Vômitos no primeiro ano de vida Hospital de São Teotônio Pediatria Director: Dr. Castanheira Maria do Céu de Moura Lourenço Internato Complementar de Clínica Geral – 2º Ano Orientador: Dr Mário Couto 2003 Vómitos (DanielCamacho) Vomito em cada artéria, as palavras gastas que se diluem em cada esquina, liberto a raiva, a ira, esgano o falso sonho, que sempre gira. Mastigo a matéria, corrupta, farta, repudio o intenso odor, a triste sina, de querer que tudo esteja sempre bem, a inveja de querer ser outro alguém! Cuspo aquele amor vendido, tipo fast-love, com promoções especiais, carrego com as paixões dos outros, e jogo tudo no lixo, que gana, será que... ...que se lixe, desisto. Estou farto destas falsas alegrias... ...hipócritas que batem à porta a toda hora, em qualquer lugar. E sempre as mesmas formas, os mesmos olhares, os mesmos sorrisos banais, que se partem em mundos reais. Agrido quem passa, quem vê, o que nunca viu, e apenas vê porque é de graça, Sujo as ruas sempre limpas, irritantemente limpas, com meus vómitos garridos, com o sangue que já está farto, de correr sempre nos mesmos canais... ...viciados, rios poluídos por demais. Chove chumbo, sobre essas avenidas perfeitas, move-se o mundo, em direcção a uma estrada estreita! Definição (1) Vômito =>Meio pelo qual o tubo gastrintestinal livra-se de seu conteúdo quando parte do tubo gastrointestinal superior sofre irritação, distensão ou até mesmo excitação excessiva. É expulsão forçada, acompanhada por contração intensa dos músculos abdominais. Podem ser ocasionados por sinais nervosos provenientes de áreas do cérebro, fora do centro do vômito, particularmente numa pequena área localizada bilateralmente no pavimento do quarto ventrículo, na área postrema ou acima dela, denominada zona desencadeadora quimioreceptora. Existem outras situações que desencadeiam os vômitos, como sendo psíquicas ou por estimulação do hipotálamo. Regurgitação é definida como expulsão não forçada de alimentos e secreções do esôfago ou do estômago pela boca. Não se observa a presença de náuseas ou esforço abdominal na eliminação dos alimentos. Definição (2) Regurgitação fisiológica => Situação na qual a criança não apresenta outros sintomas, a evolução do ganho de peso é normal e a diminuição gradativa das regurgitações ocorre ao longo do tempo, cessando por volta dos sete a oito meses de idade. O Refluxo gastroesofágico fisiológico e erros de técnica alimentar são as causas mais comuns de regurgitação e vômitos no lactente Fisiologia do Vômito O Acto do vômito consistem em: 1.Respiração profunda 2.Elevação do osso hióide e da laringe para manter aberto o esfíncter esofágico superior 3.Fechamento da glote 4.Elevação do palato mole para fechar as fossas nasais posteriores 5.Forte contração para baixo do diafragma, juntamente com a 6.Contração simultânea de toda a musculatura abdominal 7.Elevação da pressão intragástrica. 8. Esfíncter esofágico inferior relaxa-se por completo, permitindo a expulsão do conteúdo gástrico pelo esôfago. Fisiologia do Vômito (Pavimento do quarto ventrículo, na área postrema ou acima dela) (Porção dorsal da formação reticular lateral) Conexões nervosas do vômito História Clínica A anamnese minuciosa é o passo inicial: Caracterizar o vômito quanto à duração, freqüência, ocorrência prévia ou não de náuseas, presença de sangue, bilis, outros materiais e relação com a ingestão de alimentos (imediato ou tardio). Exame objectivo (1) Sinais de alerta que auxiliam a suspeitar de abdome agudo, segundo Tannuri : 1. Vômito: repetitivo ou bilioso, fecalóide ou em jacto => obstrução intestinal 2.Massa abdominal: a palpaçăo de massas abdominais associada a outras manifestações clínicas de abdome agudo =>estenose hipertrófica de piloro, da presença de uma ou mais massas=> obstruçăo intestinal por "bolo de áscaris" e massa em forma de salsicha na=> invaginação intestinal. 3.Distensão abdominal: Distensão das anças intestinais=> obstruções baixas do trato digestivo; Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal; Íleo paralítico; Peritonite por perfuração de víscera oca e de íleo infeccioso. 