A INFLUÊNCIA AFRICANA
Autoria desconhecida. Africana
cozinhando. Arquivo Público da
Bahia (APB).
CULINÁRIA
A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é
frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter
servido de alimento para os escravos na época colonial.
Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma
adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida
normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira
regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com
elementos culinários europeus e indígenas.
A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos
seus pratos típicos como acarajé, caruru, vatapá e moqueca. Estes
pratos são preparados com o azeite de dendê, extraído de uma
palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia
existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa,
mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feitas nos
terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra
maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas
com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas
baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências.
Disponível em: <http://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_III.php>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Com forte influência africana, a culinária baiana é uma das mais típicas do
Brasil. Dentre vários pratos gastronômicos populares se destacam:
Moqueca (refogado de peixe, camarões e outros frutos do mar que são
temperados com coco, tempero verde, pimenta e azeite de dendê).
Acarajé (quitute feito a base de feijão branco e frito no azeite de dendê
quente).
Bobó de camarão (refogado com molho feito de camarão).
Sarapatel (algumas partes das vísceras do porco).
Vatapá (a base de farinha de trigo ou feijão moído temperados com azeite de
dendê, coco, camarão).
Disponível em: <http://www.hotelpiramide.com.br/interatividade/salvador/culinaria.asp>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Opção Brasil Imagens/Maria Elisa Franco
Moqueca
Vatapá
Feijoada
© Creative Commnos/ Flickr/Naideron Jr.
Wikimedia Commons/Janaina Roberge
CAPOEIRA
Capoeira é uma arte marcial desenvolvida inicialmente por escravos
negros no Brasil, a partir do período colonial.
Marcada por seus golpes que enganam o adversário, que
geralmente são feitos no solo ou completamente invertidos.
Inicialmente criado para proteção e defesa própria.
Hoje vista mais como uma forma de expressão artística, devido ao
movimento que os corpos fazem, durante a prática.
Shutterstock/Rafael Martin-Gaitero
Crianças jogando capoeira – Salvador, Bahia
Opção Brasil Imagens/Marcos André
Pessoas jogando capoeira
Getty Images/Paul Nevin
Shutterstock/Val Thoermer
MÚSICA
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África
subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia,
que produziu uma grande variedade de estilos.
A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As
expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá,
coco, jongo, carimbó, lambada, maxixe, maculelê. Como aconteceu em toda parte do
continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afrodescendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que
ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias
atuais.
Disponível em: <http://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_III.php>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Samba
O samba, antes denominado "semba“, foi também chamado de
umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, batucada
partido alto, entre outros.
A herança africana se manifestou primeiramente na Bahia e o gênero
urbano surgiu no Rio de Janeiro no início do século XX.
Do centro de um círculo e ao som de palmas, coro e objetos de
percussão, o dançarino solista, em requebros e volteios, dava uma
umbigada num outro companheiro a fim de convidá-lo a dançar,
sendo substituído então por esse participante.
Disponível em: <http://culturacorporalbrasileira.blogspot.com.br/2009/05/samba-e-dancas-africanas-suas-origens-e.html>.
Acesso em: 18 abr. 2013.
Escola de samba
Uma coisa é o samba. Outra, a escola de samba. O samba
nasceu em 1917. A primeira escola surgiu uma década mais
tarde. Expressão artística das comunidades afro-brasileiras da
periferia do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje em todo o
Brasil e são grupos de canto, dança e ritmo que se apresentam
narrando um tema em um desfile linear. Somente no Rio, mais
de 50 agremiações se dividem entre as superescolas e os
grupos de acesso.
O desfile das 16 superescolas cariocas se divide em dois dias
(domingo e segunda-feira de carnaval), em um megashow de
mais de 20 horas de duração, numa passarela de 530 metros de
comprimento, onde se exibem cerca de 60 mil sambistas. Devido
à enorme quantidade de trabalho anônimo que envolve, é
impossível estimar o custo de sua produção. Uma grande escola
gasta cerca de um milhão de dólares para desfilar, mas este valor
não inclui as fantasias pagas pela maioria dos componentes,
nem as horas de trabalho gratuito empregadas na concretização
do desfile (carros alegóricos, alegorias de mão, etc.).
Com uma média de quatro mil participantes no elenco, cada escola
traz aproximadamente 300 percusionistas, levando o ritmo em sua
bateria, além de outras figuras obrigatórias: o casal de mestre-sala e
porta-bandeira (mestre de cerimônias e porta-estandarte), a ala das
baianas, a comissão de frente e o abre-alas.
