MAXIMIZANDO A VISIBILIDADE DAS PESQUISAS E DOS PESQUISADORES ACESSO LIVRE: HÉLIO KURAMOTO Novembro, 2009 Londrina, Pr US$ 17,000.00 Pontiac G6 Despesas com publicações • Recurso gasto pelas bibliotecas associadas à ARL com revistas e livros (Fonte: ARL). • Entre 1986 e 2006 o índice de preços ao consumidor cresceu 78% enquanto o gasto com a manutenção das coleções de periódicos científicos cresceu 321%. www.arl.org/bm~doc/monser06.pdf Exclusão I Em um artigo no Diário de Notícias de Portugal, de 08 de julho de 2006, o Diretor Geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, fazia a seguinte afirmação: “... um claro consenso de que o desenvolvimento das sociedades preconizado no compartilhamento do conhecimento é a melhor forma de travar a guerra contra a pobreza e fazer a prevenção de grandes riscos para a saúde tais como pandemias, de reduzir a terrível perda de vidas causada por tsunamis e tempestades tropicais e de promover o desenvolvimento humano sustentado. ..” Pois há, hoje em dia, novos métodos de desenvolvimento ao nosso alcance: já não estão alicerçados, como no passado, em "sangue, suor e lágrimas", mas na inteligência, capacidade científica e tecnológica de lidar com os problemas, no valor acrescentado intelectual e na expansão de serviços em todos os sectores da economia, que devem conduzir ao desenvolvimento cívico e ao crescimento de uma democracia de longo alcance. Exclusão II Há, contudo, obstáculos no caminho do advento das sociedades de conhecimento compartilhado: 1. a exclusão digital. A ausência de ligação significa ausência de acesso. É verdade que o número de usuários da Internet está em crescimento constante, mas existem dois bilhões de pessoas, no mundo, que não têm acesso a uma rede de eletricidade e três quartos da população global têm pouco ou nenhum acesso a redes de telecomunicação; 2. a exclusão cognitiva, ainda mais profunda e muito mais antiga, constitui uma importante divisão entre o Norte e o Sul; a concentração do conhecimento; o conhecimento existe para ser partilhado, mas, uma vez convertido em informação, tem um preço; o desenvolvimento de sociedades de conhecimento compartilhado é, hoje, dificultado pelo aprofundamento de divisões sociais, nacionais, urbanas, familiares e culturais que afetam muitos países. Apenas lembrando a escala do problema Estudo sobre acesso a informação O estudo WHO , em 2003, mostrou que: De 75 paíse com renda per capita/ ano < US$ 1,000, 56% das instituições não fizeram assinaturas de revistas científicas nos últimos 5 anos; De países com renda per capta anual na faixa de US1,00 – 3,000 , 34% não tinha assinatura de revistas científicas e 34% tinha uma média de 2 assinaturas de revistas científicas por ano. Portanto, não estamos apenas discutindo um problema acadêmico. Nós temos uma urgente necessidade de resolver esse problema, dentro da maior brevidade possível. Somente com o compartilhamento do conhecimento científico poderemos reduzir as desigualdades sociais. Acesso Limitado = Impacto Limitado (Traduzido e adaptado de Harnad) O ciclo de impacto inicia-se: Realização de uma pesquisa 12-18 Meses Pesquisadores escrevem artigo preprint Preprint avaliado por pares especialistas – Peer-Review Postprint revisto é aceito, certificado, publicado numa revista Pesquisadores podem ter acesso ao Postprint se a Universidade assinar a revista Submetem a revista Preprint revisto pelos autores Novos ciclos de impacto: Nova pesquisa a partir de uma pesquisa anterior Comunicação científica tradicional Produção científica Universidades Pesquisador Recursos públicos Agências de fomento Pesquisa O que é Acesso Livre: A literatura científica em acesso livre significa que ela é Acessível em linha Acessível livre de custos Acessível imediatamente Acessível livre da maior parte das restrições relativas a direitos autorais e licenciamento. Acesso Livre a quê? Essencial: Aos cerca de 2.5 milhões de artigos publicados por ano, a nível mundial, em cerca de 25,000 revistas com peer- review em todas as disciplinas académicas e cientificas. Opcional: A comunicações, teses e dissertações, relatórios, working papers, artigos não revistos (preprints); monografias; etc. Não Aplicável: O Acesso Livre não se aplica a livros sobre os quais os autores pretendam obter receitas ou textos não académicos, como notícias ou ficção. Acesso Livre porquê? Aumentar a visibilidade, o acesso, a utilização e o impacto dos resultados de investigação. Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da ciência. Melhorar a monitorização, avaliação e gestão da actividade científica. Acesso Limitado = Impacto Limitado (Traduzido e adaptado de Harnad) 12-18 Meses O ciclo de impacto inicia-se: Realiza-se Investigação Investigadores escrevem artigo preprint Preprint avaliado por pares especialistas – Peer-Review Postprint revisto é aceito, certificado, publicado em uma revista Submetem a revista Preprint revisto pelos autores Este acesso limitado baseado na assinatura de revistas pode ser complementado pelo auto-arquivo do Postprint no repositório institucional Novos ciclos de impacto: Nova pesquisa a partir de uma pesquisa anterior Pesquisadores podem ter acesso ao Postprint se a sua Universidade assinar a revista Impacto e acesso à investigação maximizado pelo “auto-arquivo” O ciclo de impacto inicia-se: Realiza-se Investigação Pesquisadores escrevem artigo preprint RI 12-18 Meses Submetem a revista Preprint avaliado por pares especialistas – Peer-Review Preprint revisto pelos autores Postprint revisto é aceito, certificado, publicado numa revista Novos ciclos de impacto: Nova pesquisa a partir de pesquisa anterior Pesquisadores podem ter acesso ao Postprint se a Universidade assinar a revista Novos ciclos de impacto: O impacto da investigação arquivada é maior e mais rápido porque o acesso é maximizado. Impacto dos resultados de investigação… Amplitude = 36%-250% (Dados: Brody&Harnad 2004; Hajjem et al. 2005) Adaptação de gráfico cedido por: Alma Swan – Key Perspectives Ltd Acelerar e aumentar a eficiência do progresso da ciência Tempo necessário para artigos depositados no ArXiv serem citados 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 Meses desde a publicação Adaptação de gráfico cedido por: Alma Swan – Key Perspectives Ltd Melhorar a monitorização, avaliação e administração da ciência (algumas hipóteses) • Avaliação de pesquisadores, grupos e centros de pesquisa • • • • baseada na análise de citações de artigos individuais (e não no factor de impacto das revistas); Desenvolvimento de um “CitationRank” semelhante ao algoritmo “PageRank” do Google; Registro e seguimento de downloads, citações e padrões de uso; Avaliação do grau de endogenia/exogenia dos pesquisadores e unidades de pesquisa Deteção de autores/trabalho não citados/ignorados e detecção de plágios por analises semânticas. Acesso Livre: por que? Acesso livre: como? Projeto de lei 1120/2007 Ações IBICT em direção ao OA Lançamento do Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre Articulação com os diversos segmentos da comunidade científica visando sensibilizá-los quanto à importância do acesso livre Assinatura da Declaração de Berlim PL 1120/2007 Construção do Portal Oasis.Br Construção de repositórios institucionais, temáticos e publicações eletrônicas Construção de uma incubadora de repositórios e publicações eletrônicas Absorção, customização e transferência de pacotes de software open source compatível com o modelo Open Archives Toolbox SOAC TEDE DSPACE DiCi SEER TOOLBOX Modelo Open Archives: BDTD um exemplo de sucesso Protocolo OAI-PMH Metadados: MTD-BR NDLTD Protocolo OAI-PMH Metadados: ETD-MS IBICT Instituições Proposta: Oasis.Br Protocolo OAI-PMH Metadados: Dublin Core Outros repositórios Oasis.Br IBICT UPs Protocolo OAI-PMH Metadados: Dublin core Esquema Geral do modelo Open Archives Oasis. Br Acesso Livre: mitos e verdades MITOS Acabar com o Portal da Capes Facilita o plágio Entregar as pesquisas brasileiras aos estrangeiros Piora a qualidade das publicações VERDADES Maximiza a visibilidade das pesquisas, dos autores e das universidades; Melhora a gestão da ciência; Acelera o desenvolvimento científico Maior transparência no investimento em ciência O que são Repositórios Institucionais? São arquivos digitais interoperáveis, fornecendo acesso livre de custos a resultados de pesquisa publicados São hospedados em instituições de ensino e pesquisa (institutos, centros de pesquisa, universidades....) Contem a produção científica, revisada por pares, de uma instituição de ensino e pesquisa; Características Software Livre, portanto apropriado para países com baixas receitas; baixo custo para implementação e manutenção Fácil e rápido para implementar, suporte técnico livre de custos em linha; Todos os RIs são interoperáveis, em conformidade com o protocolo OAI-MPH (padrão internacional) É pesquisável por mecanismos de busca como o Google, Yahoo e programs especializados de busca como OAIster, SHERPA e o Oasis.Br Rede Distribuída, compartilhando custos Dispõe de funcionalidades que fornecem estatísticas de uso (impacto) O que dizem os editores? 68% dos editores permitem o autoarquivamento em RI de Acesso Livre Outros permitem quando consultados a respeito. . . Repositórios no OpenDOAR Fonte: SHERPA file from Google Map Desafios e barreiras Desconhecimento dos pesquisadores e tomadores de decisão sobre os benefícios do acesso livre Falta de interoperabilidade humana Medo dos tomadores de decisão Conclusão Construir e manter os Ris é simples, barato e fácil. RIs significa acelerar a pesquisa em termos globais!!! então... Coloque a sua instituição no mapa!!! OBRIGADO!!! Hélio Kuramoto Coordenador Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) SAS Quadra 02 Bloco H - 4. andar 70070-912 – Brasília, DF 61 3217-6302 61 9202-8527 Email: [email protected] Visite o meu blog http://kuramoto.blog.br/ e torne-se um defensor do acesso livre !!!