4. Enterorragia: sangramento intestinal associado a outros sinais de abdome agudo =>Comprometimento da mucosa das porções baixas do trato gastrintestinal. 5. Peristaltismo visível: => Obstrução em alguma parte do tubo digestivo. Nos desnutridos e prematuros sem afecçăo do trato digestivo. O peristaltismo intestinal pode ser visível devido ao facto da parede abdominal ser muito delgada. Exame objectivo (2) Doença orgânica no recém nascido • • • • • • Polihidrâmnios Vômitos persistentes Vômitos biliares (sugestivo de obstrução abaixo da ampola de Vater, ou infecção séria ou traumatismo no parto) Dificuldade na sucção, dificuldade na aceitação da alimentação Distensão abdominal /sugestivo de obstrução da parte baixa do trato intestinal Ausência de ganho ponderal ou perda de peso • • • Desidratação Febre Deficiência para passar mecônio nas primeiras 24 horas (sugestivo de meconium ileus, doença de Hirschsprung ou obstrução intestinal) •Peristaltismo visível da direita para a esquerda (Sugestivo de obstrução do jejuno, ileo ou colon) •Presença de massa palpável, meconium ileus, hipertrofia renal, reduplicação do intestino ou bexiga palpável •Presença de fontanela protuberante (Sugestivo de edema cerebral ou hemorragia intracerebral). Resumo da anamnese Para poder chegar a causa dos vômitos é fundamental determinar • • • • Início Freqüência Severidade do quadro (má evolução ponderal, desidratação) Tipo e quantidade da alimentação e a relação desta com os vômitos • Síntomas asociados: Febre, sintomas respiratórios, características das dejecções, convulsões ou alteração da consciência • Investigar se houve mortes perinatais durante a infância na família, que possa sugerir erros do metabolismo. Resumo do Exame Objectivo Realizar um exame físico completo, buscando: • Alguma massa abdominal => “oliva pilórica (se recém nascido) ou Ansa fixa, se for criança maior) • Ambigüidade genital • Adequado estado de hidratação Diagnóstico diferencial (NO PRIMEIRO MÊS DE VIDA) (1) • Regurgitação fisiológica • Refluxo gastroesofágico • Doença do refluxo gastroesofágico com ou sem hérnia do hiato fisiológico O RGE não tem complicações e é autolimitado, tendo resolução espontânea até os 12 a 15 meses de idade). •Técnica alimentar inadequada •Dificuldade na sucção e na deglutição •Infecções: Meningite. Septicemia •Edema intracerebral, hemorragia, Kernicterus •Atrésia do esôfago •Anel vascular, rolhão de mecônio ou ileus •Estenose hipertófica do piloro Diagnóstico diferencial (NO PRIMEIRO MÊS DE VIDA) (2) • • • • Alergia alimentar Acalasia Perfuração do estômago ou faringe Insuficiência renal, obstrução uretral • Quadros obstrutivos congênitos ou adquiridos ou quadros inflamatórios do esôfago, piloro ou intestino • Doença metabólica: Erros inatos do metabolismo, Alteração metabólica fenilcetonúria, intolerancia aos carbohidratos, galactosemia, hipervalinemia, hiperplasia adenocortical •Doença endocrinológica: Hiperplasia congênita de supra-renal •Drogas Diagnóstico diferencial - LACTENTE (Causas • • • • • • • não orgânicas ) Regurgitação fisiológica Deglutição de ar Alimentação incorrecta Super alimentação (em prematuro) Falta de cuidado após alimentação Ruminação Dar alimentos sólidos antes do bebê poder mastigar. Forçar comida • • • • • Atraso em oferecer alimentos sólidos Psicogênica Viajens Migraine Alergia Diagnóstico diferencial - LACTENTE (Causas orgânicas) • • • • • • • • • • Refluxo gastroesofágico fisiológico Técnica alimentar inadequada Doença do refluxo gastroesofágico tendo ou não a hérnia do hiato Enteroparasitoses: Giardíase Infecção – otite média, gastroenterite, acesso de tosse (tosse convulsa) Doença Intracerebral Úlcera péptica Apendicite Doença Celíaca Labirintite • • • Doença metabólica. Diabetes Quadros obstrutivos congênitos ou adquiridos ou quadros inflamatórios do esôfago, piloro ou intestino Erros inatos do metabolismo, Alteração metabólica raras Uremia, fenilcetonúria, intolerancia aos carbohidratos, galactosemia, hipervalinemia, ketotic hiperplasia adenocortical, síndrome