NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA NUTRIÇÃO DO IDOSO Profa. JOSELITA ALVES QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE Saúde física e mental Satisfação com o trabalho Relações familiares Vida social Estado nutricional adequado Atividades físicas EXPECTATIVA DE VIDA ESTADO NUTRICIONAL Um bom estado nutricional, com o fornecimento adequado de energia, proteínas, vitaminas e minerais é de extrema importância para que o idoso resista às doenças crônicas e debilitantes e possa manter a saúde e independência. O QUE DEVEMOS OBSERVAR? Teve alterações de peso? Fez restrições alimentares voluntárias ou impostas? Faz uso de álcool? Anda depressivo? Teve alterações gastrointestinais? Algum de seus medicamentos causam mal? FRACIONAR AS REFEIÇÕES O fracionamento das refeições, assim como a diminuição do seu volume contribuem para o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Recomenda-se o consumo de quatro a seis refeições diárias. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos agradáveis, como a cor, sabor, aroma e textura. CARBOIDRATOS É um nutriente essencial na nutrição humana. A dieta do idoso deve obter entre 50% a 60% do valor calórico total dos carboidratos. Onde encontramos os carboidratos? CARBOIDRATOS É necessário ressaltar a prioridade de carboidratos complexos, como o arroz, macarrão, pães, batata e cereais, para minimizar os picos de hiperglicemia. Os carboidratos simples, como a glicose e sacarose deverão ser no máximo 10% do total de carboidratos. PROTEÍNAS A melhor fonte proteica são as de origem animal, entretanto a mistura de cereais e leguminosas, fornece a quantidade necessária de aminoácidos para a síntese proteica. PROTEÍNAS Os idosos apresentam diminuição na síntese e degradação proteica, além de uma menor massa magra, assim, o fornecimento proteico é fundamental. A recomendação estabelecida pela (RDA) Recomendações das Necessidades Diárias, é de 0,8g/kg/dia. É importante ressaltar o cuidado para não haver uma ingestão acima do recomendado, podendo sobrecarregar o sistema renal, além de interferir na absorção de cálcio, prejudicando a massa óssea. LIPÍDIOS Os lipídeos desempenham funções energéticas, estruturais e hormonais no organismo, além de auxiliar na absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis. A ingestão de lipídeos recomendada é de 20% a 30% do valor calórico total. No entanto, as gorduras saturadas não devem ser superior a 10%, pela sua associação com doenças coronarianas. Onde encontramos? LIPÍDEOS Carnes, ovos, leite e derivados A ingestão de ácidos graxos essenciais, que incluem o ômega (ácido linoleico) deve ser de 11g/dia, sendo encontrado em nozes, castanhas, sementes e óleo de soja, girassol e milho; e o ômega 3 (ácido linolênico) com ingestão de 1,1g/dia, encontrado em óleos de canola, linhaça, salmão, sardinha e algas. O consumo de colesterol não deve ser superior a 300mg/dia. VITAMINAS E MINERAIS O uso de suplementos vitamínicos e de minerais e de minerais pelos idosos pode ser uma alternativa a ser considerada quando há consumo de dietas inadequadas ou alguma enfermidade específica. Porém, seus uso não pode ser extrapolado, visto que uma dieta equilibrada pode suprir as necessidades do indivíduo. VITAMINAS E MINERAIS O Cálcio é um dos principais micronutrientes relacionados com o envelhecimento, além de ser o mais abundante no corpo humano. O metabolismo do cálcio está diretamente relacionado com a perda da massa óssea ou osteopenia, podendo atingir a osteoporose. Além disso, a absorção de cálcio está diminuída no idoso, sendo mais um fator de contribuição da doença. VITAMINAS E MINERAIS A vitamina D é outro fator relacionado ao metabolismo ósseo, sendo necessário um controle adequado na ingestão deste nutriente. O estilo de vida do idoso, prática de atividade física, reposição hormonal e a genética devem ser levados em consideração. Além disso, o consumo de cafeína, alimento comum entre idosos, hábito de fumar e excesso de álcool podem comprometer negativamente a massa óssea. HIDRATAÇÃO A água deve merecer atenção especial, principalmente nesta faixa etária, na qual a desidratação é o distúrbio hidroeletrolítico mais comum. O sistema renal diminui sua capacidade com a idade, assim como os idosos sentem menos sede que o mais jovens, gerando uma privação de água. Contudo, a água deve ser controlada, assim como a dieta e os medicamentos, principalmente, para idoso que requerem um maior cuidado. NUTRIÇÃO A nutrição pode contribuir para a manutenção e melhoria da saúde do paciente, buscando a união de uma dieta equilibrada e saudável com o prazer, alegria e conforto que o alimento propicia, respeitando sempre as preferências e hábitos dos idosos. CAUSAS DOS PROBLEMAS NUTRICIONAIS DOS IDOSOS Doenças mentais; Doença do aparelho locomotor; Doenças do aparelho cardiovascular; Doenças do aparelho digestivo; Doenças do aparelho respiratório; Doenças do aparelho urinário; Má dentição. CONSEQUÊNCIAS DOS PROBLEMAS NUTRICIONAIS Carência isolada em micronutrientes Obesidade Desnutrição Carência isolada em micronutrientes Aumento de doenças infecciosas, mentais, neoplásicas e cardiovasculares. OBESIDADE Aumento da frequência de: Diabetes Mellitus tipo 2 Hipertensão Arterial Infarto do miocárdio AVC Insuficiência cardíaca Artroses DESNUTRIÇÃO Aumento do risco de doenças infecciosas Perda da capacidade funcional Anemia Úlceras de pressão Quedas e fraturas CAUSAS DE DESNUTRIÇÃO NO IDOSO Diminuição dos recursos econômicos Dificuldade no abastecimento Ignorância nutricional Padrão alimentar inadequado Dificuldade na confecção e na ingestão Falta de refeições Isolamento social Solidão e viuvez Alcoolismo Depressão Iatrogenia medicamentosa O QUE COMER? O QUE DEVEMOS EVITAR? Carnes vermelhas gordas (cupim, costela, contra filé) Pernil de porco Vísceras escuras (de frango e de peru), Embutidos (salsichas, calabresa) Leite e seus derivados integrais Açúcar refinado, farinha de trigo, melaço de cana O QUE DEVEMOS EVITAR? As gorduras trans (fast-food, bolachas recheadas,, sorvetes e comidas industrializadas congelada) devem ser evitadas Diminuir as gorduras saturadas e o colesterol da alimentação FIM