NEFROLOGIA
UMA REFERÊNCIA PARA AUDITORIA
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Dra. Albertina de Lourdes Coelho Cunha
 Médica formada pela Faculdade de Medicina de
Barbacena(MG), com Residência em Nefrologia pela
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (BH).
 Pós Graduada em Auditoria e Mecanismos de Regulação em Saúde pela Fundação
Unimed/Universidade Gama Filho.
 Pós Graduada em Direito Sanitário pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais e
Universidade de São Paulo- USP/SP.
 Nefrologista com experiência em Clínica, Terapia Renal Substitutiva e Centrais de Transplante
de Órgãos do Paraná e Minas Gerais.

Ex Coordenadora da Regulação e Auditoria e da Comissão de Nefrologia da Secretaria
Municipal de Saúde de São João Del Rei.
 Ex Médica Perita na Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional do
Estado de Minas Gerais.
 Atuante no Sistema Unimed desde 1998, com participações nos Estados do Paraná e Minas
Gerais
 Participante do Colégio Nacional de Auditores Médicos e Comitê Consultivo da Unimed do
Brasil.
 Diretora Fundadora da Associação Mineira de Auditoria Médica.
 Docente convidada e Consultora da Fundação Unimed.
 Sócia Diretora da Cunha & Zardo – Consultoria e Capacitação em Saúde
 Atual Gerente de Regulação e Auditoria na Federação das Unimeds
do Estado do Ceará.
Cunha, Albertina L. C.
INTRODUÇÃO
Nefrologia é a especialidade médica que se ocupa do
diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema
urinário, em especial os rins. Mas na maior parte dos
casos, as doenças que afetam os rins são doenças gerais,
como a Diabetes Mellitus, a Hipertensão Arterial,
doenças cardíacas, algumas doenças imunológicas,
complicações de vários procedimentos cirúrgicos,
podendo provocar lesões em vários órgãos e também
nos rins.
Neste momento abordaremos os procedimentos
relacionados à Insuficiência Renal, aguda ou crônica,
para os quais é importante que o Auditor possa ter uma
visão crítica dos procedimentos solicitados e até
mesmo avaliar a qualidade dos serviços prestados aos
beneficiários do Sistema Unimed.
Cunha, Albertina L. C.
LEGISLAÇÃO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
 RDC 154 – ANVISA - Diálise15 de junho de 2004: estabelece o
Regulamento Técnico para Funcionamento do Serviço de Diálise, define:


•
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•
•
•
•
•
•
Controles: água potável, exames periódicos dos pacientes, programas dialíticos, registro de produtos, normas de
funcionamento.
Serviços, Materiais e Equipamentos:
Dialisato: solução de diálise após a passagem pelo dialisador
DPA: Diálise Peritoneal Automatizada: modalidade de diálise peritoneal realizada no domicílio do paciente com
trocas controladas por uma máquina cicladora automática.
DPAC: Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: modalidade de diálise peritoneal realizada no domicílio do
paciente com trocas realizadas pelo próprio paciente ou cuidador.
DPI: Diálise Peritoneal Intermitente: modalidade de diálise peritoneal realizada em serviços de saúde com trocas
controladas manualmente ou por máquina cicladora automática
Reuso em diálise: utilização, para o mesmo paciente, do dialisador e linhas arteriais e venosas, por mais de uma
vez, após os respectivos reprocessamentos: para reprocessadores manuais, 12 vezes, para os automáticos, 20
vezes.
Reprocessamento em diálise: conjunto de procedimentos de limpeza, desinfecção, verificação da integridade e
medição do volume interno das fibras, e do armazenamento dos dialisadores e das linhas arteriais e venosas.
Serviço de diálise: serviço destinado a oferecer modalidades de diálise para tratamento de pacientes com
insuficiência renal crônica.
Serviço de diálise autônomo: serviço de diálise com autonomia administrativa e funcional, podendo funcionar
intra ou extra hospitalar.
Serviço de diálise hospitalar: serviço de diálise que funciona dentro da área hospitalar vinculado administrativa e
funcionalmente a este hospital.
Serviço de diálise portátil: serviço de diálise para execução de procedimentos dialíticos em ambiente hospitalar
fora dos serviços de diálise (UTI, Semintensiva)
Cunha, Albertina L. C.
