Direito Constitucional PODER EXECUTIVO Responsável pela função administrativa do Estado, atuando como órgão executivo ou administrativo e função executiva ou administrativa Executivo Dual. É aquele que duas ou mais autoridades exercem a função executiva, sendo sinônimo de Parlamentarismo. A principal diferença entre presidencialismo e parlamentarismo é que no primeiro, uma só autoridade, exerce sozinha, as funções de Chefe de estado e Chefe de governo. Já no segundo, exercem a função executiva duas autoridades. O EXECUTIVO no Brasil é exercido por uma única autoridade - Sistema (ou Regime de Governo) chamado de Presidencialista (surge na Constituição Norte Americana – 1787) ATENÇÃO - são características do presidencialismo: O Presidente é chefe de Estado e de Governo Cláusula de irresponsabilidade política (não dissolve o Congresso Nacional nem impede os seus membros de legislarem, e quem escolhe os auxiliares diretos é o próprio Presidente) 1 Princípio da eletividade (eleições diretas) Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Da Eleição do Presidente e Vice O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-seá, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. A eleição do Presidente da República importará a do VicePresidente com ele registrado. Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerandose eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 2 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Se remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão unicameral do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Vacância do cargo e regras de substituição ATENÇÃO: Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 3 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Vice-Presidente: substituirá o Presidente - no caso de impedimento, e sucederá – no caso de vago Função do vice: além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. ORDEM DE SUCESSÃO PRESIDENCIAL Caso haja impedimento ou vacância dos cargos de Presidente e Vice, suceder-lhe-ão: Presidente da Câmara dos Deputados Presidente do Senado Federal Presidente do Supremo Tribunal Federal VACÂNCIA DO CARGO vacância nos primeiros dois anos do período presidencial: far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. vacância nos últimos dois anos do período presidencial: a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 4 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional ATENÇÃO: em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Em São Paulo, de acordo com o art. 41 da Constituição Estadual, vagando o cargo de governador, faz-se nova eleição 90 dias após a abertura da última vaga, cabendo ao eleito completar o período restante. Se a vacância, contudo, se der no último ano do mandato, o Presidente da Assembleia Legislativa (e, no impedimento deste, o Presidente do Tribunal de Justiça) assumirá e completará o período de governo restante. MANDATO DO PRESIDENTE O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. É possível a reeleição. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 5 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE As atribuições básicas do Presidente da República que, na sessão de posse, deve prestar o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil, estão previstas no art. 84 da Constituição Federal. Este dispositivo lhe atribui poderes de Chefe de Estado (incs. VII, VIII e XIX) e de Chefe do Governo (a exemplo dos incs. II e VI). Leia o artigo 84! I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 6 decretos e regulamentos para sua fiel execução;Professora Amanda Almozara Direito Constitucional V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; 7 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 8 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 9 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 10 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos: Ministros de Estado Procurador-Geral da República Advogado-Geral da União Deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações. Da Responsabilidade do Presidente da República Os crimes que o Presidente pode praticar são: COMUM RESPONSABILIDADE São crimes de responsabilidade, os atos do Presidente que atentem contra: a existência da União; o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 11 a segurança interna do País; Professora Amanda Almozara Direito Constitucional a probidade na administração; a lei orçamentária; o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante: Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Suspensão do Presidente O Presidente ficará suspenso de suas funções: nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. Mas CUIDADO, se decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 12 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional 13 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional OBSERVAÇÕES: Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. DOS MINISTROS DE ESTADO Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas na Constituição e na lei. Leia o dispositivo de competências: I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão 14 no Ministério; Professora Amanda Almozara Direito Constitucional IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República Conselho da República O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República. Quem participa do Conselho: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. 