AFRODESCENDENTES Onde tudo começou... Por volta do ano de 1500, Portugueses e Europeus chegaram ao continente Africano; e trouxeram milhões de pessoas para trabalhar como escravos nas novas terras que haviam conquistado: as Américas, uma dessas novas terras era o Brasil. O Brasil é um dos países que mais possui população negra em todo o mundo. Desde que eram escravos, os afros descendentes já possuíam uma infinidade de aspectos próprios, como por exemplo, a cultura, a música, a religião e a arte. História do Dia Nacional da Consciência Negra No dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Importância da Data A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Cotas aos Afrodescendentes Os negros sofrem, ainda hoje, as conseqüências do regime escravagista que perdurou durante longo período de nossa história. Diante desta situação, foi proposto um projeto de lei que institui cotas para a população afrodescendente brasileira em concursos públicos, nas universidades e nos contratos de crédito educativo pelos próximos 50 anos. Os Afrodescendentes perante a Constituição. Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL. Há de se convir que o capitalismo ao superar o escravismo, jamais efetivou o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade para todo o povo. É preciso considerar que profissionalização, qualidade de serviços de educação e acessibilidade a serviços, pelo povo negro, são fundamentais mas não necessariamente suficientes para lidar com a herança atualizada e remodelada da discriminação. QUAIS AS PERSPECTIVAS EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO? Para abordar a problemática da formação educacional da população Afrodescendente brasileira frente aos novos desafios do mercado de trabalho, faz-se necessário considerar os nexos entre o hoje e o ontem. Há que se afirmar mais princípios que juntam frentes, tempos históricos e em especial projetos de transformações múltiplas. Entre estes princípios, deve-se destacar a articulação da luta contra o racismo com as desigualdades de gênero, sem perder a perspectiva de classe. “...que até então tinha sido considerado sob o modo simples da diferença, começa a ser percebido como aquele que nega minha identidade e questiona minha existência” Chantal Mouffe