de Reye •Doença endocrinológica: Hiperplasia congênita de supra-renal •Drogas e veneno Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação (1) *Atrésia do esôfago Quando suspeitar de atrésia esofágica? (Interrupção do lúmem esofágico sob a forma de um topo superior cego) • Prematuridade (20%) • Salivação excessiva (acumulação de saliva “espuma” à volta dos lábios e nariz), respiração ruidosa; Tiragem • Acesso de tosse/dispnéia/cianose/regurgitação na 1ª mamada • SDR • Distenção abdominal Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(2) *Estenose hipertófica do piloro • Recém nascido: ♂ 1:150 e ♀ 1:750 • A causa é desconhecida • regurgitação ou vômitos ocasionais 2 a 3 semanas depois: •Vômitos após as refeições (apenas conteúdo gástrico) • Perda de peso •Desidratação, •Letargia, •Peristaltismo visível, do quadrante superior esquerdo em direção ao piloro, é muito acentuada imediatamente antes dos vômitos acontecerem •Massa na região epigástrica a direita da linha média, abaixo do fígado Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(3) *Obstrução intestinal Ocorre aproximadamente em 1:1500 recém nascidos Quais são os antecedentes de síndrome obstrutiva gastrintestinal? •Polihidrâmnios •Medicação materna (sulfato de magnésio na eclampsia pode atrasar a eliminação de mecônio) •Toxicodependência materna (os narcóticos podem causar vômitos e distensão abdominal do recém nascido). Clínica da síndrome obstrutiva gastrintestinal •Vômitos •Distensão abdominal •Ausência de eliminação de mecônio Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(4) *Obstrução intestinal Radiologicamente • Sinais de oclusão • Localização do obstáculo • Diagnóstico de patologia subjacente • Calcificação Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(5) *Obstrução intestinal • Rx abdominal do íleo meconial »níveis generalizados de dimensões variáveis, imagem granular, mosqueado “espuma de sabão” com distensão amontante 70%, derivação clínico radiológica. (Se complicado, calcificações (peritonite meconial); Massa densa com orla calcificada(pseudocisto), verdadeiros níveis hidroaéreos (atresia) ) •Enema baritado » obstrução baixa •Rx da obstrução duodenal » Sinal da dupla bolha (patognomônico) nível gástrico, nível DI; ausência de gás no resto do abdome Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(6) *Obstrução intestinal Causas da síndrome obstrutiva gastrintestinal • • • • • Estenose/atrésia Malrotação intestinal Íleo meconial Doença de Hirschsprung MAR (anus imperforado) Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(6) **Íleo meconial • • • • Obstrução baixa (íleon médio)- 24-48hs de vida Distensão abdominal generalizada Vômitos biliares Ausência de eliminação de mecônio. Mecônio impactado palpável e “moldável”, sobretudo à direita **Má rotação intestinal •Mais freqüente no 1º mês •Fator predisponente » base do mesentério estreitada •Manifestações: Vômitos biliares súbitos/dor aguda/SDR/as primeiras refeições decorrem sem problemas; distensão/”tumor”/defesa abdominal; hematoquésia/hematêmes •Radiologicamente » arejamento pobre (RX distensão abdominal massiva) Algumas situações que provocam vômitos e/ou regurgitação(7) **Obstrução do cólon Causas • • • Doença de Hirschsprung Atrésia Síndrome rolhão mecônio/síndrome cólon esquerdo pequeno (raro) • Pseudo obstrução intestinal Causas raras no recém nascido: Síndrome rolhão meconial; Dilatação segmentar; Obstrução por leite impactado; Invaginação tumores; Duplicação; Pseudo obstrução intestinal; Mal formações anurretais A 1ª causa de morte em recém nascido com obstrução intestinal é a aspiração maciça de vômitos desencadeando anóxia e paragem cardíaca ou pneumonia Meios complementares de diagnóstico • Rotina ( hemograma com plaquetas, vsg, exame qualitativo da urina, urocultura, otoscopia) • Bacteriologia de fezes • Gasimetria • Eletrólitos • Glicemia • Toque rectal • Provas hepáticas • RX simples e contrastado do abdomem • Punção lombar • Fundo do olho • Urografia excretora • Dosagem de 17HC e 17 CE • EEG • Ecoencefalografia • Angiografia