LEGISLAÇÃO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
 NOTA TÉCNICA 006/2009 GGTES/ANVISA: estabelece parâmetros para
execução de procedimentos dialíticos em ambiente hospitalar fora dos
serviços de diálise abrangidos pela RDC/Anvisa n. 154, de 15 de junho
de 2004.



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


Caso o sistema de Osmose Reversa seja Portátil, o equipamento deve ter registro na Anvisa:
O procedimento hemodialítico deve ser supervisionado integralmente por um médico e um enfermeiro e
acompanhado por um técnico de enfermagem exclusivo para a execução do mesmo;
Métodos alternativos à hemodiálise convencional, como os métodos híbridos e contínuos, devem ser
realizados em Unidades de Terapia Intensiva ou semintensiva, sob supervisão de um Nefrologista,
tendo, como habilitação mínima, registro do título de especialista no CFM;
Não se admite reuso de agulhas, dialisadores, linhas, isoladores de pressão e demais materiais
descartáveis bem como sobras de medicamentos, concentrado polieletrolítico (CPHD) e dialisato;
As medidas de prevenção e controle de infecção relacionadas ao procedimento hemodialítico devem
estar previamente aprovadas pela CCIH do hospital;
O registro de todo o procedimento desde a indicação até a alta do mesmo deve abranger tanto o
prontuário de internação quanto as anotações específicas do serviço de hemodiálise incluindo
equipamentos e produtos;
O transporte e manutenção das máquinas e equipamentos devem atender às exigências e
recomendações dos respectivos fabricantes;
Cunha, Albertina L. C.
CONCEITOS DE INSUFICIÊNCIA RENAL
A Insuficiência Renal é definida como perda da função
renal, podendo ser aguda ou crônica, conforme
definições a seguir:
 Insuficiência Renal Aguda (IRA): é a redução aguda
da função renal, em horas ou dias. Refere-se
principalmente à diminuição do ritmo de filtração
glomerular e/ou do volume urinário, porém,
ocorrem também distúrbios no controle do
equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico.
Cunha, Albertina L. C.
CONCEITOS DE INSUFICIÊNCIA RENAL
 Insuficiência renal crônica (IRC): consiste em lesão
renal e perda progressiva e irreversível da função dos
rins (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase
mais avançada, (chamada de fase terminal de
insuficiência renal crônica - IRC), os rins não
conseguem mais manter a normalidade do meio
interno do paciente, havendo a necessidade de
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (*TRS) para
manutenção da vida.
*TRS
)
Hemodiálise (HD)
Diálise Peritoneal (DP)
Transplante Renal (TXR)
Cunha, Albertina L. C.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INSIFICIÊNCIA RENAL
Digestivas
inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis,
sangramento digestivo
Cardiorrespiratórias
dispnéia, edema, hipertensão arterial, insuficiência
cardíaca,
edema agudo de pulmão, arritmias, pericardite, pleurite
Neurológicas
sonolência, tremores, agitação, torpor, convulsão,
coma
Hematológicas
sangramentos, anemia, distúrbios plaquetários
Imunológicas
depressão imunológica, tendência a infecções
Nutricionais
catabolismo aumentado, perda de massa muscular,
perda de peso, desnutrição
Cutâneas
prurido, palidez, pele amarelo palha
Fonte: Diretrizes
de IRA- SBN – Dr. Luis Yu e Dr. Emmanuel Burdmann
Cunha, Albertina
L. C.
CLASSIFICAÇÃO DA IRA QUANTO À DIURESE
ANÚRICA TOTAL
0-20 ml/dia
ANÚRICA
20 a 100 ml /dia
OLIGÚRICA
101 a 400 ml /dia
NÃO-OLIGÚRICA
401 a 1200 ml/dia
POLIÚRICA
1201 a 4000 ml/dia
HIPERPOLIÚRICA
> 4000 ml
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
ESTADIAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA
RENAL CRÔNICA (IRC)
Estágio
Filtração Glomerular(ml/min)
Grau de Insuficiência Renal
0
< 90
Grupos de risco para DRC
1
< 90
Lesão renal com, função
renal Normal
2
60 – 89
IR Leve ou Funcional
3
30 – 59
Moderada ou
Laboratorial
4
15-29
IR Severa ou Clínica
5
< 15
IR Terminal ou Dialítica
A indicação de Terapia Renal Substitutiva é a partir do estágio 4
Fonte: Diretrizes Brasileiras de Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia
Cunha, Albertina L. C.
TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL - TRS
• CLÍNICO: controle do volume intravascular, dos metabólitos,
infecções, nutrição, anemia e outras complicações clínicas
adjacentes.
• DIALÍTICO: na falha ou insuficiência do tratamento clínico, indicação
precoce de diálise antes do surgimento do quadro de uremia franca
e/ou de complicações clínicas, metabólicas e eletrolíticas, com
riscos de morte para o paciente.
• O tratamento dialítico ou diálise consiste na depuração sanguínea
através de membranas semipermeáveis naturais (peritôneo) ou
extracorpóreas (filtros de hemodiálise/hemofiltração ) aplicada em
substituição à função renal.
• O TRANSPLANTE RENAL: também é uma forma de tratamento,
lembrando que a insuficiência renal crônica não tem cura.
Cunha, Albertina L. C.
INDICAÇÕES DE DIALÍSE
 HIPERPOTASSEMIA – K >6,5 mEq/L com alterações ao ECG,
refratária ao tratamento clinico conforme protocolos específicos;
 HIPERVOLEMIA: edema agudo de pulmão,ritmo de
galope,presença de b3,refratários à diureticoterapia ou
tratamentos conforme protocolos específicos, edema periférico,
derrames pleural e pericárdico, ascite, hipertensão arterial de
difícil controle e insuficiência cardíaca refratária.
 UREMIA SINTOMÁTICA: a uréia é altamente tóxica nos vários
tecidos e se manifesta:
• sistema nervoso central (sonolência, tremores, coma e
convulsões)
• sistema cardiovascular (pericardite e tamponamento pericárdico)
• pulmões (congestão pulmonar e pleurite)
• aparelho digestivo (náuseas, vômitos e hemorragias digestivas)
 ACIDOSE METABÓLICA GRAVE: Ph < 7,1,
refratária ao
tratamento clínico, conforme protocolos específicos
 OUTRAS: intoxicação exógena
Cunha, Albertina L. C.
MODALIDADES DIALÍTICAS
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
MODALIDADES DIALÍTICAS
MÉTODOS INTERMITENTES
MÉTODOS CONTÍNUOS
Diálise peritoneal
intermitente
DP ambulatorial contínua
Hemodiálise intermitente
Ultrafiltração contínua lenta
Hemofiltração intermitente
Hemofiltração V-V contínua
Hemodiálise prolongada
Hemodiálise V-V contínua
Hemodiafiltração V-V contínua
V-V= venovenosa
Na realização de métodos hemodialíticos, a anticoagulação é obrigatória,
interferindo diretamente na eficiência e durabilidade da terapêutica dialítica. Vários
métodos de anticoagulação encontram-se disponíveis para uso em sistemas
hemodialíticos A heparina continua sendo o agente anticoagulante mais utilizado.
Cunha, Albertina L. C.
Fonte: A Autora
HEMODIÁLISE
Cunha, Albertina L. C.
HEMODIÁLISE
Fonte: Gambro
Cunha, Albertina L. C.
HEMOFILTRAÇÃO
Cunha, Albertina L. C.
ULTRAFILTRAÇÃO
Cunha, Albertina L. C.
DIÁLISE PERITONEAL (PD)
DIFUSÃO
INFUSÃO
Cunha, Albertina L. C.
DRENAGEM
INDICAÇÕES DE TERAPIAS PARA IR
Fonte: Diretrizes de IRA- SBN – Dr. Luis Yu e Dr. Emmanuel Burdmann
Cunha, Albertina L. C.
ESCOLHA DA MODALIDADE DIALÍTICA
 Experiência com a modalidade
 Acesso: vascular ou membrana peritoneal
 Estabilidade hemodinâmica do paciente
 Objetivo da diálise :
a- remoção de solutos (HD)
b- remoção de fluidos (todos)
Cunha, Albertina L. C.
MÉTODOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS
HEMODIÁLISE :
1) ACESSO VASCULAR: o acesso vascular pode ser
temporário ou permanente, natural ou cateteres e
próteses.
A- Acesso temporário: mais usados para pacientes com IRA
ou que precisem iniciar HD crônica com urgência: cateter
venoso duplo lúmen, de curta duração, que pode ser
implantado nas veias: subclávia, femural ou jugular, sendo a
última preferencial.
