VERSOR DE UM VETOR; VETORES PARALELOS; ÂNGULOS DIRETORES E COSSENOS DIRETORES DE UM VETOR. AULA 5 VERSOR DE UM VETOR Se o vetor π£ não é nulo, o seu versor é um vetor unitário, isto é, de comprimento igual a unidade, e que apresenta a mesma direção e o mesmo sentido de π£. O versor de um vetor π£ é escrito: π£ π£ . VETORES PARALELOS Se os vetores π’ = (x1, y1, z1) e π£ = (x2, y2, z2) são paralelos, então π’ = Ξ±π£ ou π’//π£ β π₯1 π₯2 = π¦1 π¦2 = π§1 π§2 Exemplo Verificar se os vetores π’ = (4, β2, 3) e π£ = (β12, 6, β9) são paralelos. ÂNGULOS DIRETORES E COSSENOS DIRETORES DE UM VETOR Seja o vetor π£ = xπ + yπ + zπ não-nulo. z Ângulos diretores de π£ são os ângulos πΌ, π½ e πΎ que π£ forma com os vetores π, π e π, respectivamente. π£ πΎ π Cossenos diretores de π£ são os cossenos de seus ângulos diretores, isto é, cos πΌ, cos π½ e cos πΎ. π½ π π πΌ x y ÂNGULOS DIRETORES E COSSENOS DIRETORES DE UM VETOR Para o cálculo destes valores utilizaremos a fórmula: cos πΌ = π£βπ π£ π = π₯,π¦,π§ β 1,0,0 π£ (1) = π₯ π£ cos π½ = π£βπ π£ π = π₯,π¦,π§ β 0,1,0 π£ (1) = π¦ π£ cos πΎ = π£βπ = π₯,π¦,π§ β 0,0,1 π£ (1) = π§ π£ π£ π Observação: Os cossenos diretores de π£ são precisamente as componentes do versor de π£. ÂNGULOS DIRETORES E COSSENOS DIRETORES DE UM VETOR Exemplo Calcular os cossenos diretores e os ângulos diretores de π’ = 2π β 2π + π. EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA Considere um ponto A(x1, y1, z1) no β3 e uma direção π£=(a, b, c). Quer-se descrever os pontos da reta r que possui a direção π£ e passa pelo ponto A. Só existe uma reta que passa por A e tem a direção de π£. EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA β3 z Um ponto P pertence a r se o vetor π΄π (determinado pelos pontos A(x1, y1, z1) e P(x, y, z) é paralelo a π£ = (a, b, c). Sendo π΄π // π£, então: π΄π= tπ£ (t é algum número real) P β A = tπ£ (π΄π = P β A) P = A + tπ£ Escrevendo-se P = A + tπ£ em coordenadas, vem: P A π£ r O r: (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t(a, b, c) π£ é chamado de vetor diretor da reta r e t de parâmetro. x y EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA Exemplo 1 Qual a equação vetorial da reta r que passa por A(1, β1, 4) e tem a direção de π£ = (2, 3, 2)? Exemplo 2 Sabe-se que o ponto P(5, 5, 8) pertence à reta r: (x, y, z) = (1, β1, 4) + t(2, 3, 2), determinar o parâmetro t. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA A partir da equação vetorial da reta (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t(a, b, c), obtêm-se as equações paramétricas. (x, y, z) = (x1, y1, z1) + (at, bt, ct) (propriedade da multiplicação de escalar por vetor) ou ainda (x, y, z) = (x1 + at, y1 + bt, z1 + ct) (propriedade da soma) ou então π₯ = π₯1 + ππ‘ r: π¦ = π¦1 + ππ‘ π§ = π§1 + ππ‘ igualdade) (condição de EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo Dado o ponto A(2, 3, β4) e o vetor π£ = (1, β2, 3), pede-se: a) Escrever equações paramétricas da reta r que passa por A e tem a direção de π£. b) Encontrar os dois pontos B e C de r de parâmetros t = 1 e t = 4, respectivamente. c) Determinar o ponto de r cuja abscissa é 4. d) Verificar se os pontos D(4, β1, 2) e E(5, β4, 3) pertencem a r. e) Determinar para que valores de m e n o ponto F(m, 5, n) pertence a r. EQUAÇÕES SIMÉTRICAS DA RETA Das equações paramétricas x = x1 + at, y = y1 + bt, z = z1 + ct Supondo abc β 0, vem t= π₯ β π₯1 , π t= π¦ β π¦1 , π t= π§ β π§1 π Como para cada ponto da reta corresponde um só valor para t, obtemos as igualdades π₯ β π₯1 π = π¦ β π¦1 π = π§ β π§1 π EQUAÇÕES SIMÉTRICAS DA RETA Exemplo Quais as equações simétricas da reta que passa pelo ponto A(3, 0, β5) e tem a direção do vetor π£ = (2, 2, β1)? ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS z r1 Considere duas retas r1 e r2 nas direções dos vetores π£1 e π£2 , respectivamente. π Chama-se ângulo de duas retas r1 e r2 o menor ângulo formado pelos vetores π£1 (vetor diretor de r1) e π£2 (vetor diretor de r2). Chamando π o referido ângulo, então: cos ΞΈ = π£1 β’ π£2 π£1 π£2 , com 0 β€ ΞΈ β€ r2 π£1 π π 2 x π£2 y ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS Exemplo Calcular o ângulo entre as retas x=3+t r1: y = t z = β1 β 2t e r2: π₯+2 β2 = π¦β3 1 = π§ 1 DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA Seja um ponto P no β3 e uma reta r, cuja distância entre eles quer-se calcular. Considere um ponto A e um vetor diretor π£ pertencentes à reta. β3 Os pontos A e P determinam o vetor π΄π. Os vetores π΄π e π£ formam um paralelogramo, cuja altura d é também a distância de P até r, denota-se por d(P,r). O cálculo da área desse paralelogramo pode ser obtido por duas maneiras já conhecidas: a) A = (base)(altura) = π£ d b) A = AP x π£ Comparando a) e b), tem-se: d = d(P,r) = |AP x π£| |π£| P d A β‘ π£ r DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA Exemplo x = β1 + 2t Calcular a distância do ponto P(2, 1, 4) à reta r1: y = 2 β t z = 3 β 2t DISTÂNCIA ENTRE RETAS r1 Sejam duas retas coplanares r1 e r2, tem-se três posições possíveis entre elas. a) r1 e r2 são concorrentes: Neste caso: d(r1, r2) = 0 r2 b) r1 e r2 são coincidentes: Neste caso: d(r1, r2) = 0 r1 = r2 c) r1 e r2 são paralelas: Neste caso: d(r1, r2) = d(P, r1) com P β r2 ou d(P, r2) com P β r1. P d β‘ r1 r2 DISTÂNCIA ENTRE RETAS Sejam duas retas não-coplanares r1 e r2 (retas reversas). Quer-se calcular a distância entre elas. DISTÂNCIA ENTRE RETAS Seja r1 a reta determinada pelo ponto A1 e o vetor diretor π£ 1 e r2, determinada pelo ponto A2 e o vetor diretor π£ 2. Os pontos A1 e A2 formam um terceiro vetor π΄1π΄2. Esses três vetores não-coplanares π£ 1, π£ 2, π΄1π΄2 determinam um paralelepípedo, cuja altura é a distância entre r1 e r2. O volume desse paralelepípedo pode ser calculado por : a) V = (área da base)(altura) = | π£ 1 x π£ 2|d b) V = |(π£ 1, π£ 2, π΄1π΄2)| Comparando a) e b), tem-se: d(r1, r2) = |(π£1 ,π£2 ,π΄1π΄2)| |π£1 x π£2 | π£2 A2 r2 d β‘ r1 A1 π£1 DISTÂNCIA ENTRE RETAS Exemplo x = β1 + t Calcular a distância entre as retas r1: y = 3 β 2t z = β1 β t e y=xβ3 r2: z = βx + 1 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Seja um plano πΌ contendo um ponto A(x1, y1, z1), ortogonal a um vetor π = (a, b, c), π β 0, chamado de vetor normal ao plano. π O ponto P(x, y, z) representa qualquer ponto pertencente ao plano, enquanto que A representa um ponto conhecido. Com o ponto A e o ponto P, podemos montar um vetor ortogonal a π’. O produto escalar entre eles é igual a zero, isto é, π΄π β’ π = 0 ou (P β A) β’ π = 0 A equação se transforma em: ax + by + cz + d = 0 P πΌ A EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Exemplo 1 Determine uma equação do plano que passa pelo ponto (2, 4, β1) e tem como vetor normal π = (2, 3, 4). Encontre também suas intersecções com os eixos coordenados e faça um esboço do plano. EQUAÇÃO GERAL DO PLANO EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Exemplo 2 Determine a equação do plano que passa pelos pontos P(1, 3, 2), Q(3, β1, 6) e R(5, 2, 0) EQUAÇÃO GERAL DO PLANO ÂNGULO DE DOIS PLANOS Sejam os planos π1 e π2 com vetores normais π1 e π2 , respectivamente π1 π2 π2 π π π1 Chama-se ângulo de dois planos π1 e π2 o menor ângulo que um vetor normal a π1 forma com um vetor normal a π2 . Sendo π este ângulo, tem-se cos π = π1 β π2 π1 π2 com 0 β€ π β€ π 2 ÂNGULO DE DOIS PLANOS Exemplo Determinar o ângulo entre os planos π1 : 2x + y β z + 3 = 0 e π2 : x + y β 4 = 0. PARALELISMO E PERPENDICULARISMO ENTRE RETA E PLANO Sejam uma reta r com a direção do vetor π£ e um plano π, sendo π um vetor normal a π. I) r // π β π£ β₯ π β π£ β π = 0 II) r β₯ π β π£ // π β π£ = Ξ±π π£ r r π π π£ π π INTERSEÇÃO DE DOIS PLANOS A interseção de dois planos não-paralelos é uma reta r cujas equações se deseja determinar. π1 r π1 π2 β π2 INTERSEÇÃO DE DOIS PLANOS Exemplo Sejam os planos não-paralelos π1 : 5x β y + z β 5 = 0 e π2 : x + y + 2z β 7 = 0 REFERÊNCIA WINTERLE, P. Vetores e geometria analítica. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.