ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ
FERNANDES MACHADO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
Oficina: RAP
Tema: Construindo Valores: por uma sociedade
mais justa. (2015)
PIBIDIANOS: ANTÔNIO NETO, FLÁVIA FERNANDES, MARIA DE FÁTIMA,
MARIA CLARA.
ESTRUTURA DO RAP
O que é o Rap / História
 A termo RAP significa rhythm and poetry
( ritmo e poesia ).
 O RAP surgiu na Jamaica na década de 1960.
 Este gênero musical foi levado pelos jamaicanos
para os Estados Unidos, mais especificamente
para os bairros pobres de Nova Iorque, no
começo da década de 1970. Jovens de origens
negra e espanhola, em busca de uma sonoridade
nova, deram um significativo impulso ao RAP.
O que é o Rap / História
 No começo da década de 1980, muitos jovens
norte-americanos, cansados da disco
music, começaram a mixar músicas, e criar,
sobre elas, arranjos específicos. As músicas
de James Brown, por exemplo, já serviram de
base para muitas músicas de rap.
O que é o Rap / História
 Anos 80: auge do rap e mudanças
 Na década de 1980, o rap sofreu uma mistura
com outros estilos musicais, dando origem à
novos gêneros, tais como: o acid jazz, o
raggamufin (mistura com o reggae) e o dance
rap.
 Com letras marcadas pela violência das ruas e
dos guetos, surge o gangsta rap, representado
por Snoop Doggy Dogg, LL Cool J, Sean Puffy
Combs, Cypress Hill, Coolio entre outros.
Movimento Rap no Brasil
 O rap surgiu no Brasil em 1986, na cidade de
São Paulo. Os primeiros shows de rap eram
apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ
Theo Werneck. Na década de 80, as pessoas
não aceitavam o rap, pois consideravam este
estilo musical como sendo algo violento e
tipicamente de periferia.
Movimento Rap no Brasil
 Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a
indústria fonográfica começa a dar mais
atenção ao estilo. Os primeiros rappers a
fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum.
Logo a seguir começam a surgir novas caras
no rap nacional: Racionais MCs, Pavilhão 9,
Detentos do Rap, Câmbio Negro, Xis &
Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O
Pensador.
Movimento Rap no Brasil
 O rap começava então a ser utilizado e
misturado por outros gêneros musicais. O
movimento mangue beat, por exemplo,
presente na música de Chico Science & Nação
Zumbi fez muito bem esta mistura.
Movimento Rap no Brasil
 Nos dias de hoje o rap está incorporado no
cenário musical brasileiro. Venceu os
preconceitos e saiu da periferia para ganhar o
grande público. Dezenas de cds de rap são
lançados anualmente, porém o rap não
perdeu sua essência de denunciar as
injustiças, vividas pela população pobre das
periferias das grandes cidades.
 Nas letras do Public Enemy, encontramos
mensagens de cunho político e social,
denunciando as injustiças e as dificuldades
das populações menos favorecidas da
sociedade norte-americana. É a música
servindo de protesto social e falando a voz do
povo mais pobre.
VERSO E ESTROFE
 É cada uma das linhas de um poema.
 É um conjunto de versos formando uma
unidade gráfica e, geralmente, um sentido
completo.
AS ESTROFES DE VERSOS TÊM NOME DE ACORDO COM O NÚMERO DE
VERSOS QUE AS FORMA:
DÍSTICO- dois versos
TERCETO- três versos
QUADRA- quatro versos
QUINTILHA-cinco versos
SEXTILHA- seis versos
SÉTIMA- sete versos (raramente se usa o nome)
OITAVA- oito versos
NONA- nove versos (raramente se usa o nome)
DÉCIMA- dez versos
MÉTRICA POÉTICA
 É a medida do verso, que pode variar de duas silabas poéticas,
até doze.
