Lam CY, Tay L, Chan M, Ding YY, Chong MS. Prospective observational study of
delirium recovery trajectories and associated short-term outcomes in older adults
admitted to a specialized delirium unit. J Am Geriatric Soc. 2014 Sep;62(9):1649-57.
Estudo Prospetivo Observacional de trajetórias de recuperação de delirium
e associação à desfechos de curto prazo em idosos admitidos em uma
Unidade Especializada em Delirium
Residente: João Paulo de Araújo Carvalho
Orientador: Alexandre Busse
Editorial: Flávia Campora
Preceptor : Marcos Saraiva
INTRODUÇÃO
Residência Médica em Geriatria- FMUSP 2014, João Paulo de Araújo Carvalho
Delirium
Introdução
 Incidência de 14% a 24% na admissão e 6% a 56% durante a internação
 Fator independente:
 Maior mortalidade hospitalar
 Maior mortalidade em 12 meses
 Internação prolongada
 Maior probabilidade de institucionalização
na alta hospitalar
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Delirium
Introdução
Distúrbio de
atenção
Desenvolve em
curto período
(hora a dias) e
tende a flutuar
Delirium
Alteração do
nível de
consciência
Pensamento
desorganizado
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Delirium Subsindrômico (DSS)
Introdução
 Após episódio de Delirium
Remissão completa dos sintomas
Prejuízo Cognitivo
Delirium
DeliriumSubsindrômico
SubsindrômicoResidual
Residual(DSS
(DSSresidual)
residual)
 Conhecer trajetórias de Delirium e DSS residual
 Prevenir sequelas clínicas – permitir o desenvolvimento de intervenções
específicas
 Melhorar comunicação com os idosos e cuidadores
 Planejamento adequado de alta
OBJETIVOS
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Objetivos
 Analisar as trajetórias do espectro do delírium durante uma
internação hospitalar para cuidados agudos e determinar fatores
associados com a subsequente desenvolvimento de DSS residual
(Delirium Rating Scale (DRS) escore de gravidade ≥13) e os
resultados adversos.
METODOLOGIA
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Participantes e Ambiente
Metodologia
 Indivíduos com delirium internados na Unidade de Monitoramento
Geriátrico (UMG)- Singapura
 Período: Dezembro de 2010 e agosto 2012
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
 Idade ≥ 65 anos;
 Delirium diagnosticado por um geriatra através do CAM e que foram
encaminhados a UMG.
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Metodologia
Participantes e Ambiente
Metodologia
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
 Doenças médicas que necessitam acompanhamento especial;
 Precauções respiratórias ou precauções de contato;
 Coma, doença terminal e afásicos ;
 Agitação com alto risco de dano;
 Transferência prematura da UMG;
 Admitidos a partir de uma instituição de longa permanecia;
 Recusa do familiar.
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Metodologia
Unidade de Monitoramento Geriátrica (UMG)
Metodologia
 Unidade de 5 leitos
 Protocolos padronizados para o gerenciamento de comprometimento
cognitivo, privação do sono, a imobilidade, deficiência visual, déficit
auditivo e desidratação
 Adesão total a todas as intervenções essenciais no protocolo foi obtida
 Sistema dinâmico para as transferências
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Metodologia
Coleta de Dados
Metodologia
 Características demográficas: idade, sexo, raça, duração do delirium (dias)
 Escalas realizada na admissão e diariamente:
 Índice de Charson modificado e Índice de Gravidade de Doença modificado.
 Mini-Exame do Estado Mental e Índice de Barthel modificado (MBI)
 Taxa de frequência de contenção química (Clorpromazina)
 Demência prévia
 Um geriatra especialista em distúrbio da cognição avaliava todos os
participantes na admissão à UMG
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Avaliação do Delirium
Metodologia
 DRS-R98 severity (15,25 corte - 92% de sensibilidade, 93% de especificidade)
 13 itens de severidade e 3 de diagnostico
Pontuação máxima 46
 Recuperação do delirium :
Quando critérios CAM não foram atendidos e houve melhora no
aspecto cognitivo e nos escores de gravidade de delirium.
 Classificação do subtipo de delirium foi documentado (hiperativo,
hipoativo, misto) durante a admissão
 Delirium Subsindrômico não foi definido durante a coleta de dados.
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Definindo Delirium Subsindrômico (SSD) Residual
 Fase de recuperação
Metodologia
 Síndrome completa do delirium não esta bem caracterizada;
 E os critérios diagnósticos não foram preenchidos.
