Neste trabalho pretende-se abordar novas orientações
para o ensino das ciências e como estas se podem
projectar num novo pensar do currículo.
Começamos por referir a mudanca conceptual,
enquanto referência histórica na evolução da Didáctica
das ciências, desenvolvendo-se uma perspectiva( em
construção) correspondendo às exigências actuais no
âmbito da Educação em ciência.
O Movimento das Concepções Alternativas:
 Questiona a Aprendizagem Por Descoberta;
 Confronto de ideias com ideias;
 Abandono de um empirismo ingénuo;
 Construção de conceitos;
 Ilusão da descoberta.
 Perspectivas construtivistas da aprendizagem;
 Sujeito idiossincrático (situações contextuais
concretas)
-Transporta e transforma informação em saberes(crucial
na aprendizagem);
-Tem responsabilidade acrescida;
-Envolvimento cognitivo, atitudinal e emocional
São indispensáveis para a mudança de ideias e de saberes
através de (re)construções sucessivas.
Privilegiam-se as contruções prévias, uma vez que são
elas que filtram, escolhem, descodificam, assim como
(re)elaboram informações que o sujeito recebe do
exterior.
 Apoia-se em perscpectivas construtivistas da
aprendizagem:
- A actividade do sujeito consiste em organizar a informação
com vista a uma reorganização do conhecimento, ao
mesmo tempo que modifica as suas estruturas mentais,
actividade exigente e cognitivamente complexa.
 Os processos do pensar podem estar:
- Em continuidade(captura conceptual);
- Em ruptura conceptual( troca conceptual);
Estes processos são difíceis de definir, mais ou menos lentos e
O Professor
 passa a ser o organizador de estratégias intencionais;
 Poderá :
- sugerir e referir propostas alternativas às dos alunos;
-Provocar-lhes dúvidas e vacilações;
- Incentivar a interacção cognitiva entre os alunos;
- Ajudá-los na construção da forma de como devem
pensar os conceitos científicos.
 Induzir a alteração dos conhecimentos;
 Ajudar o aluno a esforçar-se, ser cognitivamente
persistente;
 Capaz de promover a mudança dos seus saberes
prévios;
No EMC é tentar compreender, como mudam os
conceitos.
“ Aprender a pensar “
O esforço pessoal e individual dos alunos, ainda que
com a intervenção do professor, este permite-lhes
darem saltos qualitativos na sua reorganização
cognitiva.
 A necessidade de errar ajuda:
- ultrapassar de forma compreensiva a situação;
- reconhecimento do porquê do erro;
- o significado do erro.
O professor deve partilhar com o aluno o risco de errar “ se o
aluno não errar não pode avançar”
Estimula no aluno:
- O exercício do pensar;
-A sua conquista por esforço próprio
Ajuda-o desta forma a desnvolver novas atitudes face às
dificuldades.
O EMC:
 valoriza
- O domínio cognitivo.
 Desvaloriza
- O domínio afectivo que hoje é determinante na
aprendizagem;
- Os percursos e os contextos sociais e culturais da
construção do conhecimento.
 há uma visão académica do ensino das ciências(mais




relevante do ponto de vista educacional) que se
contrapõe à apresentada anteriormente. Está ligada
aos interesses quotidianos e pessoais dos alunos,
socialmente e culturalmente situada e é geradora de
uma maior motivação;
a discussão que se procura nasce na discussão dos
alunos com a ajuda do professor;
envolve efectiva e cognitivamente os alunos;
não tem respostas prévias;
sem conduções muito marcadas pela mão do
professor;
 caminha para soluções provisórias;
 mais humanizada;
 mais cultural;
 mais perto do homem de amanha;
 o seu objectivo primordial é a compreensão da ciência,
da tecnologia e do ambiente, das relações entre umas e
outras e das suas implicações na sociedade e, ainda, do
modo como os conhecimentos sociais se repercutem
nos objectos de estudo da ciência e da tecnologia;
 a sua finalidade é que a Educaçao em ciencia deixe de se preocupar
somente com a aprebnizagem de um corpo de conhecimentos da
ciencia, mas antes garantir que tais aprendizagens se tornarao uteis e
utilizaveis no dia-a-dia - nao numa perspectiva meramente
instrumental mas sim numa perspectiva de acçao;
 contribui para o desenvolvimento pessoal e social de todos os jovens;
 segundo Ziman (1994) a Educaçao CTS pode traduzir-se numa
multiplicidade de abordagens, vistas como complementares, cada um
delas procurando introduzir os alunos num aspecto particular da
ciencia do seu contexto social; destacam-se as abordagens:
-transdiciplinares;
- historicas;
- sociais;
- epistemologicas;
- problematicas (esta ultima tem sido a abordagem mais seguida pois
é a que mais aproxima a ciencia, a tecnologia e a sociedade).
