTITUI UM PARÂMETRO ESSÊNCIAL PARA DETALHAMENTOS . - A SELEÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROCESSO SELETIVO PODE TER MAIOR OU MENOR COMPLEXIDADE , EM FUNÇÃO DE ALTERNATIVAS TECNOLOGICAS . PODE SER INFORMADO AINDA , ATRAVÉS DE UM FLUXOGRAMA . 6 # PROJETOS COMPLEMENTARES - FASE DE MONTAGEM # CONTRATAÇÃO GERAL DAS OBRAS # MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS # CONTROLE DOS CONTRATOS , TESTES DE FUNCIONAMENTO, ETC. 7 PROCESSOS PRODUTIVOS LINEAR = É UM PROCESSO TÍPICO DE LINHAS DE MONTAGEM ( POR PRODUTO), COMO PRODUÇÃO EM SÉRIE DE ELETRODOMÉSTICOS, AUTOMÓVEIS , ENTRE OUTROS. É UM PROCESSO CONTÍNUO, DE DIFÍCIL FLEXIBILIDADE. PROCESSO POR PRODUTO: É AQUELE CUJA CADEIA PRODUTIVA É TODA MONTADA PARA ATENDER À PRODUÇÃO DE UM PRODUTO, ESPECIFICAMENTE, SEMPRE IGUAL. INTERMITENTE = É UM PROCESSO TÍPICO DE PRODUÇÃO POR ENCOMENDA ( POR PROCESSO ) POR PROJETO ESPECÍFICO, DE FÁCIL FLEXIBILIDADE. PRODUÇÃO POR PROCESSO: É AQUELE CUJA CADEIA PRODUTIVA É MONTADA PARA ATENDER, TEMPORARIAMENTE, A UM DETERMINADO PRODUTO ENCOMENDADO, SOB PROJETO ESPECÍFICO. 8 MISTO = CORRESPONDE A UMA COMBINAÇÃO , DENTRO DE UMA UNIDADE PRODUTIVA , DE PROCESSOS CONTÍNUOS E INTERMITENTES DE FABRICAÇÃO.É O QUE OCORRE NUMA INDUSTRIA ORGANIZADA EM LINHA DE MONTAGEM , QUE FABRICA TAMBÉM ALGUNS COMPONENTES QUE UTILIZA NESSA LINHA . EM PARALELO À DEFINIÇÃO DO PROCESSO DEFINITIVO, DEVE-SE ESPECIFICAR OS EQUIPAMENTOS DO PROJETO, DESCREVENDO SUAS FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS COMO: - TIPOLOGIA - CAPACIDADE DE PRODUÇÃO - REGIME DE FUNCIONAMENTO - CUSTOS. 9 FATORES TÉCNICOS E ECONÔMICOS DEVEM SER CONSIDERADOS: 1-) TÉCNICOS : CAPACIDADE DE PRODUÇÃO, EM REGIME NORMAL DE TRABALHO , COM ESPECIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO HORÁRIA, TURNOS DE FUNCIONAMENTO E EVENTUAIS FOLGAS. GRAU DE EFICIÊNCIA E RENDIMENTO , EM TERMOS DE APROVEITAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS ( ESPECIFICAR INDICES DE PERDAS E DE PRODUÇÃO DE RESÍDUOS ) , NÍVEL DE PRECISÃO E RESPEITO A ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS OU DE QUALIDADE DO PRODUTO. VIDA ÚTIL , EXIGENCIAS DE MANUTENÇÃO E PERSPECTIVAS DE QUEBRAS , DESGATE E OBOLESCÊNCIA. - ESPAÇO, FUNDAÇÕES E CAUTELAS EXIGIDAS PARA INSTALAÇÃO. -FLEXIBILIDADE DE USO E POSSIBILIDADES DE REFORMA OU SUBSTITUIÇÃO FUTURA. 10 2-) ECONÔMICO : EXAMINAR A INFLUÊNCIA QUE A SELEÇÃO DE DE UM DETERMINADO TIPO DE EQUIPAMENTO PODE TER SOBRE OS RESULTADOS DO PROJETO EM UM CONJUNTO. CONSIDERAR CUSTOS DE AQUISIÇÃO, INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO , MANUTENÇÃO E EVENTUAIS CUSTOS E REPARAÇÃO , REFORMA OU SUBSTITUIÇÃO. NEM SEMPRE A SOLUÇÃO TECNOLÓGICA MAIS SOFISTICADA, CORRESPONDE ÁQUELA QUE OFERECE MAIORES VANTAGENS ECONÕMICAS .POR ISSO , NA ESCOLHA DO TIPO DE EQUIPAMENTO , DEVERÃO SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO, NÃO APENAS A NATUREZA DO PROCESSO, COMO TAMBÉM : A-) ESCLA DE PRODUÇÃO, DETERMINADA EM FUNÇÃO DAS LIMITAÇÕES DE TECNOLOGIA DE MERCADO. B-) GRAU DE MECANIZAÇÃO, QUE DEPENDE DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA INDUSTRIA E DOS CUSTOS RELATIVOS DOS FATORES. 