O Sermão da Montanha Estudo 13 As opções que a vida oferece Mateus 7.13-29 O sermão chega ao seu fim. A prática dos seus ensinos começa Depois de todos os princípios que apresentou como balizadores da vida cristã, ele agora vai apresentar o desafio das escolhas: ”Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (7.13,14) Nestas escolhas temos que ter cuidado com nossos guias. Parece que ele sabia que isto iria acontecer. Paulo vai falar sobre isto. Pedro, em suas cartas também. João, idem. O crente que deseja fazer a boa escolha tem que escolher o padrão de Cristo: ”Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” (7.15) Nestas palavras ele nos ensina a olhar para os frutos do ministério do guia, de forma a identificar aquele que vive segundo o padrão de Jesus Cristo. Isto demanda algum tempo. Nem sempre é fácil, mas temos que ser cuidadosos e vigilantes: ”Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” (7.16) E para finalizar o ensino ele conclui com a mesma linguagem figurada: ”Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos. Nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” (7.17-20) Agora, ele se volta para outro aspecto da vida cristã: a aparência enganadora. Muitos que ali estavam se vangloriavam de sua vida “santa e pura”, mas isto era só aparente. Na realidade suas vidas íntimas e pessoais eram plenas de erros: ”Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. ” (7.21) Para mostrar o perigo que isto representava ele fala do juízo final, quando tudo será posto às claras: ”Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (7.22,23) Para finalizar o sermão ele passa a falar a respeito dos dois fundamentos sobre os quais podemos construir as nossas vidas. Primeiro, o fundamento sólido da vida cristã autêntica: ”Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.” (7.24) E apresenta logo, figuradamente, o que acontece àquele que constrói a sua vida sobre o fundamento da fé, da esperança e do amor que ele apresentou no sermão: ”E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.” (7.25) Passa logo então a comentar a respeito do segundo fundamento sobre o qual o homem tenta construir a sua vida, o fundamento frágil e movediço da vida distante dos seus ensinos sobre a fé, a esperança e o amor: ”Mas todo aquele que ouve estas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.” (7.26) Para logo a seguir apresentar a conseqüência terrível de tal escolha. A vida construída sobre os fundamentos falsos da vida material, unicamente, sem pensar nas verdades espirituais que são essenciais. ”E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda.” (7.27) O Mestre consolidou neste último trecho do seu sermão, uma síntese de tudo que ensinou antes: Primeiro: o cuidado com as escolhas na vida (7.13,14); Segundo: o cuidado com as escolhas de nossos guias e líderes (7.15-20) Terceiro: o cuidado com a vida de aparência (7.21-23) Quarto: o cuidado com os fundamentos sobre os quais nos erguemos (7.24-27) Vejam que interessante, os dois últimos versículos do capítulo 7, como os dois primeiros versículos do capítulo 5, não fazem parte integrante do sermão propriamente dito, mas falam do antes e do depois: ”Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” (7.28,29) As perguntas que nos ficam: 1ª. Que escolhas estamos fazendo? 2ª. Que líderes estamos seguindo? 3ª. Nossa aparência exterior corresponde à nossa vida interior, verdadeiramente? 4ª. Quais são os fundamentos que orientam o nosso viver? Que neste trimestre o Sermão da Montanha nos tenha feito refletir com profundidade sobre o nosso caráter cristão, a diferença que fazemos no mundo, a aplicação da lei do amor, a oração e sua prática, o perigo da ambição material, a confiança em Deus, os cuidados que devemos ter nas escolhas que fazemos, vivendo vidas cristãs autênticas e construindo o reino de Deus no mundo.