CONCURSO SEE-MG - EDITAL 2011 LÍNGUA PORTUGUESA GRAMÁTICA CLASSE DE PALAVRAS ATENAS – CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS. Critérios para as aulas do cursinho de Língua Portuguesa. • Celulares desligados. Caso precise deixá-lo ligado, coloque-o no silencioso. • Dúvidas serão tiradas somente as que se referirem a matéria ministrada. O que estiver fora do conteúdo “poderá” ser comentado após os horários em sala.. • Tudo pode ser dito, depende da maneira de dizer. Reclamações podem e devem ser repassadas ao professor logo após a aula, dessa forma, as dúvidas e possíveis problemas serão sanados e a aula se tornará mais produtiva. • Fazer exercícios se torna indispensável para o aprendizado. • Cursinho é “apenas” um norte, uma direção, não é o mapa da mina. • Conversas paralelas atrapalham o professor e o seu amigo, e devem ser evitadas em sala. • Você é um vencedor e passará no concurso. A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua. SINTAXE - A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. SEMÂNTICA - é o estudo do sentido das palavras de uma língua. MORFOLOGIA - é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. FONOLOGIA - é o ramo da linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. MORFOLOGIA Classes gramaticais Variáveis – Invariáveis - substantivos, adjetivos, pronomes, artigos, numerais e verbos. preposições, conjunções, advérbios e interjeições. SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: lugares: Alemanha, Porto Alegre... / sentimentos: raiva, amor... /estados: alegria, tristeza... / qualidades: honestidade, sinceridade... / -ações: corrida, pescaria... CLASSIFICAÇÃO Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Ex: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Ex: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Ex: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). Coletivos - é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Ex: abelha - enxame, colmeia; aluno – classe. Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural. Formação dos Substantivos Simples: é aquele formado por um único elemento. Ex: tempo, sol, sofá, etc. Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Ex: beijaflor, passatempo. Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho Flexão de Gênero Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - O velho e o mar. / - Um Natal inesquecível. / - Os reis da praia Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: Ex: A história sem fim - / Uma cidade sem passado. Substantivos Biformes e Uniformes Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata,/ homem – mulher / poeta – poetisa / prefeito – prefeita. Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificamse em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Ex: o colega e a colega, o doente, a doente, o artista , a artista. Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade) Plural dos Substantivos Compostos A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: Aguardente - aguardentes pontapé - pontapés girassol – girassóis malmequer – malmequeres O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras b)Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos: palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógio notícia-bomba - notícias-bomba homem-rã - homens-rã peixe-espada - peixes-espada ADJETIVOS Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o artigo: a bondade. Classificação Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura. Formação simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro. Composto - Formado por mais de um radical. lusobrasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo, bom, feliz, puro. Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos. belíssimo, bondoso, magrelo. *** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Pátrio - indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Acre acreano Alagoas alagoano Amapá amapaense Pátrio Composto - na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe : África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros *** LOCUÇÃO ADJETIVA Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.) Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Ex: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. **** É necessário critério! Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variação vocabular. Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema. FLEXÃO DOS ADJETIVOS O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero - os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Ex: homem feliz e mulher feliz. Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural: cantor norte-americano – cantores norte-americanos. Exceções: 1. adjetivos compostos invariáveis: sapato azulmarinho – sapatos azul-marinho, camisa azul-celeste – camisas azul-celeste. 2. São invariáveis os adjetivos compostos cujo último elemento é um substantivo: Blusa verde-bandeira – blusas verde-bandeira tecido verde-abacate – tecidos verde-abacate batom vermelho-paixão – batons vermelho-paixão 3. Também são invariáveis os adjetivos composto por COR+DE+SUBSTANTIVO: Blusa cor-de-rosa, Blusas corde-rosa Grau Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo - Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. 2) Sou mais alto (do) Superioridade Analítico que você. Comparativo de No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou "mais...que". 3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de Superioridade Sintético. Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom-melhor pequeno-menor mau-pior alto-superior grande-maior baixo-inferior 4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade. Sou menos passivo (do) que tolerante. Superlativo - expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresentase nas formas: Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: (pouco usado) benéfico beneficentíssimo bom boníssimo ou ótimo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. IMPORTANTE: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a “mais pequeno e mais mau”, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. As formas analíticas dos adjetivos bom, mau e grande (mais bom, e mais grande, podem ser empregadas quando se confrontam duas qualidades do mesmo ser. Ex: Pedro é bom e atencioso: mais bom que atencioso. Em lugar de menor usa-se mais pequeno, uma forma que, normalmente se evita empregar no Brasil, porém muita usada em Portugal. ADJETIVO COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO BOM MELHOR ÓTIMO O MELHOR MAU PIOR PÉSSIMO O PIOR GRANDE MAIOR MÁXIMO O MAIOR PEQUENO MENOR MÍNIMO O MENOR Adjetivos, leitura e produção de textos. A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve. Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutiva do texto. Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a posição de quem escreve em relação ao assunto tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do produtor do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como provação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para captar com segurança a opinião de quem o produziu. Lembrese de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando você escreve. Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma função mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimensões aos seres que estão sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos. NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] *** Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Flexão Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro segundo milésimo primeira segunda milésimas Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Por exemplo: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços uma terça parte duas terças partes Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia / um milheiro / duas dúzias É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... É artigo de primeiríssima qualidade! O time está marcdo por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais João Paulo II (segundo) D. Pedro II (segundo) Ato II (segundo) Século VIII (oitavo) Canto IX (nono) Cardinais Tomo XV (quinze) Luís XVI (dezesseis) Capítulo XX (vinte) Século XX (vinte) João XXIII ( vinte e três) Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Por exemplo: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. (redundância ou pleonasmo) Numerais, leitura e produção de textos. O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evita constrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor. Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão e coerência textuais. 1. Qual das palavras destacadas a seguir não é um adjetivo? a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção. b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos. c) Nas eleições há feriado NACIONAL. d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos. e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE. 2. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente indicado pelo artigo. a) a dó b) a dinamite c) o suéter d) o champanhe e) a cal 3 - Das palavras abaixo, qual pode trocar de gênero, sem sofrer nenhuma alteração ortográfica, apenas pela troca de artigo que a anteceda? a) cientistas b) biólogo c) princípio d) professor e) altura Pronome É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo. OS PRONOMES PODEM SER: •substantivos: são aqueles que tomam o lugar do substantivo. Ela era a mais animada da festa. (No lugar de A menina) •adjetivos: são aqueles que acompanham o adjetivo. Minha bicicleta quebrou. CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES •Pronome pessoal •Pronome possessivo •Pronome demonstrativo •Pronome relativo •Pronome indefinido •Pronome interrogativo Pronome pessoais. Os pronome pessoais são aqueles que indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a função de sujeito e os oblíquos que exercem a função de complemento. RETOS Número 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa Singular *Eu *Tu (você) Ele Plural Nós Vós (Vocês) Eles EXERCEM A FUNÇÃO DE SUJEITO / PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE COMPLEMENTO QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS NÚMERO PESSOA CASO RETO PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS SEM PREPOSIÇÃO SINGULAR PLURAL TÔNICOS COM PREPOSIÇÃO 1ª **EU ME MIM, COMIGO 2ª **TU TE TI, CONTIGO 3ª ELE O, A, LHE, SE SI,ELE,ELA, CONSIGO 1ª NÓS NOS NÓS, CONOSCO 2ª VÓS VOS VÓS, CONVOSCO 3ª ELES OS, AS, LHES SE SI,, ELES, ELAS CONSIGO. EXEMPLO DO USO DOS PRONOMES Ela avisou a todos sobre a festa. Caso reto – sujeito (na frase o pronome não é precedido de preposição) Todas as pessoas olhavam para ela. Caso oblíquo - complemento (na frase o pronome “ela” está preposicionado e exerce a função de complemento e não de sujeito, pois o sujeito da frase é: Todas as pessoas Portanto, podemos concluir que os únicos dois pronomes que sempre funcionam como sujeito e nunca como complemento são: “eu e tu”. As principais preposições: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre e trás. Emprego dos pronomes pessoais Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases: Eu vou à loja, talvez ele esteja lá. (eu sujeito do verbo “vou”) “ele” sujeito do ver esteja. Retos: Eu, tu, ele, nós, vós, eles. . .Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós,vós, eles) NUNCA aparecem DEPOIS DE UMA PREPOSIÇÃO. Torna-se obrigatório o uso dos pronomes oblíquos: Entre mim e ti há uma distância enorme. Preposição (palavras invariáveis) Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos. •São pronomes oblíquos átonos: ( sem preposição) me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Os pronomes pessoais oblíquos átonos, com formas verbais: A mãe esperava-o ansiosa •São pronomes oblíquos tônicos: ( com preposição) mim, ti, ele, ela, si, nos, vos, eles, elas. Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com preposição: A mãe ansiosa esperava por mim. – oblíquo tônico. (Observe que o pronome veio precedido de preposição) EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS • Os pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” exercem a função de objeto direto: A enfermeira examinou o garoto. Objeto direto A enfermeira examinou-o (quem examina, examina alguma coisa – VTD) •Os pronomes oblíquos átonos “lhe, lhes” exercem a função de objeto indireto. O garçom oferece-lhe bebida. (quem oferece, oferece alguma coisa a alguém) preposição •Antes de verbo no infinitivo só usamos eu e tu, jamais mim e ti. Fizeram de tudo para eu me emocionar. Fizeram de tudo para tu comprares a casa. Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos emocionar e comprares. ***Obs: Os pronomes retos “eu e tu” nunca serão complementos, mesmo regidos de preposição. Como regra prática podemos perceber o seguinte: quando precedidos de preposição, não se usam as formas retas “eu e tu”, mas as formas oblíquos “mim e ti”. Ninguém irá sem EU. Ninguém irá sem mim. Nunca houve discussões entre EU E TU. Nunca houve discussões entre mim e ti. Apenas um caso em que empregamos as formas retas eu e tu, mesmo precedidas por preposições: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram um livro pra eu ler. ( eu: sujeito do verbo ler) Importante: Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de um verbo. Perceba, então, que o segredo é este: analisar sintaticamente a oração: caso o pronome funcione como sujeito, use “eu” ou “tu”; senão, use “mim” ou “ti”. Ex: Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o pronome “eu”; “Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como sujeito. O sujeito dessa frase é “ela”. ***Agora preste atenção a esta frase: “Foi difícil para mim conseguir o emprego.” Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o pronome não funciona como sujeito, como à primeira vista possa parecer. Na verdade, “conseguir o emprego” é uma oração que funciona como sujeito do verbo “ser”. Observe a inversão: “Conseguir o emprego foi difícil para mim.” (Observe a pergunta para se saber o sujeito- o que foi difícil?) ***A resposta então é o sujeito da oração, que no caso não é uma palavra, mas uma oração infinitiva) Percebeu como o pronome não funciona como sujeito? *** Isso ocorre quando surgir “custar, faltar, restar, bastar ou verbo de ligação com predicativo do sujeito”: “ Custou para mim aceitar a situação.” “ Falta para mim conversar com três candidatos.” “ Resta para mim explicar duas teorias.” “ Basta para mim ter você ao meu lado.” “ É necessário para mim aguardar ordens superiores.” “Foi difícil para mim aceitar a situação. Veja o exemplo: Basta para mim ter Teté ao meu lado. Há dois verbos: bastar e ter. Analisemos o verbo bastar: Pergunta: Que é que basta? Resposta: ter Teté ao meu lado = sujeito do verbo bastar. Observe que o sujeito do verbo bastar é uma oração, pois onde houver verbo haverá uma oração. O sujeito representado por uma oração se chama oração subordinada substantiva subjetiva (OSSS). Num período, há a chamada ordem direta, que é a colocação do sujeito no início da oração, com o verbo logo após ele. Se a frase apresentada for escrita em ordem direta, ou seja, se a oração subordinada substantiva subjetiva iniciar o período, haverá a seguinte frase: "Ter Teté ao meu lado basta para mim". Percebeu como o adequado é usar mim mesmo? Sempre que houver bastar, custar, faltar ou restar e, no mesmo período, houver outro verbo no infinitivo, este não poderá ser flexionado, ou seja, sempre ficará invariável. Veja alguns exemplos: Basta para os alunos estudar todos os dias. Basta para eles estudar todos os dias. Basta para nós estudar todos os dias. Isso ocorre porque “os alunos, eles e nós” não exercem a função de sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto indireto). Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. Reflexiva - quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Carla machucou-se. Marcos cortou-se com a faca. Reflexiva recíproca - quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Paula e Renato amam-se. Os jovens agrediram-se durante a festa. Os ônibus chocaram-se violentamente. Conosco e convosco - são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos por formas analíticas. Queria falar conosco. Queria falar com nós dois. Os oblíquos “o, os ,a ,as” quando precedidos de verbos que terminem em “r, s, z” assumem as formas: lo, los, la, las. (VTD). (VTD) – verbo transitivo direto Vou (amar) amá-lo por toda a vida. O jogo (fiz) fi-lo sozinho. Tu (amas) amá-lo como a ti mesma. Quando precedidos de verbos que terminam em “-m, -ão, -õe, assumem a forma no, nas, nos, nas. Entregaram-no ao professor. Entregaram o livro ao professor. – objeto direto. O assunto, dão-no por encerrado. Independentemente da predicação verbal, (VTD,VTI,VTDI e VI) se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retirase a terminação -s. Ex. * Encontramo-nos ontem à noite. * Recolhemo-nos cedo todos os dias. Observação: Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s. Ex. * Obedecemos-lhe cegamente. * Tu obedeces-lhe? Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivos, exercendo a função sintática de adjunto adnominal. (termo ligado a um substantivo) Roubaram-me o livro. = Roubaram o meu livro. Escutei-lhe os conselhos = Escutei seus conselhos. As formas plurais “nós e vós” podem ser empregadas para representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor de modéstia.(política) Nós – disse o prefeito – procuramos resolver o problema das enchentes. Pronomes Oblíquos Átonos - são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas: a) Objeto Direto - Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Ex. • Quando encontrar seu material, traga-o até mim. • Respeite-me, garoto. • Levar-te-ei a São Paulo amanhã. b) Objeto Indireto -Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Ex. • Traga-me as apostilas, quando as encontrar. • Obedecemos-lhe cegamente. c) Adjunto adnominal – (agente) Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando indicarem posse (algo de alguém). Ex. • Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a herança dele) • Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém - meus) d) Complemento nominal – (paciente) Os pronomes que funcionam como complemento nominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos. (algo a alguém, não provindo a preposição a de um verbo). Ex. • Tenha-me respeito. (respeito a alguém) • É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém) d) Sujeito acusativo - Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Ex. • Deixei-a entrar atrasada. • Mandaram-me conversar com o diretor. Exemplos: será sujeito acusativo o sujeito de um verbo no infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como objeto direto, quando o verbo da oração principal for um desses verbos: fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir. Exemplo: Fizeram /o acusado confessar o crime. Analisando: O sujeito da 1ª oração é indeterminado porque não faz referência a quem praticou a ação. ( Fizeram) Fizeram /o acusado confessar o crime. O verbo fazer é verbo transitivo direto, que tem como objeto direto toda a oração “ o acusado confessar o crime”. A oração que funciona como objeto direto chama-se “oração subordinada substantiva objetiva direta.” O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no infinitivo (confessar) e tem como sujeito “o acusado”. Portanto, “o acusado” é sujeito acusativo. O sujeito acusativo poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as). Observação: Quando o sujeito acusativo for um substantivo plural, o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular ou no plural, mas dá-se preferência pelo singular. Exemplos: Vi os blocos passar /passarem. (Os blocos = sujeito acusativo). Vi-os passar. (os = sujeito acusativo). Deixei-as sair. (as = sujeito acusativo). Mandaram-me entrar. (me = sujeito acusativo). COLOCAÇÃO PRONOMINAL USO DOS PRONOMES – me, te, se, lhes,o,a,os, as,nos,vos. Próclise - antes do verbo – Nos o amamos muito. Ênclise - depois do verbo – Entregaram-me as camisas. Mesóclise - aparece no meio do verbo - Convidar-me-iam para a festa. REGRA GERAL – OS PRONOME DEVEM VIR EM ÊNCLISE Uso da próclise – 1- Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum. Exemplos: Nada me perturba. / Ninguém se mexeu. / De modo algum me afastarei daqui. Ela nem se importou com meus problemas. 2- Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que. Exemplos: - Quando se trata de comida, ele é um gênio. - É necessário que a deixe na escola. - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. 3 – quando aparecem advérbios (palavras invariáveis que indicam circunstância) Aguns: assim, bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e muitos outros terminados em mente. Exemplos - Aqui se tem paz. / - Sempre me dediquei aos estudos. / Talvez o veja na escola. OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome. Aqui, trabalha-se. 4 - Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. - Alguém me ligou? (indefinido) - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) -Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo 5 – Quando aparecer frases interrogativas. Exemplo: Quanto me cobrará pela tradução? 6- Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). - Deus o abençoe! (Exclamativa) - Macacos me mordam! (exclamativa) -Deus te abençoe, meu filho! (optativas) 7 - Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. - Em se plantando tudo dá. -Em se tratando de beleza, ele é campeão. 8 - Com formas verbais proparoxítonas -Nós o censurávamos. ( verbo com a tonicidade proparoxítona) MESÓCLISE •Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …) Convidar-me-ão para a festa. - Convidar-me-iam para a festa. *Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória. -Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa. ÊNCLISE 1 - Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada. Tornarei-me……. (errada) Tinha entregado-nos……….(errada) * Nesse caso usa-se próclise) 2 - Ênclise de verbo no infinitivo estará sempre correta. Entregar-lhe (correta) -Não posso recebê-lo. (correta) (verbo terminado em r, faz-se o objetivo direto retirando a letra “r” e colocando a letra”l”. 3 - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas. 4 - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportemse. 5 - Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes. 6 - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo. OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise: Exemplos: Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. Saiu do escritório, não nos revelando os motivos. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS *Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio. AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar. Havia-lhe contado a verdade. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade. AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. Exemplos: Infinitivo Quero-lhe dizer o que aconteceu./- Quero dizer-lhe o que aconteceu. Gerúndio - Ia-lhe dizendo o que aconteceu. / Ia dizendo-lhe o que aconteceu. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Infinitivo - Não lhe quero dizer o que aconteceu. - Não quero dizer-lhe o que aconteceu. Gerúndio - Não lhe ia dizendo a verdade. / - Não ia dizendo-lhe a verdade. EXERCÍCIOS Assinale a frase com erro de colocação pronominal: a) Tudo me era completamente indiferente b) Ela não me deixou concluir a frase c) Este casamento não deve realizar-se d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas Assinale a frase incorreta: a) Nunca mais encontrei o colega que me emprestou o livro b) Retiramo-nos do salão, deixando-os sós c) Faça boa viagem! Deus proteja-o d) Não quero magoar-te, porém não posso deixar de te dizer a verdade Estas conservas são para nós __________ durante o inverno. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: a) alimentarmos- nos b) alimentar- mo- nos c) nos alimentarmos d) nos alimentarmo- nos Caso _______ lá, _______, para que não _______ Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a) se demoram – avisem-nos – nos preocupemos b) se demorem – avisem-nos – preocupemo-nos c) demorem-se – nos avisem – preocupemo-nos d) demorem-se – nos avisem – nos preocupemos O pronome está mal colocado em apenas um dos períodos. Identifique-o: a) Finalmente entendemos que aquela não era a estante onde deveriam-se colocar cristais b) Ninguém nos falou, outrora, com tanta sinceridade c) Não se vá, custa-lhe ficar um pouco mais? d) A mão que te estendemos é amiga O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual? a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente. b)Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente. c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde. d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me Pronomes Possessivos São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s),minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). Empregos dos pronomes possessivos - O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos. Ex: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos. De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com documentos dela. É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. Ex.• Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos. Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do próprio corpo Ex. • Amanhã, irei cortar os cabelos. (meus) • Vou lavar as mãos. (minhas) • Menino! Cuidado para não machucar os pés! (seus) Não se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa, quando for a residência da pessoa que estiver falando. Ex. Acabei de chegar de casa. Estou em casa, tranquilo. Pronomes Demonstrativos Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes: Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente. Este chapéu que estou usando é de couro. ( próximo a 1ª pessoa) Este ano está sendo cheio de surpresas. (presente) Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o passado recente e para o futuro. Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro? 2012. Esse ano será envolto em mistérios. Em novembro de 2010, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio. Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo passado remoto. Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro? Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma cidade pequena. ***Outros usos dos demonstrativos Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito. Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu. Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa. Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente anterior. Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada. Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente. ***Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar. • Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. • Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas. O, “a, os, as, os” são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). Ex.• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) • Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) Pronomes Indefinidos Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais... Usos de alguns pronomes indefinidos Todo - deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir. Caso signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o substantivo exija. Ex. • Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) • Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) • Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo) Todos, todas - devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir. Ex. • Todos os colegas o desprezam. • Todas as meninas foram à festa. • Todos vocês merecem respeito. Algum - tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido negativo, quando estiver depois do substantivo. Ex. • Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) • Algum amigo o ajudará. (Alguém) Certo - será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiver posposto a substantivo. Ex. • Certas pessoas não se preocupam com os demais. • As pessoas certas sempre nos ajudam. Qualquer - não deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum. Ex.• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria • Ele entrou na festa sem problema algum. • Ele entrou na festa sem nenhum problema Pronomes Interrogativos São os pronomes “que, quem, qual e quanto” usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta. • Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta. • Qual é o seu nome? - Interrogativa direta. • Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta. Notas: Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ), Que é dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar “quédê, quedê ou cadê”, pois essas palavras oficialmente não existem, apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia mais constante. *** Não se deve usar a forma “o que” como pronome interrogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome seja colocado depois do verbo. Ex. Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à noite? • Que queres de mim? e não O que queres de mim? • Você fará o quê? Pronomes Relativos “Que” - deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente. Ex: nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o substantivo peça repetido. Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos Roubaram a peça que... . Este “que” está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara no Brasil, ficando Roubaram a peça que era rara no Brasil. Outro exemplo: 01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto. • Substantivo repetido = garoto • Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto que ... • Restante da outra oração = ... você estava procurando. • Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando. Obs: O pronome que pode ser substituído por “o qual, a qual, os quais e as quais” sempre. O gênero e o número são de acordo com o substantivo substituído. Observe esses exemplos: Encontrei o livro o qual você estava procurando. Você estava procurando o livro o qual encontrei. Eu vi o rapaz o qual é seu amigo. O rapaz o qual vi é seu amigo. • Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam. Vocês perderam o filme ao qual nós assistimos. • O gerente precisa dos documentos os quais o assessor encontrou. O assessor encontrou os documentos dos quais o gerente precisa. O Pronome Relativo Cujo Este pronome indica posse (algo de alguém). Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo) Ex: Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando a duas orações, tem-se Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista. • Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui algo. • Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se O artista cuja obra eu falara morreu ontem. Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista, porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se: O artista “de” cuja obra eu falara morreu ontem. O Pronome Relativo Qual Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem. É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais. *** Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome “qual”, e não “que” ou “quem”. Então só se pode dizer: O juiz perante o qual testemunhei. Os assuntos sobre os quais conversamos, e não O juiz perante quem testemunhei, nem “Os assuntos sobre que conversamos. Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o restaurante. • Substantivo repetido = restaurante • Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão comprou o restaurante que ... • Restante da outra oração = ... eu falei a você. • Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que eu falei a você. Observe que o verbo falar, na oração apresentada, foi usado com a preposição sobre, que deverá ser anteposta ao pronome relativo: Meu irmão comprou o restaurante sobre que eu falei a você. Como a preposição sobre possui duas sílabas, não se pode usar o pronome que, e sim o qual, ficando, então, Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você. O Pronome Relativo Onde Este pronome tem o mesmo valor de “em que.” Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como adjunto adverbial de lugar. Se a preposição “em” for substituída pela prep. “a” ou pela prep. “de”, substituiremos onde por aonde e donde, respectivamente. Por exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe. Será pronome relativo indefinido, quando puder ser “subtituído” por o lugar em que. Por exemplo na frase: Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu. Outro exemplo: Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade. • Substantivo repetido = cidade • Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade que... • Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora. • Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morar exige a prep. em, pois quem mora, mora em algum lugar. Então: Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora. O Pronome Relativo Quanto Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas). Exemplo: Fale tudo quanto quiser falar. / Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas quiser beber. Pronomes de Tratamento São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa. 10) Em “Ajeito-lhe as cobertas,” o pronome lhe exerce a mesma função em que: a) Luz sempre lhe afugenta o sono b) O irmão dizia-lhe para ser sério c) Vinha-lhe, então, a raiva d) Sempre lhe negavam uma resposta 11) Por favor, passe _______caneta que está aí perto de você; ________ aqui não serve para__________ desenhar. a) essa, esta, eu b) esta, esta, mim c) essa, essa, eu d) essa, esta, mim 31) Em todas as frase há um pronome demonstrativo, exceto em: a) Eu não posso fazer esse trabalho b) Todos a acharam simpática c) Não esperava encontrar tal pessoa d) Meus amigos prepararam esta bela surpresa 12) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo: 1. Não foi essa a pessoa ___aludi 2. Há fatos ________nunca nos esquecemos 3 Itaipu foi uma das obras _______construção mais comprometeu o orçamento nacional 4. A conclusão ____chegou não tem o menor fundamento 5. O conferencista, _______ conhecimentos desconfiávamos, foi infeliz em suas colocações a) à qual, de que, em cuja, a que, de cujos b) a que, de que, cuja, a que, de cujos c) a qual, dos quais, com cuja, a qual, dos quais d) a quem, que, em cuja, à qual, em cujos Pronomes de Tratamento • São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa. • Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa. • Ex: Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente. • Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente. Eis uma pequena lista de pronomes de tratamento: Civis Vossa Excelência - V. Ex.a Presidente da República, Senadores da República, Ministro de Estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores, Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares. Vossa Magnificência- V. M. - Reitores de Universidade Vossa Senhoria - V. S. - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais Judiciárias Vossa Excelência V. Ex.ª - Desembargador da Justiça, curador, promotor. Meritíssimo Juiz - M. - Juiz Juízes de Direito Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais. Militares Vossa Excelência - V. - Ex.ªOficiais generais (até coronéis) Vossa Senhoria -V. S.ª - Outras patentes militares Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais. Autoridades eclesiásticas. Vossa Santidade - V. S. – Papa Vossa Eminência Reverendíssima - V. Em.ª Revm.ª - Cardeais, arcebispos e bispos Vossa Reverendíssima V. Revm.ª - Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral. Autoridades monárquicas Vossa Majestade - V. M. - Reis e Imperadores Vossa Alteza - V. A. - Príncipe, Arquiduques e Duques Vossa Reverendíssima - V. Revmª - Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral. Outras autoridades Doutor - Dr. - Doutor Comendador - Com. – Comendador Professor - Prof. – Professor Artigo É a palavra variável em gênero e número que precede um substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo definido) ou vago (artigo indefinido). Os artigos classificam-se em: 1) Artigos Definidos: o, a, os, as. 02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas. Ex. O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o garoto.) • Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de forma genérica.) Emprego dos artigos Ambos - Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso. Ex: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é substantivo que exige artigo.) Ambas as leis estão obsoletas. (leis é substantivo que exige artigo.) • Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento que não admite artigo.) Todos - Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso. Ex: Todos os atletas foram declarados vencedores. • Todas as leis devem ser cumpridas. • Todos vocês estão suspensos. Todo - diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para indicar totalidade; não se usa, para indicar generalização. Ex. Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.) • Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países.) Cujo - Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. Ex. As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e não cujo as bolsas.) Pronomes Possessivos - diante desses pronomes o uso do artigo é facultativo.Ex. • Encontrei seus amigos no Shopping. • Encontrei os seus amigos no Shopping. Nomes de pessoas - diante de nome de pessoas, só se usa artigo, para indicar afetividade ou familiaridade. Ex.• O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique. Casa - diante da palavra casa (lar, moradia), se a palavra estiver especificada. Ex. • Saí de casa há pouco. / Saí da casa do Gilberto há pouco. Terra - se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo, quando estiver especificada. Se significar planeta, usa-se com artigo. Ex. • Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do comandante. • Os astronautas voltaram da Terra. ( de + a ) Nomes de lugar - só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar, quando estiver qualificado. Ex. • Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário de Andrade. Nota: Alguns nomes de lugar vêm acompanhados de artigo: a Bahia / o Rio de Janeiro / o Cairo; outros têm o uso do artigo facultativo. São eles: África, Ásia, Europa, Espanha, França, Holanda. PREPOSIÇÃO Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando-os. