História do Brasil República da Espada Bases Sociopolíticas da República Oligárquica Ideias e Movimentos Urbanos na Primeira República REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930) O REPÚBLICA DA ESPADA (1889 – 1894) – Corresponde aos governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894 – 1930) – Inicia-se com a presidência de Prudente de Morais e termina com a queda de Washington Luís e a ascensão de Vargas ao poder. REPÚBLICA DA ESPADA (1889 – 1894) GOVERNO PROVISÓRIO: (1889- Fevereiro de 1891) Mal. Deodoro da Fonseca ENCILHAMENTO O Ministro da Fazenda: Rui Barbosa O Objetivo: Incentivo ao Crescimento Econômico (realizou-se uma política de incentivo à indústria, caracterizada pela facilitação dos créditos bancários). O Resultado: Gerou-se uma crise conhecida como Encilhamento, que provocou inflação, aumento da dívida pública, quebra de bancos e empobrecimento de inúmeros investidores. CONSTITUIÇÃO DE 1891 CONSTITUIÇÃO DE 1891 O 24/02/1891 O Forma de Governo: República O Forma de Estado: Federalismo O Sistema de Governo: Presidencialismo O projeto foi elaborado por Rui Barbosa, Américo Brasiliense, entre outros, inspirado na constituição dos EUA. Eleições de 1891 (Indiretas) O PRESIDÊNCIA: O Mal. Deodoro da Fonseca O Prudente de Moraes 97 Votos O VICE – PRESIDÊNCIA: O Eduardo Wandenkolk O Mal. Floriano Peixoto 129 Votos 57 Votos 153 Votos A renúncia de Deodoro Conforme o disposto na Constituição de 1891, Deodoro elegeu-se pelo Congresso Constituinte, derrotando Prudente de Morais, representante da chapa de oposição. Essa eleição revelava, entretanto, inúmeros conflitos que perdurariam durante o curto governo de Deodoro, visto que a chapa de oposição conseguiu eleger o vicepresidente: Floriano Peixoto, representante de uma ala militar dissidente (que se separa de um grupo por divergência de opinião). A tendência autoritária do presidente não tardou a entrar em choque com o Congresso. O veto do presidente a um projeto de lei da Câmara dos Deputados, que estabelecia o princípio da responsabilidade do chefe do Executivo, precipitou a crise. Deodoro optou pelo golpe de Estado: o Congresso foi dissolvido e decretado o estado de sítio (período no qual os cidadãos tem certos direitos e garantias individuais suspensos). A ditadura do marechal despertou forte reação, pois a oposição articulava-se nos Estados, francamente apoiada pelos florianistas, ao mesmo tempo que a Marinha se levantava sob o comando do almirante Custódio de Melo: era a primeira Revolta da Armada. Para evitar um conflito armado de maiores proporções, Deodoro renunciou em 23 de novembro, em benefício do vicepresidente Floriano Peixoto. Mal. Floriano Peixoto (1891 – 1894) O Reabertura do Congresso Nacional. O Afastamento dos chefes de governo estaduais (nomeados por Deodoro). O Apoio da aristocracia rural. O Artigo 42 da Constituição: determinava que, caso o presidente da República não chegasse a completar metade de seu mandato, o vicepresidente deveria convocar nova eleição presidencial. O Um manifesto de 13 generais e almirantes, exigindo que Floriano cumprisse o art. 42, foi punido com a reforma (aposentadoria) de seus signatários (aqueles que assinam ou subscrevem um documento). O Floriano enfrentou e reprimiu com violência duas revoltas: a Revolução Federalista (RS) e a Revolta da Armada (RJ). Os dois movimentos, que contavam com a participação de adeptos da Monarquia , acabaram por fundir-se e foram vencidos. Bases Sociopolíticas da República Oligárquica A Segunda fase da República iniciou-se com a ascensão de Prudente de Morais (1894), primeiro civil da República, e estendeu-se até a Revolução de 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas, sendo denominada República Oligárquica. Municipal: coronelismo, voto de cabresto, curral eleitoral. Estadual: Política dos Governadores, manipulação nas