Os Investigadores
e o Open Access
Apresentação para
Investigadores e Docentes
Antevisão da apresentação…
● Open Access /Acesso Livre
● O que é?
● Porquê?
● Como?
● Vantagens
● Os investigadores e o Open Access
● Via verde para o auto-arquivo
● Como, o que e quando auto-arquivar nos repositórios
● E depois de auto-arquivar?
Evolução e marcos Open Acess
‘Velhos’ paradigmas
‘Novos’ paradigmas
• O uso de métricas indirectas (como
o factor de impacto) para avaliar o
mérito científico é o melhor que se
pode fazer
• Métricas mais ricas, mais profundas
e mais abrangentes para avaliar as
contribuições individuais de autores
• As editoras são responsáveis pela
disseminação dos trabalhos
científicos/académicos
• A disseminação efectiva da
produção científica está nas mãos
dos autores (por fim!)
• O artigo impresso é o formato do
registo/arquivo científico
• O formato digital será o formato de
registo/arquivo oficial da ciência
(já o é em várias áreas científicas).
• Os outros investigadores têm tempo
para encontrar o que vocês querem
que eles conheçam.
• A menos que publique regularmente
na Nature ou Science, ter
‘visibilidade científica’ fica nas
mãos dos autores
O que é o Open Access?
Open Access, "Acesso Livre" (ou “Acesso Aberto”) significa
a disponibilização livre na Internet de cópias gratuitas,
online, de artigos de revistas científicas revistos por pares
(peer-reviewed), comunicações em conferências, bem como
relatórios técnicos, teses e documentos de trabalho.
Essencial:
Acesso Livre a quê? Aos cerca de 2.5 milhões de artigos publicados por ano, a
nível mundial,
em cerca de 25,000 revistas
com peer-
review em todas as disciplinas académicas e cientificas.
Opcional:
A comunicações, teses e dissertações, relatórios,
working papers, artigos não revistos (preprints);
monografias; etc.
Não Aplicável:
O Acesso Livre não se aplica a livros sobre os quais os
autores pretendam obter receitas ou textos não
académicos, como notícias ou ficção.
Acesso Livre porquê?
● Aumentar a visibilidade, o acesso, a utilização
e o impacto dos resultados de investigação.
● Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da
ciência.
● Melhorar a monitorização, avaliação e gestão
da actividade científica.
Acesso Livre porquê?
● Ao contrário de outros autores, os investigadores e
académicos publicam os resultados do seu trabalho não para
obterem rendimentos (direitos de autor, royalties, etc.),
mas para obterem outro tipo de recompensa: impacto da
publicação.
● Os investigadores são recompensados (progressão na
carreira, financiamento dos seus projectos, prémios
científicos, etc.), pela sua produtividade científica, que é
avaliada não apenas pela sua dimensão (quantidade), mas
sobretudo pelo seu impacto (qualidade).
Acesso Limitado = Impacto Limitado
(Traduzido e adaptado de Harnad)
12-18 Meses
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores
escrevem
artigo preprint
Preprint avaliado por
pares especialistas –
Peer-Review
Postprint revisto é
aceite, certificado,
publicado numa revista
Submetem a
revista
Preprint revisto
pelos autores
Novos ciclos de impacto:
Nova investigação a partir
da investigação anterior
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
12-18 Meses
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores
escrevem
artigo preprint
Preprint avaliado por
pares especialistas –
Peer-Review
Postprint revisto é
aceite, certificado,
publicado numa revista
Submetem a
revista
Preprint revisto
pelos autores
Este acesso limitado
baseado na
assinatura de
revistas pode ser
complementado pelo
auto-arquivo do
Postprint no
repositório
institucional do autor
da seguinte forma:
Novos ciclos de impacto:
Nova investigação a partir
da investigação anterior
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
Impacto e acesso à investigação
maximizado pelo “auto-arquivo”
O ciclo de impacto inicia-se:
Realiza-se Investigação
Investigadores escrevem
artigo - preprint
RI
12-18 Meses
Submetem a
revista
Preprint avaliado por pares
especialistas – Peer-Review
Preprint revisto
pelos autores
Postprint revisto é
aceite, certificado,
publicado numa revista
Investigadores podem aceder ao
Postprint se a Universidade
assinar a revista
Novos ciclos de
impacto: Nova
investigação a partir da
investigação anterior
Novos ciclos de impacto:
O impacto da investigação
arquivada é maior e mais
rápido porque o acesso é
maximizado.
