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...a juventude é uma categoria social e
historicamente definida, vivida de modo
distinto, segundo as condições econômicas,
culturais, étnicas, de gênero etc.
Estudo,
trabalho,
namoro,
“baladas e
curtições”.
Satisfação
dos
desejos de
consumo,
cotidiano
violento...
juventude
Acesso a
bens
culturais e a
informação,
práticas de
lazer.
Condições
de
moradia,
saúde.
“Marcas definidoras de identidade”
Faroco et al. (2004).
UMA
PRIMEIRA TENTATIVA DE CARACTERIZAR
ESSE MOMENTO DA VIDA:

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Apoiada
em
justificativas
biopsicológicas,
caracterizavam o período como uma fase
transitória, uma preparação para a fase adulta,
despida de função própria.
Segundo
Chipkevitch
(1994),
foi
a
industrialização
que
desencadeou
certas
mudanças sociais que trouxeram uma visibilidade
diferente a esse grupo...Os períodos de
escolarização e de tutela familiar foram
expandidos, o que trouxe enorme transformação
no contexto da vida desses grupos.

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A obrigatoriedade do processo escolar tomou a
infância como foco do projeto educativo,
instituindo definitivamente a separação da vida
em períodos de formação e maturidade, sendo o
primeiro pensado a partir do individuo que a
criança se tornaria, “viria a ser”, pois, durante o
período escolar, ainda não era.
Como se observa na atualidade, essa condição
de ser alguém em preparação negou ao ser
humano uma existência com identidade social.

Nesse sentido, o fenômeno histórico-cultural da
industrialização revolucionou os posicionamentos
da infância e juventude na sociedade.....
transformação no âmbito da família e da vida
social mais ampla.

Os diferentes rituais e atividades especificas
envolvidos
nesse processo
dependem
da
complexidade das experimentações requeridas
socialmente e das agências socializadoras
(igrejas, família, escola, trabalho etc.)

Os ritos de passagem foram recorrentemente
interpretados a partir dos anos 60. As tendências
dessa fase concebem-nos como resposta
adaptativas obrigatórias, dado que o indivíduos
são obrigados a mudar de posição dentro de um
sistema.
Tem a função de
aparar
os
conflitos gerados
pela transição da
adolescência
à
maturidade
Passagem
postulada como
inevitável, difícil,
problemática e
conflituosa
Os ritos seriam
elaborações
sociais
secundárias
JOVENS
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Erikson
(1972)
definiu
essa
etapa
como
É
um
período:
de
conflito
interno,
comportamento irregular, emocional, estável e
imprevisível, causado por aumento do desejos
naturais e pela maturação sexual, preparatório
para a fase adulta
PASSAGEM DA INFÂNCIA PARA A FASE ADULTA...
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A invenção da adolescência, que é um derivado
da criança moderna;
É uma etapa da vida em que o ser humano
perde suas características infantis, mas ao
mesmo tempo não recebe o status de adulto.
Esse aspecto torna visíveis duas concepções: a
da
e a da
!
• O processo ocorre sem
conflito, interrupções ou
saltos qualitativos;
CONTÍNUO
DESCONTÍNUO
• É que a juventude é o
produto de toda a história
evolutiva anterior.
• Há um período de forte
turbulência, de reestruturação
do período anterior marcado
por fortes conflitos.
• Destacam se as fases de
desenvolvimento
ou
mudanças qualitativas (Freud)
ou acesso ao pensamento
formal (Piaget)
FRUTOSO E ALVARENGA (2005) ABORDARAM A
DIFICULDADE DOS JOVENS EM ESCOLHER A
CARREIRA
PROFISSIONAL
E
O
PRIMEIRO
EMPREGO
Atribuição feita a falta de maturidade
A faixa etária dos entrevistados beirava os 25
anos
OUTRAS PERSPECTIVAS ACERCA DA JUVENTUDE,
SEGUNDO O TEXTO.........
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O jovem, assim como a criança ou adulto é
constituído
por
uma
multiplicidade
de
experiências, como etnia, gênero, classe social,
inserção familiar, orientação religiosa etc.
A partir do exemplo citado no texto conclui que,
isso significa apenas que a educação, enquanto
prática social, deve corresponder ao universo
sociocultural do grupo, e qualquer educador
observará que os grupos são culturalmente
diferentes.
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Barbosa et al. (2003) afirma que a juventude não
é um fenômeno estritamente individual. O
reconhecimento da multiplicidade de experiências
vividas pelos variados grupos culturais conduzirá a
uma interpretação da juventude como um
fenômeno eminentemente plural.
Segundo Corti e Souza (2005), nenhuma definição
de juventude, ao longo da história, obedeceu
exclusivamente ao critério biológico, ligado ao
desenvolvimento do corpo mas, orientando-se a
parâmetros predominantemente social.