Tamanho
paciente:
do
Cateter para HD: é conforme o peso do
3-6kg : 7Fr 2L ou 7Fr 3L
6-30kg : 8Fr 2L
>25kg : 9Fr 2L
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA HD
CATETER (acesso venoso)
3-6kg : 7Fr 2L ou 7Fr 3L
6-30kg : 8Fr 2L
>25kg : 9Fr 2L
>40kg : 12,5Fr 3L
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA HD
B- Acesso permanente: para pacientes com IRC:
Fístula arteriovenosa (FAV) – cirurgia na qual é feita
anastomose de uma veia e uma artéria, para suportar
alto volume de sangue e alta pressão. É necessário
tempo de maturação de 3 a 6 semanas para utilização.
A sobrevida da FAV a longo prazo é alta para vasos
com boas condições e com cuidados específicos.
Enxertos naturais (carótida bovina, veia umbilical,
safena)
Cateter de longa duração: Perm Catch, em vários
vasos de localizações diversas.
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA HD
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA HD
2. Máquina de diálise: atualmente
são utilizadas máquinas automatizadas,
de vários fabricantes.
3. Dialisador ou Hemofiltro (membrana semipermeável)
é escolhido em função da superfície corporal
do paciente (m2) e da quantidade de líquido
que se pretende ultrafiltrar:
Peso em Kg < 40 -------------- área em m2 - 0,7
Peso em Kg > 40 < 60 --------- área em m2 - 0,9
Peso em Kg > 60 < 90 --------- área em m2 - 1,2
Peso em Kg > 90 -------------- área em m2 - 1,4
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA HD
4. Linhas arterial e venosa
5. Agulhas de punção da fístula
6. Solução diálise
7. Anticoagulante
8. Equipos
9. Isoladores de pressão
Obs: Demais materiais e medicamentos
podem ser vistos em quadro do modelo 2 de
remuneração colocado posteriormente.
Cunha, Albertina L. C.
ANTICOAGULOAÇÃO PARA HD
 3 Maneiras:
 Nenhuma anticoagulação: diminui o tempo de uso do
circuito.
Indicada
em
Coagulação
Intravascular
Disseminada.
 Heparina : usada pré-filtro, ataque de 50U/kg e
manutenção de 10 a 30U/kg/h com controle com o TTPa
pós filtro, mantendo em 1,2 a 1,5x o normal.
 Citrato : usado pós paciente e pré filtro, se liga ao cálcio
plasmático, e o paciente fica parcialmente anticoagulado.
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA MÉTODOS ALTERNATIVOS UTI
Prisma ® TSRC é um tipo de sistema de
diálise renal utilizados nas unidades de
cuidados intensivos e outras instalações para
pacientes criticamente enfermos.
Genius ® (Fresenius) complementa o
suporte renal convencional e o suporte renal
contínuo para pacientes graves ou aqueles
que precisam retirar volumes maiores de
líquidos e que apresentam instabilidade
hemodinâmica.
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA MÉTODOS ALTERNATIVOS UTI
Cunha, Albertina L. C.
Cunha, Albertina L. C.
CÓDIGOS RELACIONADOS À HD
Cunha, Albertina L. C.
Fonte: A Autora
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA DP
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA DP
Cunha, Albertina L. C.
MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA DP
Soluções(Dialisato) e Equipo
Concentrações de dextrose – 1.5 , 2.5 e 4.25%
Geralmente inicia-se com 1.5%
Concentrações mais altas : hiperglicemia e hiperNa
Composição eletrolítica : Na 132 mEq/L; Cl 102 mEq/L;
lactato 35 mEq/L; Mg 1.5 mEq/L; Ca 3.5 mEq/L.
Cunha, Albertina L. C.
CÓDIGOS RELACIONADOS À DP
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
TRANSPLANTE RENAL - TXR
O transplante renal é um tipo de TRS
e pode ser feito com doador vivo,
relacionado(parente)
ou
não
relacionado (não parente) ou doador
cadáver.
As indicações: paciente portador de
Insuficiência Renal Crônica com
clearance de creatinina igual ou menor
que 20 ml/min/1,73m2 são os
candidatos ao transplante.
As contra indicações: podem ser
absolutas ou relativas, de acordo com
vários critérios clínicos e técnicos.
Cunha, Albertina L. C.
