COMPARAÇÃO DE MÉDIAS: Teste Tukey Lima, PC Lima, RR COMPARAÇÕES DAS MÉDIAS DOS TRATAMENTOS Quando o teste F da Análise de Variância for significativo devemos identificar as diferenças entre os efeitos dos tratamentos. Os efeitos dos tratamentos não são estimáveis mas a média de um tratamento qualquer é uma estimativa de: Assim a diferença entre as médias dos tratamentos A e B é dada por: A comparação entre duas médias de tratamentos corresponde à comparação entre os efeitos desses tratamentos. COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS Quando o fator for qualitativo, o procedimento apropriado para a comparação das médias dos tratamentos é a comparação das médias tomadas 2 a 2. Se o experimento tiver 3 tratamentos as comparações das médias 2 a 2 são: Se o experimento tem K tratamentos são possíveis K(K - 1)/2 comparações do tipo: para i ≠ j. As hipóteses para cada comparação são do tipo: A probabilidade do Erro Tipo I em cada teste é α. A probabilidade de não rejeitarmos hipóteses verdadeiras em todas as n = K(K - 1)/2 comparações é: (1 – α)n TESTE TUKEY A aplicação deste teste consiste em comparar a diferença entre as duas médias com: Se os tratamentos tiverem o mesmo no de repetições: COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS APLICAÇÃO DO TESTE TUKEY TESTE TUKEY Roteiro para aplicação do teste Tukey Vamos utilizar um roteiro prático para a aplicação do teste Tukey às médias dos tratamentos. As médias serão identificadas por letras: os tratamentos cujas médias tenham pelo menos uma letra em comum, têm efeitos iguais na variável resposta, segundo o teste Tukey, ao nível α de probabilidade. 1 Ordenar as médias (ordem decrescente) 2 Colocar a letra a para a maior média. Esta é a primeira média base 3 Subtrair a DMS da média base. Toda média contida no intervalo não difere da média base. A primeira média fora do intervalo é diferente da média base 4 Se o intervalo não contiver a última média, mudar a base para a próxima média senão parar 5 Se a média base for a última média parar senão voltar ao passo 3 TESTE TUKEY Roteiro para aplicação do teste Tukey Sejam os seguintes tratamentos e suas médias fictícias: Tratamentos D A B E C Médias 88 b 104 a 99 99 a 86 86 b 91 91 b DMS = 5 Vamos aplicar o teste Tukey. Tratamentos Médias A B C D E 104 a 99 a 91 b 88 b 86 b Passos 1 e 2: Passo 3: 104-5=99 Passos 4 e 5 Passo 3: 99-5=94 Passos 4 e 5 Passo 3: 91-5=86 Passos 4 - FIM 1 Ordenar as médias (ordem decrescente) 2 Colocar a letra a para a maior média. Esta é a primeira média base 3 Subtrair a DMS da média base. Toda média contida no intervalo não difere da média base. A primeira média fora do intervalo é diferente da média base 4 Se o intervalo não contiver a última média, mudar a base para a próxima média senão parar 5 Se a média base for a última média parar senão voltar ao passo 3 EXPERIMENTO kg/10m2 Os dados são as produções em de cinco cultivares de milho. Foi utilizado o sorteio inteiramente ao acaso para as parcelas. Cultivares Repetições EXEMPLO 1 Ficha do Experimento A B C D E Fator: CULTIVARES I 2,6 2,0 1,9 1,2 2,2 Categorias: A, B, C, D e E II 3,2 2,2 1,8 1,1 2,2 Tratamentos: A, B, C,D e E III 2,8 1,6 2,0 1,3 2,2 IV 2,8 1,8 2,0 1,4 2,3 No de Repetições: 4 Tamanho da Parcela: 10 m2 Bordadura: não informado Aleatorização: Inteiramente ao Acaso Variáveis Resposta: Produção (kg/m2). CÁLCULOS DAS SOMAS DE QUADRADOS Cultivares Repetições I II III IV Totais A 2,6 3,2 2,8 2,8 11,4 B C 2,0 2,2 1,6 1,8 7,6 D 1,9 1,8 2,0 2,0 7,7 EXEMPLO 1 E 1,2 1,1 1,3 1,4 5,0 2,2 2,2 2,2 2,3 8,9 40,6 Tabela da Análise de Variância FV GL SQ QM Cultivares 4 5,39 1,35 Resíduo 15 0,47 0,03 Total 19 5,86 EXEMPLO 1 Fc Fα% 45,00 * 3,06 CV = 8,5% Tabela 1 – Limites Unilaterais de F ao nível de 5% de probabilidade (parte) n1 n2 ... 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 ... 4,84 4,75 4,67 4,60 4,54 4,49 4,45 ... 3,98 3,89 3,81 3,74 3,68 3,63 3,59 ... 3,59 3.49 3,41 3,34 3,29 3,24 3,20 ... 3,36 3,26 3,18 3,11 3,06 3,01 2,96 ... 3,20 3,11 3,03 2,96 2,90 2,85 2,81 ... ... ... 4 GL de tratamentos e 15 GL do resíduo, portanto F5% = 3,06 FV GL SQ QM Cultivares 4 5,39 1,35 Resíduo 15 0,47 0,03 Total 19 5,86 Fc Fα% 45,00 * 3,06 O valor de q a 5% , para 5 médias e 15 GL do resíduo é obtido na tabela abaixo: Tabela 2 – Amplitude estudentizada para uso no teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade n1 – número de médias (tratamentos) n2 – número de graus de liberdade do resíduo n1 n2 ... 13 14 15 16 17 2 3 4 5 6 ... 3,06 3,03 3,01 3,00 ... 3,74 3,70 3,67 3,65 ... 4,15 4,11 4,08 4,05 ... 4,45 4,41 4,37 4,33 ... 4,69 4,64 4,60 4,56 ... ... ... CÁLCULO DA DMS Aplicação do Teste Tukey Médias Tratamentos Médias Tratamentos A B C D E Médias 2,9 2,9a 1,9 1,9 b 1,9 1,9 b 1,3 1,3 c 2,2 2,2 b DMS = 0,4 A E B C D 2,9 a 2,2 b 1,9 b 1,9 b 1,3 c Passos 1 e 2: Passo 3: 2,9 – 0,4 = 2,5 Passos 4 e 5 Passo 3: 2,2 – 0,4 = 1,8 Passos 4 e 5 Passo 3: 1,9 – 0,4 = 1,5 Passos 4 e 5 Passo 3: 1,9 – 0,4 = 1,5 Passos 4 e 5 = FIM Roteiro para aplicação do teste Tukey 1 Ordenar as médias (ordem decrescente) 2 Colocar a letra a para a maior média. Marcar com média base 3 Subtrair a DMS da média base. Toda média contida no intervalo não difere da média base. A primeira média fora do intervalo é diferente da média base 4 Se o intervalo não contiver a última média, mudar a base para a próxima média senão parar 5 Se a média base for a última média parar senão voltar ao passo 3 Tabela da Análise de Variância FV GL SQ QM Cultivares 4 5,39 1,35 Resíduo 15 0,47 0,03 Total 19 5,86 CV = 8,5% Produções Médias (kg/m2) de milho. Cultivares Médias A 2,9 a B 1,9 b C 1,9 b D 1,3 E 2,2 b c As médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. EXEMPLO 1 Fc Fα% 45,00 * 3,06 ATÉ A PRÓXIMA!