“Os medicamentos, além de permitir alcançar um maior tempo de vida, também permitem uma maior qualidade da mesma, uma vez que sua função é curar as doenças e quando isso não é possível, podem servir para controlá-las e/ou aliviar os seus sintomas.” (DADER & MUÑOZ, 2008) Problemas relacionados ao uso de medicamentos: Eventos adversos; Uso inadequado; Falha na terapêutica. (WHO, 2002) Processo de medicação Nas fases de prescrição Dispensação Administração Monitoramento Cassiani SBH. Erros na medicação: estratégia de prevenção. Rev. Bras Enferm 2000. DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Seção I Objetivo Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; VIII - segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes FINALIDADE Elencar os perigos e estabelecer as barreiras, desde a seleção até a devolução das drogas de alto risco, para evita-los. FONTES: Elliott, M; Liu, Y. British Journal of Nursing, 2010 PROTOCOLO DE SEGURANÇA MEDICAMENTOSA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS COORDENADO PELA ANVISA E MINISTERIO DA SAUDE, 2014. PACIENTE CERTO MEDICAÇÃO CERTA HORA CERTA VIA CERTA ASPECTO DA MEDICAÇÃO MEDICAÇÃO SEGURA DOSE CERTA ANOTAÇÃO CORRETA VALIDADE CAMPATIBILIDADE MEDICAMENTOSA ORIENTAÇÕES AO PACIENTE DIREITO DE RECUSAR MEDICAMNETO NOTA TÉCNICA DE ENFERMAGEM Nº01 – Atenção Básica, 2013 O Ministério da Saúde recomenda que sejam utilizados no mínimo 2 identificadores como: nome completo do paciente, nome completo da mãe do paciente, data de nascimento do paciente, número de prontuário do paciente. Protocolo de Identificação do Paciente, ANVISA. Metas de segurança: Meta 1: identificar os pacientes corretamente; Meta 2: melhorar a comunicação efetiva; Meta 3: melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância; Meta 4: assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto; Meta 5: reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde; Meta 6: reduzir os riscos de lesões decorrentes de queda. Commission, Sentinel Event Alert 1999. Institute of Medicine: Medication Errors 2007. “Medicamentos de Alta Vigilância são medicamentos que possuem um risco maior de causar dano significante ao paciente, quando utilizados erroneamente. Não significa que existe maior ou menor probabilidade do erro acontecer, mas se este acontecer a consequência ao paciente é claramente mais grave.” Mansur J. High‐Alert Medications. Joint Commission Resources. 2008 Medicamentos SOUND‐ALIKE: que são semelhantes na pronúncia => risco de trocar as medicações no momento de administrá‐la. Recomendação internacional: escrita diferenciada do nome do medicamento, colocando em caixa alta, parte do nome que não é semelhante. INSTITUTO PARA BOAS PRÁTICAS NO USO DE MEDICAMENTOS, 2014 Medicamentos LOOK‐ALIKE: são semelhantes na aparência => risco de trocar as medicações no momento de administrá‐la. Uma das recomendações armazenamento em locais distantes –no caso de armazenamento. Segurança na Cadeia Terapêutica Medicamentosa, 2014. “Estabelecer um sistema eficiente, eficaz e seguro de dispensação para pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com as condições técnicas e hospitalares, onde ele se efetive.” Resolução do CFF 1997. Classificação dos Sistemas de Distribuição de Medicamentos: Coletivo; Individualizado; Combinado ou misto, Dose Unitária Sistema de distribuição coletivo Sistema de distribuição individualizado Sistema de distribuição combinado e misto Sistema de Dose Unitária Dose unitária Reduz a incidência de erros Diminui custos dos medicamentos Reduz as perdas e os furtos Melhora o nível de assistência oferecido ao paciente internado Muitos erros podem ser prevenidos com: • • • redução da disponibilidade dos medicamentos (nos postos de enfermagem e farmácias satélites); restringindo o acesso a medicamentos potencialmente perigosos utilizando sistemas de dispensação que disponibilizem o medicamento no momento do uso. Revista Farmácia