11 O LAY OUT – ( O ARRANJO FISICO ) COM A SELEÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO E DOS EQUIPAMENTOS , DEFINE-SE O LAY OUT OU A DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS NOS EDIFICIOS INDUSTRIAIS. UM BOM LAY OUT, CORRESPONDE A UM BOM ARRANJO FÍSICO DE MÁQUINAS, DE HOMENS, MATERIAIS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES , QUE MELHOR ATENDE ÀS EXIGENCIAS DO PROCESSO PRODUTIVO E ASSEGURA MENORES CUSTOS OU MAIS ELEVADA PRODUTIVIDADE. PARA TANTO, HÁ NECESSIDADE DE DESENHAR DE DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS ( LAY PERMITA ALCANÇAR O MÁXIMO DE ECONOMIA MATERIAIS E MOVIMENTOS, LEVANDO EM SEGUINTES PRINCIPIOS BÁSICOS: UMA PLANTA OUT ) QUE DE TEMPO , CONTA OS 12 CONCEBER O LAY OUT COMO UM SISTEMA INTEGRADO DE PRODUÇÃO QUE DEVE ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS DE CAPACIDADE E QUALIDADE DA FORMA MAIS ECONÔMICA POSSIVEL. MINIMIZAR AS DISTANCIAS A SEREM PERCORRIDAS PELOS MATERIAIS E OPERÁRIOS. DISPOR OS EQUIPAMENTOS DE FORMA COMPATÍVEL COM A SEQUÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO , ADOTANDO SOLUÇÕES QUE PERMITAM O TRANSITO EM UM SÓ SENTIDO E EVITANDO RETORNOS OU CRUZAMENTOS , PERDAS DE TEMPO E ACIDENTES. - MÁXIMIZAR O ESPAÇO DISPONÍVEL. RESGUARDAR A FLEXIBILIDADE NECESSÁRIA PARA PERMITIR FUTURAS AMPLIAÇÕES , AJUSTES E REARRANJOS , COM MÍNIMO DE CUSTOS E PERTURBAÇÕES. 13 O LAY OUT ESTÁ PARA O PROCESSO PRODUTIVO, ASSIM COMO O PROCESSO PRODUTIVO ESTÁ PARA O LAY OUT. ASSIM : PROCESSO LINEAR = LAY OUT POR PRODUTO PROCESSO INTERMITENTE = LAY OUT POR PROCESSO PROCESSO MISTO = LAY OUT MISTO AS PLANTAS DOS EDIFICIOS DEVEM SER COMPLEMENTADAS POR PROJETOS DE INSTALÇÕES ELÉTRICAS, TELEFONICAS , HIDRAULICAS E SANITÁRIAS , CLIMATIZAÇÃO E DE SEGURANÇA NO TRABALHO. 14 O PROJETO DE ENGENHARIA, DE POSSE DE UMA ESTIMATIVA DO MONTANTE GLOBAL DOS INVESTIMENTOS DO PROJETO, DEVE INCLUIR TAMBÉM UMA PREVISÃO DA DISTRIBUIÇÃO DESSES INVESTIMENTOS NO TEMPO, SOB A FORMA DE UM CRONOGRAMA FISICO-FINANCEIRO, ESSENCIAL PARA A MONTAGEM DO ESQUEMA DE FINANCIAMENTO DO PROJETO. PROJETOS COMPLEMENTARES DEERMINADOS PROJETOS EXIGEM INVESTIMENTOS COMPLEMENTARES , COMO LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA , GERAÇÃO DA PROPRIA ENERGIA , RAMAIS FERROVIÁRIOS, RODOVIÁRIOS, TERMINAIS , BARRAMENTO PARA SUPRIMENTO DE ÁGUA, HABITAÇÕES , ETC. 15 ERROS MAIS COMUNS OS ORGÃOS DE RECEPÇÃO DE PROJETOS APONTAM COMO ERROS MAIS COMUNS : - ANÁLISES PRELIMINARES INSUFICIENTES - NEGLIGENCIAMENTO DE FATORES SECUNDÁRIOS - AUSÊNCIA DE SOLUÇÕES ALTERNATIVAS - ADAPTAÇÕES TECNOLÓGICAS 16