O jovem vai se identificando com traços
pertencentes à:
Identidade coletiva, respectiva aos variados grupos dos
quais participa, como também encarna traços da
identidade de estudante quando está na escola.
Essas multiplicidades de experiências para cada grupo de jovens.....
...é que vão ajudar a formar uma cultura especifica com fim em si mesma, a
chamada
CULTURA JUVENIL...
No entanto, os jovens
estão em momento
de descoberta de si
mesmo e do mundo,
em busca de novos
sentidos e em um
exercício
efetivo
voltado
para
o
presente.
Ao desvalorizar ou, até
mesmo, condenar essa
busca,
a
sociedade
deixa de reconhecer e
respeitar
as
peculiaridades do seu
momento de vida.
Coloca novos desafios a família e a
escola, dadas suas características
como instituições primordialmente
socializadoras.
Essas
instituições,
preocupadas com a transmissão
cultural e com o futuro, concentram
seus esforços na preparação
de
indivíduos
capazes
de
exercer
plenamente seu papel de adultos.
CULTURA JUVENIL...
O jovem é o mais ávido consumidor, o paradigma da beleza
física, o modelo da frivolidade e do descompromisso.
Na opinião de Setton (2002), no Brasil, os meios de
comunicação de massa têm impacto intenso e profundo. É
comum o jovem pertencer a uma
ou mais tribos e,
conforme a disponibilidade de recursos, vê-se desde a
aquisição
de
bens
materiais
específicos
até
desenvolvimento de linguajar característicos.
A cultura juvenil tem na gíria um valioso subproduto. Por
seu
intermédio,
os
jovens
adquirem
uma
representabilidade verbal que traduz a luta pela
preservação de uma identidade grupal que não somente
funde como também busca sustentação à frágil identidade
individual dos seus membros.
Uma marca distintiva da cultura juvenil é a preocupação
pela aquisição e posse de determinados artigos, como
roupas nacionais ou importadas, usar bonés, tênis,
computadores, discos, carros etc....o paradigma do ”ser e
ter”!

Os adolescentes dos anos 1990 foram as crianças
que
cresceram
assistindo
televisão,
e
a
subjetividade que marca o simbolismo dos meios
de comunicação de massa transforma-se em
poderoso e envolvente discurso.
A cultura jovem pode ser
entendida
como
um
discurso reinventado pela
pós-modernidade
cujos
indícios se constatam no
individualismo,
indiferença,
imediatez,
estética
corporal,
informatização, morte das
ideologias, comunicação
mediática etc.
SEGUNDO FISCHER (1996), DESDE OS ANOS 1990,
CONSTATA-SE UM CRESCIMENTO MASSIVO DO MERCADO
PARA O PÚBLICO JOVEM...
Folhateen e revista:
Televisão:
Ser
jovem,
nessa
sociedade da imagem e
do consumo, significa
ser saudável, arrojado,
inovador,
dinâmico,
bonito,
esportivo
,eficaz,
competitivo,
produtivo
e
uma
infinidade de valores
exaltados
pelo
neoliberalismo.

A cultura juvenil, como se nota, constrói, por
meio
dos
seus
poderosos
mecanismos
identitários, um universo especifico e distintivo do
mundo adulto – linguagens, marcas corporais,
vestimentas, práticas sociais e sexuais. A imersão
total e o consequente investimento na formação
de uma identidade de oposição à cultura dos
detentores do poder (os adultos) contribuem
enormemente para a segregação e o afastamento
CULTURA JUVENIL X CULTURA ESCOLAR



O conceito de cultura escolar é fruto
de
investigações
sobre
o
cotidiano
escolar
baseadas em cruzamentos de teorias, ideologias
e práticas sociais diversas.
Os estudos sobre a cultura escolar têm como
foco o currículo, o ensino e a formação de
professores e inclui não somente o que se vê e
se ouve, como também tudo que se esconde.
A escola assumiu perante a sociedade a função
de
socializar
o
patrimônio
cultural
historicamente acumulado pela experiência
humana.
Assim, se a cultura é o conteúdo substancial de
todas as formas da educação e da educação
escolar, sua fonte e justificativa última, não há
educação sem cultura. Pelo trabalho de
construções, desconstruções e reconstruções
que a educação realiza, a cultura se transmite e
se perpetua.
A
inserção da cultura juvenil no currículo
ressignifica o espaço escolar, intensifica a
reflexão e a crítica, além de promover a
aprendizagem que, em virtude da atribuição de
significado e sentido, terá cultura juvenil um
campo de estudos interessante e motivador para
os alunos. A partir dessas colocações, é possível
afirmar que o ponto de partida da aprendizagem
sistemática deve ser o próprio mundo do aluno,
seus
interesses
culturais,
percepções
e
linguagens.


Em muitas escolas, tristemente, pouco se faz
para possibilitar espaços de interlocução ao
aluno jovem. O ponto de partida par qualquer
diálogo é o reconhecimento do outro enquanto
sujeito cultural. Nesse ponto, as dificuldades que
a escola apresenta se refletem, por exemplo, na
própria organização e ritmo escolares que não
viabilizam qualquer aproximação efetiva entre
diversas hierarquias da arquitetura escolar e os
jovens.
Entende-se:

A escola demonstra pouco interesse
patrimônio cultural trazido pelos alunos.
no
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Aprendendo sobre o outro: a cultura corporal juvenil. CAPÍTULO 5