Impacto dos resultados de investigação…
Amplitude = 36%-250%
(Dados: Brody&Harnad 2004; Hajjem et al. 2005)
Adaptação de gráfico cedido por:
Alma Swan – Key Perspectives Ltd
Componentes da vantagem OA
EA + QA + UA + (CA) + (QB)
EA: Early Advantage >> Vantagem da Antecipação
QA: Quality Advantage (Seglen 80/20 effect) >> Vantagem da Qualidade
UA: Usage Advantage >> Vantagem do Uso
(CA: Competitive Advantage) >> Vantagem Competitiva
(QB: Quality Bias) >> Propensão para a Qualidade
(Traduzido e adaptado de Stevan Harnad; Alma Swan & Arthur Sale)
Vantagem da Antecipação:
O Open Access acelera o ciclo de investigação acesso/uso/citação.
Os artigos em OA são citados por antecipação.
(Dados do Physics Arxiv)
(Traduzido e adaptado de Stevan Harnad; Alma Swan & Arthur Sale)
Vantagem da Qualidade:
Artigos com maior qualidade possuem maior vantagem OA.
(Traduzido e adaptado de Stevan Harnad; Alma Swan & Arthur Sale)
Vantagem do Uso + Vantagem da
Antecipação:
Artigos OA são descarregados mais vezes e downloads efectuados por
antecipação conduzem a futuras citações.
Dados do Physics Arxiv
Downloads
(“hits”)
nos primeiros 6 meses
correlacionam-se com
citações 2 anos mais
tarde.
A maior parte dos
artigos não é citado.
Brody, T., Harnad, S. and Carr, L. (2006) Earlier Web Usage Statistics as Predictors of Later Citation Impact. Journal of the American
Association for Information Science and Technology (JASIST) 57(8): 1060-1072. http://eprints.ecs.soton.ac.uk/10713/
(Traduzido e adaptado de Stevan Harnad; Alma Swan & Arthur Sale)
(Vantagem Competitiva):
Quanto mais cedo uma universidade implementar um mandato de auto-arquivo
Open Access, mais cedo (e maior) será a sua vantagem competitiva face às suas
congéneres.
(Vantagem Competitiva):
As universidades portuguesas no Ranking Web of World Universities (Julho 2009)
http://www.webometrics.info/rank_by_country.asp?country=pt
(Qualidade ou Propensão para a AutoSelecção):
Os melhores autores terão maior propensão para auto-arquivar, e os seus melhores artigos serão
provavelmente os mais auto-arquivados. (Michael Kurtz considera esta situação por si só uma
razão suficiente para auto-arquivar!) (A propensão para a qualidade (Quality Bias) desvanece
com 100% OA).
Os seguintes dados são sistematicamente ambíguos, porque poderiam resultar de Vantagem da
Qualidade (Quality Advantage) ou Propensão para a Qualidade (Quality Bias).
(Traduzido e adaptado de Stevan Harnad; Alma Swan & Arthur Sale)
Melhorar a monitorização, avaliação
e administração da ciência (algumas hipóteses)
● Avaliação de investigadores, grupos e centros de
investigação baseada na análise de citações de
artigos individuais (e não no factor de impacto das
revistas);
● Desenvolvimento de um “CitationRank” semelhante
ao algoritmo “PageRank” do Google;
● Registo e seguimento de downloads, citações e
padrões de uso;
● Avaliação do grau de endogamia/exogamia dos
investigadores e unidades de investigação
● Detecção de autores/trabalho não citados/ignorados
e detecção de plágio por analises semânticas.
Duas vias para o Acesso Livre
•
Óptima (dourada): Publicar os artigos em revistas
de acesso livre sempre que existam revistas
adequadas para o efeito (presentemente cerca de
4345, ≃ 18% - ver www.doaj.org)
•
Boa (verde): Publicar os restantes artigos nas
revistas comerciais habituais (presentemente cerca
de 24000, ≃ 82%) e auto-arquivá-los em repositórios
da própria instituição (actualmente mais de 1440 –
ver http://archives.eprints.org/eprints.php).