eleições. Federal: Política do Café com Leite (SP e MG). Em nome da oligarquia agrária do café, o presidente Campos Sales, antes mesmo de tomar posse, renegociou a dívida do Brasil. O Funding Loan (1902): acordo feito entre o Brasil e os credores internacionais, com o objetivo de sanear as finanças e pagar os empréstimos adquiridos anteriormente. O café, cuja expansão caracterizou a economia brasileira na segunda metade do século XX, foi a base de sustentação da República Velha. Durante o governo do presidente Rodrigues Alves, conhecido como “quadriênio progressista”, muitos recursos financeiros por ele utilizados se originaram da política financeira de Campos Sales, do aumento das exportações de café da crescente produção da borracha. Em 1906, no final do quadriênio progressista, a superprodução de café com a consequente queda dos preços, levou os governadores de SP, MG e RJ a firmarem um convênio em Taubaté (Vale do Paraíba paulista). De acordo com as decisões tomadas pelos representantes da cafeicultura, o governo deveria intervir no mercado cafeeiro comprando e estocando os excedentes de produção para valorizar seu preço. Rodrigues Alves não se comprometeu com o convênio, porém, no governo que se seguiu, o de Afonso Pena, o convênio foi aceito em âmbito federal – mesmo porque a sua candidatura estava associada a seu compromisso com o setor cafeeiro de SP. Ideais e Movimentos Urbanos na Primeira República Revolta da Vacina: A origem dessa revolta ocorrida no RJ deve ser procurada na questão social gerada pelas desigualdades sociais agravadas pela reurbanização da cidade. Além disso, o grande destaque do período foi a Campanha de Saneamento no RJ, dirigida pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Decretando-se a vacinação obrigatória contra a varíola, ocorreu o descontentamento popular. No dia 10 de novembro de 1904, a população do RJ fez eclodir a Revolta da Vacina, enchendo as ruas de barricadas, incendiando bondes, depredando e saqueando lojas, enfrentando as tropas fieis ao governo. A vacinação só foi concretizada pelas Brigadas Sanitárias, apoiadas pelos militares, que invadiram as casas e vacinaram os moradores utilizando a força. De qualquer forma, devemos saber que, após a vacinação em massa a população do RJ, à varíola extinguiu-se na região. Greve de 1917: A primeira manifestação de organização do operariado deu-se em 1908, com a fundação da Confederação Operária Brasileira (COB). O movimento operário foi influenciado pelas ideias anarquistas, anarcossindicalistas e socialistas, trazidas ao Brasil pelos imigrantes de origem italiana e espanhola. As fábricas eram locais insalubres, com pouca iluminação e ventilação. Os trabalhadores eram submetidos a longas jornadas de trabalhos, recebendo um tratamento degradante e salários muito baixos. Sob essas mesmas condições trabalhavam mulheres e crianças. Desde o início da República, várias greves foram realizadas, mas, em junho de 1917, deu-se início à Grande Greve. Fábricas e oficinas ficaram paralisadas, milhares de operários foram às ruas, praticaram saques e enfrentaram a polícia, atingindo os bairros operários e quase toda a cidade de SP. A repressão foi duríssima e levou à prisão de vários líderes, a muitas mortes, a deportações e ao fechamento e destruição de jornais operários. Movimento Modernista: Ao contrário do que o nome sugere , a Semana de Arte Moderna realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Em cada um desse dias houve a apresentação de um tema: pintura e escultura, poesia e literatura e, finalmente, música. Entre os escritores modernistas, o que melhor reflete o espírito da Semana é Oswald de Andrade, bem como no ponto alto do modernismo a figura de Mário de Andrade. Esse evento tornou-se um marco e passou a definir como modernistas outros artistas, literatos e músicos que estavam afinados com os seus princípios.