1) A área sob a curva ROC determinada pelo escore de prognóstico proposto pelo estudo é adequada para definir risco de mortalidade? Esse escore tem aplicabilidade clínica na nossa realidade? • • • Área sob a curva ROC = 0.754 (IC 95% de 0,689 a 0,820). Sensibilidade de 65,12%. Especificidade de 71,11%. Probabilidade de óbito em um ano: -3.423 + 1.951 x (se gênero masculino) + 0.449x(Charlson) – 0.404 x (Charlson se gênero masculino) + 1.180 x (se paciente recebeu reabilitação domiciliar) + 1.444 x (se UP G 1-2) + 1.594 x (se UP G 3-4). 2) De acordo com a literatura, qual seria a melhor abordagem ao cuidador com alta carga de estresse? • Atividade física – benefícios psicológicos em cuidadoras idosas (Physical activity in caregivers: What are the psychological benefits? Loi SM et al. Arch Gerontol Geriatr. 2014 Apr 18.) • Cuidadores formais para auxiliar o cuidador informal (The hospice caregiver support project: providing support to reduce caregiver stress. Empeño J et al. J Palliat Med. 2011 May; 14(5):593-7. Epub 2011 Mar 25) • Recursos para melhorar a saúde de cuidadores de pacientes com Alzheimer (Impact of a community based implementation of REACH II program for caregivers of Alzheimer's patients. Lykens K et al. PLoS One. 2014 Feb 27;9(2):e89290.) – Atividades de treino de cuidadores: role playing, práticas interativas, treinamento de habilidades, grupo de suporte por telefone. 3) A mortalidade em 1 ano dos pacientes do estudo foi de 28,9%. Este dado é parecido com a mortalidade observada nos pacientes idosos atendidos pelo NADI? Se diferente, como você interpreta essa diferença? 28,5% de óbito em 1 ano no NADI 4) A presença de úlceras de pressão mostrou-se preditor independente de mortalidade na população avaliada. Pela sua experiência, o tratamento de tais lesões teria impacto na mortalidade? • Levando-se em consideração a população avaliada: – idosos dependentes muito idosos (média de 84 anos), – com multimorbidades (Charlson 2,9 e 3,8 dos que faleceram, total e subgrupo, respectivamente) Provavelmente a população já tem um prognóstico pior e com indicação de cuidados paliativos. Nestes casos, o tratamento da UP não traria impacto na mortalidade. A presença de UP provavelmente seria devido um risco interno, não modificável (idade e comorbidades) O risco de UP pela escala de Braden seria pequeno: pontuação média nos óbitos de 18 (total) e 17,5 (subgrupo) • A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, e assim como nos demais órgãos, pode ocorrer disfunção quando a pessoa está em fase final de vida devido a doença crônica, avançada ou frente a agravos agudas que não respondam ao tratamento proposto ou devido a alteração sistêmica ocasionada pelo tratamento. • Úlceras por pressão podem ser inevitáveis como resultado das modificações da pele no final da vida. • Termos conhecidos: “decubitus ominosus”, “úlcera terminal de Kennedy”