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Por exemplo, na frase: Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos, teremos: como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: “de” liga alunos a colégio, “a” liga assistir a filme, “de” liga filme a Walter Salles. Portanto são preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente, e o termo que a sucede, regido. Portanto em "Os alunos do colégio..." teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido. Dicas sobre preposição 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? ***Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e feminino. Ex: A dona da casa não quis nos atender. (artigo qualificando substantivo) Como posso fazer a Joana concordar comigo? ***Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Ex: Cheguei a sua casa ontem pela manhã. (preposição ligando verbo ao objeto) Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado. ***Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo. Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém. 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições: Destino - Irei para casa. Modo - Chegou em casa aos gritos. Lugar - Vou ficar em casa; Assunto - Escrevi um artigo sobre adolescência. Tempo - A prova vai começar em dois minutos. Causa – Ela faleceu de derrame cerebral. Fim ou finalidade - Vou ao médico para começar o tratamento. Instrumento - Escreveu a lápis. Posse - Não posso doar as roupas da mamãe. Autoria - Esse livro de Machado de Assis é muito bom. Tipos de preposição: essenciais: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás. As essenciais são as que só desempenham a função de preposição. acidentais: afora, fora, exceto, salvo, durante, mediante, segundo, menos. As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são empregadas como preposições. São, também, invariáveis. Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exercendo a função de uma preposição: acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à procura de, à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à maneira de, junto de, junto a, a par de... As locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição. Combinação: Junção de algumas preposições com outras palavras, quando não há alteração fonética. Ex. ao (a + o); aonde (a + onde) Contração: Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução. Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a) *** Obs: Não se deve contrair a preposição “de” com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome ele(s), ela(s), quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. Por exemplo a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer“. Conjunção Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Classificação Conjunções Coordenativas / - Conjunções Subordinativas Conjunções coordenativas Aditivas: expressam a ideia de adição, soma. Observe os exemplos: Ela foi ao cinema e ao teatro. - Minha amiga é dona-de-casa e professora. / - Eu reuni a família e preparei uma surpresa. - Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também. Adversativas - expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos: Tentei chegar na hora, porém me atrasei. Ela trabalha muito mas ganha pouco. Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. Alternativas - Expressam ideia de alternância. Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Minha cachorra ora late ora dorme. Vou ao cinema quer faça sol quer chova. Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já. Conclusivas - Servem para dar conclusões às orações. Exemplos: Estudei muito por isso mereço passar. Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa. Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Explicativas - Explicam, dão um motivo ou razão: É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. Não demore, que o seu programa favorito vai começar. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Classificação das conjunções subordinativas Causais - Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos: - Não pude comprar o CD porque estava em falta. - Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. Comparativas - principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que. - Ela fala mais que um papagaio. Concessivas - principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. Ex: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema. Conformativas - principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante. Ex: Cada um colhe conforme semeia. Segundo me disseram a casa é esta. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. Consecutivas - Expressam uma ideia de consequência. principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”). Ex: Falou tanto que ficou rouco. Estava tão feliz que desmaiou. Finais - expressam ideia de finalidade, objetivo. Todos trabalham para que possam sobreviver. Viemos aqui para que vocês ficassem felizes. principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que), Proporcionais - principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. -À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. Temporais - principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. Ex: - Quando eu sair, vou passar na locadora. - Chegamos em casa assim que começou a chover. - Mal chegamos e a chuva desabou. Observação: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”. O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chamase locução conjuntiva. Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que. Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las. Observe os exemplos: Correram tanto, que ficaram cansados. “Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência. Ficaram cansados porque correram muito. “Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa. ADVÉRBIO O advérbio é uma categoria gramatical invariável que modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância de tempo, modo, lugar, afirmação, negação, dúvida ou intensidade. Por exemplo, na frase “Ontem, ela não agiu muito bem” temos quatro advérbios: ontem, de tempo; não, de negação; muito, de intensidade; bem, de modo. As circunstância podem também ser expressas por uma locução adverbial - duas ou mais palavras exercendo a função de um advérbio. Por exemplo, na frase “Ele, às vezes, age às escondidas.’ Tem duas locuções adverbiais: às vezes, de tempo; às escondidas, de modo. Classificação dos Advérbios Advérbios de Modo - Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e muitos outros terminados em mente. Locuções Adverbiais de Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão. 02) Advérbios de Lugar - abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto. Locuções Adverbiais de Lugar: a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. 03) Advérbios de Tempo - afinal, agora, amanhã, amiúde (de vez em quando), ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, outrora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sempre, sucessivamente, já. Locuções Adverbiais de Tempo: às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 04) Advérbios de Negação - não, tampouco (também não). Locuções Adverbiais de Negação: de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma. 05) Advérbios de Dúvida: acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá. Locuções Adverbiais de Dúvida: por certo, quem sabe. 06) Advérbios de Intensidade- assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco. Locuções Adverbiais de Intensidade: em excesso, de todo, de muito, por completo. 07) Advérbios de Afirmação - certamente, certo, decididamente, efetivamente, realmente, deveras (realmente), indubitavelmente. Locuções Adverbiais de Afirmação: sem dúvida, de fato, por certo, com certeza. 08) Advérbios Interrogativos - onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa). FLEXÃO DO ADVÉRBIO O advérbio pode flexionar-se nos graus comparativo e superlativo absoluto. Comparativo de Superioridade - O advérbio flexiona-se no grau comparativo de superioridade por meio de mais ... (do) que. Ex. • Ele agiu mais generosamente que você. Comparativo de Igualdade - O advérbio flexiona-se no grau comparativo de igualdade por meio de tão ... como, tanto ... Quanto .Ex. Ele agiu tão generosamente quanto você. Comparativo de Inferioridade - O advérbio flexiona-se no grau comparativo de inferioridade por meio de menos ... (do) que. Ex. Ele agiu menos generosamente que você. Superlativo Absoluto Sintético - O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto sintético por meio dos sufixos -issimamente, íssimo, ou -inho. Ex. Ela agiu educadissimamente. • Ele é muitíssimo educado. Acordo cedinho. Superlativo Absoluto Analítico - O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto analítico por meio de um advérbio de intensidade como muito, pouco, demais, assaz, tão, tanto... Ex. Ela agiu muito educadamente. / Acordo bastante cedo. Melhor e pior são formas irregulares do grau comparativo dos advérbios bem e mal; no entanto, junto a adjetivos ou particípios, usam-se as formas mais bem e mais mal. Ex. Estes alunos estão mais bem preparados que aqueles. Havendo dois ou mais advérbios terminados em -mente, numa mesma frase, somente se coloca o sufixo no último deles.Ex. Ele agiu rápida, porém acertadamente. EXERCÍCIOS 1.Todas as expressões sublinhadas abaixo presumem uma circunstância de tempo, exceto: a) “E agora era desejada também” b) “Naquela noite despertaram...” c) “..não eram ainda anunciadores de desgraças...” d) “A mata dormia seu sono jamais interrompido”. e) “...já que os homens ainda não haviam chegado...” 