cerebral • Cintigrafia • Pneumoencefalografia Abordagem diagnóstica (1) Vômitos Tipo Fecais Vigoroso, leite coagulado Biliosos Piloroespasmo Estenose pilórica Obstrução duodenal Obstrução jejunal Ecografia abdominal Rx baritado Peritonite Hemáticos Sangue deglutido Obstrução distal Corpo estranho Púrpura H.Schoenlein Íleo paralítico Veneno S.Mallory Weiss Abordagem Diagnóstica (2) Vômitos (Manifestações associadas) Comprometimento da evolução ponderal, esofagite ou quadro respiratório importante Não Sim Doença do refluxo gastroesofágico Regurgitação fisiológica Técnica alimentar inadequada Dificuldade na sucção e na deglutição (C/hérnia ou s/hérnia do hiato) EED pHmetria esofágica Abordagem diagnóstica (3) Vômitos (Manifestações associadas) Febre e/ou rigidez da nuca Não Sim Referenciar para Pediatria (punção lombar) Otite Otoscopia Sim Não Meningite Não Internarnamento Sim Protocolo de infecção urinária Uricult + - Medicar Domicílio (Terapêutica sintomática) Abordagem diagnóstica (4) Vômitos (Manifestações associadas) Diarréia Desidratação Sem ou ligeira Hidratação oral fracionada Moderada ou severa Referenciar para pediatria Atitude terapêutica Serviço de urgência • • • • • • Hidratação oral fracionada. Se estiver associado à diarréia moderada ou grave, Administração de solução de hidratação oral, tipo dioralite ® após cada dejeção Indicação do anti emético: NÃO Administrar: Se os vômitos forem controlados pela hidratação oral ( grande número de casos cede dentro de 6 a 8h, após o início da hidratação); Em caso de choque, depressão respiratória ou da consciência, hipertensão intracraniana, obstrução digestiva. Administrar: Nos quadros moderados ou associados a náuseas intensas (se não há resposta com a hidratação oral): Via parenteral (intramuscular). A via retal só deve ser usada em pacientes sem diarréia. Metoclopramida 0,3mg/kg/dia em menores de 6 anos; maiores de 6 anos, até 0,5mg/kg/dia, dividida em 3 doses, IM. Dose máxima, 15mg/dia. Atenção à superdosagem. Mesmo com doses terapêuticas, pode haver reação idiossincrática, caracterizada também por fenômenos neurológicos; •Alta se houver boa resposta, ou se o quadro for leve e não precisar medicação na urgência, ou hospitalização, se houver indicação. Atitude terapêutica (2) Serviço de Internamento Se os vômitos forem persistentes e/ou houver desidratação: • Hidratação parenteral • Anti emético por via endovenosa • Alta quando os vômitos cessarem Domicílio •Dieta e a hidratação - dieta líquida, em pequenos volumes, dados com maior freqüência. Logo que haja melhora, iniciar dieta branda sem osmolaridade alta (refrigerantes, suco de laranja e de maçã), pobre em gordura ou condimentos. Os sucos de frutas podem ser usados diluídos em água (20% do suco e 80% de água). •Se existir diarréia aumentar a oferta de líquidos. Se a diarréia é moderada ou grave, indicar a solução de hidratação oral, após cada dejeção. •Retornar, se houver dúvida ou agravamento Atitudes terapêuticas em situações especiais (1) Vômitos hemáticos • • • • Introdução de sonda nasogástrica e lavagem gástrica com soro fisiológico (na temperatura ambiente), até retorno limpo, controle dos sinais vitais e acompanhar com hematócrito, Mantendo a sonda aberta por algum tempo; Monitorização se persistir sangramento; Administração de ranitidina (6-9mg/kg/dia, 12/12 h, IV ou VO); Se o sangramento persistir ou tiver repercussão hemodinâmico, referenciar para o Serviço de Pediatria para eventual endoscopia digestiva e seguimento terapêutico Atitudes terapêuticas em situações especiais (2) Vômitos biliosos • • • • • Avaliar possibilidade de processo obstrutivo/íleo paralítico. Há urgência na investigação; S.N.G. aberta; Hidratação venosa; Não usar anti-emético. Referenciar para o Serviço de Pediatria Vômito em jato, com ou sem outros dados de envolvimento do SNC •Pensar na hipótese de hipertensão intracraniana, hipertensão arterial; •Referenciar para o serviço de pediatria •Internamento, hidratação venosa; •Punção lombar se houver suspeita de meningite Atitude terapêutica perante vômitos Vômitos