15 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Competência do Conselho da República: I – pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; II - pronunciar-se sobre as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério. Conselho de Defesa Nacional O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. Quem participa do Conselho (como membros natos) I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; Professora 16 Amanda Almozara Direito Constitucional V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Competência do Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático. 17 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional PODER JUDICIÁRIO 340 a.C (Aristóteles); 1690 (John Locke) se sabe que aquele que exerce poder dentro de determinada sociedade desempenha basicamente três atribuições: criando norma geral aplicando norma geral aos casos concretos resolve conflito de interesses que surgiam da aplicação da norma geral. Em 1.748 Montesquieu (espírito das leis) as três atribuições deveriam ser exercidas por órgãos independentes. A terceira atribuição é a função jurisdicional. Conceito. É o poder-dever do Estado mediante o qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para imparcialmente buscar a pacificação social. (Ada Pelegrini, Cândido Dinamarco, Araújo Cintra, Teoria Geral do Processo) 18 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Outro Conceito. Poder-dever do Estado que aplica o direito no caso concreto, substituindo a vontade das partes e resolvendo o conflito com a força definitiva. Deste segundo conceito, extraem-se as características da função jurisdicional: 1) Inércia 2) Substitutividade 3) Definitividade No sistema jurídico brasileiro a escolha dos juízes (de primeiro grau) é por concurso público (foram extintos os cargos de juízes nomeados vogais da justiça do trabalho, indicados pelo setor empregador e pelos sindicatos). Nos tribunais o acesso é por promoção dos juízes de primeiro grau ou por indicação, que pode se dar: - nos tribunais regionais ou estaduais (TRF, TRT e TJ) 1/5 é integrado por membros oriundos da advocacia e do MP que atua no tribunal (10% para cada). - em tribunais superiores, por exemplo, STJ, há outras frações ou percentuais, tais como: os terços do STJ. No STF não há percentuais ou frações. 19 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional - em alguns tribunais as vagas decorrem de cargos exercidos em outros tribunais, por exemplo, TSE é integrado também por ministros do STF e do STJ. Ler art. 94 da CF O STF - Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. Estrutura do Judiciário No Brasil, o Judiciário tem cultura jurídica romano-germânica. São ÓRGÃOS do PODER JUDICIÁRIO: ISTF - o Supremo Tribunal Federal; II STJ - o Superior Tribunal de Justiça; III os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV os Tribunais e Juízes do Trabalho; Vos Tribunais e Juízes Eleitorais; VI os Tribunais e Juízes Militares; VII os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e20 Territórios. Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Justiças: comum e especial Além dos órgãos de superposição (STF e STJ), temos as diversas Justiças, divididas em comum e especial. JUSTIÇA COMUM: Justiça Federal (TRF e juízes federais) Justiça do DF Justiça Estadual comum. JUSTIÇA ESPECIAL: Justiça do Trabalho Justiça Eleitoral Justiça Militar da União e dos Estados 21 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Organograma do Organograma do Poder Judiciário STF STM TST (TJM) TRT JUSTIÇA MILITAR Juiz Auditor Militar JUSTIÇA DO TRABALHO Juiz do Trabalho STJ TSE TJ TRF JUSTIÇA COMUM Juiz de Direito JUSTIÇA FEDERAL Juiz Federal TRE JUSTIÇA ELEITORAL Juizes Designados 22 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Justiça Militar Estadual e inovações da EC 45 A Justiça Militar Estadual só julga policiais militares e corpo de bombeiro militar em regra. Julga os crimes militares previsto no Decreto-lei 1.001/69. A justiça militar estadual JAMAIS julga civis. Não existe exceção. Se houver conexão entre crime militar e crime comum, separam-se os julgamentos. A EC 45 inovou no tocante a justiça militar nos Estados. Inovações: recebeu jurisdição não-criminal. Antes só havia jurisdição criminal. Julga agora ações decorrentes de atos civis militares – Mandado de Segurança. duas formas de julgamentos: julgará de duas maneiras: colegiado. Conselho de Justiça Militar, presidido por juiz auditor militar. Juiz auditor militar julgando singularmente. 