Via verde para o auto-arquivo!
O copyright já não é um obstáculo importante ao desenvolvimento
dos Repositórios Institucionais.
Mais de 95% das revistas já permitem alguma forma de auto–
arquivo/depósito em repositórios.
http://romeo.eprints.org/stats.php
O que são Repositórios de Acesso Livre?
● São sistemas de informação que armazenam,
preservam, divulgam e dão acesso à produção
intelectual de comunidades universitárias ou de
áreas de conhecimento (temáticos).
● São interoperáveis;
● Formam uma rede universal;
● Sustentam uma base de dados global que incorpora
resultados científicos em acesso livre.
Os Repositórios no mundo…
Um repositório institucional possibilita
aos investigadores…
● Maior visibilidade e potencialmente maior impacto para os seus
trabalhos;
● Interligação com outros sistemas de informação (ex . sistemas de
gestão de currículos, ...);
● Dados estatísticos (Ex. acessos, consultas e downloads,…);
● Geração de listagens de publicações, individuais ou da unidade;
● Arquivo (preservação digital);
● Identificadores persistentes para os registos.
● Uma ferramenta para avaliação da produção científica.
O que podem fazer os investigadores?
Seguir as vias para o Acesso Livre!

• Publicar, sempre que possível e adequado, os seus
artigos em revistas de acesso livre;
• Publicar, os restante artigos nas revistas comerciais
habituais e auto-arquivá-los em repositórios da
própria instituição
• Que publicações? obrigatoriamente a versão final dos artigos com
peer-review (“postprint”), opcionalmente outras publicações e
documentos
• Quando arquivar/depositar? Imediatamente após a aceitação para
publicação. Os embargos devem aplicar-se ao acesso e não ao depósito
Auto-arquivar num repositório é um processo
Auto-arquivar
num
repositório
é
um
processo
NÃO!
complexo, trabalhoso e demorado?
● Fácil – Através de uma interface web;
● Simples – Seguindo um circuito de depósito (workflow)
que conduz o utilizador ao longo do processo de um
modo intuitivo;
● Rápido – Em circunstâncias normais o processo de
depósito/auto-arquivo demorará menos de 5 min. por
documento.
E os documentos que não podem ficar em acesso livre?
A funcionalidade “Solicitar cópia ao autor” adequa-se aos artigos
publicados nas revistas cientificas (cerca de 38% a nível mundial)
•queOs documentos
não disponibilizados,
possam ficar em acesso
livre (em
não
podemqueser
temporária
ou
definitivamente
Acessoum
Livre:
definitivo ouem
durante
período de embargo)…
1. O utilizador que aceda ao metadados de um documento em “Acesso Restrito”
insere o seu email e envia um pedido para o autor do documento.
• Podem e devem ser arquivados de imediato em acesso
restrito…
• Podendo ser utilizada como complemento a funcionalidade
2.Solicitar
É enviado um
email para
o autor, com um URL que o autor pode utilizar para
Cópia
ao Autor…
responder, enviando (ou não), o documento ao utilizador.
E depois de auto-arquivar…
Maior Visibilidade
O Google integrou recentemente
no seu motor de busca genérico
características e funcionalidades
até agora apenas presentes no
Google Scholar como:
• O nome do (primeiro) autor
• Links para os artigos que o
citam
• Links para artigos
relacionados
• Links para outras versões
Interligação com outros sistemas de
informação…
Meta
Repositórios
Internacionais
DeGóis
Repositórios
Institucionais
DiTed
Outros
Serviços
Repositórios
Temáticos
Meta Repositório
Nacional
B-on
Estatísticas
Listagens e páginas pessoais
Por fim, uma solução para o dilema dos
investigadores...
O meu inimigo não é o plágio,
é a obscuridade.
Obrigado pela atenção!
Nome
[email protected]
Esta apresentação foi desenvolvida pelos Serviços de Documentação da Universidade do Minho, no âmbito do
projecto Repositório Científico da Acesso Aberto, está disponível nos termos da Licença Creative Commons
Atribuição-Uso Não-Comercial-Partilha nos termos da mesma licença (by-nc-sa) 2.5 Portugal, e destina-se a ser
usada para promover o desenvolvimento de repositórios e políticas de Open Access junto de dirigentes
universitários,
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Acesso Livre