MOMENTO
CIENTÍFICO
08/05/2014
Apresentação – Dr. Paulo Guilherme de Faria Canassa
Orientação - Dra. Maria Luiza de Melo Paulo
Orientação Científica – Dr. Alexandre Leopold Busse
Editorial – Dra . Keila Higa Taniguchi
Introdução
Definições
Admissões
Hospitalares
• ↑ Idosos dependentes que vivem no domicílio.
• Representam 10% da população ≥ 65 anos => pacientes frágeis.
• Principais causas => morbidades, seguimento irregular, problemas sociais.
• Admissão hospitalar prévia => ↑ mortalidade
• Intervenções na atenção primária (cuidados de saúde + serviço social) => ↓
admissões hospitalares.
• Úlceras de pressão => ↑ 2x o risco de mortalidade.
Literatura
Arch Gerontol Geriatr 2007,
44(Suppl 1):217–223.
Int Wound J 2008, 5:625–631.
Objetivos
• Primário:
- Identificar variáveis preditoras de mortalidade => coorte de
idosos atendidos em assistência domiciliar.
• Secundário:
- Identificar variáveis preditoras de mortalidade => subgrupo de
pacientes admitidos em cuidados hospitalares no ano anterior
a sua inserção no sistema de cuidados domiciliares.
Métodos
• Modelo
• Estudo
longitudinal =>
seguimento de uma coorte
de idosos em atenção
domiciliar durante um ano.
• Localidade
• Catalunha (Espanha) =>
atenção primária realizada
por 340 equipes de saúde
da família => abrangência
de área com 5 a 25 mil
habitantes.
Amostra
• Pacientes selecionados => já em regime de assistência
domiciliar.
• Recrutamento => primeiro de julho a 31 de dezembro de
2005.
• 378 médicos da atenção primária.
• Recrutamento de 3 pacientes cada um, sem randomização =>
aplicação de questionários + coleta de dados.
Criterios de Inclusão e
Exclusão
Inclusão
• ≥ 65 anos
• não institucionalizados
• portadores de doenças
crônicas
• incapazes de buscar de
forma autônoma
cuidados na atenção
primária
Exclusão
• recusa em participar
• seguimento < 9
meses/ano
• expectativa de vida < 4
meses
• cuidados transitórios
pós-cirúrgicos
• pacientes e cuidadores
com diagnóstico de
demência
Dados
• Coletados no início e após uma ano de seguimento:
- características clinicas;
- comorbidade (Charlson);
- status funcional (Barthel);
- status cognitivo (Pfeffer);
- presença de úlceras de pressão;
- risco de surgimento de úlceras de pressão (Braden);
- status de saúde subjetivo (SF – 12);
- risco social (Gijón);
- carga de estresse do cuidador (Zarit);
Análise Estatística
Análise
Descritiva
Modelo de
Regressão
Logística
• Comparação: sobreviveram x faleceram.
• Man-Whitney-Wilcoxon.
• Qui-quadrado ou Fisher.
• Variável dependente => status vital.
• Técnica de stepwise.
• Duas análises separadas (total e subgrupo de
pacientes com hospitalização no ano
anterior).
• Curva ROC e teste de Hosmer-Lemeshow avaliação do poder discriminatório do
modelo.
Resultados
1093 pacientes
92 perderam
seguimento
1001 pacientes completaram o estudo
209 pacientes
faleceram
(28,9%)
711 pacientes
sobreviveram
(71,1%)
• Modelo Preditivo Resultante:
• Probabilidade de óbito em um ano: - 3.423 + 1.951 x (se gênero masculino) +
0.449 x (Charlson) – 0.404 x (Charlson se gênero masculino) + 1.180 x (se
paciente recebeu reabilitação domiciliar) + 1.444 x (se úlceras de pressão grau 1
e 2) + 1.594 x (se úlceras de pressão grau 3 e 4).
•
•
•
Área sob a curva ROC = 0.754 (IC 95% de 0,689 a 0,820).
Sensibilidade de 65,12%.
Especificidade de 71,11%.
Discussão
Idosos em assistência domiciliar => população frágil => alto risco
de óbito (1/4 da população do presente estudo ao longo do ano
de seguimento).
Principal limitação do estudo => amostra não randomizada.
Pacientes que perderam seguimento => provavelmente
mais enfermos.
Variáveis não avaliadas => desnutrição e fragilidade.
Admissão hospitalar => agravamento de um estado patológico prévio.
=> custos para a família.
=> custos para o sistema de saúde.
Orientações aos familiares => manter tais pacientes em casa durante
episódios agudos.
Modelo preditivo => evitar hospitalizações nos pacientes com alto risco de
óbito.
Pacientes com baixa expectativa de vida => indicação de cuidados
paliativos.
Para o Futuro ...
• Avaliar se detecção, avaliação e tratamento adequados de
morbidades melhorariam a sobrevivência.
• Avaliar a eficácia de ações preventivas em relação a úlceras
de pressão.
• Sugestão de pesquisa em relação a pacientes que se
beneficiariam mais de cuidados de fim de vida em domicilio.
Editorial
1) A área sob a curva ROC determinada pelo escore de prognóstico
proposto pelo estudo é adequada para definir risco de
mortalidade? Esse escore tem aplicabilidade clínica na nossa
realidade?
2) De acordo com a literatura, qual seria a melhor abordagem ao
cuidador com alta carga de estresse?
3) A mortalidade em 1 ano dos pacientes do estudo foi de 28,9%.
Este dado é parecido com a mortalidade observada nos pacientes
idosos atendidos pelo NADI? Se diferente, como você interpreta
essa diferença?
4) A presença de úlceras de pressão mostrou-se preditor
independente de mortalidade na população avaliada. Pela sua
experiência, o tratamento de tais lesões teria impacto na
mortalidade?
MUITO OBRIGADA!
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