CÓDIGOS RELACIONADOS AO TXR
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS
CÓDIGO
Transplante renal receptor (Urologia- Cirurgia de TX ou Cirurgia Vascular
31506011
Nefrectomia Doador vivo (Urologia)
31506038
Acompanhamento clínico de transplante renal no período de internação
do receptor e do doador (pós-operatório até 15 dias)
20201010
Acompanhamento clínico ambulatorial pós-transplante renal - por
avaliação
20101015
Punção aspirativa renal para diagnóstico de rejeição de TX (ato médico)
31101399
Rejeição de enxerto renal - tratamento internado - avaliação clínica diária
- por visita
20201060
Rejeição de enxerto renal - tratamento ambulatorial - avaliação clínica
diária
20101171
Pulsoterapia / terapia imunobiológica intravenosa (por sessão)
20101163
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
BIÓPSIA RENAL (BXR)
A biópsia renal é um procedimento, no qual se
obtém um pequeno fragmento cilíndrico do rim, de
aproximadamente 1 a 2 cm de comprimento, sob
anestesia local para adultos e sedação para crianças.
A biópsia renal é feita com uma agulha própria para o
procedimento, de uso único.
Com este fragmento, são possíveis várias análises
anátomopatológicas
para
detecção
de
comprometimento das estruturas dos rins e
estabelecer diagnósticos, prognósticos, indicações
para iniciar ou não tratamentos ou acompanhamento
destes.
Cunha, Albertina L. C.
CÓDIGOS RELACIONADOS À BXR
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS
Punção biópsia renal percutânea
CÓDIGO
31101402
Pulsoterapia / terapia imunobiológica intravenosa (por 20101163
sessão)
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
REMUNERAÇÃO DE TRS
É importante lembrar que os procedimentos de TRS
devem ser prescritos e supervisionados integralmente
por um Nefrologista e um Enfermeiro especialista em
Nefrologia. A hemodiálise deve ser acompanhada por um
técnico de enfermagem treinado e exclusivo para a
execução da mesma.
O dialisador (hemofiltro) e linhas arteriais e venosas,
podem ser utilizados por mais de uma vez, para o mesmo
paciente, após os respectivos reprocessamentos: para
reprocessadores manuais, 12 vezes e para os
automáticos, 20 vezes. Não há diferença de uso desses
materiais para IRA ou IRC, apenas pode haver mais
consumo na IRA, devido à frequência de procedimentos
(ex, HD diária ou estendida).
Cunha, Albertina L. C.
REMUNERAÇÃO DE TRS
Para a troca desses materiais com menos reusos, é
necessário relatório de possíveis intercorrências (danos)
ocorridos durante o procedimento e a assinatura do
cliente ou responsável, no ato da troca.
O registro de todo o procedimento desde a indicação
até a alta do mesmo deve abranger tanto o prontuário de
internação quanto as anotações específicas do serviço de
TRS, incluindo equipamentos e produtos.
Métodos alternativos à hemodiálise convencional,
como os métodos híbridos e contínuos, devem ser
realizados em Unidades de Terapia Intensiva ou semiintensiva, sob supervisão de um Nefrologista, tendo,
como habilitação mínima, registro do título de especialista
Cunha, Albertina L. C.
no CFM.
MODELOS DEREMUNERAÇÃO DE TRS
Código do Prestador:
Nome da Clínica ou Hospital
DESCRIÇÃO
Vigência:
CÓDIGO
Hemodiálise crônica (por sessão)
30909031
Hemodialise continua (12h)
30909023
VALOR
Hemodepuração de casos agudos (sessão hemodiálise, hemofiltração, 30909139
hemodiafiltração isolada, plasmaferese ou hemoperfusão) - até 4 horas
ou fração
Hemodepuração de casos agudos (sessão hemodiálise, hemofiltração, 30909147
hemodiafiltração isolada, plasmaferese ou hemoperfusão) - até 12
horas
Diálise peritoneal intermitente - agudo ou crônico (por sessão)
31008011
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC) por mês/paciente
30008038
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) 9 dias – treinamento
31008020
Diálise peritoneal automática (APD) - tratamento (agudo ou crônico)
31008046
Diálise peritoneal automática (DPA )por mês (agudo ou crônico)
31008119
Inclui: Honorários Médicos, taxa de utilização de medicamentos, todos os materiais e
medicamentos necessários è execução do procedimento.
Fonte: A Autora
Cunha, Albertina L. C.
MODELOS DEREMUNERAÇÃO DE TRS
Cunha, Albertina L. C.
