Ementa:
Natureza do conhecimento e a ciência. O
estudo como forma de pesquisa: uso de
biblioteca. A pesquisa científica. Trabalhos
acadêmicos: monografias, artigos científicos,
resenhas e relatórios técnico-científicos.
Fichamento. Normalização de trabalhos
acadêmicos. Projeto de pesquisa.
“É um processo de reflexão crítica cujo objetivo é o
desvelamento de um objeto”
(BARROS; LEHFELD, 2000)
É o indivíduo capaz de conhecer (desvelar), ou
seja, é o pesquisador, o aluno, o professor,
enquanto o objeto é tudo que pode ser
conhecido (refletido, criticado), podendo ser
algo físico/ tangível, como um acontecimento,
um produto, um fenômeno, etc.
O
ser
humano
busca
o
conhecimento ao problematizar o
mundo vivido, sua relação com o
meio e com os seus semelhantes.
O conhecimento é uma forma
de representação da realidade.
A realidade é elaborada com
base nos referenciais do sujeito.
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Elementos utilizados pelo sujeito;
Visão de mundo;
Visão da realidade;
Dos resultados;
Dos procedimentos adotados,
= conhecimento mais ou menos específico.
A tipologia do conhecimento, de
forma
simplificada,
pode
ser
entendida como o resultado da
utilização, pelo sujeito, de diferentes
tipos de referências para a construção
do mesmo.
Convencionalmente:
 Popular/ empirico
 Filosófico
 Religioso/ teológico
 Científico.
Os tipos de conhecimento podem coexistir em
um mesmo sujeito da cognição.
Em linhas gerais, são
conhecimento:
 Mítico
 Popular/ empírico
 Religioso/ teológico
 Estético/artístico
 Filosófico
 Técnico
 Científico
sete
tipos
de
O conhecimento mítico busca o
entendimento da realidade com
base no sobrenatural e na
tradição.
A boa humanidade, protegida pela divindade
Akuanduba, vivia conforme as coisas básicas da vida:
acordar, comer, beber, namorar, dormir.
Se alguém cometesse algum excesso, contrariando as
normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta,
chamando a atenção de todos para que se
comportassem de acordo com a boa ordem.
Fora da casca do céu, existiam coisas ruins, seres
atrozes e espíritos maléficos, contra os quais a boa
humanidade estava protegida por Akuanduba.
Houve um dia, no entanto, que ocorreu uma
grande briga da qual participou muita gente. A
divindade fez soar a flauta, mas a multidão teimosa
não quis parar de brigar. Nessa confusão, a casca
do céu se rompeu, lançando tudo e todos para
longe, para dentro da água que envolvia a casca.
Com a queda, todos perderam e todos os velhos e
crianças morreram, restando apenas uns poucos
homens e mulheres.
Dos sobreviventes, alguns foram levados de
volta ao céu por pássaros amazônicos, onde se
transformaram em estrelas. Os que ficaram
foram abandonados pelos pássaros nos pedaços
da casca do céu que caíram sobre as águas.
Assim, surgiram os Arara que, para se manter
afastados das águas, escolheram ocupar o
interior da floresta.
Até hoje, os Arara, habitantes do vale dos rios
Iriri-Xingu, no Estado do Pará, assobiam
chamando as araras quando as vêem voando
em bandos por sobre a floresta. Quando
pousam no alto das árvores, as araras, por sua
vez, observam os índios e, ao notarem o quanto
eles cresceram, desistem de levá-los de volta ao
céu. Aqui já foram deixados outras vezes e aqui
deverão permanecer.
Os Arara, que antes viviam como estrelas, estão
agora condenados a viver como gente, tendo
que perseguir o alimento de cada dia em meio
aos perigos que existem sobre o chão.
RAMOS, Alcida Rita. Sociedades indígenas.
São Paulo: Ática, 1986.
Também pode ser designado como vulgar
ou de senso comum. Neste tipo de
conhecimento, a maneira de conhecer
ocorre de forma superficial por
informações ou por experiência casual.
 Superficial;
 Sensitivo;
 Subjetivo;
 Assistemático.
 São subjetivos
 Qualitativos
 Heterogêneos
 Individualizadores
 Generalizadores
 Em
decorrência das generalizações
tendem a estabelecer relações de
causa e efeito.