3. Os advérbios em “mente” das alternativas abaixo, designam a mesma circunstância, exceto em: a) Os soldados combateram estoicamente até a morte. b) Os fiscais sugeriram ironicamente que os candidatos fossem submetidos a um outro exame. c) No momento da discussão, alguns convidados saíram sutilmente sem se despedirem. d) Possivelmente haverá uma nova oportunidade. 4- Assinale a alternativa em que somente advérbios foram acrescentados à frase: “O tempo passou.” a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente. b) O tempo passou bastante, majestoso. c) Realmente, o tempo passou depressa demais. d) Sim, o curto tempo já passou. 8. “Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato.” As palavras grifadas nessa frase são, respectivamente: a) preposição, adjetivo, artigo, pronome e verbo. b) pronome, adjetivo, pronome, artigo e advérbio. c) preposição, substantivo, pronome, artigo e verbo. d)pronome, substantivo, artigo, pronome e advérbio. 15. Em qual frase abaixo, a conjunção ”e” apresenta ideia de adversidade. a) “... seja essa pequena nota com um PG a lápis e uma assinatura...” b) “... revelam apenas a imaginação desordenada e o capricho estranho...” c) “... respondi com frieza a muita bondade e paguei com ingratidão...” d) “... que “S.” tenha encontrado em mim um apoio e não uma decepção” 25. Os termos grifados no período “Seus lábios eram doces” classificam-se, respectivamente, como: a) numeral, adjetivo, advérbio b) substantivo, locução adjetiva, pronome c) adjetivo, substantivo, pronome d) pronome, substantivo, adjetivo e) preposição, adjetivo, substantivo 08. Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.", os vocábulos em destaque são, respectivamente: a) pronome pessoal oblíquo, preposição, artigo b) artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo c) artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo d) artigo, preposição, pronome demonstrativo e) preposição, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo. VERBOS • TIPOS DE VERBOS • MODOS • TEMPOS • VOZES • FORMAS NOMINAIS • LOCUÇÕES VERBAIS • TEMPOS COMPOSTOS Prof. Rodrigo de Oliveira VERBOS Regulares, irregulares, defectivos e anômalos Verbos Regulares Acompanhe o exemplo do verbo FALAR: Presente Pretérito Perfeito Radical Terminação Radical Terminação Fal o fal ei fal as fal aste fal a fal ou fal amos fal amos fal ais fal astes fal am fal aram Verbos Irregulares • Veja o exemplo do verbo MEDIR: Presente Pretérito Perfeito Radical Terminação Radical Terminação meç o med i med es med iste med e med iu med imos med imos med is med istes med em med iram Verbos Regulares X Verbos Irregulares Regulares • São aqueles que não apresentam alterações no radical e as terminações seguem o modelo de sua conjugação. Irregulares • São aqueles que se afastam do modelo de conjugação dos verbos regulares, apresentando alterações no radical e/ou nas desinências Verbos Anômalos São aqueles que durante a conjugação apresentam transformações profundas no radical. Os verbos SER e IR são os únicos verbos irregulares chamados de anômalos. No verbo SER, existem radicais diferentes: sou, és, era, fui... O mesmo acontece com o verbo IR, que apresenta as formas vou, fui e irei. Ser x Ir SER Presente IR Pretérito Perfeito Presente Pretérito Perfeito sou fui vou fui és foste vais foste é foi vai foi somos fomos vamos fomos sois fostes ides fostes são foram vão foram Verbos Abundantes • São aqueles que apresentam mais de uma forma em uma mesma flexão. Isso ocorre geralmente no particípio, que tem uma forma regular e uma forma irregular (ou forma curta): INFINITIVO PARTICÍPIO PARTICÍPIO IRREGULAR aceitar aceitado Aceito, aceite acender acendido aceso eleger elegido eleito entregar entregado entregue enxugar enxugado enxuto expressar expressado expresso expulsar expulsado expulso extinguir extinguido extinto ganhar ganhado ganho imprimir imprimido impresso isentar isentado isento matar matado morto salvar salvado salvo tingir tingido tinto Emprego do Verbo Abundante Normalmente, usa-se o particípio regular com os verbos auxiliares ter e haver . Ex. Ainda não havia expressado minha gratidão. verbo HAVER + particípio regular A forma curta (irregular) é usada com os verbos ser e estar. Ex. Minha gratidão não será expressa por palavras. verbo SER + particípio irregular (forma curta) Emprego do Verbo Abundante Particípio regular: TER e HAVER Particípio curto: SER e ESTAR Eu já havia limpado a cozinha. A cozinha foi limpa por mim. A cozinheira tinha acendido o forno. O diretor tinha suspendido o aluno. A fogueira de São João foi acesa pelos rapazes da festa. O aluno foi suspenso pelo diretor Embora a norma culta não recomende, na linguagem cotidiana há preferência pelas formas curtas de certos verbos. É o caso de pago, gasto, e ganho, usados com qualquer auxiliar (eu tinha pago, tinha ganho) e de pego (do verbo pegar) que, mesmo não sendo uma forma recomendada pelos gramáticos tradicionais, é consagrada pelo uso. Ex. O rapaz tinha pago a conta ao padeiro. A conta foi paga pelo rapaz. • Atenção: 1)Não existe a forma chego (de chegar), apenas chegado (verbo regular). Ex. Eu tinha chegado quando você saiu. tinha chego ( não existe) 2) Não existe a forma falo ( de falar), apenas falado. Ex. Eu tinha falado com você sobre isso. tinha falo (não existe) Verbos Defectivos Defectivo: significa imperfeito, defeituoso. São aqueles verbos aos quais faltam algumas formas. É o caso de: Verbos impessoais: que indicam fenômenos da natureza, tempo decorrido, verbo Haver no sentido de existir. Tais verbos só se conjugam na 3ª pessoa do singular. Ex. 1) No Canadá, neva muito nesta época do ano. 2) Havia muitos alunos na cantina. 3) Faz dez anos que não te vejo. • Verbos que indicam vozes de animais: latir, mugir, miar, cacarejar, relinchar, que só se conjugam na 3ª pessoa do singular (ele) e do plural (eles). Ex. O cão de João late todas as noites. 3ª p. singular Verbos que não apresentam algumas formas, normalmente por motivos eufônicos; a maioria deles é de 3ª conjugação (ir). 1) abolir, banir, colorir, extorquir (não têm a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo); Ex. Colorir Eu Eu a tela. pinto coloro a tela. Eu estou colorindo a tela. • 2) falir, precaver, reaver (no presente do indicativo só têm 1ª e 2ª pessoas do plural – nós, vós – ). Ex. nós falimos, vós falis; nós reavemos, vós reaveis. FLEXÃO DE MODO Modo verbal é a maneira pela qual o falante expressa sua atitude em relação ao que diz. São três os modos. Indicativo – expressa certeza, o que expressa que algo seguramente vai acontecer. Eu leio todos os dias. Subjuntivo – expressa dúvida, incerteza, hipóteses, ou a possibilidade de algo vir a acontecer. Ex: Meus pais querem que eu leia todos os dias. Imperativo – expressa o modo geralmente empregado para exortar o interlocutor, fazer um pedido, persuadir, dar ordem, conselho. Ex: Leia todos os dias, mesmo que seja um pouco. TEMPOS VERBAIS Os verbos na língua portuguesa transmitem noção de tempo, ou seja, localiza quando ocorreu a ação expressa pelo próprio verbo. Eles se flexionam nos modos indicativo e subjuntivo. FLEXÃO DE TEMPO NO MODO INDICATIVO PRESENTE – expressa uma ação que está ocorrendo no momento da fala, ou ação que repete ou perdura. Ex: Nós moramos aqui. / Essas frutas são muito nutritivas. PRETÉRITO (PASSADO) – subdivide-se em três tempos distintos. PERFEITO – transmite a ideia de uma ação completa e concluída. Ex: Eu joguei bola ontem. PRETÉRITO IMPERFEITO – transmite a ideia de um tempo habitual ou contínua. Ex: Ele sempre me visitava aos domingos. Também pode transmitir a ideia de algo que vinha acontecendo, mas foi interrompida por outra ação. Ex: Nós fechamos a porta quando as visitas chegaram. PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO – uma ideia de uma ação ocorrido no passado, mas que é anterior a outra ação, também passada. Ex: Quando ele chegou, eu já fizera minha lição. *** Observe que o pretérito mais que perfeito se relaciona com o perfeito. O FUTURO SUBDIVIDE-SE EM DOIS TEMPOS: FUTURO DO PRESENTE – expressa uma ideia que ocorrerá no futuro em relação ao tempo atual. Ex: Eu irei à praia amanhã. / Faremos nosso trabalho semana que vem. FUTURO DO PRETÉRITO - expressa a ideia de uma ação que ocorreria desde que certa ação tivesse sido atendida. Ex: Eu iria a praia, se estivesse em férias. TEMPOS NO MODO SUBJUNTIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO – indica um fato incerto no presente ou exprime um desejo, sendo empregado normalmente depois de expressões como: convém que, é necessário que, é possível que, tomara que, talvez. Ex: Talvez eu faça um curso de inglês esse ano. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO - indica um fato incerto ou improvável ou um fato que poderia ter ocorrido mediante certa condição. Ex: Se ele pensasse no futuro, estudaria mais. FUTURO DO SUBJUNTIVO – expressa a ideia de um acontecimento possível no futuro. Ex: Quando ele chegar, iniciaremos a reunião. OS VERBOS APRESENTAM FORMAS NOMINAIS QUE NÃO PODEM EXPRIMIR NEM TEMPO NEM MODO. SÃO TRÊS AS FORMAS; INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. MODO IMPERATIVO SE DIVIDE EM AFIRMATIVO E NEGATIVO. Imperativo afirmativo - Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam --CantA tu Cante você Cantemos nós CantAI vós Cantem vocês Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem Imperativo negativo - Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo. Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem (não tem) Não cantes tu Não cante você Não cantemos nós Não canteis vós Não cantem vocês ATENÇÃO: No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. As formas nominais do verbo são acrescidas das desinências. -r para o infinitivo - atravessar, conhecer, partir etc. -do para o particípio – atravessado, permanecido, escolhido. -ndo para o gerúndio – andando, permanecendo, partindo. INFINITIVO – apresenta o processo verbal em potência, exprime a ação verbal propriamente dita, dessa forma aproxima-se do substantivo. Ex: Ler é um prazer. O infinitivo pode ser pessoal e impessoal. Impessoal - significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal. O infinitivo impessoal não se refere as respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo: Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) 1 -Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado; Ex: Querer é poder 2. Quando tiver o valor de Imperativo. Ex: Soldados, marchar! (= Marchai!) 3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior; Ex: Eles não têm o direito de gritar assim. No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado. Ex: Eram pessoas difíceis de serem contentadas. Aqueles remédios são ruins de serem tomados. 4. Nas locuções verbais: Ex: Queremos acordar bem cedo amanhã. 5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior. Ex: Eles foram condenados a pagar pesadas multas. USO DO INFINITO PESSOAL Dizemos que ele está no infinitivo pessoal quando ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Se tu não perceberes isto... 2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem. 3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural); Faço isso para não me acharem inútil 4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação; Vi os alunos abraçarem-se alegremente. Observação: como se pode observar, a escolha do infinitivo flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. GERÚNDIO - transmite a ideia de que ação verbal está em curso, desempenha assim, as funções exercidas pelo advérbio e pelo adjetivo. (ndo) Chegando afinal a terra do futuro esposo, eis que ele veio andando ao seu encontro. Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. (ação em curso) Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. (ação concluída) PARTICÍPIO: (ado e ido) quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex: Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Ex: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. Conjugação de verbos que suscitam dúvida. *** Absorver (consumir) e absolver (perdoar). Então: Use absolver quando quiser o significado de inocente, perdoado, desculpado. Use absorver quando quiser o significado de consumir, esgotar, sorver. Veja alguns exemplos: a) Vocês absorvem todas as minhas energias crianças! b) O júri absolveu o réu da suspeita de crime! Curiosidade: É do verbo absorver que vem o nome “absorvente”, o protetor íntimo da mulher. ***Acender e ascender - você já deve ter ouvido falar da Ascensão de Jesus, ou seja, da subida de Jesus aos céus! O sentido de ascender é justamente esse: subir, elevar-se. O outro verbo, “acender”, com “c”, é pôr fogo, ligar ou alumiar. Pode possuir ainda o sentido de animar, gerar vontade. Quem nunca disse: (tu) Acende o fósforo, por favor! Ou Acenda o fósforo, por favor! (você) Veja outros exemplos: a) Vamos ascender mais um andar porque ainda não é nesse! (subir) b) Ele acendeu a tocha e percorreu o caminho sem parar! (pôr fogo) Lembre-se: o verbo acender é abundante e admite dois particípios: acendido e aceso. O gerúndio é acendendo. Já o verbo ascender é regular e, portanto, possui apenas um particípio: ascendido. O gerúndio é ascendendo. *** O verbo poder - Quanta dúvida há em relação ao verbo poder! Mas não é por menos, há formas com acento, sem acento, com “o”, com “u”... mas, vamos esclarecer de forma clara e rápida essa confusão! Veja: 1. Ele não pôde vir! / 2. Ele não pode vir! Qual a diferença? Não, não é só o acento. A questão é também temporal. Um é presente, o outro é passado. Na primeira oração, pôde (com acento fechado no “o”) indica que em algum momento uma ação foi tomada e concluída no passado. Já na segunda, “pode” trata de um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja: 1. Ele não pôde vir ontem, pois estava com muitos afazeres! 2. Ele não pode vir agora, pois ainda está limpando a casa! Assim, a conjugação no presente do indicativo do verbo poder é: eu posso, tu podes, ele/ela pode, nós podemos, vós podeis, eles podem. E no pretérito perfeito do indicativo é: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós pudemos, vós pudestes, eles puderam. Agora observe: 1 - Quando eu puder te ajudar, assim farei! / 2 -Se eu pudesse te ajudar, assim faria! A primeira oração está no futuro do subjuntivo e a segunda no passado ou pretérito imperfeito do subjuntivo. Esta indica uma hipótese ou condição e aquela um fato futuro ocorrido em relação a outro fato também no futuro. Já o imperativo, é conjugado da seguinte forma: Pode tu / Possa você / Possamos nós / Podeis vós / Possam vocês. Contudo, é mais comum vermos “pode” do que “possa” na forma imperativa: Não pode mascar chiclete! e Letícia, possa você voltar a ler mais! O gerúndio do verbo “poder” é “podendo” e o particípio é “podido”! *** Tem, têm - É antigo um poema que exalta o Brasil e esclarece a dúvida entre se colocar ou não o acento circunflexo: tem ou têm. Refiro-me ao trecho de Canção do exílio do poeta Gonçalves Dias. Veja a estrofe: “Nosso céu tem mais estrelas, Nossos bosques têm mais vida, Nossas várzeas têm mais flores, Nossa vida mais amores.” Note os termos em destaque acima: percebe que há diferença entre a primeira oração e as demais? Está evidente que esta diferença acontece por causa do acento circunflexo. Mas por que isso ocorre? A primeira sentença está no singular, o sujeito é “nosso céu”. Logo após essa frase, há duas orações no plural, onde os sujeitos são “nossas várzeas” e “nossos bosques”. Tem acompanha o sujeito na terceira pessoa do SINGULAR. Têm acompanha o sujeito na terceira pessoa do PLURAL. Observação 1: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural: Isto contém glúten, Esses caldos de carne contêm glúten, Ele obtém vantagem nisso?, Eles obtêm vantagem em ter uma equipe assim! Observação 2: A diferença entre tem e têm continua com a reforma ortográfica. Observação 3: A forma verbal “teem” não existe! Ver ou vir - Há muita dificuldade no uso dos verbos “ver” e “vir”, pois há modos em que as conjugações ficam muito parecidas e, consequentemente, causam confusão. Vejamos: o pretérito imperfeito do subjuntivo inicia-se com o uso da conjunção “se” (indicativa de hipótese) e é caracterizado pela terminação “sse”: se ele visse (ver), se ele viesse (vir). O futuro do subjuntivo inicia-se com o uso das conjunções “quando” ou “se”, indicativas de possibilidade, e é caracterizado pelas terminações “ar”, “er”, “ir”: quando eu o vir (ver), quando eu vier (vir). A dúvida maior surge quando o verbo “vir” está no infinitivo (vir) e o verbo “ver” está no futuro do subjuntivo (vir). Como saber qual está sendo empregado? Só através do contexto é possível. Veja: 1. Se você o vir passando aqui hoje, dê-lhe o recado. (ver) 2. Diga-lhe para vir até mim, por favor. (vir) Outra ocasião é do verbo “vir” na primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do verbo “ver” também na primeira pessoa do plural, mas do pretérito perfeito do indicativo. Observe: 1. Nós vimos de um lugar muito calmo. (vir) 2. Nós vimos você no shopping esta semana. (ver) O importante é estar atento à conjugação dos verbos “ver” e “vir” que, no geral, são diferentes, com exceção apontadas. *** vêm, com acento, é a forma verbal do verbo vir na terceira pessoa do plural: eles vêm, elas vêm. ***veem com os vogais dobradas é a conjugação do verbo ver na 3ª pessoa do plural. ***Haja ou aja - Haja paciência! Ou seria: Aja paciência! Se você tivesse que escrever essa oração tão escutada no cotidiano, ficaria em dúvida? Se a resposta for sim, é completamente aceitável, já que a maioria das pessoas teria sim seus questionamentos a respeito. Mas vejamos: é necessário que você aja rápido e decida qual usar! Pois não quero que haja nenhum tipo de reclamação depois! É dessa forma, percebeu a diferença? “Aja” é a flexão do verbo “agir” conjugado na 1ª ou 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo ou do imperativo afirmativo (aja ele). Pode ser substituída por “atuar”, “proceder”. Veja: Aja de maneira civilizada com aquele homem. (proceda) É bom que você aja com naturalidade. (atue, proceda) Não quero que aja com desrespeito à autoridade. (proceda) “Haja” é a flexão do verbo haver na 1ª e 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo ou do imperativo afirmativo ou negativo (haja você, não haja você). Pode ser substituída por: acontecer, existir, ocorrer, ter. Observe: Haja o que houver, estaremos juntos nessa batalha. (Ocorra, aconteça). Queremos que haja harmonia entre nós. (exista, tenha) “Haja luz, e houve luz”. (Tenha) Retomando a dúvida inicial “Haja paciência” Ou “Aja paciência”, temos certo: Haja paciência! Ou seja, Tenha paciência! Agora, se fosse “Aja com paciência” seria dessa forma, pois significaria: “Proceda com paciência”. Lembre-se de que “haja vista” não varia e, portanto, permanece no feminino: fiquemos de cabeça erguida, haja vista tantos problemas que já superamos. Jamais escreva “haja visto”. ***O verbo dar e as horasObserve: Foram embora assim que deu duas horas da tarde. Ex: Foram embora assim que deram duas horas da tarde. Qual das duas orações está correta? Pode parecer estranho, mas é a segunda oração que está certa de acordo com a norma culta da língua. Quando os verbos dar, bater, soar, restar, faltar e ser referem-se às horas devem concordar com o sujeito da frase, o qual normalmente é: hora(s), minutos(s), segundo(s), badalada(s), sino(s), relógio(s). Vejamos: a) O relógio deu duas horas. b) Restam cinco minutos