23 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Não julga crimes dolosos contra vida pratica por policial militar cuja vítima for civil. a competência será da justiça comum. Se policia militar praticar crime (menos o crime doloso contra vida) e vítima for civil, quem vai julgar é o juiz auditor militar de forma singular. Se PM pratica qualquer crime militar e vítima for policial militar quem vai julgar é a justiça militar de forma colegiada. (§§´s 4o e 5o, art. 125 da CR) – A lei que fala este disposItivo é o decreto lei 1.001 que foi recepcionada como lei pela CR/88. A Justiça militar não julga o crime de abuso de autoridade (lei 4.898/65), sendo julgado pela justiça comum. Pelo STJ, diz que a justiça militar não julga crimes previsto no Código de Trânsito. Tribunal do Júri. É direito fundamental do cidadão (ART. 5o ,). Não está na estrutura do judiciário (art. 92 da CR) e também não há os juizados especiais (art. 98). 24 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) O STF é composto de 11 juízes que recebem o nome de Ministros. Já foram 17. Requisitos para ser ministro do STF: brasileiro nato Idade mínima 35 anos e idade máxima 65 anos. Idoneidade moral, ou reputação ilibada (idônea). Notável conhecimento jurídico. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão escolhidos nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Temos dois poderes indicando membros de outro poder. Freios contrapesos. Não precisa ser juiz para ser ministro do STF. A escolha do Presidente é livre, ao contrário do caso do STJ, que vinculado à categoria. e a e é 25 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional O STF reconheceu o princípio da reserva constitucional de competência originária e, assim, toda a atribuição do STF está explicita, taxativamente, no art. 102, I da CF. Na hipótese do STF não conhecer a sua competência originária, deverá, nos termos do art. 113, § 2º do CPC, e do art. 21, § 1º do RISTF, indicar o órgão que repute competente para o julgamento do feito ajuizado originariamente, atribuição esta autorizada, inclusive, ao Relator monocraticamente. Leia depois e compare com as competências do STF – art. 102 da CF! 26 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA O STJ é um tribunal nacional, não federal, porque tem a função de uniformizar as decisões dos Estados. Foi criado em 1988 com a CF, até então ela o Tribunal Federal de Recursos. STJ é composto de no mínimo 33 ministros. O STJ e TSE são dois tribunais em que a CF não estabelece número fixo. Assim é possível majorar o número desses tribunais. ATENÇÃO: hoje se defende que o número 11 dos ministros do STF é cláusula pétrea, porque senão o Presidente poderia aumentar para colocar gente de sua confiança. A composição do STJ é composição vinculada à categoria. Requisitos para ser ministro do STJ. ser brasileiro (nato ou naturalizado). FELIX FISCHER é alemão naturalizado brasileiro. Idade mínima 35 e máxima 65 anos. Reputação ilibada. Notável conhecimento jurídico. 27 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional A escolha é vinculada às categorias: 1/3 (11) desembargadores dos TRF´s; 1/3 dentre desembargadores dos tribunais de justiça terço restante dentre representantes do MP (Federal ou Estadual) e Advogados. CUIDADO: Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. 28 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Como é feita a escolha? Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão escolhidos e nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Procedimento: no caso dos juízes dos TRF’s e dos desembargadores do TJ, o STJ que elaborará lista tríplice, enviando-a ao Presidente da República, que indicará um e nomeará após a aprovação do Senado Federal. No caso dos advogados e membros do MP, serão eles indicados na forma as regras para o “quinto constitucional”, anteriormente apresentadas, segundo o art. 94 da CF. Justiça Federal Tem como competência TODAS AS CAUSAS em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal FOREM INTERESSADAS NA CONDIÇÃO DE AUTORES, RÉS, ASSISTENTES OU OPONENTES, EXCETO AS DE FALÊNCIA, as de ACIDENTES DE TRABALHO e as SUJEITAS À JUSTIÇA ELEITORAL E A DO TRABALHO, e todas as causas indicadas no art. 109 da CF. 29 Leia o artigo 109! Professora Amanda Almozara Direito Constitucional O território nacional foi dividido em 05 regiões federais. É possível a criação de outras regiões. TRF 1 – Brasília e mais 13 Estados (todos do Norte, Centro-Oeste – menos MS - MG e BA, MA, PI). TRF 2 – Fica no RJ (RJ e ES) TRF 3 – SP (sede) e MS. TRF 4 – Porto alegre (sede) RS, SC, PR. TRF 5 – Sede Recife Pernambuco – Todos os Estados do Nordentes menos BA, PI, MA. O concurso para juiz federal é regional. Não pode mudar de região, só se houver permuta com a anuência dos dois tribunais. (O concurso do MPF é nacional) São órgãos da JUSTIÇA FEDERAL: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. 