 Admiração pelo “extraordinário”
 Relação entre ciência e magia
 Projeção de sentimentos de angústia e
medo diante do desconhecido.
 Cristalização de todos esses aspectos
em preconceitos.
 Theos = Deus
 Logos = Tratado/ discurso
Está relacionado com a fé e a crença
divina.
Apresenta
verdades
indiscutíveis e infalíveis.
No conhecimento religioso/ teológico,
um corpo coerente de crenças pode se
transformar em religião. Já a religião é
o uso de forma sistematizada e
institucionalizada dessas crenças.
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5.
Deus existe porque existe movimento no
universo
Deus existe porque, no mundo, os efeitos
têm causa.
Deus existe porque se observa, no mundo, o
aparecimento e o desaparecimento de seres.
Deus existe porque há graus hierárquicos de
perfeição nas coisas do mundo
Deus existe porque existe ordenação nas
coisas do mundo.
A arte tem sido elevada a categoria de
conhecimento validado para esses
entendimentos e explicações.
O entendimento estético ou artístico,
baseado em sentimentos, emoções,
criatividade e intuição possibilitam
conhecer e lançar possibilidades de
interpretação do real.
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Edgar Morin – acredita que a arte é um elemento
essencial para analisar a condição humana.
Círculo de Viena – acreditavam que a
imaginação era algo estranho à ciência e deveria
ser eliminado por aqueles que pretendem fazer
uma pesquisa séria.
Karl Popper – toda a descoberta de Einstein
encerrava um “elemento irracional”, uma
“intuição criadora”.
Thomas Kuhn – o cientista é influenciado
pelo mundo em que vive e também pelos
livros que lê, filmes que assiste, etc.
 Silvio Zamboni – no Brasil – arte importante
veículo para outros tipos de conhecimento.
 Betty Edwards – intuição – hemisfério
esquerd dominante na maioria das pessoas
X hemisfério direito.
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 Busca
ser o guia para a reflexão e
conduz à elaboração de princípios e
de valores universais válidos.
 Busca o conhecimento sem recorrer
à experimentação.
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Valorativo – hipóteses filosóficas
Não – verificável – não podem ser
confirmados nem refutados.
Racional – logicamente correlacionados
Sistemático – representação coerente da
realidade
Infalível e exato – não são submetidos ao
teste de observação ou experimentação.
O conhecimento filosófico tem como
característica o esforço da razão e recorre-se a
ela para postular boas respostas aos
problemas humanos, como por exemplo,
conhecimento, ética, política, estética.
O objeto da filosofia são ideias e conceitos,
não são redutíveis à realidade material e que,
por isso, não são passíveis de observação e
mensuração.
O cientista se fixa no objeto e a maiêutica lhe é
estranha e indispensável. O filósofo centraliza
sua atenção sobre o sujeito que conhece e sobre
as atividades do espírito, acionadas para
aprender o objeto.
A Filosofia é uma reflexão do espírito sobre o
trabalho do espírito. A ciência é a flexão sobre
objeto sobre o qual se debruça.
O conhecimento científico é adquirido
pelo método científico e, sem interrupção,
pode ser submetido a testes e aperfeiçoarse, reformular-se ou até mesmo avantajarse mediante o mesmo método.
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Coerência (ausência de contradições).
Consistência (capacidade de resistir a
argumentos contrários).
Originalidade (não ser tautologia).
Relevância (contribuição à comunidade
científica).
Objetividade (capaz de reproduzir a
sociedade como ela é e não como o cientista
gostaria que fosse).
O conhecimento científico é ordenado e
contínuo, ocorrendo por meio de estudos
incessantes.
Procura
renovar-se
continuamente, evitando a transformação das
teorias em doutrinas e estas em preconceitos
sociais. O conhecimento científico está aberto
a mudanças e resulta de um trabalho paciente
e lento de investigação e de pesquisa racional.
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É baseado na objetividade operacional da
aplicação do saber fazer a um determinado
contexto.
A produção técnico-científica, focada no
saber fazer, constitui-se como uma regra para
a inovação e aplicação de soluções práticas
das organizações e da sociedade como um
todo.
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Metodologia Científica