 Escore de gravidade DRS-R98 de 13 ou superior em pacientes na fase de
recuperação (Percentil 75)
 Desfechos
 Taxa de úlcera de pressão, Infecção nosocomial, Tempo de internação,
Mortalidade hospitalar e destino após alta (casa ou ILP)
 Resultados adversos
 Mortalidade hospitalar e incidência de institucionalização
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Análise Estatística
 Variáveis paramétricas
 Teste t independente
Metodologia
 Variáveis não paramétricas
 Mann-Whitney U
 Variáveis categóricas
 Qui-quadrado e Exato de Fisher
 Ajuste para idade, sexo, comorbidade, gravidade da doença, e o diagnóstico de
demência
 Regressão logística múltipla
RESULTADOS
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Figura 1. Fluxograma de
participantes com delírio
admitido na unidade de
acompanhamento
geriátrico
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Tabela 1. Características demográficas e clínicas de todos os participantes e
subgrupos com e sem Delirium Subsindrômico Residual.
_________
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Residência Médica em Geriatria- FMUSP 2014, João Paulo de Araújo Carvalho
Tabela 1. Características demográficas e clínicas de todos os participantes e
subgrupos com e sem Delirium Subsindrômico Residual.
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Residência Médica emeGeriatriaFMUSP dos
2014,indivíduos
João Paulo de admitidos
Araújo Carvalho
Tabela 2. Avaliação Geriátrica Multidimensional
os resultados
na
Unidade de Monitoramento Geriátrico (UMG)
Tabela 02
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Figura 2. Trajetórias do espectro de delirium classificados de acordo com
presença ou ausência de delírio subsindromal residual. (A) Tendência de recuperação de
delírio de participantes nos primeiros 5 dias de internação na unidade de
acompanhamento geriátrico (GMU) como refletida pela média diária de Delirium Rating
Scale Revised-98 (DRS-R98) pontuação na escala de gravidade.
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Figura 2. Trajetórias do espectro de delírio classificados de acordo com presença ou
ausência de delírio subsindromal indica mais grave delírio. Superior Mini-Exame do Estado
Mental residual. (B) tendência de retorno cognitivo de participantes nos primeiros cinco
dias de internação na GMU como refletida pela média diária do Mini-Exame chinês do
Estado Mental pontuação. Ajustado para a idade, sexo, e demência subjacente. Maior
pontuação média DRS-R98-gravidade chinês (CMMSE) indica um melhor desempenho
cognitivo.
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Tabela 3. Modelos preditivos para Delirium subsindrômico Residual e Resultados
adversos
DISCUSSÃO
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DiscussãoSubsindrômico Residual
Delirium
Discussão
 O presente estudo explorou o conceito de DSS residual, incluindo a sua
utilidade na predição de retardo na recuperação de delírio durante a fase
inicial de doença aguda
 O delirium dos participantes com SSD residual durou mais tempo e tinha
uma trajetória de recuperação mais lenta do que aqueles sem SSD residual
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DiscussãoSubsindrômico Residual
Delirium
Discussão
 Primeiro estudo a examinar trajetórias de recuperação de delirium diária
avaliação diária de gravidade (DRS-R98), estado cognitivo e desempenho
funcional
 Delirium como um transtorno com espectro de diferentes trajetórias de
recuperação cognitiva
 Curso heterogêneo e imprevisível
 A capacidade de prognosticar recuperação da trajetória no início do
delirium irá facilitar o planejamento terapêutico.
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Preditores de Delirium Subsindrômico Residual
 Gravidade do delirium na admissão
 Presença de demência subjacente
Preditores de recuperação de Delirium durante a internação
 Gravidade de delirium no 3º dia de internação
 MEEM inicial
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Recuperação delirium sem DSS residual
 Melhora na gravidade do delirium alcançado no terceiro dia
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DiscussãoSubsindrômico Residual
Delirium
Discussão
 Demência
Delirium Subsindrômico Residual
 Baixa reserva cognitiva
 Subitens do DRS que avaliam cognição
 DSS residual
 Maior mortalidade e Institucionalização
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DiscussãoSubsindrômico Residual
Delirium
Discussão
 DRS 18 x CAM
 75,2 % x 79,1%
 Diferenças significativas nas taxas de progressão na gravidade do
delirium, cognição e estado funcional
 Os autores favorecem o DRS-R98 sobre o CAM para a definição
operacional de DSS residual pois é uma escala mais precisa e mais fácil
comparação.
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Discussão
Limitações
Discussão
 Falta de dados sobre o estado funcional prémórbido
 Viés de seleção
 Viés de observação
CONCLUSÕES
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Conclusões
Este estudo mostra que o delirium é um espectro de uma doença e que
SSD residual é uma condição comum em idosos hospitalizada durante a
recuperação do delirium;
Indivíduos com DSS após um episódio delirante agudo tem uma
trajetória de recuperação maior, o que pode levar a resultados adversos
de curto prazo.
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Perspectivas futuras
A análise dos dados a partir de 6 e 12 meses de acompanhamento é
planejada, a fim de examinar os efeitos de DSS residual em resultados
a longo prazo.
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Obrigado!
Contato: [email protected]
Teresina-PI
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Residente - Geriatria Cientifica