1 2 3 4 5
6
7
Oh!/ que/ sau/ da/ des/ que eu/ te-nho
1 2 3 4 5 6 7
Da au/ ro/ ra/ da/ mi/ nha/ vi-da
1 2 3 4 5 6 7
Da/ mi/ nhá in/ fân/ cia/ que/ ri-da
1 2 3 4 5 6 7
Que os/ a/ nos/ não/ tra/ zem/ mais
RIMA
 É a coincidência de sons entre palavras, especialmente no
final dos versos.
QUANTO À POSIÇÃO NA ESTROFE:

INTERPOLADA: O PRIMEIRO VERSO RIMA COM O
QUARTO, E O SEGUNDO COM O TERCEIRO (ABBA):
“Para canto de amor tenros cuidados. A
Tomo entre voz, ó montes, o instrumento; B
Ouvi pois o meu fúnebre lamento; B
Se é que compaixão dos animados.” A
(Cláudio Manuel da Costa)

EMPARELHADA: O PRIMEIRO VERSO RIMA COM O
SEGUNDO, E O TERCEIRO COM O QUARTO (AABB):
“Manhã de junho ardente. Uma encosta escavada A
seca, deserta e nua, à beira de uma estrada A
Terra ingrata, onde a urze a custo desabrocha B
bebendo o sol, comendo o pé, mordendo a rocha.” B
(Guerra Junqueiro)
 CRUZADA OU ALTERNADA: O PRIMEIRO VERSO RIMA
COM O TERCEIRO, E O SEGUNDO COM O QUARTO
(ABAB):
“Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada A
E triste, e triste e fatigado eu vinha; B
Tinhas a alma de sonhos povoada A
E a alma de sonhos povoada eu tinha.” B
(Olavo Bilac)
TIPOS DE RIMA
 RICAS – TÊM CLASSES GRAMATICAIS DIFERENTES:
Exemplo:
"Não há machado que corte
a raiz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte"
 POBRE – PERTENCEM À MESMA CLASSE GRAMATICAL:
Exemplo:
"Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia"
COINCIDÊNCIA SONORA DAS PALAVRAS QUE RIMAM
 PERFEITA OU SOANTE – Quando há analogia
fonética (correspondência completa de sons):
tento / vento; peso / teso.
 IMPERFEITA OU TOANTE – Quando não há analogia
fonética total (correspondência parcial de sons):
âmbar /amar; estrela / vela.
Agora é com você!
 Mas, antes, algumas perguntas:
 De que realidades você gostaria de falar?
 Quais são os problemas que você enfrenta na
sua realidade?
 O que você gostaria de mudar no mundo?
 Qual o tipo de RAP que você faria?
 Romântico?
 Combinado com outros ritmos?
 Mas leve ou mais forte?
Um exemplo mais próximo de RAP:
RAP
Tipo num ringue
Abel Vicente de Lima Filho – 2ª série “A” – Vespertino (2014)
O que é o que é?
Clara e sem gosto
E o modo como a usam às vezes dá desgosto
Solvente universal
Refresca até a alma
Mas um dia ela acaba,
Então vamos usar com calma!
Pensa no dia seguinte, cara, então
Pois sobra pra você, mas falta muito no sertão!
Então, pense muito antes
De usar a mangueira
Pense e use a vassoura, pois não é brincadeira!
Se ainda não percebeu
Eu tô falando de água
E o seu desperdício
Me causa muita mágoa
Vejo vários comemorando
A chegada do caminhão-pipa
Vejo vários colocando
Os baldes embaixo das bicas
Mas em compensação
Eu vejo, irmão,
Muitos litros desperdiçados
Só para lavar o chão!
Rap classificado em 1º lugar no quinto Concurso de Gêneros Discursivos
da E. E. Prof. José F. Machado (Ensino Médio) / Orientação: PIBID de
Língua Portuguesa
Este pode ser um fim! Ou, se
você quiser, um começo!
"Na verdade nunca houve humanidade... Nós
estamos fazendo os ensaios do que será
a humanidade... Nunca houve."
Milton Santos.
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Gênero RAP - PIBID UFRN