para acabar o tempo. c) Falta um minuto para as seis da tarde. d) O sino bateu doze badaladas. Importante: Não dizemos meio-dia e meio, mas sim meio-dia e meia, pois “meia” está relacionada à hora: meia hora. *** Houve e ouve? - É reincidente a confusão entre “houve”, dessa forma com “h” e “ouve” sem o “h”. Vamos esclarecer: Houve – vem do verbo “haver”, conjugado no pretérito perfeito do indicativo do verbo “haver”. Pode significar: aconteceu, existiu, ocorreu. Veja: Houve muito barulho no estádio, pois a atleta brasileira tinha vencido. No Brasil já se falou mais de paz, já houve mais amor! Lembre-se de que o verbo “haver” no sentido de “existir” fica na terceira pessoa do singular. Na dúvida substitua um pelo outro! Ouve – vem do verbo ouvir, conjugado na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou no imperativo afirmativo (tu): Observe: Ela ouve quando digo que não é para sair. Ouve e não se cales diante dos fatos! Pode ser substituído por “escutar”! Portanto, não tem porque errar, pois os significados são diferentes! a) Quem ouve mais, tem mais o que dizer depois! b) Houve um arrependimento genuíno? c) Ele ouve seus conselhos porque sabe que és sábio! d) Nesta semana houve muitos afazeres! ***O verbo trazer - O verbo trazer é alvo de muitas dúvidas, duas delas muito habituais em nosso cotidiano: Traz ou trás, tinha trago ou tinha trazido? Traz é flexão do verbo trazer, trás não: Isto não traz harmonia para seu lar. Esta foto me traz muitas lembranças boas. Use “trás” com “s” somente quando equivaler a “atrás”: Ele estava por trás da porta quando você entrou. Ele estava por trás desse plano. (no sentido figurado: atrás do plano, ou seja, fazendo parte dele) “Tinha trago” não existe porque o verbo “trazer” não é abundante, ou seja, só apresenta uma forma de particípio: trazido. Portanto, é considerado regular. O equívoco de dizer “tinha trago” acontece porque alguns verbos admitem duas formas de particípio, como limpar (limpado, limpo) e suspender (suspendido, suspenso). “Trago”, dessa forma, sem o verbo ter (tinha) é presente do indicativo do verbo trazer: Trago este presente para lhe dizer o quanto gosto de você! Logo, nunca diga “eu tinha trago” e sim: Eu tinha trazido todas as minhas coisas para vocês verem! Só mais um lembrete: Devemos dizer “trouxe” e não “truxe”: Eu trouxe as coisas para vocês verem! ***Quis ou quis - A conjugação correta do verbo “querer” no pretérito perfeito do indicativo é “quis”, com “s” ! Portanto, o correto é dizer: Eu não quis fazer isso! Muitos escrevem com “z” por comparação com outros verbos, como fazer (eu fiz) ou dizer (ele diz): Eu fiz (passado) um presente para você! / Eu quis (passado) comprar um presente para você! Ele diz (presente) umas coisas... / Ele quis (passado) umas coisas... Na dúvida, fique sempre atento ao seguinte: nas conjugações do verbo “querer” não existe “z”, há o som, mas não há a consoante. Assim, toda vez que aparecer o som de “zê”, escreve-se “s”: quando eu quiser, tu quiseste, ele quis, se eu quiser, quando ele quiser, etc. O gerúndio é querendo e o particípio é querido. Já o infinitivo é querer: Nada disso me faz querer ser milionário! Para as questão de 23 assinale a alternativa completando corretamente as lacunas abaixo: ________, agora, avisá-lo de que se ela ______o conteúdo da mensagem, todos verão quais são nossos planos: a) Vimos - ver b) Viemos - ver c) Viemos – vir d) Vimos – vir Ela sempre _______ o carro antes da faixa de pedestres, mas ontem não ____: mesmo que _______ não evitaria o acidente: a) frea – freiou - freiasse b) freia – freiou - freiasse c) frea – freou - freasse d) freia – freou - freass Ela _____ por dias melhores, mas não há bem que sempre dure, nem mal que não se _______: a) ansia - remedie b) ansia - remedeie c) anseia - remedie d) anseia – remedeie preciso que as autoridades _____energicamente _________ que não _______novas desordens: a) hajam, a fim de, haja b) ajam, a fim de, haja c) ajam, a fim de, hajam d) ajam, a fim de, haja Locuções Verbais *** São constituídas de (verbos auxiliares-vários), mais gerúndio, ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: Estou lendo o jornal. ( estou - verbo auxiliar / lendo verbo principal no gerúndio) Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. Ninguém poderá sair antes do término da sessão. Conceito de locução verbal - Quando dois ou mais verbos têm valor de um, eles formam uma locução verbal, expressão que é sempre composta por verbo auxiliar + verbo principal. Está cantando = canta Ia andando = andava Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Os verbos auxiliares de uso mais frequente são ter, haver, ser, estar e ir. *** Quando a locução verbal é constituída de formas dos verbos auxiliares “ter e haver” mais o particípio do verbo principal, temos um tempo composto. Ele já tinha saído para o trabalho quando você me telefonou. Ele já saíra para o trabalho quando você me telefonou. Formação dos tempos compostos Na voz ativa, (sujeito pratica a ação do verbo), os tempos verbais são compostos pelos verbos auxiliares ter ou haver + o verbo principal Ex: Ele já tinha saído para o trabalho quando você me telefonou. Já na voz passiva, os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver + ser + verbo principal no particípio. Ex: Temos sido beneficiados com o trabalho deste delegado. Formação da Locução verbal - A locução perifrástica, por sua vez, é formada pela junção de um verbo auxiliar + um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Estamos fazendo o possível para terminar logo. Vou vender todas as mercadorias e atingir a minha meta. TRANSFORMAÇÃO DA LOCUÇÃO VERBAL DA VAOZ ATIVA EM PASSIVA. LOCUÇÃO VERBAL (INFINITIVO) O Congresso deve exigir uma participação efetiva dos líderes mundiais (VOZ ATIVA) Para passarmos a frase para a voz passiva, há a necessidade de ser mantida a locução verbal e a forma do infinitivo do verbo (SER). ASSIM DEVE FICAR. Uma participação efetiva dos líderes mundiais deve ser exigida pelo Congresso. LOCUÇÃO VERBAL (GERÚNDIO) Os americanos vêm desenvolvendo um novo tipo de combustível. (voz ativa) ASSIM DEVE FICAR Um novo tipo de combustível vem sendo desenvolvido pelos americanos. ( voz passiva) OS VERBOS PODEM APRESENTAM-SE NOS TEMPOS SIMPLES E COMPOSTOS. Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. Ex: Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no presente do indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente. TRANSFORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS DA VOZ ATIVA PARA A PASSIVA. Nesse caso, a combinação da voz passiva apresentará três verbos: ter/haver (herdado do tempo composto), o verbo da passiva (ser, estar ou outro) e o verbo que define o significado nocional. A regra de transformação da forma ativa composto para passiva nesse caso pode ser expressa da seguinte forma: A instituição já havia realizado o debate em 1998. (voz ativa). ***Para passarmos a frase para a voz passiva, devemos obedecer à formação do tempo composto, invertermos o paciente da ação e o agente da ação e acrescentarmos a forma verbal participal SIDO. ASSIM DEVE FICAR O debate já havia sido realizado pela instituição em 1998.(VOZ PASSIVA) A transformação de forma ativa com tempo composto em forma passiva obtém-se do seguinte modo: O verbo ter/haver não sofre modificação. O verbo da passiva é incluído como segundo verbo da combinação flexionado no particípio masculino singular. O terceiro verbo da combinação, que porta o significado nocional, permanece no particípio e deve concordar em número e gênero com o sujeito da frase. A regra de transformação da forma ativa para passiva nesse caso pode ser expressa da seguinte forma: O menino teria vencido a prova. VOZ ATIVA A prova teria sido vencida pelo menino. VOZ PASSIVA Veja a transformação: o verbo ter não sofreu modificação, o verbo da passiva é incluído como segundo verbo da combinação flexionado no particípio masculino singular. O terceiro verbo da combinação, que porta o significado nocional, permanece no particípio e deve concordar em número e gênero com o sujeito da frase. QUESTÃO DE CONCURSO A conclusão poderia ter sido tirada das filas de qualquer tribunal... VOZ ATIVA- As filas de qualquer tribunal poderia ter tirado a conclusão. Transformação para a voz passiva sintética. Poderia – verbo no futuro do pretérito. Uso da mesóclise- obrigatório. VTD – transformação da ativa para a passiva. Ter tirado – tempo composto infinitivo pessoal. tirada – verbo no particípio concordando com o sujeito. sido – verbo auxiliar da voz passiva. Portanto: Poder-se-ia ter tirado a conclusão das filas de qualquer tribunal. ( o verbo ser não está porque faz parte da passiva) DIFERENÇA ENTRE TEMPO VERBAL COMPOSTO E LOCUÇÃO VERBAL É comum confundirmos esse dois termos, porém a distinção não é depende da formação deles. Veja: TEMPOS COMPOSTOS DA VOZ ATIVA – são formados pelos verbos auxiliares (ter ou haver) flexionados, seguidos pelo particípio (terminação em –do) do verbo conjugado ( verbo principal). Exemplo: Eu tenho trabalho muito. tenho-auxiliar / trabalhado-principal. TEMPOS COMPOSTOS DA VOZ PASSIVA. - se forma com a colocação simultânea dos auxiliares (ter ou haver) e ser, seguidos pelo particípio (terminação -do) do verbo conjugado (verbo principal) Dessa forma os tempos compostos da voz passiva são formados por três verbos. Ex: Os homens tem sido maltratados pelos patrões. Observe: colocação simultânea dos auxiliares (ter + o auxiliar da passiva ser seguidos pelo particípio do verbo principal (maltratado). ATENÇÃO: A locução verbal tem diversos tipos de auxiliares enquanto os tempos compostos apresentam apenas os verbos: ser, haver e ter.