Fonte: Unimed
Nome da Clínica ou Hospital
Código do Prestador: Nome do Beneficiário:
Carteira:
Faturamento referente ao período de 21/03 a 20/04: 14 sessões de HDProcedimento: 3090903-1
Descrição
Datas
Quantidade
Código TNUMM
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Fita crepe
2 rolos
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Gaze IV
280 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Compressa estéril
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Esparadrapo
2 rolos
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Luvas procedimento
84 pares
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Equipo
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Agulha fístula
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Seringa s/ agulha 20 ml
14 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Agulha 25 x 7
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Seringa s/ agulha 03 ml
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Isolador de pressão
28 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Linha de sangue arterial p/ máquina proporção
1 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Linha de sangue venosa p/ máquina proporção
1 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Capilar Hemoflow F8 (Fresenius)
1 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Soro fisiológico 1.000ml
28 frascos
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Soro fisiológico 500ml
28 frascos
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Proxitane 300ml
14 medidas
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Solução concentrada ácida – banho
14 galões
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Bibag 700 g (básica)
14 Un
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Heparina 5ml
14 frascos
20/04/12
21, 23, 26, 28, 30/03, 02, 04, 06, 09, 11, 13, 16, 18,
Taxa de sala
14 taxas
20/04/12
TOTAL DA FATURA
R$
Cunha, Albertina L. C.
OBS: A cada mês é usado 01 (um) conjunto de capilar e linha de sangue. Para calcular a média de custo por sessão de HD, dividimos o total de 01 (um) conjunto pelo número de sessões realizadas.
Valor
SITUAÇÃO SISTEMA UNIMED
KIT PRISMA (Método Alternativo)
Unimed
Hospitais de São Paulo
Unimeds de MG
Unimed Cerrado
Unimed Sorocaba
Unimed Noroeste Capixaba
Unimed Sudoeste
Unimed Catanduva
Unimed Sete Lagoas
Unimed Maringá
Unimed Planalto Medio
Unimed Volta Redonda
Unimed Fortaleza
Valor
Pacote
R$ 3.980,00
R$ 3.983,60
Não Utiliza
Não recebeu Cobrança nem Solicitação de
Autorização
Não Remunera
Não Remunera
entre R$710,00 e R$1050,00
Unimed Itumbiara
entre R$ 1.600,00 e R$ 1.900,00.
Unimed Porto Alegre
Unimed Curitiba
Unimed Sul do Pará
Fonte: Pesquisa Intercâmbio Unimed
Informações Adicionais
Solicitam
Não Remuneram
Não recebeu Cobrança nem Solicitação de
Autorização
Conforme Simpro
Não recebeu Cobrança nem Solicitação de
Autorização
Cunha, Albertina L. C.
Não Remunera
Não recebeu Cobrança nem Solicitação de
Autorização
Dois kits para hemolenta: KIT DIAPACT e
KIT FAD 100 (sendo que o segundo é
pouco utilizado).
Não Remunera
Não recebeu Cobrança nem Solicitação de
Autorização
ESTUDOS DA CADHT SOBRE TRS EM UTI
CANADÁ
RESUMO DE TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL EM AMBIENTES DE CUIDADOS CRÍTICOS
CARACTERÍSTICA
HDI
TSRC
Duração

Algumas horas, em intervalos variáveis
Forma contínua (24h/ dia)

Pode ser feita diariamente e de forma
estendida
Vantagens

Baixo risco de sangramento sistêmico
Benefícios teóricos incluem:

Curta duração maior mobilidade dos ptes
Aumento depuração total de

Disponibilidade para outros procedimentos soluto durante 24 horas
Melhor tolerância hemodinâmica
devido a uma taxa mais lenta de
remoção do fluido
Remoção maior de toxinas,
incluindo
solutos
de
peso
molecular grande (por exemplo, as
citocinas)
Desvantagens
Rápida, a remoção de fluido de alto volume pode 
Requer
anticoagulação
levar à hipotensão
contínua
(predispor
ao
sangramento)

Envolve a exposição contínua
a
um
circuito
de
extracorpóreaconsequênci
as adversas, incluindo a
ativação do complemento ou
infecção
Custo Médio
hospitalização
$ 2.103
Cunha, Albertina L. C.