30 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Os TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de 30 e menos de 65 anos. I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente. Primeiro grau de jurisdição: juiz federal. Não existe comarca e sim sessão judiciária federal (cada estado é uma seção) e esta se subdivide em subseção (de Taubaté, por exemplo). Justiça Estadual Tem competência residual. Cada Estado possui Tribunal de Justiça. Número de desembargadores - no mínimo 07 (SP tem 360) Idade mínima: 30 anos. 1/5 dos TJ´s é composto por MP e advogado. 31 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Primeiro grau de jurisdição: Juiz de Direito e a justiça estadual é dividido em comarcas. As categorias de comarcas estão na lei de organização judiciária estadual. São órgãos da JUSTIÇA ESTADUAL: I - os Tribunais de Justiça; II - os Juízes Estaduais. 32 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Justiça Eleitoral São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. A justiça eleitoral não possui quadro próprio de juízes. Ela empresta juízes da justiça estadual e da justiça federal. A regra é que todos aqueles juízes da justiça eleitoral exercem mandato de 02 anos, permitindo-se uma única redução por mais dois anos. A justiça eleitoral é justiça federal. Quem exerce as funções eleitorais são servidores federais nos termos do art. 327 do CP. 33 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO Tem por finalidade a garantia da independência para que membros possam decidir com liberdade, sem temor, sem medo dos demais poderes. Garantia Institucional. Protege o poder judiciário como instituição. Garantem o poder judiciário como um todo. Se dividem em 02: Garantia de autonomia orgânica administrativa (art. 96, I da CF). Significa autogoverno dos tribunais, que significa, que a direção é eleita pelos seus próprios membros. Os tribunais tem competência para eleger seus órgãos diretivos. Os tribunais criam os seus regimentos internos. E tribunais decidem sobre sua organização administrativa, possuindo, portanto, três facetas. Garantia de autonomia financeira (art. 99 e 168 da CF). A CF garante o repasse do duodécimo do Poder Judiciário, tem orçamento próprio, dentro do orçamento geral. Se governador não passar o duodécimo é caso de intervenção federal no tocante à justiça estadual. Se executivo federal não repassar é crime de responsabilidade (art. 85) 34 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO Tem por finalidade a garantia da independência para que membros possam decidir com liberdade, sem temor, sem medo dos demais poderes. Garantia Institucional. Protege o poder judiciário como instituição. Garantem o poder judiciário como um todo. Se dividem em 02: Garantia de autonomia orgânica administrativa (art. 96, I da CF). Significa autogoverno dos tribunais, que significa, que a direção é eleita pelos seus próprios membros. Os tribunais tem competência para eleger seus órgãos diretivos. Os tribunais criam os seus regimentos internos. E tribunais decidem sobre sua organização administrativa, possuindo, portanto, três facetas. Garantia de autonomia financeira (art. 99 e 168 da CF). A CF garante o repasse do duodécimo do Poder Judiciário, tem orçamento próprio, dentro do orçamento geral. Se governador não passar o duodécimo é caso de intervenção federal no tocante à justiça estadual. Se executivo federal não repassar é crime de responsabilidade (art. 85) 35 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional 2) Garantias Funcionais. Protegem os membros (órgãos) do poder judiciário. Protegem os Magistrados individualmente em razão do exercício da função que está a desempenhar. Portanto, não está ligada à pessoa. Se dividem em: São (art. 95 da CF): Vitaliciedade: obtida após 2 anos de efetivo exercício do cargo. Até ser vitaliciado o juiz passa por estagio probatório, quando então a perda d cargo depende de deliberação a que estiver vinculado, cuja decisão tem natureza administrativa. Após ser vitaliciado o juiz só perde o cargo por decisão transitada em julgado (de natureza jurisdicional), seja por ação cível (por exemplo, improbidade administrativa) ou por ação penal. Independentemente disso o juiz pode sofrer sanções que vão desde o afastamento ate a aposentadoria compulsória. 