repetidos (incoercíveis) Sem sinais de desidratação Sinais de desidratação Vômitos líquidos (jacto) Vômitos alimentares Pausa alimentar de 2hs Referenciar Líquidos açucarados Tolera Não tolera Referenciar Hidratação venosa Resultou Punção lombar Não resultou Domicílio Referenciar Hidratação venosa Domicílio Líquidos açucarados Tolera Não tolera Internamento Casos Clínicos ilustrativos (1) 1- Recém nascido de termo, hidrâmnios maternos, apresenta-se com salivação aumentada e engasga com a alimentação. Vômitos não biliares Subseqüentemente, desenvolve insuficiência respiratória. Exame físico, torna-se cianótico ao choro e saliva excessivamente. Abdome distendido. Sem malformação externa aparente. Rx mostra pneumonia de aspiração. Atrésia do esôfago 2- Recém nascido recebe suas alimentações iniciais e então vomita material biliar, assintomático sob os demais aspectos. O exame pode ou não revelar distensão abdominal. O ânus está perfurado e nota-se presença de mecônio. Obstrução gastrintestinal Qualquer Obstrução gastrintestinal distal à entrada do ducto comum no duodeno pode levar a presença de vômitos biliosos, como regra geral, quanto mais precoce a instalação de vômito bilioso, mais alto é o nível da obstrução. (obstrução completa do duodeno, (atresia duodenal, pâncreas anular, ocasionalmente má rotação, íleo meconial ou doença de Hirschsprung). Casos Clínicos ilustrativos (2) 3- Vômito bilioso, geralmente algum grau de distensão abdominal, num recém nascido que eliminou mecônio normalmente e que apresenta ânus perfurado. O raio X pode mostrar obstrução duodenal e, em geral, presença de gás no abdomem Má rotação É a mais grave lesão da infância face a sua propensão de formar vólvulo com conseqüente estrangulamento da artéria mesentérica superior. Esta catástrofe pode levar à destruição total do segmento digestivo-absortivo do trato gastrintestinal-jejunoíleo, comparada a qualquer outra anomalia, esta lesão é bastante comum. Assim deve ser incluída sempre no diagnóstico diferencial para que seja rapidamente descartada ou confirmada. Conclusão • Os vômitos podem ser uma manifestação clínica de uma miríade de prováveis situações patológicas, com este trabalho pretendeu-se uma abordagem clara, concisa, porém práctica que possibilite ao médico, principalmente, o Especialista em Medicina Geral e Familiar, actuar de forma rápida, eficaz e eficiente perante uma situação de vômitos no 1º ano de vida . • Apesar do esforço e empenho em encontrar um protocolo ideal, fica a certeza de que provavelmente existirão lacunas a serem preenchidas ou actualizadas de tempos em tempos conforme os avanços e/ou progressos da medicina Bibliografia (1) • • • • • • • • (1)Harrison’Principles of Internal Medicine –15ª Ed. (2)Guyton – “Tratado de Fisiologia Médica”-8ª edição- Guanabara Koogan, 1992 (3)Common Symptoms of Disease in Children R.S. Illingworth, seventh edition- Blackwell Scientific Publications- 1982 (4)http://www.pediatra24horas.com.br/VOMITOS.doc (5)http://idssaude.uol.com.br/psf/medicina/tema4/texto57_encaminha mento.asp (6)http://www.mundilink.com/archivomag/magisterio19/salud.html (7)Protocolos de urgência em pediatria – Clínica Universitária de Pediatria, Hospital de Santa Maria – 2000. (8)Alto Risco em Neonatologia – Klaus e Fanaroff, 2ª Ed, Tradução, Interamericana, 1982, RJ. Bibliografia (2) • • • • • • • • (9)Nelson Textbook of Pediatrics – Thweenth Edition, Behiman and Vaighan (10)Rakel – “Tratado de Medicina de família 5ª edição- Guanabara Koogan, 1997 Traduzido do “Textbook of Family Practice”. (11)Lewis A. Barness –Manual de Diagnóstico Físico Pediátrico, tradução da 1ª ed. De Handbook of Pediatics Physical Diagnosis – 2000, Mcgraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda. (12)Family Medicine Principles and Practice – Robert B. Taylor – fifth edition (13)http://www.palavreiros.hpg.ig.com.br/cantinhodopoetadanielcamacho_vo mitos.htm (14)http://www.bebemania.com.br/saude/pediatria/pediatria08.shtml (15)http://www.artsbrasil.org.br/fase2/materia.asp?p=2 (16)www.musa.org/meningococcal_septicemia.htm