$ 5.757
Artigo de publicado em “IRA em UCI", Permanyer
Editor Pedro Ponce, 1999 - PORTUGAL
Autor
Ano
Tipo de doentes N.º doentes Taxa Mortalidade
Tipo de Tratamento
Gibney
88
Médicos
12
67
CAVDH
Wendon
89
Médicos
28
46
CVVH
List
90
Cirúrgicos
63
37
IVVH
Reynolds
91
Cirúrgicos
28
82
CAVH + HD
Schaefer
91
Médicos
134
57
HD
Storck
91
Cirúrgicos
48
88
CAVH
Storck
91
Cirúrgicos
68
71
PDHF
Sandroni
92
Nefrológicos
110
63
HD/CVVH
Bellomo
92
Médicos
50
56
CAVHD/CVVHDF
Alarabi
93
Médicos
43
40
CAVHDF
Bellomo
93
Médicos
110
68
CAVHD/CVVHDF
Barton
93
Nefrológicos
250
47
CHF
Chertow
95
Cirurg/Med
132
70
D/CAVH/CVVHDF
Schwilk
97
Cirúrgicos
157
58
CVVHDF
Segundo Schwilk et all, é demonstrado claramente que não há
relação entre a mortalidade e o tipo de técnica utilizado.
Cunha, Albertina L. C.
ATA DA 59ª REUNIÃO DO CNA - 10 / ABRIL /2013
Item de Pauta Nº 05
Tema: Kit Prisma
Unimed: CTMBE - Federação Rio de Janeiro
Apresentação: Dr. Moacyr Nobre
Resenha:
Apresentada revisão sistemática e meta-análise feita para a CTMBE da
Federação RJ, que será disponibilizada para os membros do CNA.
A conclusão não mostrou diferença entre TRS contínua ou intermitente para
IRA em pacientes internados em terapia intensiva.
Este trabalho ratifica a decisão anterior do CNA a respeito do não pagamento
do kit Prisma.
Proposta (s): NA
Votação: NA
Deliberação:
Mantido o não pagamento do kit Prisma
Observações: NA
Vigência Específica: NA
Cunha, Albertina L. C.
BIBLIOGRAFIA SELECIONADA E PESQUISAS
1. Levey AS et al. A more accurate method to estimate glomerular filtration rate from
serum creatinine: a new prediction equation: Modification of diet in renal disease study
group. Ann Intern Med 1999; 130:461-470.
2. Bagshaw SM, Langenberg C, Bellomo R. Urinary biochemistry and microscopy in
septic acute renal failure: a systematic review. Am J Kidney Dis 2006;48:695-3. Berbece
AN and Richardson RM. Sustained low-efficiency dialysis in the ICU:
cost,anticoagulation, and solute removal. Kidney Int. 2006;70(5):963-8.
4. Burdmann EA, Oliveira MB, Ferraboli R et al: Epidemiologia. In Schor N, Boim MA,
dos Santos OFP (eds.): Insuficiência Renal Aguda – Fisiopatologia, Clínica e Tratamento,
p 1. São Paulo, Sarvier, 1997.
5. Chertow GM et al. Acute Kidney injury, mortality, length of stay, and costs in
hospitalized patients. J Am Soc Nephrol 2005; 16:3365-3370.
6. Cockroft DW and Gault MH. Predicition of creatinine clearance from serum
creatinine. Nephron 1976; 16:31-41.
7. Ponce Pedro et al."Insuficiência renal aguda em UCI", Permanyer Portugal, Editor,
1999
8. Sociedade Brasileira de Nefrologia - Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Renal Aguda
9. Sociedade Brasileira de Nefrologia - Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Renal
Crônica
10. Pesquisas de negociações de procedimentos em algumas Clínicas de Nefrologia
Cunha, Albertina L. C.
AGRADECIMENTOS
 Dr. Alexandre Nunes Pessoa
 Dra. Márcia Maria Bastos Campos
 Dr. Pedro Paulo Trindade Resende
 Dr. Geraldo Barcelos Camargo Enfa. Cristiane Azevedo – Federação Unimeds RS
• RENALCLIN - Clínica de Doenças Renais - São João Del Rei – MG
• Unimed BH
• Unimed Centro-Oeste
• Unimed Itaúna
• Unimed Rio
Cunha, Albertina L. C.
Grata!!!
Dra. Albertina de Lourdes Coelho Cunha
Gestão de Regulação e Auditoria em Saúde
Federação das Unimeds do Estado do Ceará
e-mail: [email protected]
Tel.: (85) 3453 7843
Cunha, Albertina L. C.
(85) 9735 2627
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