Hospitalar Diretriz de Apoio ao Suporte Avançado de Vida em Cardiologia – Código Azul – Registro de Ressuscitação Normatização do Carro de Emergência SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA Interações Medicamentosas Administração de dois ou mais fármacos simultaneamente Modificação do efeito de um fármaco pela ação de outro Benefícios terapêuticos: toxicidade ou efeitos adversos Classificação das interações medicamentosas: Incompatibilidades, interações farmacêuticas ou físico-químicas; Interações farmacocinética; Interações farmacodinâmicas. Anticoagulantes+haldol: diminuição dos efeitos doas anticoagulantes; Nifedipino+fentanila: hipotensão grave durante cirurgia, suspender nifedipino pelo menos 36 h antes da cirurgia; Digoxina+fenitoína: risco de subdigitalização. FONSECA, A. L. Interações Medicamentosas. 4º ed. São Paulo, 2008. TIPO DE DIETA ALTERAÇÃO DO METABOLISMO Dieta rica em fibra Perda do ácido biliar, excreção mais rápida, < biodisponibilidade Dieta hipogordurosa < a liberação da bile, digestão de gordura e formação de micelas, < a absorção de drogas lipossolúveis Dieta hipergordurosa > Nível de ácidos graxos livres e altera o sítio de ação de albumina e drogas Dieta rica em eletrólitos e minerais > Excreção de lítio, < ação de diurético, < digestão de lipídeos, > absorção de vitaminas hidrossolúveis Dieta hipoproteica+desidratação+ inanição < distribuição das drogas, principalmente as lipofílicas, < filtração glomerular Uso prolongado de laxantes < absorção de glicose, proteína e sódio Medicamentos que alteram nutrientes Diuréticos: hiponatremia, hipernatremia, hipocalemia, desidratação Esteróides: alteração no sódio, potássio e glicemia IECA: hipercalemia Anfotericina B: hipocalemia, hipomagnesemia Suplementos de cálcio: hipofosfatemia Fenitoína: exige interrupção da dieta por 1 a 2 horas Quinolonas: Diminuição do nível sérico quando administrado junto com os alimentos Itraconazol: Aumenta absorção dos nutrientes Varfarina: diminuição da anticoagulação com vitamina K (couve, brocólis, etc) Alendronato: diminuição da absorção com alimentos Aspectos importantes Possibilidade de substituição do medicamento (forma farmacêutica, via de administração ou fármaco alternativo); Sítio de absorção e de ação do fármaco; Efeitos da NE na absorção deste; Tipo de sonda e sua localização no trato gastrintestinal. Plano Seguro de Medicação É o processo de criação de uma lista de todos os medicamentos que um paciente está tomando (nome, dosagem, posologia) e comparação com os pedidos do médico na admissão, transferência e/ou alta. Prevenindo Eventos Adversos Causados por Medicamentos, IHI, 2008. Como coletar o histórico de medicamentos 1. Entreviste o paciente ou membro de sua família. 2. Prepare o roteiro para guiar o processo de entrevista. 3. Sugira que os pacientes tragam a medicação que estavam tomando em casa para cada visita ao hospital. 4. Entreviste novas admissões como um time, incluindo farmacêutico e enfermeiros. Prevenindo Eventos Adversos Causados por Medicamentos, IHI, 2008. ORIENTAÇÃO AO PACIENTE Com base na revisão dos relatos de 523 notificações (com consequência C em diante) advindas do sistema MERP (USP‐ISMP Medication Errors Reporting) e MEDMARX, divulgou os comportamentos de risco mais comuns que contribuíram com os erros de medicação: • Automatizar a tarefa sem ler o rótulo do medicamento antes deste ser armazenado, dispensado ou administrado; • A intimidação ou a relutância em pedir ajuda ou esclarecimentos; • A falta/falha em educar os pacientes; • Uso de medicamentos sem o conhecimento completo da medicação; • Falta de duplo controle de medicamentos do tipo High‐Alert antes de dispensar ou administrar; • Não comunicar informações importantes (por exemplo, alergias do paciente, diagnóstico / condições co‐mórbidas, peso, etc.) NCC MERP (National Coordinating Council of Medication Error Prevention. Reducing Medication Errors Associated with