36 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Inamovibilidade: o que significa que o juiz só se desloca do seu local de trabalho por ato de vontade própria. A remoção forçada é excepcional e deve ser determinada pela maioria absoluta do tribunal competente ou do CNJ, em caso de interesse público. Há divergências quanto ao fato do juiz substituto ter inamovibilidade. Irredutibilidade de subsídios: trata-se de garantia assegurada a qualquer trabalhador da iniciativa pública ou privada. É compreendida no sentido de redução nominal, ou seja, não há violação se os subsídios não forem reajustados periodicamente. As vedações constitucionais são as seguintes (art. 95, parágrafo único): Exercer qualquer outra atividade econômica. O propósito é impor a exclusiva dedicação à magistratura. Admite-se apenas a atividade de magistério (a CF menciona “uma”, mas o STF entendeu que não importa a quantidade de vínculos, mas sim o tempo que se dedica ao magistério). 37 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Receber custas ou participação em processo a qualquer título ou pretexto. Dedicar-se à atividade política ou partidária. Mesmo inexistindo filiação o juiz não pode ter atividade político partidária, para preservar a sua imparcialidade. Receber a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas exceções previstas em lei (por exemplo, admite-se que o juiz seja membro de associação de juízes e que receba ajuda de custo para os gastos o exercício de funções associativas). A LOMAN e resoluções do CNJ vedam o exercício de qualquer outra função em instituições associativas (Lions, institutos acadêmicos, etc., desde que o juiz exerça função de direção). O juiz não pode sequer receber brindes. 38 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional 39 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Súmula Vinculante A fim de conter a multiplicação de processos sobre questões idênticas, a Emenda 45/04 criou a figura da Súmula Vinculante prevista no art. 103A, CF e disciplinada pela Lei 11.417/06. Isto significa que, após reiteradas Decisões sobre Matéria Constitucional proferidas no Controle Difuso, o STF, pelo voto de 2/3 de seus Membros, poderá editar Súmula com enunciado Vinculante em relação a todos os Órgãos do Judiciário e da Administração Pública Direta e Indireta, Federal, Estadual e Municipal. O STF poderá inclusive atribuir efeito Vinculante às Súmulas que havia editado sem este caráter, bastando que as ratifique pelo voto de 2/3 de seus Membros. Embora a Doutrina Majoritária interprete o pressuposto “Reiteradas Decisões” no sentido de Jurisprudência Consolidada, o STF tem seguido linha diversa, adotando para cada caso uma singular posição sobre o que é reiterado. 40 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. 41 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso." A Súmula Vinculante aprovada terá EFICÁCIA IMEDIATA, mas seu alcance poderá ser modulado pelo STF por razões de segurança jurídica ou excepcional interesse público. A Constituição, ao tratar deste instituto, só fez referência expressa a seu Efeito Vinculante. Pelo menos textualmente, não fez referência a EFICÁCIA CONTRA TODOS. Por este motivo, por enquanto, tem prevalecido o entendimento que esta Súmula tem apenas Força Normativa dirigida aos Órgãos por ela vinculados, mas, NÃO TEM EFICÁCIA “ERGA OMNES”, NÃO INVALIDANDO LEI. 42 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional O descumprimento da Súmula Vinculante, permitirá à parte interessada, a propositura de Reclamação perante o STF, com base no art. 102, I , alínea i da CF e Lei 8038/90. No caso de Impugnação de Decisão Judicial, o STF, ao julgar a Reclamação caçará a decisão judicial reclamada, cabendo a seu prolator proferir outra. O Juiz só não aplicará a súmula vinculante se entender que os fatos narrados na ação que julgará não se enquadram na hipótese do enunciado da súmula. Quanto ao descumprimento por parte da Administração Pública, a Lei 11.417/06 estabeleceu que só será permitida a propositura de Reclamação, APÓS O ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA. PROPOSTA A RECLAMAÇÃO, SE FOR JULGADA PROCEDENTE, O SUPREMO ANULA O ATO DA ADMINISTRAÇÃO. 43 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional 44 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional Conselho Nacional de Justiça Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 45 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. § 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, 46 caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. Professora Amanda Almozara Direito Constitucional § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revêlos ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; 47 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; 48 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: I) receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; II) exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; III) requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. 49 Professora Amanda Almozara Direito Constitucional § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. 50 Professora Amanda Almozara