Primeira escola de samba: Deixa falar, fundada em 12 de agosto de
1928, no Estácio, Rio de Janeiro, por Ismael Silva, Bide, Armando
Marçal, Mano Elói, Mano Rubens e outros sambistas (foi extinta em
1933).
Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935, vencido pela Portela.
Disponível em: <http://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_V.php>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Maracatu
É um dos ritmos de tradição africana, que hoje é
difundido em todo o Nordeste brasileiro, especialmente,
nas cidades de Recife e Olinda. É caracterizado
principalmente pela percussão forte, que teve origem nas
congadas ,cerimônias de coroação dos reis e rainhas da
nação negra.
Ijexá
Ijexá em português, Ijesha em inglês (escreve-se Ijesa na ortografia Ioruba), são
um sub-grupo étnico dos lorubas.
Índice
Nação Ijexá
Ijexá é uma nação africana formada pelos escravos vindos de llesa na Nigéria,
concentrada nas religiões Batuque e candomblé.tendo sua base em orumila-ifá, e
seus metodos adivinhatorios dos odú
Ritmo africano
O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical presente nos Afoxés.
O Ijexá, dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para
Orixás, Oxum, Osain, Ogum, Logum-edé, Exu, Oba,Oyá-Yansan, Oxalá, xangó,
Oxumare, yena,nanâ, lemanja, odé (oxossi), osayn, omúlu.
Afoxé
Afoxé é um instrumento musical composto de uma cabaça
pequena redonda, recoberta com uma rede de bolinhas de
plástico parecido com o Xequerê sendo que o afoxé é
menor.
O afoxé pode ser de madeira e/ou plástico com missangas
ou contas ao redor de seu corpo. O som é produzido
quando se giram as missangas em um sentido, e a
extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto.
Antigamente era tocado apenas em Centros de umbanda e
no samba. Atualmente, o afoxé ganhou espaço no Reggae
e música Pop, musica rock, funk, tecnomelodia, forro,
sertanejo.
Coco
O coco é um ritmo que vem da divisa de Alagoas com
Pernambuco[1]. O nome refere-se também à dança ao som deste
ritmo.
Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras
simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda
acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou
círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino.
Recebe várias nomenclaturas diferentes, como coco-de-roda,
coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-deumbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais
característico da região em que é desenvolvido, como coco-deganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a
transforma ao gosto da população local.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos
(ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca
mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos
tamancos. A sandália de madeira é quase como um quinto
instrumento, se duvidar, o mais importante deles. Além
disso, a sonoridade é completada com as palmas.
Existe uma hipótese que o diz que o surgimento do coco se
deu pela necessidade de concluir o piso das casas no
interior, que antigamente era feito de barro. Existem também
hipóteses que a dança surgiu nos engenhos ou nas
comunidades de catadores de coco.
Jongo
Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada
à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do samba
carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo. Segundo os
jongueiros, o jongo é o "avô" do samba.
Inserindo-se no âmbito das chamadas 'danças de umbigada' (sendo portanto
aparentada com o 'Semba' ou 'Masemba' de Angola), o Jongo foi trazido para o
Brasil por negros bantu, sequestrados para serem vendidos como escravos nos
antigos reinos de Ndongo e do Kongo, região compreendida hoje por boa parte
do território da República de Angola.
Composto por música e dança características, animadas por poetas que se
desafiam por meio da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos
enigmáticos, o Jongo tem, provavelmente, como uma de suas origens (pelo
menos no que diz respeito á estrutura dos pontos cantados) o tradicional jogo
de adivinhas angolano, denominado Jinongonongo.
Apesar de não ser uma expressão da religião, mantém como um traço
essencial de sua linguagem a presença de símbolos que possuem função
supostamente mágica ou sagrada, provocando, segundo se acredita,
fenômenos mágicos. Desse modo, o fogo serve para afinar os instrumentos e
também para iluminar as almas dos antepassados; os tambores são
consagrados e considerados como ancestrais da própria comunidade; a dança
em círculos com um casal ao centro remete à fertilidade; sem esquecer, é
claro, as ricas metáforas utilizadas pelos jongueiros para compor seus "pontos"
e cujo sentido permanece inacessível para os não-jongueiros.
Carimbó
Banda Calypso durante o Show da Emancipação, em 2009.
O carimbó é uma dança típica de origem indígena, pertencente ao folclore
amazônico do Norte do Brasil,6 que é uma das principais fontes rítmicas da
lambada. Na forma tradicional, o carimbó é acompanhado por tambores de tronco
de árvores afinados a fogo. Atualmente o carimbó tem como característica ser mais
solto e sensual, com muitos giros e movimentos onde a mulher tenta cobrir o
homem com a saia.