At‐risk Behaviors by Healthcare Professionals. Council recommendations, 2007. “Melhorar o gerenciamento de medicamentos implica não somente na redução de erros, mas também na implementação de mudanças para reduzir danos ou eventos sentinelas.” Prevenindo Danos Causados por Medicamentos de Alto-Risco, IHI, 2008. Métodos para prevenir danos: Desenvolver formulários e protocolos clínicos para tratar pacientes com problemas similares, estado da doença, ou necessidades; Minimizar a variabilidade padronizando concentrações e dosagem para minimizar necessidades e fornecer assistência; Incluir alertas e informações sobre parâmetros de monitoramento apropriado nos pedidos, protocolos e fluxos; Considerar protocolos para populações vulneráveis assim como idosos. Prevenindo Danos Causados por Medicamentos de Alto-Risco, IHI, 2008. HEPARINA Implementar um protocolo para uso da heparina baseado em peso, limitá-los para não mais de um ou dois protocolos. Utilizar formulários padronizados para os pedidos. Dispensar o medicamento anticoagulante somente da farmácia. SEDATIVOS Monitorar pacientes em depressão respiratória, evidenciado pela diminuição da concentração de oxigênio ou aumento dos níveis de CO2´. Prevenindo Danos Causados por Medicamentos de Alto-Risco, IHI, 2008. NARCÓTICOS Padronizar protocolo para a iniciação e manutenção da gestão da dor. Utilizar monitoramento adequado para efeitos adversos de narcóticos e opiáceos. INSULINA Utilizar impresso específico para o pedido de infusão de insulina. Prevenindo Danos Causados por Medicamentos de Alto-Risco, IHI, 2008. -IMPLANTAÇÃO DOS PROTOCOLOS SUGERIDOS PELO BANDLE DO IHI 'PREVININDO DANOS POR MEDICAMENTOS DE ALTO RISCO': MORFINA, DIAZEPAM, AGRASTAT, INSULINA EV E HEPARINA EV. -MONITORIZAÇÃO DE SOLICITAÇÃO DE ANTAGONISTAS. Fonte: INTERVENÇOES PROPOSTAS PELO IHI Titulação das doses da sedação “Protocolo de sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular elaborado pela Dra Flavia Ribeiro Machado, 2008” Associação com Analgésicos “The implementation of na analgesia-based sedation protocol reduced deep sedation na proved to be safe and feassible in patientes on mechanical ventilation” Desligar diariamente a sedação “Diretrizes para a prática clínica da gestão da dor, agitação e delirium em pacientes adultos na unidade de terapia intensiva” Constatou-se que 17,6%(3) dos artigos identificam a dupla checagem como importante ferramenta para assegurar o correto procedimento. Nesse processo, dois profissionais verificam se a prescrição, o preparo e a administração do medicamento estão corretos. Tecnologias utilizadas pela enfermagem na prevenção de erros de medicação em pediatria, 2012. MONITORIZAÇÃO DE 20 RISCOS RELACIONADOS AO USO DE MEDICAMENTOS EM 100%DOS PACIENTES DA UTI E UCO, E PACIENTES DESTAS UNIDADES QUE SAO INTERNADOS EM ENFERMARIAS. INICIADA DESDE A INTERNAÇÃO. Baseado no artigo 'Development of Risk Score to Hospitalized Patients for Clinical Pharmacy Rationalization in a High Complexity Hospital, 2011 ALERGIA: reconciliação medicamentosa; PAVM: periogard; TEV: Diretriz Brasileira de TEV; ÚLCERA DE ESTRESSE: Prophylaxis of ulcers associated with stress. MEDICAMENTOS DE ALTO RISCO DROGAS DE BAIXO INDICE TERAPÊUTICO; USO DE ANTAGONISTAS: Protocolo de segurança medicamentosa na prescrição, uso e administração de medicamentos coordenado pela Anvisa e Ministerio da Saúde, 2014. RISCO DE OBSTRUÇÃO DE SONDA; NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL; MONITORIZAÇÃO DE ANTI-ALÉRGICOS: ações de fármacovigilância; MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA; MONITORIZAÇÃO DAS FUNÇÕES HEPÁTICAS E RENAIS; ● MONITORIZAÇÃO DOS SINAIS DE INFECÇÕES; MONITORIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NEFROTÓXICAS; ACOMPANHAMENTO DO INR DE PACIENTES COM USO DE ANTICOAGULANTES ORAIS MONITORIZAÇÃO DOS PACIENTES QUE SERÃO SUBMETIDOS Á CIRURGIA CARDÍACA E DOS QUE SERÃO SUBMETIDOS Á EXAMES CONTRASTADOS