 experiencias de ensino CTSA levadas a cabo em vários
países e muitos dos resultados já alcançados, mostram ser
esta uma aposta com futuro e uma via promissora em
termos de maior motivação dos alunos, de melhor
preparação destes para darem uma resposta mais adequada
aos problemas científico-tecnológico do mundo
contemporâneo e ainda de desenvolvimento de formas de
pensamentos mais elaboradas. Tenha-se em conta:
- num ensino CTSA a aprendizagem dos conceitos e dos
processos decorre de situações-problema cuja solução se
procura alcançar;
- o ensino CTSA ultrapassa uma lógica estritamente
disciplinar uma vez que a diversidade de dimensões a
explorar, geralmente contida nos problemas, o exige;
- num ensino CTSA as situações-problema não são a
chamada "resolução de problemas clássica", nem
simplificações da realidade, em que as variáveis isoladas
umas das outras para melhor serem compreendidas.
 podemos destacar alguns aspectos tidos como fulcrais
e que permitem enquadrar o novo currículo para o
ensino das ciências:
-uma concepção epistemológica (que na sua
transposição didáctica passa a estar marcada por
perspectivas da Nova Filosofia da Ciência, centrada na
vertente externalista, valorizando contextos de
descoberta e não só de justificação);
-uma Historia da Ciência ( que não pretende ficar-se
apenas pela compreensão da controversa cientifica da
época, muito menos pela perspectiva heróica, mas
projecta-la nas suas consequências futuras);
- uma concepçao de Aprendizagem ( que tenha em
atençao conhecimentos no dominio da Psicologia da
Aprendizagem enrepuecidos com contributos de outras
areas do saber como a Psicologia Cultural, a
Antropologia, as Neurociencias e a Inteligencia
Artificial,...; valorizando as dimensoes cultural e social
do conhecimento e afastando-se portanto de posiçoes
construtivistas radicais);
- as Problematicad Etico-Sociais ( constituem-se num
aspecto central da nova perspectiva de ensino das
ciencias que aqui se vem tentando esboçar - Ensino Por
Pesquisq - embora se pressinta as dificuldades e os
obstaculos a vencer para vingarem num novo curriculo).
Objectivo:
- (Re)estruturar e mudar as perspectivas de ensino,
desenvolvendo um trabalho de formação de exigência
continuada.
O professor:
- ajudar e não dirigir;
- compreender mais as dificuldades do que resolvê-las;
- incrementar estratégias com os alunos;
- ajudar a desenvolver actividades de resposta possível ás
dificiculdades;
- estimular o aluno a repensar e a reflectir, passo a passo,
os seus próprios caminhos e fontes de trabalho.
Os professores são fundamentais na reforma educativa,
assumem-se duas ideias-chave para a promoção da
mudança, ou seja, para a construção de um novo
quadro curricular.
 A primeira – os professores só poderão ensinar aquilo
que eles próprios compreendem.
O ensino Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente é
uma via ainda muito recente e que rompe com o ensino
tradicional.
Investigar o que pensam os professores de ciências,
compreender o que pensam do seu incremento e
diagnosticar os bloqueios com que se confrontam.
 A segunda - confirmação que a concepção,
desenvolvimento e avaliação de qualquer programa de
ensino é fortemente condicionada pela formação
científica dos professores ao nível da componente da
especialidade da docência, que se reflecte na
competência profissional dos mesmos.
O aluno:
 Passa a desempenhar atitudes de responsabilidade
partilhada e cooperativa;
 Valoriza as suas capacidades de intervenção e de
assumir tarefas;
A aprendizagem dos conceitos surge, assim, como
necessidade vinda de fora da ciência, mas assumida
pelos alunos ao procurar respostas possíveis.
- Necessidade e existência de um Centro de Recursos da
Escola;
- espaço de troca e de partilha entre professores e
alunos.
- A utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) no âmbito da didáctica das
ciências;
- explorar aspectos, simulação, modelação,
interactividade, movimento e perspectiva
tridimensional.
 O currículo é um instrumento fundamental ao serviço
dos professores que têm:
 De tomar em mãos;
 Dar-lhe vida;
 Modificá-lo;
 Reconstruí-lo;
 Valorizando os saberes de todos os
intervenientes(desde prof., alunos, pais, autarquias….);
 Ao serviço dos cidadãos.
Docente:
Anabela Ramalho
Discentes:
Catarina Oliveira Nº 2007437
laetitia Veiga Nº 2007184
Turma 1
Download

Perspectivas do ensino das ciências