A maior influência hoje do Carimbó em todo território nacional é a banda Calypso
(de Joelma e Chimbinha) que o apresenta a todo o Brasil, com todo um figurino
colorido e alegre.
Maxixe
O Maxixe ou tango brasileiro é um tipo de dança de salão
brasileira criada por negros que esteve em moda entre o fim do
século XIX e o início do século XX. Teve a sua origem no Rio de
Janeiro na segunda metade do século XIX, mais ou menos
quando o tango também dava os seus primeiros passos na
Argentina e no Uruguai, do qual sofreria algumas influências.
Dançada a um ritmo rápido de 2/4, notam-se também influências
do lundu, das polcas e das habaneras. Por isso mesmo, o maxixe
é chamado por alguns de tango brasileiro. Alguns relatos afirmam
também uma diferença com relação à harmonia, sendo a do
tango brasileiro (como os de Ernesto Nazareth) um pouco mais
complexa do que de seu "irmão", o maxixe.
Foi criado pelos chorões, conjuntos instrumentais de choro,
fazendo uma variante altamente sincopada da habanera, gênero
cubano que também era chamado tango-habanera (o primeiro
uso da palavra "tango" é datado de 1823, em Havana,1 ) e que,
na sua variante brasileira, passou a ser chamado "tango
brasileiro". Até o advento do samba, o maxixe foi o gênero
dançante mais importante do Rio de Janeiro.2
Maculelê
Maculelê é um tipo de dança folclórica
brasileira de origem afro-brasileira e indígena.
O maculelê em sua origem era uma arte
marcial armada, mas atualmente é uma forma
de dança que simula uma luta tribal usando
como arma dois bastões, chamados de grimas
(esgrimas), com os quais os participantes
desferem e aparam golpes no ritmo da música
em línguas africanas, indígenas e portuguesa.
Num grau maior de dificuldade e ousadia,
pode-se dançar com facões em lugar de
bastões, o que dá um bonito efeito visual pelas
faíscas que saem após cada golpe. Esta dança
é muito associada a outras manifestações
culturais brasileiras como a Capoeira e o frevo.
Apresentação de maculelê
com vestimentas típicamente
indígenas
Atabaque
Wikimedia Commons/Take A Look In The Mirror
Opção Brasil Imagens/Rachel Canto
Instrumentos afro-brasileiros
Tambor
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentosmusicais-africanos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Creative Commons/Flickr
Afoxé – é um instrumento
musical de percussão formado
por uma cabaça redonda
coberta por uma rede de
bolinhas ao redor de seu corpo.
O som é produzido quando se
giram as bolinhas em um
sentido, e o cabo no sentido
oposto. É um instrumento
musical muito utilizado nos
rituais de umbanda e pelos
grupos de samba e reggae.
Afoxé
Creative Commons/Flickr
Agogô – instrumento musical
percussivo composto de duas a
quatro campânulas (objeto em forma
de sino) de tamanhos diferentes,
ligadas entre si pelos vértices. É o
instrumento mais antigo do samba.
Agogô
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicaisafricanos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Creative Commons/Flickr
Berimbau – é um instrumento de corda
usado para fazer percussão na capoeira. É
um arco feito de uma vara de madeira, de
comprimento aproximado de 1,20m a
1,60m, e um fio de aço (arame) preso nas
extremidades da vara. Em uma das
extremidades do arco é fixada uma cabaça
que funciona como caixa de ressonância.
Para a realização do som, é necessária a
Berimbau
utilização de uma pedra ou moeda, vareta e
caxixi.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Caxixi – é um instrumento de percussão que
corresponde a um pequeno cesto de palha trançada
contento sementes ou arroz para a produção do som.
Esse objeto é um complemento do berimbau.
Cuíca – consiste numa espécie de
tambor com uma haste de madeira
presa no centro da membrana de
couro, pelo lado interno.
O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do
instrumento com um pedaço de pano úmido, os ritmos são articulados pelo
deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e
com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for
segurada e mais pressão for aplicada na pele, mais altos serão os tons
obtidos.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.
Reco-reco – objeto musical feito de madeira ou bambu
com ranhuras transversais que são friccionados por uma
vareta. O som é obtido através da raspagem de uma
baqueta sobre as ranhuras transversais.
Tambores – são os principais instrumentos musicais
africanos.
Existem
dos
mais
variados
formatos,
tamanhos e elementos decorativos. É um objeto musical
de percussão, é oco e feito de bambu ou madeira. Além
de sua utilização nos eventos festivos, os tambores eram
uma
forma
de
comunicação
entre
comunidades
distantes, em razão de sua forte potência sonora.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2013.
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